Garoto Rude escrita por Mellanie Vonturi


Capítulo 2
Primeiro Dia de Grosseria


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amados, como estão? Então, o capítulo 1 finalmente saiu. Vamos ler? E obrigada pelos reviews e favoritos. Amo vocês :)



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Eu não conseguia esconder a minha angústia. Aquilo para mim não era nada normal. Estar angustiada no primeiro dia de aula? Eu achava que aquela palavra não existia em meu dicionário. Minha mãe tentava me convencer a descer logo do carro e entrar naquele colégio. Mas não, eu insistia até o último minuto de que eu não iria.

– Amanda, desce logo deste carro antes que eu lhe obrigue do meu jeito. – Gritou Sarah, minha mãe em um tom de voz quase que a sua cara.

– Mas mãe, eu não quero ir. Eu não estou me sentindo bem.

Então Sarah desligou o carro, abriu a porta saindo logo em seguida de dentro do carro e a fechou. Deu a volta no carro e abriu a minha porta. Puxou o meu braço e o segurou com força, ela estava o machucando. Puxou-me para fora do carro e fechou a porta. Entrou no carro e saiu de minha vista, virando na primeira esquina que encontrasse. Esta é a minha mãe. Sem paciência e estourada.

Agora eu estou aqui, quase me afundando na árvore em que eu insisto em me esconder. Minha roupa estava milagrosamente limpa. Os olhos ainda estavam sobre mim, eu sentia aquilo. Afinal, o escândalo que minha mãe fez chamou a atenção de todos que estavam ali presentes. Eu não iria falar com ninguém, apenas pegar o meu livro favorito de dentro de minha mochila, e o ler, que foi o que eu fiz.

O tempo passou, assim como os capítulos passaram. Olhei em meu relógio, colocado em meu pulso. Oh meu Deus, o sinal havia batido há 40 minutos. Estou atrasada, como é que eu pude não ouvir o sinal, estando em frente ao colégio?

Guardei o livro dentro de minha mochila e saí às pressas. Entrei no colégio e o corredor estava completamente vazio. Eu estou ferrada.

Andei até a porta de minha sala, que estava fechada. Dei um último suspiro e bati na porta. Poucos segundos depois a Sra. Hale a abriu. Ela não é a professora mais simpática, mas como todo ano, ela é de “puxar o saco” dos alunos de notas altas, como eu, mas sem querer me gabar. Óbviamente.

– Srta. Parker, explique-me como é se atrasar por 40 minutos no primeiro dia de aula...?

– Sra. Hale, e-eu... – gaguejei e ela me interrompeu

– Eu coisa nenhuma, já para a diretoria! Só volte aqui quando tiver a permissão.

Dei a volta em meu corpo e me virei em direção à diretoria. Fui andando lentamente, olhando para baixo e torcendo para que quando eu finalmente chegasse na sala de volta, a aula já houvesse acabado. Quando cheguei finalmente na diretoria, o diretor estava ocupado, dando uma bronca em um garoto alto, cabelos negros e olhos verdes. Ele até era bonito, mas pelo jeito, era um garoto sem limites. Quando eu encostei meu corpo na parede, desinteressada em ouvir aqueles gritos do diretor a aula inteira, abri a boca para falar e eu iria andar, mas pelo jeito eu comecei pelo pé esquerdo porque eu tomei um belo tombo. Eu havia tropeçado em meu cadarço desamarrado. E se não bastasse isto, havia caído também em cima de um loiro dos olhos cinza.

– Droga, me desculpa, é que... – ele me interrompeu. Que droga, hoje todos estão me interrompendo?

– Não, eu não quero saber da sua vida chata. Compre um diário e conte para ele, não para mim. Agora por favor, dá licença. – Disse grosseiramente e eu me levantei saindo por cima dele.

E o loiro havia ido embora... Me tratado grosseiramente, com frieza e rudez. Eu realmente merecia aquilo? Caramba, se ao menos eu houvesse caído por cima dele de propósito. Mas esqueça Amanda, não dê importância para a opinião de garotos mauricinhos. Eles não sabem da sua vida e só te tratam com simpatia, quando precisam de algo.

...

Já estávamos na nossa última aula. Inglês. Faltavam 15 minutos para bater o sinal e eu finalmente sair daquele lugar. O barulho do ponteiro do relógio ecoava em minha mente, me fazendo não prestar atenção alguma nas explicações do Sr. Brand. Eu ficava me perguntando, quem era aquele loiro rude. Pelo jeito que me tratou deve ser o filho do Obama, mas Amanda, o Obama não é loiro e também não tem olhos cinza. Oh Céus, não viaje.

Eu cantarolava baixinho a música Give Your Heart A Break, mas sou interrompida por uma bola de papel jogada nas minhas costas. Virei-me para ver quem era o engraçadinho, que por sinal estava rindo. Os risos vinham do fundo da sala. Ninguém mais, ninguém menos que o loiro e o moreno, os mesmos da diretoria. Eu não acreditava que aqueles dois pestes estariam na mesma sala que eu. Era tortura ou brincadeira? Se for deste modo, não vou aguentar a primeira semana.

– Ei magrela, me passa cola! – Disse o loiro tentando ser doce. Mas foi inútil.

– Antes magrela, de que cabeça oca.

– Do que você me chamou? – Ele disse saindo de sua carteira e vindo até mim.

– Cabeça oca. Não pode me bater por eu dizer a verdade.

– Eu não, mas fique calada, antes que eu faça algo que você não queira que eu faça.

– Tipo o quê? – Eu perguntei o desafiando.

– Crianças, vão sentar ou são 15 minutos após a aula acabar. – Disse o Sr. Brand.

– Um dia você descobre. – Ele voltou para a sua carteira e a expressão do moreno era de confuso.

Quando o sinal finalmente bateu, guardei o meu material rapidamente em minha mochila e saí pela porta. Como eu sabia que Sarah não iria me buscar de forma alguma, resolvi ir a pé.

Minha casa não é muito perto, mas eu prefiro ir andando a que ir de carro ouvindo minha mãe gritar comigo por eu ter a feito pagar mico. Que foi o que ela disse quando mandou uma mensagem para o meu celular. Mas na verdade quem pagou o mico fui eu. Eu havia acabado de virar a esquina, e então percebi que um garoto em uma moto vermelha estava indo no mesmo caminho que eu há quase um quilômetro. Pelo jeito eu estava sendo seguida. Comecei a acelerar os meus passos e então ele começa a chegar mais perto, 5 metros de distância.

– Ei, Amanda Parker, não é? – Olhei e era o moreno amigo do loiro rude

– Eu mesma, por que está me seguindo? – Perguntei arqueando a sobrancelha

– Eu sei que o Daniel foi muito rude contigo, mas é que ele está sendo possuído pela Melissa. – ele riu sozinho e eu sorri sem graça – Eu sei que no fundo você ficou de olho nele. Todas ficam.

– Desculpa, mas eu não sei aonde você quer chegar. Eu não estou de olho em ninguém.

– Olha, eu sou o Richard. Se você está mesmo afim do Daniel, não vai conseguir chegar a lugar nenhum se vestindo deste modo. – Eu bufei e o olhei com um olhar desaprovado.

– Sério, eu não quero nada com ele. Ele pode ser o Mister Mundo, mas eu não dou a menor importância. Por favor, tenho que ir.

Ele não respondeu, apenas ficou em silêncio e poucos minutos depois passou por mim, rapidamente passando reto. E fazendo um barulho extremamente desagradável de se ouvir.




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Notas finais do capítulo

Bom, é isso. Eu fiz de tudo para ser um capítulo legal, apesar de que primeiros capítulos, a maioria das vezes, não são tão legais assim. Pelo menos, eu acho isto. Espero não ter decepcionado vocês. Reviews? Favoritos?