Rosa.

Era a cor predominante em sua vida agora.

Antes costumava ser o preto, a escuridão, e o vermelho, do sharingan e do sangue. O dele e de tantos outros que ele havia derramado.

Mas aquilo era passado, firmemente superado.

E o rosa estava lá, em quase todos os lugares de sua vida.

Era a primeira cor que ele via ao acordar e a ultima ao dormir.

Sempre rosa.

 E não seria diferente naquele dia. Um exemplo disso era a sala de sua casa.

Com um suspiro baixo, Sasuke se abaixou e apanhou mais uma bexiga evitando que essa provavelmente estourasse e acordasse as crianças.

E com outro suspiro ele fitou a sala totalmente bagunçada e cheia de resto de bolo, copos e pratos descartáveis, confetes e bexigas estouradas.

 Tudo claro, Rosa.

- Desculpe... Uma voz melodiosa surgiu ao pé da escada.

Ao virar-se Sasuke deparou-se com olhos verdes, tão verde e cabelo rosa...

Sakura.

- Prometo que ano que vem vou tentar fazer algo menor e menos... Ela disse apontando para a sala e a bagunça com os ombros encolhidos sem encontrar um substantivo para descrever a cena.

- Rosa... Sasuke completou o pensamento da Kunoichi. Que com um sorriso culpado no rosto respondeu.

- Sim, menos rosa.

E com um terceiro suspiro, Sasuke aproximou- se de Sakura e a envolveu em um abraço apertado.

- Tudo bem, vale a pena. Ele disse pensando no sorriso de suas duas filhas, Yuuri e Yuuki, as gêmeas se divertiram tanto durante a festa com todos os amiguinhos, e rosa era a cor apropriada para festas de meninas não era? E com um quarto suspiro ele agradeceu aos céus que seus dois filhos mais velhos, Itachi e Ken não gostavam de festas e muito menos de chamar todos os amiguinhos para dentro de casa.

- Bom, você pode ir deitar eu arrumo a bagunça. Sakura disse soltando-se lentamente dos braços do marido.

- Eu ajudo. Sasuke falou, era o minino que poderia fazer já que não havia ajudado a organizar ou decorar a festa.

Sakura agradeceu com um cálido beijo na bochecha do moreno.

- Eu amo você. Ela disse.

Palavras que o Uchiha julgava nunca ser capaz de esquecer ou de enjoar de ouvir, e antes que a medica- nin pudesse se distanciar, Sasuke a puxou pela cintura e olhou nos fundos dos olhos verdes tão conhecidos e disse lentamente.

- Eu a amo.

Fazendo a mulher em frente a si piscar os olhos e ganhar nas bochechas um tom levemente... Rosado.

Mas bem, quando se tratava dela, Sasuke nunca se importava de tudo ser rosa.

Não quando o rosa era sua Sakura.