Um Jeito De Amar escrita por Mary


Capítulo 20
Entre o Terror e o Romance


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Só avisando que quem quiser saber como a Senny se veste eu fiz uma coleção no polyvore pra ela, aqui: http://www.polyvore.com/um_jeito_de_amar/collection?id=2210701
Só tem alguns looks mas estou trabalhando mais nisso, ok?



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P.O.V Serena Woods.

Eu odiava educação física por dois motivos. Primeiro: as roupas. Segundo: eu não tinha coordenação motora nenhuma.

Enquanto corria em volta da quadra eu pensava em Zack e na doença idiota. Já sabíamos que ele estava doente, e que iria fazer um novo exame pra saber em que grau o câncer estava. E nessa consulta eu iria junto. Pensar no diagnostico tirou o resto de equilíbrio que eu tinha.

Tropecei nos meus pés e cai.

–Senhorita Woods! Pro vestiário agora!

Olhei pro treinador. Ele obviamente me odiava só por que eu era um desastre completo. Levantei-me e sai mancando, quando cheguei ao pátio uma borboleta passou por mim e ergui a cabeça para acompanhar seu vôo. Quando olhei mais para cima vi Zack sentado perto da janela. Ele estava fingindo prestar atenção na aula. Corri para o vestiário e troquei de roupa, catei o celular e voltei pro mesmo lugar onde estava e lhe mandei uma mensagem:

“Um meteoro caiu na escola! Dê uma olhada no pátio!”

Segundos depois Zack se mexeu e pegou o celular, deu tempo dele ler e olhar pra baixo de olhos arregalados. Eu acenei e sorri. Ele riu e tapou a boca com a mão. Levou um tempo para ele se recuperar, então se levantou, falou algo para o professor e saiu.

De repente chegou uma mensagem no meu celular. “Aliens invadiram a escola. Estão atacando o setor sete.”

Corri o mais depressa que pude sem tropeçar – ou seja, bem devagar, quase parando. A escola era toda dividida em setores e corredores. Cada setor tinha dez corredores, e na escola inteira havia oito setores.

O setor sete era onde ficava a biblioteca. E como os setores eram imensos, dava pra se perder no meio dos livros. Por sorte a bibliotecária não ficava logo na entrada do setor e sim exatamente no centro da sala. Eu conhecia esse lado da escola como a palma da minha mão, eu tinha passado muito tempo aqui.

Entrei sorrateiramente e fui andando bem ao lado das prateleiras gigantes. Quando ia passar pra o próximo corredor alguém segurou meu braço. Já estava preparada pra gritar quando a pessoa colocou a mão na minha boca e me puxou para traz de uma das paredes que separava a seção de romance da de terror.

–Oi.

Zack disse sorrindo. Respirei fundo tentando me acalmar.

–Posso tirar a mão?

Ele quis saber, então fiz que sim com a cabeça. Zack tirou a mão e acariciou minha bochecha, então desatei a falar.

–Não faça mais isso! Quase que você me mata! Você está pensando o que me assustando desse jeito? Pelo amor de Deus!

Rindo ele se aproximou e me beijou. Durou alguns segundos, então eu me afastei devagar e perguntei: - Você pediu pra ir ao banheiro não é?

–Aham.

Ele encostou a testa na minha e fechou os olhos.

–Então você não pode demorar muito, né?

–Aham.

Ele passou os braços pela minha cintura.

– E então eu acho melhor você ir, se não vai acabar levando suspensão.

– Dane-se.

Sorri e o abracei. Então sussurrei: - Você vai voltar pra lá, não quero que você fique sozinho em casa por estar suspenso. Além do mais, será mais divertido derrotar os aliens com você aqui.

Ele entendeu na hora. Zack não podia ficar sozinho por causa dos desmaios de fraqueza...

–Ta, me convenceu.

Soltou os braços da minha cintura e passou um pelo meu ombro. Coloquei o meu em sua cintura e saímos da biblioteca.

– Porque aliens? Zumbis são mais divertidos.

Ele riu e jogou a cabeça para trás. Fitei-o com cara de idiota. Que cara estranho, mas por algum motivo inexplicável eu tinha vontade de rir toda vez que ele ria. Gostaria de saber mais sobre ele, mais sobre o seu passado. O problema era que seria complicado fazê-lo me contar como ele era antes.

A primeira vez que eu perguntei, ele simplesmente mudou de assunto dizendo que eu não precisava saber do seu passado ruim.

– Zack?

–Hum?

Respirei fundo e falei tudo bem rápido, antes que me arrependesse de ter dito:

– Porque você não me conta quem você era? Não me conta as coisas que você fazia? Eu queria saber mais sobre você!

Ele ficou tenso, mas respirou fundo e voltou ao normal, então respondeu:

– Senny, eu não era uma boa pessoa. Você não iria gostar se descobrisse as coisas que eu já fiz. Acho melhor deixar assim.

– Zack, você acha que eu seria tão estúpida a ponto de te julgar pelas coisas que você fez no passado?

Zack parou no meio do corredor me fazendo parar também. Então colocou as mãos nos meus ombros e abaixou a cabeça até que nossos olhos ficassem no mesmo nível.

– Senny. Acredite, você não é a única que escondeu coisas dos seus amigos. Que não contava coisas pequenas a eles com medo de que não te aceitassem. No momento só estou tentando te proteger do terror que eu era antigamente. Mas quando eu tiver certeza de que você não vai sair correndo com medo, eu te contarei tudo. Juro.

Então ele me beijou na testa e saiu andando me deixando plantada no meio do corredor tentando entender o que ele quis dizer com aquilo.


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Notas finais do capítulo

Estou muito feliz com os comentários!



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