Seguir Em Frente escrita por Lin Nasct


Capítulo 4
QUATRO


Notas iniciais do capítulo

Diviritam-se!!!



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QUATRO

Fiquei um dia inteiro trancada no meu quarto pensando em quando conheci Adrian. O mundo conspirou a nosso favor, mas a vida o tirou de mim. Não consigo me conformar com isso. Droga! Quando será que tudo isso vai acabar? Será que a dor que eu sinto um dia vai ter fim?

Algo que eu evitava com todas as forças era qualquer tipo de aproximação com Dimitri. Só de pensar nisso algo se revirava em meu estômago. Eu tenho que pensar em Adrian! Não posso esquecê-lo facilmente ou me permitir ser feliz sem  ele. Devo isso a ele.

Ouço batidas na porta. Eu não queria ser incomodada, mas ontem não desci para nada. Tia Amélia não deixaria que eu ficasse aqui sozinha por muito mais tempo.

- Pode entrar! – disse eu desanimada.

- Olá minha menina! – disse Irina ao colocar a cabeça para dentro do quarto. Para logo mais ir entrando. – Senti sua falta ontem.  – disse ela com simplicidade.

- Eu só precisava pensar um pouco... – disse eu encarando a parede.

- Minha menina! – disse Irina se sentando a minha frente. – Cada um demora o tempo que for necessário para deixar a dor de lado e seguir em frente. Mas, você quer se prender a algo que não lhe faz bem! – disse ela alisando meus cabelos. Eu deitei a cabeça em seu colo e comecei a chorar.

- Tia Amélia está me jogando no colo de Dimitri! – disse ei com a voz trêmula. – Eu só preciso de tempo... Não vou superar Adrian da noite por dia! Será que ninguém enxerga isso? – perguntei exaltando-me.

- Calma, minha menina, converse com sua tia. Ela não faz por mal! – disse Irina me consola. – Dimitri é um homem maravilhoso e, não merece ser tratado com indiferença. Tenha calma... – Ela começou a trançar meu cabelo úmido, pois eu havia acabado de sair do banho. – Desculpe-se com ele. – Irina estava certa. Eu devo desculpas a Dimitri ser ter sido rude com ele.

****

- Rose! – disse Dimitri vindo ao meu encontro. – Tudo bem? Eu achei estranho a sua ligação. O que houve? – perguntou se aproximando de mim.

Eu estava me sentindo desconfortável com essa proximidade e os efeitos que a mesma causa em mim. Ainda sim, me aproximei e cumprimentei normalmente com um beijo na bochecha e, ele enlaçou-me pela cintura e abraçou-me levemente.

- Eu estou bem. – disse o olhando atentamente pela primeira vez. Ele estava bem vestido, bonito até e quando o abracei de volta depois de um tempo. Seu cheiro maravilhoso deixou-me tonta e quente. Fiquei vermelha de vergonha. É difícil pra eu admitir, mas Dimitri é um homem atraente. – Como você está? – perguntei assim que percebi que o estava encarando por muito tempo.

- Eu estou bem. – respondeu gentilmente. Seus olhos não deixaram os meus um segundo sequer, não consegui desviar tamanha a hipnose daqueles olhos castanho-escuro.  Senti um arrepio delicioso percorrer o meu corpo. Separei-nos e senti imediatamente saudades do seu toque.

- Eu preciso conversar com você. Vamos nos sentar, sim? – disse eu o conduzindo a mesa próxima a nós. Ficamos do lado de fora do café e sentamos de frente para o outro.

Um sorriso tímido escapou dos meus lábios e ao olhar para ele percebi, as quão injustas têm sido com ele. Só de olhar para ele pude ver seu olhar caloroso no meu, seu sorriso fácil e simples, mas que cativa qualquer pessoa.

- Dimitri, quero me desculpar com você. – disse eu o encarando timidamente. – Você esse tempo todo tem sido um amor de pessoa comigo. – ele me interrompeu, e pegou a minha mão esquerda.

- Você não precisa se desculpar. Eu entendo perfeitamente. Eu sempre fora apaixonado por você. – disse ele.

Eu perdi a fala, minha garganta secou e minhas mãos ficaram inquietas em meu colo. O que eu faço agora? Meu coração está acelerado. Foi aí que eu soube... Eu correspondia esse sentimento. E Adrian? Como ele fica nessa estória toda? Eu o estou traindo e tudo o que eu sinto, ou sentia, e não estava pronta para esquecê-lo. Puxei minha mão para longe.

- Eu amo Adrian! – exclamei desesperada para desencorajá-lo e fazer com que acreditasse nisso. – Você tem que parar com isso! – explodi. Dimitri arregalou os olhos surpreso com a minha reação.

- Rose... – Eu o interrompi.

- Chega! Ou você se contenta em ser apenas o meu amigo, meu grande amigo, ou esqueça a minha existência! – disse eu autoritária. Levantei-me e saí de perto da mesa, porém ele rapidamente me alcançou.

- Eu te amo e vou esperá-la. Não importa o quanto, mas irei. – disse ele determinado, olhando em meus olhos. – Isso é uma promessa! – disse com firmeza. Levantei meu queixo e ergui minha sobrancelha para desafiá-lo. De repente dei-me conta do quão perto estávamos um do outro. Minha garganta ficou seca e meus lábios se abriram instantaneamente.

Dimitri também se sentiu afetado pela nossa proximidade. Tanto que suas mãos foram para o meu rosto. Fechei os olhos sentindo a gentileza de seu toque. Cada vez mais ele encurtava a distância.

- Rose! Dimitri... – havia surpresa na voz de Lissa.

Separei-me dele e me recompus. Eu olhei para liss com uma mistura de sentimentos, eu me senti frustrada e irritada com liss, por me interromper. Eu quero beijar Dimitri! Droga! Assim como também, estava aliviada por não ter cometido nenhuma maluquice. Eu queria me bater por admitir a mim mesma esse fato.

Espantei para longe de mim essa minha confusão toda e cumprimentei Lissa.

– Oi maninha. – disse eu me aproximando e a abracei. – Sidney, como você está? – fui até ela e a cumprimentei assim como fiz com Lissa.

- Rose, como você está minha amiga?- perguntou sorrindo gentilmente.

- Eu estou bem. É uma pena, mas eu estou de saída. – disse eu dando um jeito de sair.

- Estamos, na verdade. – pronunciou-se Dimitri.

- Eu estou indo atrás de um táxi. – disse eu já me preparando para ir.

- Rose... – chamou-me liss. – Tenho certeza que Dimitri pode lhe dar uma carona, certo? – perguntou olhando para ele em busca de ajuda.

- Claro. – disse ele me olhando. Eu o vi piscar para liss e, depois ele colocou as mãos em minhas costas, conduzindo-me até seu carro. Assim que vi que estávamos longe das meninas me afastei bruscamente dele.

Entramos no carro e o silêncio era o muro que nos separava. Durante todo o percurso fiquei calada, eu o olhava de relance em alguns momentos ele fazia o mesmo, até que, em certo momento, nossos olhares se encontraram. Passei a olhar para a paisagem que mudava sob os meus olhos. Dimitri não fez questão de quebrar o silêncio e o agradeci por isso. Por mais que eu estivesse irritada com ele, o silêncio ao seu lado era reconfortante e fez com que eu pensasse.

Algo dentro de mim quer desesperadamente que ele tentasse me beijar como fizera no café.  Amaldiçoei-me por pensar assim mais uma vez. Como fazer isso com o homem que eu amo? Adrian mal esfriou no caixão e, aqui estou eu, apaixonada por Dimitri.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora e os erros de português, mas aqui está! Falta o capítulo CINCO mais o EPÍLOGO.