DEPOIS DA guerra dos bruxos e da derrota do Lorde das Trevas, havia muito trabalho a se fazer no Ministério da Magia. Sendo assim, Arthur Weasley andava para lá e para cá feito louco, resolvendo os problemas relacionados aos trouxas. Em uma dessas idas e vindas, nos corredores do Mnistério, ele se depara com Peter Carter, um grande auror e amigo. Mas havia algo diferente em Peter; seus olhos azuis enérgicos estavam perdidos e abatidos, seus cabelos negros pareciam grisalhos demais para a sua idade e todo o seu corpo, com seu um metro e noventa de altura, estava encurado, como se há muito carregasse um peso sobre os ombros.

Logo que vê Arthur, Peter abre aquele seu habitual sorriso:

- Mas se não é o bom Arthur Weasley!

- Eu mesmo, Peter - respondeu Arthur, sorrindo e apertando-lhe a mão. - Há quanto tempo, homem! Mas, perdoe a minha indelicadesa, você parece ter sofrido durante este tempo... É algo com o seu departamento?

- Seria melhor isso do que o problema que tenho agora... - Peter desmanchou sorriso; a preocupação voltara ao seu rosto. - Como você sabe, me casei há três meses com uma trouxa, Sunny, viúva e com duas lindas filhas. Acontece que Sunny adoentou-se há duas semanas e a coisa está ficando séria. Já implorei a ela que deixe o hospital trouxa em que está sendo tratada e vá para o nosso hospital, para que os curandeiros a ajudem de uma vez, mas ela recusou, sendo cabeça-dura como é...

- Entendo perfeitamente ela querer ficar por lá, mas realmente... - Arthur não sabia o que dizer. Peter amava a esposa. - Mas e as garotas, como estão?

- A mais velha está estudando nos Estados Unidos e não tem como vir para cá. A menor, Alice, está do jeito de sempre: olhando o lado bom das coisas, cantando e, bem, falando sozinha... É a alegria da casa. Mas tenho medo de que esteja sofrendo demais vendo a mãe cada dia pior. Sabe, eu queria muito colocá-la em um acampamento de férias. Mas, ao mesmo tempo, queria que ela se habituasse mais a magia, para ficar mais a vontade comigo, entende?

- Hey, Peter - dizia calmamente Arthur enquanto surgia a ideia -, por que Alice não passa uma temporada na minha casa, na Toca? Seria ótimo para ela e para os garotos também, sabe, se distraírem um pouco depois de tudo o que passaram na guerra...

- Bom, não tinha pensado nisso ainda, para ser sincero... - respondeu Peter. Aos poucos ele ia pensando na ideia e gostando mais dela. - É, acho que seria muito bom para os dois lados, sim... Então, falarei com Sunny e Alice, e semana que vem, Alice irá para a Toca!