Flávia estava no furo relaxando, deu um suspiro pesado se lembrando falando com Gabriel.

“— Então, preciso de fique no meu lugar Gabriel – eu não conseguia olhar em seus olhos, eu olhava para as minhas unhas que pareciam tão interessantes naquele momento”.

— Tudo bem Flá – olhei e pude ver aquele sorriso que me deixava louca, que me fazia ir ao céus e voltar. Suspirei assentindo e quando fui sair. Fui impedida por sua grande mão em minha cintura, minha respiração falhou.

— Precisa de algo Gabriel? – me virei e dei de cara com aqueles olhos verdes me encarando. Ele se aproximou mais e Flávia se soltou rindo sarcástica. — “Acho que não precisa – ela saiu batendo forte a porta”.

Aquilo estava a atormentando, ela fechou seus olhos e se afundou mais no furo.

Nishimura suspirava enquanto preparava um franjo flambado, Suyane olhava divertida para a amiga.

— Você não tem nada pra fazer não Suyane? – a roxinha negou ainda olhando divertida para a amiga.

— Não, eles me expulsaram de servir as mesas – ela fez um biquinho e Amanda riu.

— O que cê fez criatura? – Amanda começou a jogar os pedaços de frangos para cima.

— Nada de mais, só derrubei quatro pratos, confundi cinco mesas e além de derrubar comida em uma mulher que usava um vestido caríssimo – Nishimura começou a rir. Não havia ninguém mais desastrada do que ela. Amanda jogou novamente para cima, até que um frango com fogo pegar na roupa de Suyane, que começou a se propagar.

— SOCORRO, SOCOOOOOOOOOOOOORRO! – Suyane começou a correr pela cozinha, Nishimura arregalou seus pequenos olhos e largou a frigideira, a deixando cair no chão e aí começou a confusão. O fogo começou a se espalhar pela sozinha toda.

— Ah meu Deus – a japa sussurrou. Isso daria problemas, muitos deles. Suyane saiu porta a fora correndo até a piscina, se jogando nela e molhando Tatiane.

— Puta que pariu que porra foi essa Suyane? – a morena contava até dez se acalmando.

— Amanda pôs fogo em mim! – a roxinha resmungava e saiu da piscina. Foi quando Tate viu a roupa da amiga toda queimada, além das queimaduras leves que ela sofreu.

— Meu Deus – a morena deu um tapa em sua testa, logo se assustou ao ver todos correndo do restaurante gritando “FOGO, FOGO”. A morena suspirou fundo, olhou para a japa que vinha correndo com os olhos marejados.

— Fodeu – a pequena falou e observou a roxinha rindo. — Ta rindo de que paiaça botei fogo em você e na cozinha, acha engraçado? – e a roxinha começou a rir mais ainda.

— Ai Amanda, sentia falta de fazer isso – a morena ao seu lado sorriu lembrando-se do tempo de escola. Quando faziam baderna, aprontavam com o professor, quebravam coisas dos restaurantes.

— Só que agora a gente se fodeu, por que estamos trabalhando Suyane – a japa falou entre os dentes e a roxinha se encolheu. Logo viram todas suas amigas vierem desesperadas.

— Mas que porra é essa? – Gabie olhava para o restaurante que agora o fogo já estava sendo apagado pelos bombeiros. Tate apontou para Amanda e Suyane.

— Tinha que ser – Souza resmungou e levou um tapa duplo de Amanda e Suyane.

Todas pararam de falar ao ver Flávia em frente delas, uma expressão assustadora estava em seu rosto.