Draco desceu do ônibus desesperado depois de ver a policia na frente de “sua” casa.

-Oque está acontecendo aqui?- Ele gritou.

-Estamos demolindo a casa, se tornou um lugar perigoso. Sem falar que só é local de pichação, o terreno é da prefeitura.- Draco olhou confuso para o policial e viu a placa da sua amada Lucy derrubada, viu as flores pisoteadas. Nada mais estava no seu lugar.

- Não, isso é importante pra mim. Minha amiga, ela foi interrada, bem aqui.- Ele sentiu outro calafrio por ter repedido isso.

-O corpo que estava aqui foi retirado hoje de manhã, um senhor trousse a funerária, tirou o corpo e o levou pro cemitério.- Draco então olhou pra janela do quarto decima e esperou uma brecha do policial e correu até lá pegando tudo que restava da Lucy, seus materiais e outras coisas e logo saiu por causa das inúmeras broncas que os policiais gritavam. Ele segurou tudo com suas mãos e ainda em choque viu a única lembrança de Lucy morrer, quase  tudo se fora. Quase tudo. No meio daquela gritaria entre pedreiros e policiais Draco pegou as coisas de Lucy e as levou com sigo até o apartamento. Guardou tudo em uma caixa em cima do guarda roupa e logo saiu novamente. Onde estava Lucy agora?

*

-Eu não sei filha, não sei.- A mãe de Luna gritou pela 9° vez .

-Como não? Essa foto mãe, essa foto é a mesma que tem nos álbuns de foto do papai. Do pai que eu não conheci. Como ela tinha isso?- Ela gritou nervosa.

-Ela quem Luna?- A mãe falou confusa, e Luna retirou da mochila a foto de Lucy junto a Draco.

As mãos da Mã e de Luna começaram a tremer. Ela deixou Luna na sala sozinha e subi pegando o telefone e ligando pra alguém. Luna muito confusa seguiu a mãe e pegou apenas metade da conversa que sua mãe tinha com a outra pessoa do outro lado da linha.

-Oque foi mãe?- Luna falou preocupada.

-Filha, vou te contar algo que talvez nem eu sabia. Na verdade não tinha certeza. Mas agora tenho.

...

-Uma irmã? Eu tive uma irmã?

-Sim, quando seu pai e eu se separamos tínhamos uma filha, Seu Nome era Lucinda. Mas eu e ele não conseguíamos mais viver no mesmo ambiente. Sempre brigando, sempre. Então nos separamos, eu não sabia que estava gravida. Mas sabia que não estava pronta pra cuidar de uma criança, então deixei Lucy com seu pai para seguir minha carreira. Ele também não queria uma filha, mas a mãe dele prometeu cuidar de Lucy. Ele foi viver sua vida na Venezuela e eu segui minha carreira. Nunca tive noticias dela. Na verdade eu estava crente que Lucy estava morta, e então descobri que estava grávida de você. Mas eu já tinha uma vida, uma carreira, tinha dinheiro o suficiente pra te dar uma vida digna. Então tive você, me casei novamente e segui minha vida, acreditando que Lucy não tivesse passado dos seus 3 anos de vida.- Luna ouviu tudo com as mão sobre a cabeça, estava completamente confusa. Tentou anexar tudo oque ouvirá, deu um beijo em sua mãe e saiu.

*

Luna correu até a casa da sua irmã, ela ainda não acreditará em tudo oque ouvirá. Ela só queria ter uma chance de se despedir de alguém, foi uma grande reviravolda. Sua irmã era a garota que Draco tanto amou? Hã? Mas agora o que sentia não era ciúmes, era apenas um desconforto por nunca ter alguém para abraçar assim, uma irmã.

Luna avistou da janela do ônibus os destroços da casa e correu para lá onde achou Draco.

-Cadê ela? CADÊ A MINHA IRMÃ?- Ela falou com uma certa voz de desespero.

-Um senhor a tirou daqui, levou o corpo para uma funerária. Antes que a casa se transformasse nisso... Perai- Ele levantou o olhar.- Sua irmã?

-Sim.- Ela sorriu fraco- Lucy, Lucy era minha irmã. Era por isso que tinha uma foto dos meus pais lá, era por isso que ela era tão semelhante a mim...

-Era por isso que sempre que você sorria eu me lembrava dela.- Ele completou. Luna o abraçou forte e não sabia ao certo oque significava ter Lucy como irmã, mas sabia que agora tinha Draco como amigo.

-Nós vamos descobrir onde ela está não é?

-Com toda a certeza- Ele sorriu.

*

Rony comia um pedaço de pizza que estava a 5 dias na geladeira, jogava vídeo game a 4 horas e sabia que precisava de um banho mas tinha muita preguiça de se levantar. Já avia se passado uma semana desde o incidente com Hermione, ele já tinha uma barba rala e ainda sentia muito ódio de Harry.

-Oi- Harry falou logo que chegou em casa.

-Eu vou te matar seu filho da puta!- Ron gritou, agora com energia o suficiente pra levantar do sofá e dar um soco na cara de Potter.

-Opa oque eu fiz?

-Oque você fez? Você me fez beber o liquido rosa, me deixou completamente bêbado até eu ficar com outra menina.

-A Ronald, uma ora ou outra tu ia beber.- Ele riu.

-UMA HORA OU OUTRA? VOCÊ ACHA QUE EU SOU IDIOTA?

-SIM EU ACHO, VOCÊ MAGOOU ELA NÃO EU.

-VOCÊ SEU IDIOTA- Ronald acertou um soco na barriga de Harry que logo acertou outro na barriga de Rony. - SÓ FALA PRA ELA QUE A CULPA FOI SUA, Você sabe que eu não ia beber, você sabe o quanto eu gosto dela. Você sabe de tudo isso.

Harry soltou Ronald e ficou olhando para a cara dele por uns 30 segundos.

-Desculpa cara.- Harry finalmente falou- Eu vou falar com ela. Eu vou falar com ela e você não perde ela cara. Não perde porque você sabe que é dela que precisa. Não perde porque mesmo com essas marras é ela que te faz sorrir. Não perde porque sem ela cara, você não é nem metade do que é. Você se transformou só em uma semana que ficou sem ela, isso que é dependência- Harry riu.

Ron sorriu, deu aquele sorriso de garoto. Aquele de moleque quando ganha a primeira bicicleta sabe? Ele correu pro banheiro, fez a barba. E se arrumou, mais do que já se arrumou para todas as baladas que foi.

*

-Hermione, posso falar contigo?- Harry falou ao chegar no apartamento das meninas.

-Pode- Ela sorriu e pôs o livro de lado.

-Sabe na ultima sexta? A que Você pensa que Ron te traiu?- Hermione já revirou os olhos e pegou o livro novamente.- me escuta, larga esse livro e vai ficar com o cara que te ama. Ele tá ali do outro lado gritando seu nome, eu levei um soco na barriga só porque ele precisa de Você.

-Me poupe disso Harry.

-Me escuta, eu fiz ele beber, eu fiz ele ficar bêbado só porque eu estava sofrendo, eu precisava de álcool, eu fiquei chateado por causa da aposta, então sai pra beber, e ele é o Rony, sempre me acompanhou. A história dele namorar ainda é nova pra mim. Me desculpa, mas eu assumo toda a culpa por isso. Ele não tinha noção do que estava fazendo, mas eu sim.

Hermione sentiu-se aliviada por saber que Ron não deixou de amalá. Sentiu que poderia volar a ter seu conto de fadas. Ela queria o Ron, agora!

-Isso é sério?- O brilho dos olhos dela tinha voltado.

-Sim, completamente sério.