Estava tudo escuro. Eu tentava achar o caminho, mas em todos os lugares só tinham arvores. Tinha começado a chover há uns cinco minutos. Comecei a correr, tinha que achar um abrigo.

Cada vez, parecia que a mata crescia mais, arvores e mais arvores muita folha no chão.

Cai, tentei me recompor na caminhada, mas não conseguia me levantar. Gritei para pedir ajuda, mas minha boca não emitia som algum.

Estava com muito medo. Ouvi passos, fiquei totalmente em silencio.

- Ai, o garoto! – Uma voz sombria falou

- Essa floresta é muito traiçoeira, Finn. Não se pode acreditar em tudo que se vê. – Falou o outro cara

Estremeci. Já tinha ouvido aquela voz, de algum lugar.

As duas figuras sombrias estavam indo para a minha direção, comecei a ficar apavorada. Consegui me levantar, mas ainda mancava. Meus passos estavam pesados por causa da chuva e da minha perna machucada. Comecei a andar mais devagar para fazer menos barulho.

- Achei! – O cara, suposto Finn, falou virando a lanterna para perto de mim.

- Não, por favor, saiam daqui – O garotinho parecia muito assustado.

A lanterna estava bem no seu rosto, tentei vê-lo. Ele tinha aproximadamente 13 anos. Tinha cabelo castanho curto. Não deu para ver muitos detalhes, mas aquele rosto parecia familiar.

- Você não está longe de casa garoto... Não deveria ter vindo para cá – Falou o segundo cara.

- Eu não tenho casa! Eu fugi, não tenho para onde ir. Por favor, não me machuquem – O garoto falou.

- Não... Não vamos te machucar. Nosso mestre vai – Ele deu uma risada maléfica.

Tentei chegar mais perto para tentar ouvir a conversa melhor. Cometi um erro. Pisei num graveto e acho que os dois monstros ouviram.

Os monstros viraram as lanternas em minha direção e eu me apavorei. Tentei correr, mas não conseguia. Comecei a me arrastar e cada vez mais os monstros chegavam mais perto.

Consegui me levantar e subi com dificuldade em uma das arvores. Os Monstros viravam as lanternas para todos os lados, mas não me achavam. Eles voltaram para o garoto.

- Não, por favor – Ele pedia.

- Calado! – Finn bateu na cara do garoto com tanta força que ele cuspiu sangue.

Fiquei com dó do garotinho, queria salva-lo. Por sorte, minha espada estava comigo.

Pulei da arvore e aterrissei perto do garoto. Coloquei a arma perto do corpo para que não me atacassem. Os monstros eram maiores de perto. Estremeci. Um deles bateu na minha espada com tanta força que ela voou longe. Estava desarmada, tinha que correr. Puxei o garotinho pelo braço e tentei fugir.

Corri um pouco, estava difícil de correr com toda aquela chuva. O garoto estava semi-inconciente então tinha que carrega-lo. Cai novamente. Tentei levantar, mas o garoto estava em cima de mim.

Os monstros me pegariam.