Diana Damburn: Adeus, Casamento. escrita por Desirée Schultz


Capítulo 21
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Decidi voltar a escrever, meus queridos e_e Eu tenho lido instruções de navegação ultimamente, e acho que isso deixará a historia com mais riqueza de detalhes >< Enjoy.""



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Assim que fecharam a porta, esperei alguns minutos até que levassem Devon ao convés. Quando o barulho cessou, me levantei e fui abrir a porta... Que está trancada. Essas portas, devem ter algo contra mim, não é possível. Forcei a fechadura, chutei, dei alguns murros e nada adiantou.

– Para de tentar. - disse uma voz do lado de fora.

– Ordeno que destranque esta maldita porta.

– Não vou abri-la até que Ebraim permita.

– Quem é você?

– Arkadius, o contramestre do navio. Já ouviu falar que nenhum rapaz ou mulher é permitido(a) estar entre homens? Faz parte do regulamento.

– Vai me abandonar numa ilha deserta junto com Hans? Até onde sei, ele tem dezessete anos. Eu matei seu antigo capitão, não há nada que você possa fazer além de me obedecer.

– Estou apavorado. - riu, debochando. - Apenas cale a boca, cabeça de fogo, seu almofadinha já vai voltar.

Decidi me calar, de qualquer forma, esta discussão não mudaria minha situação. Resolvi me sentar e esperar. Achei que estivesse me acostumando ao balanço do navio, mas estive enganada. Minha cabeça a girar e meu estômago a revirar... Me decepciona o fato de eu não ser acostumada a navios, afinal, tenho sangue viking correndo em minhas veias, o mínimo que podia se esperar de mim seria um pouco de habilidade náutica. Sou uma vergonha para minha família, acho. Não sei navegar, fugi de casa, do casamento, dos meus pais, do meu destino... E não me arrependo. Sinto falta de algumas coisas, mas eu sonhei a vida toda por este momento. Não vou abrir mão do meu navio enquanto tiver condições de comandá-lo. E vou achar minha tia, conforme prometi a tio Benjamin.

Ouço passos no deck e logo depois, o som da fechadura se abrindo.

– Acho que aprenderá uma valiosa lição ficando sozinho. Chega de insultar os outros, almofadinha. - disse Emanuel, empurrando Devon, que acabou caindo no chão. - A moça deve me acompanhar.

Fique de pé e caminhei em direção a saída, onde Emanuel me esperava, quando me deparei com Arkadius, aquele que havia discutido comigo. Seu cabelo era loiro e curto, e sua pele igualmente tão clara quanto seus cabelos e olhos. Ele sorriu em ato de provocação, dizendo:

– Leve essa prostituta até o capitão.

– Cretino. - cuspi em seu rosto.

– Anda logo, ele adora damas descontroladas, não faça o que ele quer. - riu Emanuel, agarrando meus braços para me levar até o convés.

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– Solte-a. - ordenou Ebraim. Ajustei minhas roupas amassadas e me curvei.

– Então este é meu substituto.

– Quase isso, sou o mestre. Estávamos discutindo o regulamento enquanto Manfred interrogava o almofadinha.

– Pensei que ele só soubesse...

– Descascar batatas? Não, ele faz maravilhas com facas, incluindo tortura. - procurei Manfred e encontrei seu olhar dizendo "você me subestimou, docinho".

– Desculpe. Chegaram em alguma decisão? Ouvi falar numa regra que diz "Nenhum rapaz ou mulher é permitido(a) estar entre homens".

– Sim. Você deve ficar, Diana. Apesar de você ser uma mulher, você derrotou nosso capitão, e não podemos simplesmente abandonar você numa ilha ou matar a tiros. Sem falar no fato de que Hans ainda se encaixa no termo "rapaz", não é mesmo? Ele é um ótimo tripulante. Vocês são exceção a essa regra.

– Entendo.

– E tenho mais uma coisa a dizer, o complemento da regra a respeito de mulheres/rapazes: "Se algum homem for encontrado a seduzir ou a fazer sexo, e levá-la até ao mar, disfarçando, ele sofrerá até a morte". Sinto-me obrigado a repetir semanalmente a partir do dia da sua chegada.

– Oh sim. - senti meu rosto queimar de constrangimento quando vi Brendan e Javier tentando esconder o riso.

– Vamos direto ao assunto, está bem? - interrompeu Hans. - A única coisa que sobrou do nosso antigo capitão foi seu tricorne, portanto...

– Ele não tinha dinheiro? Ou armas? - perguntei.

– O assunto agora é o tricorne. Ele será dado a você, como novo capitão. Homens! - exclamou Hans. - Tragam o rum e vamos festejar esta noite!

– Aye! - os tripulantes gritaram em aprovação.

– Com que canção começaremos, capitão? - perguntou Ciro, o músico.

– Surpreenda-me. - respondi.

"The Worst Old Ship", espero que goste, madame. - sorriu o músico.


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Notas finais do capítulo

The Worst Old Ship -> http://www.youtube.com/watch?v=H9KsYy0WgbM

Obgda por ler, espero que tenha gostado.
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