Diana Damburn: Adeus, Casamento. escrita por Desirée Schultz


Capítulo 4
Capítulo 4




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Estou me arrumando. Visto minha blusa branca de manga comprida e um corpete preto por cima. Coloco uma calça confortável e botas de couro. Como logicamente eu não gostaria de ser reconhecida, visto uma capa cinza com capuz. Onde estão as flechas? Onde estão elas? Alguém bate a porta.

 - Entre!

 - Olá, vim me despedir. - diz Mary, de cabeça baixa.

 - Ora, venha cá! - abro os braços e nos abraçamos como velhas amigas de infância. Ou irmãs. Somos quase irmãs, na minha opinião.

 - Eu trouxe três coisinhas para você. 

 - E o que são?

 - Três garrafinhas. Esta roxa contém veneno. Tome cuidado, isso leva a morte instantâneamente. Resulta numa morte extremamente silenciosa.

 - Uh...

 - Esta amarela possui uma substância alucinógena. Deixa seu amiguinho ocupado por aproximadamente duas horas. Eficiente, não?

 - Oh sim.

 - E esta azul possui o poder de cura. Muito eficiente também. Não necessita ser usada uma enorme quantidade. E antes que pergunte, meu avô é curandeiro, aprendi tudo o que sei com ele. - disse ela, orgulhosa.

 - Como posso lhe agradecer?

 - Traga alguma raiz de uma planta qualquer. Sugiro que seja de uma ilha que fica ao norte. Faria isso por mim?

 - Claro! - eu ainda estava a procura da aljava.

 - Está ali do lado da janela.

 - Oh! - deuses, ela acertou mesmo!

 - E eu trouxe aqui pra você uma faca de caça. Comprei de um pirata.

 - Como você conseguiu pagar? - ela baixa a cabeça em tom de tristeza. - hum... Eu pego sua honra de volta.

 - Obrigada. - sorri ela.- Então, já é sua hora de partir. Se quiser coletar informações, fale com um pescador chamado Dave.

 - Adeus, Mary.

 - Adeus, Diana.

                                            ***

Saio sorrateiramente em direção ao porto. Vejo um homem saindo da praia. Então, eu o pego de costas, ameaçando cortar sua garganta.

 - Boa tarde, cavalheiro. Preciso de informações.

 - Veja só, uma menina. O quer, criança?

 - Apenas me responda algumas perguntas. Quantos navios piratas há por aqui?

 - Acha mesmo que pode render um cavalheiro como eu, mocinha? - então ele se solta rapidamente e toma a faca de minha mão. Maldito, penso. Tive uma idéia.

 - Que droga, que droga de vida que tenho, - começo a choramingar, afinal " cavalheiros não resistem a donzelas indefesas", já dizia minha mãe. - eu nunca consigo fazer nada direito.

 - Ora, mocinha, o que quer?

 - Eu só gostaria de algumas informações... - vou me arrepender mais tarde, ah se vou. - e um favor tembém.

 - O que eu ganho com isso?

 - Bom, - eu solto um botão da camisa. - eu poderia lhe pagar. - a expressão dele se transforma num sorriso.

 - Se é assim... Sou Dave. - bingo. - No momento, há apenas uma embarcação pirata por aqui. Tem um bando de moleques. O capitão é um idiota, se quer saber. Um velho beberrão.

 - Sabe onde posso encontrá-lo?

 - Conhece a taverna de ouro?

 - Aquela taverna nojenta, que desmerece o nome que tem?

 - Essa mesma. E agora, minha recompensa...

 - Não tão rápido. Você vai até lá. Vai me colocar dentro da tripulaçao. 

 - Você é uma garota muito sapeca, pelo visto, não é mesmo?

 - Ah sou. Sou sim, meu pai é um homem de negócios, meu caro. Aprendi com ele. E qual é o nome do capitão?

 - Larry. Mais conhecido como Larry, o beberrão. - ele solta uma gargalhada.

 - Está bem, pare de rir como um imbecil.


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Notas finais do capítulo

Peço desculpas, não tive muito tempo de construir um capítulo decente. T.T



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