Argonautas I escrita por Argonautas


Capítulo 13
Lívia Poty




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Sentei exausta depois de sair de uma aula de Arco e Flecha. Meus pensamentos voaram. Logo para aquele dia, o qual eu descobri que era uma semideusa. Sim, semideusa. Metade mortal e metade deusa. Não sou louca, por mais que você ache.
Era uma tarde de domingo. Estava fazendo calor em Nova Iorque. Estava morando lá desde os meus oito anos. Minha mãe saiu do Brasil, brigou com a família. Foi algo grave. Não soube do motivo ao certo. Desde então morávamos em Nova Iorque. Minha mãe havia casado com um americano, a qual me odiava e tinha duas filhas, Annabelle e Elizabeth. Nesse dia estava acompanhada de Annabelle, por obrigação, essa menina me odiava. Forçavam-me a sair com ela, mais enfim, estávamos no Central Park.
Annabelle estava no auge da vida, com 16 anos. Eu tinha 12. Ela havia marcado um encontro com os amigos no parque, e eles também não gostavam de mim. Devo ser muito irritante, só pode.
Após encontrar com os amigos no parque, ela me abandonou lá. Lembro-me que ela disse:
‘ – Não vou sair com você. Uma aberração do século’ e saiu.
Sentei no banco do parque e puxei meu caderno de desenho. Umas das poucas coisas úteis que eu sabia fazer. Porque até pra ler era péssima.
E tudo que aconteceu a seguir foi muito rápido. Ouvi gritos, agudos, eles ecoaram pelo parque inteiro, e depois avistei Annabelle com um cara, alto, bem alto, ele tinha somente um olho. UM OLHO! Deve tinha uns 2 metros de altura pra cima era bem alto mesmo. Vocês devem estão esperando aparecer o Aslan depois de ler isso, mais é verdade.
Levantei correndo, estava com medo. Apareceram mais criaturas do além. Eram cães, mais gigantes. Ok me internem num Hospício.
Uns deles me agarram, uns dos cães. Pronto, estou num pesadelo maluco.
Annabelle gritava, e o cara lá, ria dela e de mim.
– Cadê a poderosa semideusa que meu chefe mandou eu vim buscar? A prole de um deus? Não é possível que seja ela. Você! – Ele apontou pra mim. Seu único olho era meio leitoso. Ele se aproximou mais – Lívia Poty. Sim. Semideusa. Seu sangue é sentido há distancia daqui. Por mais que sua mãe tenha tentando te esconder, eu te peguei. E vou matar você.
– Eu sou o quê? – Perguntei. Agora eu passava do medo para confusão. O que se passava naquele lugar?
– Você é uma semideusa, uma prole de um deus. Seu futuro seria brilhante. Pena que devo ter destruir e mostrar para seu querido pai.
– Não! Você não vai! Eu nunca vi meu pai na minha vida. Onde ele está? – Gritei. Estava ficando bem desesperada. O cara riu de novo. Annabelle olhou para mim assustada, tanto quanto eu.
Olhei pro lado, vi Garret. Era um menino que estudava comigo. Eu não sei o que ele fazia na 6 série sendo que parecia ser velho. Só sei que ele era o único que andava comigo, me protegia, me defendia. Ele era branco, os cabelos eram negros e tinha sardas no rosto. O que Garret fazia ali eu não sei, somente vi ele me protegendo novamente. Me livrou do cão infernal e parou ao meu lado.
– O que você...
– Não pergunte – ele me cortou. Ouvi mais um grito e vi o corpo de Annabelle no chão. Ela estava imóvel. Corri até seu corpo, um grito entalado na minha garganta. Não seria possível.
Ajoelhei até seu corpo e olhei seus pulsos. Nada. Sentei na grama verde do local com raiva, irada e com medo. Ouvi uma voz, bem lá no fundo de minha mente, ‘ Proteja-se’.
Fechei meus olhos e me concentrei em algo. Quando abri, vi vinhas, bastantes agarrarem o cara por completo. Quem fez aquilo? Garret correu com uma flauta de bambu e estava sem calças. Peraí, pernas de bode. Ok, isso é um sonho.
Garret me puxou para o longe, e num baque, apaguei.
Acordei num lugar totalmente diferente da minha cama e logo avistei Garret. Senti um cheiro estranho, mais bom, e sentei na cama.
– Bem vinda ao Acampamento Meio Sangue, minha filha – Disse um homem. Ele tinha uma aparência de uma pessoa de meia idade. Vestia uma camisa de uma estampa horrível e estava com um copo na mão. Cheirava a uva fresca.
– Quem é você? Eu não conheço meu pai, eu... sou órfã – Disse me levantando da cama.
– Sou Dionísio, Sr. D, o Deus do Vinho. E você, Lívia Poty, é minha filha.


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