No Sewa Baby?! escrita por MissTenebrae


Capítulo 4
Os Mordomos


Notas iniciais do capítulo

Ouço os cantos de Aleluia dos anjos no céu, ouço os gritos de finalmente da população e vejo os tomates vindo em minha direção *desvia*
Olaa
Me desculpem pessoa, por favor
Eu tive uma serie de problemas com aparelhos eletronicos, e ai provas, foi uma coisa meio tensa.
MAS EU VOLTEi!
Não morri nem abandonei a fic,
podem deixar de ficar desesperados ( haha, tadinha da iludida)
Além de demorar ainda deixo para vocês um capitulo que não tem nada de interessante além dos mordomos ( como o titulo do capitulo diz)
Espero que gostem, e peço perdão pela demora.



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Na segunda vez que Arme acordou ela se recusou a abrir os olhos, ela sentiu o vazio da fome, o vento frio fazendo-a encolher para se esquentar e uma estranha tristeza. Então uma série de imagens veio a sua cabeça, um pedaço de bolo, um garoto ruivo, o jardineiro... O simpático jardineiro que havia dito que iria ajudá-la. Ela levantou da cama em um pulo rápido, esquecendo-se de tudo que a atormentava e ficando feliz por ter alguém que ela possa chamar de amigo.

Ela saiu pela porta entreaberta e viu-se em um vasto campo colorido, um jardim esplendido, ainda mais bonito do que ela se lembrava. Apesar da beleza, ela não conseguia ver quem procurava naquela vastidão de cores.

Andou por entre as flores, tendo o extremo cuidado de não pisar em nenhuma, até que o viu, e saiu correndo, pulando em suas costas, fazendo-o cair deitado no chão, perdendo o equilíbrio pela surpresa.

–Ei, Arme, já acordou? – Ele disse rindo. – Dormiu bem?

– Dormi muito bem, senhor Ryan. – Ela sorriu em retribuição.

– Opa, o que eu disse sobre essa coisa de 'senhor' – Ele fingiu estar bravo fazendo uma careta.

Ela arregalou os olhos e tapou a boca.

– É mesmo, desculpa Ryan. – Ela sussurrou.

– Tudo bem, tudo bem. – Ele levantou-se, pegou ela no colo e bagunçou seus cabelos. – O que você quer fazer agora?

– Hum... Eu queio ajudar aqui. – Ela disse determinada.

– Queio... – Repetiu. – Que fofa. Mas não.

– Porque não?

– Porque não.

– Mas eu queio.

– Não.

– Por favor?

– Não.

– Só um pouquinho?

– Não.

– Por favorzinho duas vezes.

– Hahaha, que fofa. Tá bom então, só porque foi duas vezes.

– Oba.

– Vou te ensinar a plantar mudinha, vem cá.

A manhã foi passando depressa, com pequenas brincadeiras ali e um par de olhos atentos, brilhando de alegria por poder aumentar seu conhecimento, absorvendo tudo que podia sobre flores e como cuidá-las, diversas perguntas e questionamentos, um interesse e concentração absurdos para uma criança comum daquela idade.

' Ela realmente gosta de aprender' Ryan notou enquanto observava a pequena botando uma muda em um buraco e tampando-o com terra. ' Talvez ela não seja comum... Talvez ela seja capaz de mudar as coisas por aqui... Não. Uma criança não seria capaz de muda-los, eles já estão podres de mais. '

Ryan puxou a manga de sua blusa, revelado em seu pulso um discreto relógio, seus olhos arregalaram ao perceber como já era tarde.

– Olha só as horas – Disse se levantando. – Vamos lá, Arme.

Ela olhou para ele.

– Vamos para aonde?

– De volta para dentro da casa, ainda está um pouco cedo pro almoço, mas você tem que tomar banho, então acho que está em bom horário.

Arme virou-se para a casa, então sussurrou:

– Eu não quero voltar.

– Hã? O que você disse?

– Na-a-da. – Ela deu um pequeno sorriso. – Vamos?

Ele a acompanhou até a porta que separava o jardim da casa indicou que ela deveria ir direto para o quarto que Lire iria ajuda-la a se arrumar, só pediu para ser discreta e ter cuidado, pois os mordomos costumavam a andar pela mansão naquele horário.

Nas pontas dos pés, Arme foi entrando, escondendo-se atrás de cada coluna que encontrava, quando avistou a escada que daria para o corredor do seu quarto, a pequena suspirou aliviada, mais relaxada, olhou em volta para conferir se não havia ninguém e foi meio andando meio correndo até a escada. O que não percebeu era que seu sapatinho, sujo de terra, manchava o limpo e brilhante chão.

– Observe o que nós temos aqui, Zero... Uma porca!

A roxinha gelou ao som da voz que soava bem sarcástica e malvada.

– Realmente, Jin. Parece que a coisa que chegou o ontem não sabe o mínimo dos bons modos.

Outra voz, no mesmo tom. Arme virou para trás, de onde vinham as vozes, e viu... Nada.

– Aqui. – Um pano molhado e nojento acertou a lateral do rosto da pequena. Ela passou a mão no rosto, tentado secá-lo pelo menos um pouco. – Você é lerda. – Parado do lado dela, estava um garoto alto de cabelos muito vermelhos e olhos dourados, com um sorriso que assustou a pequena garota, vestido em um fraque negro.

– Muito lerda. – Ressaltou a outra voz, com um barulho de metal se chocando com o chão e agua encharcando a pequenina. Mais um garoto alto, ele se vestia e assustava Arme do mesmo jeito que o outro, porém ele tinha cabelos brancos e a roxinha não conseguia ver seus olhos.

A garota estava quase chorando por causa do medo que os dois a causavam, mas lembrou-se do que a senhora Rey havia falado da ultima vez que tinha deixado as lagrimas rolarem, segurou o choro e perguntou:

– Quem são vocês? – Lentamente, tendo o cuidado para não gaguejar e não errar nem uma palavra, ela sentia que se errasse ouviria algo igual ou pior do que antes.

– Olhe só! Mas que falta de bons modos a nossa! – O ruivo disse com um falso sentimento de pena. Fez uma pequena reverencia e se apresentou: - Sou Jin, mordomo da senhorita Rey Von Crimson. Se precisar me chamar, nem tente, não sirvo a você, não te escuto.

– Zero, mordomo do senhor Dio Tenebrae. Faço as palavras de Jin as minhas.

– Ah... Certo. – A roxinha sussurrou. – Bem, eu sou...

– Não nos interessa. – Os olhinhos roxos se arregalaram com a resposta dura e imediata de Zero. – A única coisa que quero de você é que seja pelo menos um pouco útil.

– Pegue o pano e o balde, você deve os conhecer bem, já que deve ser filha de uma empregada daqui. – Jin ordenou. No segundo seguinte, ambos os mordomos haviam sumido.

Ainda um pouco desnorteada por causa do estranho e assustador encontro, Arme tirou os seus sapatinhos para ter certeza de não sujar mais nada, pegou o pegajoso e molhado pedaço de pano e começou a esfregar o chão. Quando terminou, já bem cansada, tinha usado metade do conteúdo do grande balde de metal que Zero havia deixado ali.

' O que eu faço com isso agora? ' Perguntou-se.

Ela tentou levantar ele, para levar a cozinha, entretanto era pesado de mais. Pensou em chamar alguém para ajuda-la, mas a ideia de encontrar os dois mordomos a aterrorizou. Por fim, ela deixou o pano e o balde ali, pegou seus sapatos e foi correndo até o seu quarto, o mais rápido que suas curtas perninhas a permitiam.

Quando conseguiu alcançar a maçaneta e abrir a porta do quarto, ela encontrou uma Lire com a aparência muito preocupada:

– Onde você estava?! Porque demorou tanto?!

Ao som da voz amiga, Arme correu até a loira e abraçou suas pernas.

– Arme? – Ela se abaixou e pegou a pequena no colo, ela percebeu que havia algo errado quando olhou nos olhos arroxeados da pequena: - Aconteceu alguma coisa?

A pequena lhe contou sobre o estranho encontro que acabara de acontecer. Assim que terminou o relato, o semblante da empregada ficou mais serio.

– Ah, então você os encontrou. – Ela acariciou a cabeça da roxinha. – Já passou, vamos esquecê-los, certo? Porque você não me conta sobre como foi a manhã no jardim enquanto te levo para tomar banho? Espero que tenha sido muito legal.

Durante todo o banho, as duas conversaram e riram baixinho, para ter certeza que ninguém ia ouvi-las e descobrir que Lire estava cuidando de Arme. No fim do banho, a loira enrolou-a cuidadosamente em uma toalha, enquanto a mesma reclamava de frio.

– Você é muito fofa. – Sussurrou enquanto entravam no quarto. – Espero que não se importe, eu já separei um vestido.

– Claro que não!

O tratamento era um pouco estranho para Arme, no orfanato assim que aprendiam a andar adequadamente cada um cuidava de si. Claro que havia carinho entre todos, mas não era tanto quanto recebia por parte de Ryan e de Lire, nem tão pouco quanto recebia de...

' Não' A pequenina impediu sua reflexão de continuar ' Não posso reclamar, o senhor Dio e a senhorita Rey foram extremamente bondosos em me adotar, eles são pessoas maravilhosas... '.

No final, a garotinha estava devidamente vestida, com um liquido estranho, incolor e cheiroso que Lire havia passado nela, ela pensou em perguntar o que era aquilo, mas talvez não fosse o momento certo, estava quase chegando a hora do almoço, perguntaria depois.

Lire sorriu para ela amavelmente.

– Está linda. – Ela arrumou os fios roxos com a mão, deixando-os comportados. Beijou sua bochecha e abriu a porta.

– Boa sorte.


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Notas finais do capítulo

Está ai então, por favor, guardem os tomates.
Para quem ler CI e/ou TH , prometo postar logo.
Quanto a NSB, vou tentar postar com mais frequência.
Os erros de português nas falas da Arme são propositais, fora esses, por favor me avisem se houver algum.
O sobrenome do Dio... Não se já falei aqui... Mas eu decidi que combinava com ele ( eu, a Nath-chan e a Tori-chan concorda) antes de usar no meu nickname.
Então, o sobrenome dele não é por causa do nick que eu uso, é ao contrario, evidenciando.

Até a proxima e obrigado por lerem.
( CI - Casais Improvaveis
TH - This is Halloween
minhas outras fics)