Ignorance Is Your New Best Friend. escrita por Triz


Capítulo 19
Complications await me. Damn, how stupid I am.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOI Meus amores.
Só quero dizer, QUE ESTOU MUITO FELIZ QUE VOCÊS ESTÃO GOSTANDO DA FICTION *-* Sério,
Esse capitulo, PROMETE. Ficou grande, eu sei que ficou.



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Ponto de vista: Draco Malfoy.

Eu estava distraído em meu dormitório, deitado debaixo dos grossos e pesados cobertores verde-prata, quando senti meu bolso esquentar com a moeda que Hermione havia me dado.

Mande uma carta, avise Voldemort. Partiremos em uma hora. – H.G.

Era o que estava escrito na moeda. Respirei fundo, fui até o corujal e fiz o que ela mandara.

Em poucos minutos, recebi uma resposta. Minha tia dizia pra que eu voltasse pra Hogsmeade e de lá aparatasse.

Eu então, o fiz.

Ao chegar na mansão Malfoy, me deparei com cerca de quatorze ou quinze comensais, todos com máscara, exceto tia Bella.

Meu pai também estava com máscara, eu a reconhecia. Era um cinza escuro e fosco, quase preto. Havia uns detalhes arredondados na linha do "T" do rosto, que fazia um desenho redondo meia-lua, sobre as duas sobrancelhas, e subia para um redondo em forma de "S" invertido. Havia um circulo em cada olho, com umas pontas. Em baixo, na região do queijo, havia como se fosse um desenho de paus, só que as bolhinhas eram mais finas e duas delas - as dos lados - eram redondas em meia lua. Na região da boca tinha três furinhos retangulares, o do meio maior que os demais, todos esses detalhes em prata.

[N/A: Pesquisem no google imagens da máscara dele porque eu sou péssima pra descrever.]

Porém, era a única máscara que eu reconhecia.

Voldemort ditava as ordens e estratégias pra eles.

Ele se virou para mim.

– Você, querido Draco. Vai matar Dumbledore, e quem tentar intervir quando você for o fazer, entendido? – Ele se virou pra mim, que engoli em seco e apenas assenti. – Agora, pergunte a Granger onde eles estão.

Mandei na mensagem pra ela, que me retornou em pouco tempo.

Já estamos na caverna. Rumando para a pequena ilha que há no meio. – H.G.

Li a mensagem em voz alta.

– Muito bem, vamos partir agora. Avise-a. – Ele gesticulou a mim e ordenou.

Prepare-se. – D.M.

Foi tudo que mandei, mas a resposta veio praticamente de imediato.

NÃO! Ele ainda não está debilitado, aguarde! Por favor, avisem-nos. Te mando uma mensagem. - H.G.

Li sua mensagem em voz alta. O Lord apenas respirou fundo, e começou a andar de um lado pro outro, nervosamente.

Os comensais trocavam murmúrios e ajeitavam suas mascaras, e Bellatrix murmurava alguma coisa a Voldemort, como se tentasse acalma-lo.

Passaram-se longos dez minutos, finalmente a mensagem chegou.

Agora!

– Vamos! – Eu exclamei, acho que um tanto alto demais por conta do meu nevosismo.

Estamos indo. Prepare-se. – D.M.

– Draco. Pegue no meu braço. – Meu pai ordenou. Minha mãe não iria servi-lo essa noite, ela não era o que Voldemort julgava "útil".

Eu caminhei até ele, e o fiz.

Olhei pra minha mãe, e sorri, apenas assentindo, como quem diz "tudo vai dar certo". Afinal de contas, eu estava fazendo isso por eles.

Respirei fundo, e a sensação que senti era pior que aparatar.

Senti meu corpo se desintegrar, minha cabeça doía, e era a única coisa que tinha forma em todo meu corpo, o resto era pura fumaça preta, como um pano.

Merlin, como aquilo era horrível. Parecia que eu estava dentro de uma máquina de lavar roupas, e que meus ossos estavam todos sendo amassados pra virar um pano mais fino.

Ou no meu caso, uma fumaça. O ar entrava com urgência e exagero por minhas narinas, fazendo-o subir para minha testa e têmporas e doer como numa crise de sinusite.

Mas, tão rápido como começou, parou.

Nos materializamos, um por um, na pequena caverna escura, perto de uma fina plataforma de vidro.

Olhei para Dumbledore a princípio, que estava no chão, implorando pela morte.

– Eu conheço eles... – Refletiu o velho – Mas da onde?

Eu não conseguia tirar os olhos dele. Hermione surgiu ao meu lado, e a última coisa que eu vi era ela apontando a varinha para seus queridos amigos e lhes mostrando a marca negra.

Aquilo seria um escândalo.

No entanto, eu só tinha meus olhos no senhor que implorava a Harry – que agora não lhe ouvia – pela morte.

Respirei fundo.

Eu teria que matá-lo, eu seria responsável pela reviravolta no mundo bruxo. E eu não tinha escolha.

Eu suava frio, estava pálido. Queria correr e me esconder, como um rato que foge de insecticida.

Mas isso, custaria a vida dos meus pais. Eu estava em um abismo cada vez mais fundo e apertado, sem saída.

Então, tudo que ouvi foi Harry ameaçando Hermione de estuporá-la.

Eu me coloquei a sua frente, sem pensar duas vezes.

– Se estuporá-la, vai ser pior pra você, Potter – Cuspi seu nome – Você são três... – Olhei pra Dumbledore. – Bem, dois contra quinze. Não tem a menor chance.

Ele então recuou, e eu apenas fiquei observando o diálogo dos dois.

E quando eu digo observar, é só observar mesmo, porque eu não escutava nada além dos meus próprios pensamentos.

O que me tirou de dentro da minha própria mente foi o berro de agonia de Potter, que se contorcia no chão. Voldemort o tocava, Hermione e os demais comensais riam.

– Se afaste dele, Tom Riddle – Eu ouvi a voz de Dumbledore, que agora estava bem.

Meu coração parecia que ia saltar pela boca, era a hora.

– Alvo Dumbledore. – Voldemort murmurou, agora recuando, na tentativa de não demonstrar seu medo do senhor a nossa frente.

Então, Snape ficou a minha frente.

– Ava...

Sem pensar duas vezes, sem pensar na gravidade do que poderia ter acontecido, me enfiei a sua frente.

– NÃO! – Por sorte, ele interrompeu o feitiço – Essa missão é MINHA. – Eu tremia, suava frio, as lágrimas presas lutando para não cair, creio que estava mais branco que a neve de Hogsmeade.

– Muito bem, Malfoy. – O velho ergueu as mãos, em rendição. – Vou facilitar pra você. Me desarme. – Sem pensar duas vezes, com um aceno de varinha, eu o fiz.

Respirei fundo, agora tremendo mais do que tudo. Eu queria fugir, mas agora não tinha mais como voltar atrás.

Era a hora que eu tinha que salvar meus pais.

Avada Kedavra! – Minha varinha tremeu em protesto, fazendo com que o feixe de luz verde atingisse Dumbledore, que, quase instantaneamente caiu, escorregando par ao lago.

Eu não ouvia nada. Apenas vi as criaturas peçonhentas e nojentas começar a levar seu corpo pra debaixo d'água. Eu estava fraco, queria fugir, correr. Eu era um assassino.

Logo em seguida, seu corpo voltou a terra, acho que foi Voldemort, eu não sei.

Fiquei surdo por um momento, será que seria o efeito de quem solta Avada Kedavra? Ou só o efeito da culpa? Com certeza, apenas culpa.

Meus olhos estavam fixos em um lugar só, eu não sabia descrever tanta agonia. Era horrível. De agora em diante, o mundo bruxo mudaria, e eu seria o maior responsável por isso.

Eu devia ter deixado que Snape o matasse. Devia. Voldemort sem dúvidas não se importaria e tudo ficaria bem.

Ele só queria que Dumbledore fosse morto, só isso. Eu queria gritar, minha boca se abriu, porém, nenhum som saiu por ela.. Eu não conseguia tirar os olhos do coro desfalecido de Dumbledore, que foi chutado com amargura.

Voltei a realidade.

Vultos brancos invadiam o local.

Era culpa dela.

Hermione.

O tempo todo.

Ela, havia nos traído.

A olhei, com ódio. Mas a garota parecia estar tão desesperada quanto eu pela presença da Ordem da Fênix ali.

Ponto de vista: Hermione Granger.

O que eu temia foi concluído no momento em que os vultos se materializaram.

Vários rostos conhecidos estavam ali,e não demorou muito para que começassem a duelar.

– Remo! Tire Harry e os outros daqui – Ouvi uma voz feminina dizer, Tonks, enquanto trocava feitiços com um comensal da morte.

Abaixei a cabeça, me enfiando atrás da plataforma de vidro, os feitiços multicoloridos passando, dois exércitos duelando ferozmente.

Eu só conseguia focalizar no Priore Incantatem de Voldemort e Harry.

Senti um braço me puxar para com violência para o lado, e ergui o olhar. Era Lupin.

Me desvencilhei de seu braço com violência.

– O que foi Hermione? – Ele gritou, os gritos sendo abafados pelos feitiços.

– VOCÊS VÃO MORRER – Eu gritei, agora nervosa.

Eu precisava reagir.

Se eu fugisse com a Ordem e fingisse que era parte deles, Voldemort e os outros acreditariam que eu realmente havia traído eles.

Meu objetivo era entregar-lhes Harry, mas não sei como a Ordem soube disso pra intervir no plano.

– Você está louca? – Lupin gritou novamente. Rony veio cambaleando até nós, o rosto com o corte profundo na maçã do rosto.

– Não confie nela! – Ele alertou Lupin.

– Do que você está falando?! – O rosto a minha frente perguntou, e eu abaixei ainda mais a cabeça quando um pedaço da plataforma foi quebrado e voou para longe.

– Ela é uma comensal! Traiu todos nós! Dumbledore morreu e é culpa dela! – Ele me acusou de verdades, e Lupin o encarou como se isso fosse loucura. – É verdade, olhe! – Rony caminhou até mim, pegou meu braço esquerdo. Fiz força pra soltar-me dele, mas não consegui.

Com um feitiço, ele rasgou minhas vestes, deixando a amostra a marca em meu antebraço.

Lupin me olhou, horrorizado.

– Her... Hermione! – Ele gritou, e fez lágrimas de raiva escorrerem por minhas bochechas, queimando como ácido meu rosto frio por conta do local.

Voldemort me encarou, e eu sabia o que significava tudo aquilo. Meus pais morreriam por um erro meu.

Por não pensar em consequências.

Meus pais morreriam, eu morreria, todos que eu amo morreriam.

Fred e Jorge, e todos os demais Weasley. Luna. Todos morreriam. Eu jurei por eles.

Agora lágrimas e mais lágrimas escorriam de meus olhos, em um pedido de desculpas mudo para todos que eu amava.

A única coisa que eu me arrependia até então, era ter jurado pela vida dos outros que eu entregaria Harry em sã consciência para Voldemort.

Mas nada me respondia como a Ordem sabia do que ia acontecer.

Lupin chacoalhou-me, e eu o estuporei, levantei dali, atingindo feitiços em todos meu rostos conhecidos.

Então, eu fraquejei. Caí no chão.

Não conseguia me levantar, meu nariz sangrava. Meus olhos foram se fechando lentamente, tudo foi ficando fosco e bagunçado, embaçado e escuro.

Perdi os sentidos.

–––––––––––––––––––––––––––––––––

Acordei em um lugar conhecido, a antiga casa de Sirius.

Eu estava em um sofá duro, Harry estava sentado ao meu lado, Rony também. Eu ouvia passos inquietos, minha cabeça doía e a última coisa que eu lembrava era que eu estava lutando e apagara.

– Talvez ela estivesse enfeitiçada, Hermione é muito inteligente, seria um ponto bom pra Voldemort. – ISSO! Eu diria que estava agindo sobre a maldição Imperius.

– Hermione é nascida trouxa, Harry. – Os passos cessaram, dando lugar a voz de Lupin. – Voldemort é orgulhoso demais pra superestimar Hermione desse jeito.

– Mas Malfoy estava no meio, Lupin. Ele pode ter dado a ideia, Hermione é minha amiga, seria uma ótima maneira, digo eu perfeita de chegar até mim! E Draco matou Dumbledore pra abrir caminho pra ele, tudo se encaixa! – Harry disse. Isso Harry querido, me ajude.

Eu permanecia de olhos fechados, apenas ouvindo a conversa.

– Remo. Harry tem razão, quer dizer, seria o plano perfeito. – Era Tonks.

– Mas ela falou alguma coisa de traição... Ela descobriu que eu a traí com sua ajuda, Harry – Era Rony. Merda Rony, você não podia ficar quietinho não? Come querido, assim sua boca fica cheia e você não sai falando asneiras.

– Neville a contou. Ela pode ter se aproveitado da situação, Rony, já que era pra me entregar ela usou isso como pretexto pra si mesma, você conhece Hermione. Ela teria que colocar um motivo na frente pra fazer isso tudo. – Harry afirmou, por Merlin.

– Isso faz sentido – Rony concordou.

– Verdade. – Lupin.

– Concordo. – Tonks.

Vamos la Hermione, hora de encenar. Me espreguicei no sofá duro, e assim notei que estava coberta.

– Ela está acordando.

Coloquei a mão sobre a cabeça e pisquei algumas vezes, os olhos se acostumando com a claridade do ambiente.

– Hermione – Todos vieram pra cima de mim. Apenas Harry, Rony, Lupin e Tonks estavam ali.

Ouvi murmúrios e a agitação começou, todos pedindo explicações do que estava acontecendo comigo.

Pedi pra ir até a cozinha. Preparei um chocolate quente e voltei para a sala, agora todos me fitavam esperando que eu começasse a explicar.

Beberiquei meu chocolate quente, e respirei fundo.

– Eu fui obrigada a fazer aquilo – Sussurrei, forçando lágrimas a se formarem em meu rosto. – Foi... Foi horrível. Ele me... Ele me torturou, disse que faria o mesmo com meus pais se eu não os ajudasse. Fui obrigada, lutei e disse que não faria. Pedi pra que ele me matasse, a ideia foi toda do Malfoy, maldito! – Merlin, como estava ficando cansativo encenar assim – Eu sabia que você me traiu, Rony. Mas eu ia fingir que não, porque eu amo você e não queria te perder. – Ah, tá bom queridão que eu sou idiota assim, aham. – E nem você, Harry – Olhei pro moreno. – Mas usei isso como pretexto pra mim, acreditando que eu estava com raiva de vocês pra poder deixar tudo... mais fácil. Desculpem... – Eu comecei a chorar agora, pensando e refletindo na mesma coisa que refletira na caverna, o ódio dos garotos transformavam aquele choro.

– Hey, Hermione, está tudo bem. – Rony me abraçou, me fazendo sorrir satisfeita por saber que sou uma boa atriz.


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Notas finais do capítulo

Nos vemos nos comentários, kisses.