Schyler escrita por Gi Carlesso


Capítulo 22
Capítulo 22 - Futura guerra


Notas iniciais do capítulo

Ooooooooi bebês! Como vocês estão? Eu estava com saudades *-*
Finalmente vou postar o próximo capítulo hahahah eu sou uma lerda, me desculpem! Bom, mas tomara que gostem desse, vão ser esclarecidas algumas coisinhas ---'
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Boa leitura!



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Meus olhos iam se abrindo lentamente enquanto eu sentia duas mãos empurrando-me com força, esperando que eu finalmente acordasse. Além dos empurrões, uma voz grave praticamente implorava, gritava meu nome. Credo, eu morri? Não, já?

- Schyler!! – ouvi a voz novamente. Meus olhos foram atingidos por um clarão, o sol, e logo depois a imagem de alguém começou a se formar a minha frente. – Schyler, acorde!!

Pisquei diversas vezes tentando acostumar meus olhos com a claridade até que finalmente o borrão a minha frente tomou forma e eu encontrei os olhos violeta de Gabriel. Ele tinha gotículas de suor escorrendo pela testa e uma expressão preocupada tomava conta de seu rosto. respirei fundo o ar a nossa volta sentindo o cheiro típico de flores, água e grama.

- O que... – murmurei não conseguindo falar direito. – Onde... onde estamos?

Ele soltou um longo suspiro de alívio enquanto colocava os braços ao meu redor para me ajudar a levantar da grama. Eu sentia vários cantos de meu corpo doloridos, principalmente as costas e a cabeça.

- Ela nos trouxe de volta para a estrada. – disse ele limpando meus ombros cheios de grama e folhas. Gabriel fazia isso com tanto cuidado que chegava a ser espantoso. – Você caiu no barraco, por pouco não atingiu a estrada. Algumas pessoas viram e eu disse que paramos para descansar e você tropeçou. – ele sorriu como se tivesse uma piada interna. – Acharam que você estava bêbada.

Arqueei uma sobrancelha enquanto Gabriel ria de leve, mesmo que estivesse vendo minha expressão desconfiada.

- Sério? – não consegui evitar um sorriso. – Então, enquanto você corria atrás de mim barranco abaixo depois de ser expulsa por um anjo, eles achavam que eu estava bêbada? Bom saber. – fui sarcástica o suficiente para que Gabriel parasse com os risos.

Limpei minhas mãos olhando em volta atrás do carro de Tristan. Por um momento senti medo de que o carro tivesse ficado onde conversamos com Aliha, mas logo avistei a lataria acinzentada do carro bem no meio da estrada. Por sorte, àquela hora não havia muito trânsito, se não, poderíamos dizer adeus ao carro.

Sem dizer mais nada, fui até o carro e entrei batendo a porta com força enquanto esperada o ex-arcanjo resolver entrar e parar de rir de mim. Ele tinha um sorriso largo quando o avistei abrindo a porta do motorista e sentando-se ao meu lado.

- O que vamos fazer agora? – resmunguei alto o suficiente para que ele ouvisse. – Quero dizer, Aliha já deu o aviso dela, agora temos que fazer alguma coisa à respeito.

- E vamos. Vou falar com Tristan hoje a noite. – ele falava olhando na direção da estrada. – Por mais que tentamos, já se tornou uma futura guerra. Os demônios irão tentar mata-la para conseguirem se vingar de mim e se tornarem criaturas muito poderosas. Aliha vai tentar mata-la para impedir os demônios de causarem outra guerra com os humanos e nós... bom, nós não vamos deixar nenhuma dessas criaturas imundas tocarem um só dedo em você.

- Nós?

- Sim, vamos recrutar anjos caídos. Eles estão espalhados pelo mundo inteiro e topariam no mesmo instante uma guerra contra os anjos negros e demônios impertinentes. – ele sorriu de lado. – Nós anjos caídos somos um pouco bons para briga.

- Você está me fazendo me sentir uma Bella. – murmurei sem muito ânimo ao me lembrar da personagem da saga “Crepúsculo”. Eu não gostava e não queria nem um pouco ser comparada a ela. – Eu não vou deixar que lutem me protegendo e ficar sentada só assistindo. Vou ajudar, já que sou uma mestiça ou coisa parecida, acho que posso servir para alguma coisa. E mais, se você não vai deixar que ninguém encoste um dedo em mim, pode ficar sabendo, Sr. Gabriel, que é o mesmo para você.

Seus olhos violeta pairaram sobre mim, então aproveitei a chance e pisquei para ele.

[...]

Depois de algumas horas de viajem, finalmente conseguimos chegar no apartamento de Gabriel. Já era noite e uma brisa gelada tomava conta do ar de New York, deixando tudo um pouco mais sombrio do que era. Havia dois mendigos pedindo dinheiro próximos ao prédio, mas passamos por ele com medo de armadilhas. Ótimo, minha vida agora se resumiria em ficar alerta à cada segundo.

Ao entrarmos no apartamento de Gabriel, Tristan já esperava lá dentro olhando para uma pilha de papéis velhos. Alguns tinham as pontas desgastas e de cor amarelada, deveriam ser realmente muito antigos. Quando nos viu, ele não nos lançou um sorriso como de costume, na verdade, sua expressão era um pouco preocupada e séria.

Fiquei tensa no mesmo instante. Tristan era um anjo muito calmo e sereno, vê-lo preocupado era muito estranho ainda para mim. Poderia ser alguma coisa com a menininha de quem ele é anjo da guarda ou se não... sabia sobre nossa visita a Aliha.

- Então você já sabe. – disse Gabriel quebrando o silêncio.

- Sim. – respondeu o anjo não deixando os papéis de lado. – É uma situação de grande risco, Gabriel. Você sabe o que vai acontecer, não sabe?

Gabriel assentiu. Alternei meu olhar entre os dois tentando compreender o que eles queriam dizer sobre o que aconteceria. Bom, estava meio claro de que Aliha ficou uma fera e poderia atacar a qualquer segundo que ela quisesse, mas ainda assim, parecia que os dois estavam me escondendo mais do que eu imaginava.

- Do que vocês estão falando? – murmurei sentando-me ao lado de Tristan no sofá. Ele direcionou o olhar a Gabriel, quem soltou um longo suspiro de cansaço.

- Vai acontecer uma guerra, Schyler. – murmurou ele exausto. – E pode ser que nenhum dos três lados ganhe. Talvez os demônios sejam mortos já no início, mas ainda sobrariam os anjos negros. São criaturas tão poderosas quanto os arcanjos, não é a toa que pertencem à horda de Lúcifer. Ele sempre tem que ser o melhor, o mais poderoso, e criou esses malditos anjos para isso.

Eu não disse nada por algum tempo. Precisa raciocinar cada palavra que ele dizia, principalmente pelo fato de que eu era um ponto principal na guerra e provavelmente sem mim, nada disso estaria acontecendo.

- Mas... e se fizermos mesmo o que você disse sobre recrutar os anjos caídos? – eu disse. Tristan franziu as sobrancelhas, provavelmente Gabriel não dissera a ele sobre isso. – Vai ser uma boa ajuda.

- Sim, porém muitos deles não são como eu. Anjos caídos, muitas vezes, são maus e não resistem a qualquer maldade. – ele suspirou. – Muitos deles não vão aceitar no início, pois irão acreditar que é só matar você e pronto, nada de guerra.

Droga, ele tinha razão. Não iria ser tão fácil quanto eu estava esperando e muito menos rápido. Eu teria que lutar numa guerra, enfrentaria anjos negros e demônios com sede de sangue. E ainda por cima, os humanos estariam envolvidos.

Fiquei de pé e passei a andar pela sala tentando armar alguma coisa. Eu tinha que avisar minha irmã de não vim para New York por algum tempo e mantê-la o mais longe possível da cidade. O mesmo para alguns poucos amigos que eu tinha pela cidade.

- E as pessoas? – murmurei. – O que vai acontecer com as pessoas da cidade?

Os dois se entreolharam.

- Teremos que evacuar a cidade se der tempo. – disse Tristan. – Mil anos atrás ocorreu uma guerra entre demônios e anjos na região da África, pelo o que diz os textos antigos que peguei em nossa biblioteca.

- Roubou a biblioteca do céu, Tristan?

- Gabriel, eu peguei emprestado, tem uma grande diferença. – ele revirou os olhos e continuou. – Ao que parece, a guerra envolveu muitos mundanos que se encontravam na região e nem por isso, ocorreu uma evacuação. Muitos deles morreram ou fugiram, mas alguns permaneceram e ajudaram o lado que escolhiam durante a guerra. Se as pessoas daqui fizerem o mesmo, pode ser que nem precise ser feito uma evacuação na cidade.

Gabriel assentiu enquanto pensava. Eu apenas assistia à aquela história sem a menor ideia do que fazer, afinal, nunca soube de qualquer guerra como aquela, pois nós humanos ficamos alheios a ela. Mas, eu não sou mais uma humana e sim, uma mestiça.

- O que Aliha quis dizer com “a mestiça tem grandes poderes. Alguns que nem podemos imaginar”? – perguntei encarando minhas mãos. Será que eu poderia jogar bolas de fogo no inimigo ou correntes elétricas? Ok, acho que vi filmes demais na minha infância com minha irmã Carrie.

- Não sabemos ainda. – disse Gabriel. – Você precisa treinar primeiro. Só assim saberemos do que é capaz de fazer.

É, algo me diz que as bolas de fogo nem são tão imaginárias assim.


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Notas finais do capítulo

É, Schy, acho que bolas de fogo vão ser meio úteis sabe......
O que vocês acham que vai acontecer?
Bjos :) x



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