A Corrida Da Orientação escrita por Soul


Capítulo 6
P.A.R.I.S


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu demorei. Desculpem. ;-;
Espero que gostem.



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Praticamente se arrastando, os dois garotos seguiam seu professor que andava calmamente. O sol forte queimava a cabeça dos dois jovens, a sede era obvia e o cansaço era inegável. Castiel respirava rapidamente e devagar, arrastando a mochila no chão sentia o suor pingar de seu rosto, o cabelo ruivo que agora estava preso grudava no pescoço deixando o irritado.


Nathaniel com todas suas forças tentava manter a postura, o estado deprimente de Castiel o fazia rezar para não ficar assim em segundos. Sua boca estava seca e as roupas que gradavam em seu corpo. O jovem havia tirado o casaco, ambos haviam tirado, mas não havia nenhuma mudança no calor que os dois sentiam. Os cabelos dourados agora estavam suados e a franja grudava na testa, que constantemente o jovem a desgrudava e a jogava para cima.


O professor Faraize parou por um momento, ao lado de um garoto um pouco mais baixo que Nathaniel. Os dois cochicharam algo, que os dois garotos não puderam ouvir, – e também não interessava nenhum dos dois.


O professor se despediu em um aceno, que apenas o loiro respondeu com outro aceno; e se perdeu na floresta novamente. Os dois ouviram um limpar de garganta e levantaram o rosto para ver o mesmo garoto que conversava com o professor.


Mas o que mais o interessavam, era o fato de que ele segurava uma garrafa d’água.


Castiel soltou um murmuro sem sentido e quase correu até o garoto de cabelos verdes, pegando a garrafa. O loiro, tentando manter a postura; foi andando e esperou o ruivo terminar de beber o liquido tão precioso a sua frente.


– Quem é você? – Castiel questionou o olhando com o cenho franzido. O garoto sorriu e respondeu calmamente:


– É um prazer também! Meu nome é Jade, eu sou o responsável pela última etapa!


–Jade? – o ruivo abriu um sorriso debochado, o loiro arregalou os olhos olhando para o ruivo. Ele sabia o que Castiel estava preste a falar...


– Sim, algum problema? – Jade franziu o cenho olhando para o ruivo que segurava a risada.


– Sim, na verdade... – o ruivo na sua tentativa de deboche foi interrompido por um pisam no pé vindo do loiro. – Ai, filho da...


– O que temos que fazer nessa etapa, Jade? – Nathaniel sorriu entregando a garrafa para o menor que franziu o cenho para os dois.


– Bem... Ér, hum... Nessa etapa vocês terão que descobrir a resposta para uma charada! Nós escrevemos cinco letras na floresta que vocês devem anotar e descobrir qual palavra elas forma.


– Ok, obrigado, Jade! – o loiro agradeceu arrastando um Castiel com o pé dormente pela floresta. – Ficou maluco? - sussurrou para o maior que o olhava com um certe ódio. – Olha o que estava preste a falar para aquele garoto!


– Idai? Não é motivo para pisar tão forte no meu pé, Nath. – resmungou.


–...


–...


– Do que me chamou? – o loiro quebrou o silêncio entre os dois. Pela primeira vez na vida de Nathaniel, ele viu Castiel corar.


– Eu... – olhou para os lados, e logo seus olhos pararam de se moverem em um ponto. – olhe, tem uma letra ali.


O loiro olhou para onde o ruivo estava indo, e viu o mesmo passar o dedo indicador na letra.


– É um R. – ele gritou, o representando piscou algumas vezes e mexeu na mochila largada no chão, em busca do papel e do lápis. Após achar o que procurava Nathaniel anotou a letra que o maior havia gritado, olhou para frente e viu o maior se aproximando.


– Vamos andar logo, parece que somos os primeiros a estar nessa etapa, ainda podemos ganhar! – o loiro sugeriu. Os dois caminharam um pouco mais, até encontrarem mais uma letra. – Letra I. – o loiro murmurou anotando.


Os dois continuaram, mas em silêncio. Um silêncio desconfortável! Ambos queriam dizer algo, mas não sabiam como fazer o ato, aliás, o que eles queriam tanto falar um para o outro?


– Ali tem um P. – Castiel apontou para a letra, e abaixou o olhar para ver o loiro anotar a letra.


Os dois se observavam pelo canto dos olhos; sem que percebesse. O clima não estava nada bom, mas não era o clima de ódio que sempre estava entre os dois... Era diferente.


Nathaniel fitou outra letra... Um A. ele anotou e levantou a cabeça após; recebendo um olhar do ruivo. Os olhos dourados do representante desviaram por um prevê momento, mas logo olharam para os olhos cinzentos do ruivo.


Ele abriu varias vezes a boca, mas nenhuma palavra saiu. O ruivo se aproximou um pouco, fazendo o menor o olhar com certo medo.


– O... O que você... Você está fazendo? – o loiro gaguejou, fazendo o ruivo soltar uma risada rápida. Ele se aproximou um pouco mais do menor e levantou a mão direita, a levando até a franja dourada de Nathaniel.


– Tem alguma coisa no seu cabelo. – o ruivo respondeu baixo. O coração de Nathaniel falhou uma batida; ele sabia que estava vermelho como um morango, mas o pior da situação era o fato de que os músculos de seu corpo não o obedeciam... Ele queria afastar Castiel com apenas um movimento, mas seus braços não se mexiam.


Castiel mexeu um pouco no cabelo do loiro e logo se afastou com um pedaço de galho. Ele jogou o pedaço de árvore seca no chão e suspirou virando de costas para o loiro.


– Vamos continuar! – o ruivo começou a andar novamente. O loiro tentou controlar a respiração, que graças os atos do ruivo estava ofegante. Ele levantou a cabeça com os olhos fechados e suspirou fundo.


Ele abriu seus olhos dourados encarando o ruivo de costas para ele; começou a andar junto ao mesmo.


– Falta uma letra... – o loiro murmurou quando já havia chegado ao lado do maior.


– Deve estar bem escondida por aqui. – suspirou. Os dois chegaram perto de córrego, um pouco diferente do córrego da outra etapa. Os dois começaram a procurar a tal letra em todos os cantos. – Achou?


– Não. – o loiro respondeu. Ele levantou olhando o ruivo abaixado procurando a letra nos cantos mais baixos do lugar. – Será que não deixamos escapar nenhuma letra nos outros cantos da floresta?


– Acho que... Olhe, tem um S aqui. – o ruivo apontou para a letra, o loiro nem foi até onde o maior apontava, ele apenas anotou a letra. Não queria chegar muito perto do ruivo após aqueles atos inesperados do mesmo.


Os dois foram para o lado de aonde vieram. Com o pensamento de ganhar a corrida em suas mentes, os dois carregavam um sorriso pequeno... Até ouvirem o que não queriam:


– Legal, encontramos todas as letras! – ouviram uma voz feminina e muito conhecida vindo não muito longe deles. Os dois se entreolharam e andaram rapidamente até a voz.


– Você também encontraram as letras? – Nathaniel questionou os dois amigos quando chegaram até ambos. Lysandre e Megguie se viraram para encarar os dois garotos atrás de si.


– Sim, vocês também? – Megguie questionou em um tom preocupado. Óbvio que ela queria ganhar essa corrida e esfregar na cara do ruivo que tem um bom senso de direção.


– Venha Nathaniel, temos que correr se queremos ganhar essa corrida! – o ruivo sorriu debochadamente para a garota, a mesma o fuzilou com os olhos azuis. – Quero esfregar na cara dessa tabua a nosso prêmio. – o ruivo puxou o loiro pelo braço, e saíram correndo até o local onde Jade estava; mas não saíram a tempo de ouvirem Megguie gritando furiosamente para Castiel:


– Eu não sou tábua! – o ruivo riu alto, o possível para os dois amigos atrás ouvissem. O loiro apenas balançou a cabeça negativamente, mostrando que não entendia o porquê Castiel tinha tanto prazer em ver a garota nervosa.


– Então, conseguiram? – Jade questionou um pequeno sorriso nos lábios. Os dois jovens apenas assentiram e o menor continuou: - Ok, agora vocês devem descobrir que palavra essa letras formam.


– Merda! Ainda tem isso? – o ruivo resmungou. Ele olhou para o loiro, que já estava entregando a folha respondida para o menor. – Já terminou?


– Sim, até um cachorro conseguiria decifrar essa charada. – murmurou olhando o rapaz a sua frente sorrir com a resposta. – E a reposta era óbvia.


– Está certa a resposta... Paris. Muito bem! Podem ir reto, assim vocês vão encontrar a diretora de vocês.


– Ok. – o loiro puxou o ruivo pela mão, que para a surpresa do representante não puxou e resmungou pelo fato de estarem de mãos dadas.


– Cachorros são inteligentes, ok? – o ruivo resmungou. Provavelmente pela resposta que o loiro havia dado a ele alguns minutos atrás.


– Sei. – Castiel sentiu a ironia na resposta do menor, mas não questionou. Apenas sorriu.


O que importava para ele era que os dois iriam ganhar a corrida... E ele iria poder irritar Megguie ainda mais.


Para um dia chato para ambos. Essa tarde foi bastante... Interessante.


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Notas finais do capítulo

Talvez o próximo seja o último, ou o próximo do próximo -qq
Até mais.