Estrela Negra escrita por Sophia Santos


Capítulo 7
Capitulo 6 – Pertencendo a Outro Mundo


Notas iniciais do capítulo

Pequenas mudanças e alteração do nome do capitulo... Hahaha. Comentar não toma quase nada do seu tempo, então Comentem!!! As atualizações iram depender da movimentação da fic... então quanto mais comentarios, MELHOR!! :) boa leitura



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“Estava escuro, eu escutava um barulho estranho. Isso não era normal. Como eu havia chegado aqui? Levanto-me e tiro a grama suja do meu corpo. Começo a caminhar e percebo que tinha uma terrível neblina na frente. O barulho volta, porem agora estava mais nítido e percebi que era uma risada. Estavam rindo de mim. Quem faria isso? Segui o meu caminho e vi um homem. Ele tinha cabelos negros e olhos azuis bem encantadores. Era ate atraente, mas eu nunca havia visto ele na minha vida. O garoto começou a sussurrar palavras aleatórias, mas não consegui identificar.

                Eu aproximei do garoto e ele ficou parado sussurrando. Outra risada veio à tona e tentei escutar melhor. Entendi apenas algumas palavras, que não fizeram sentido algum para mim:

                -...verdade... pesadelo...ele chegará... decepção... você... CONDENADA! –A ultima palavra foi mais firme. A figura que antes era um menino comum e atraente foi deformando-se até virar algo que lembrava uma gárgula. Senti-me tonta e estranha. Achei que iria vomitar. Tudo estava girando, girando, girando...”

                -Ahh! –Lucinda gritou. Ela tivera um sonho assustador que a fizera arrepiar e suar. Porém não havia ficado com medo. Ela apenas tinha achado estranho. Olhou no relógio e apenas marcava quatro e meia da manha. Tentou dormir novamente, mas não conseguiu, o sonho voltava em sua mente.

                Ela resolveu então caminhar. Era ainda madrugada, mas Luce não sabia o que iria fazer se não isso. Não sabendo por onde começar foi para a direção do jardim e sentou-se em um banco.

                “Alguma coisa não esta certa.” Luce pensou. Ela se sentiu atraída para algum lugar. Não sabia para onde estava indo. Apenas andou.

                Não demorou muito para chegar onde queria. Como se tivesse acordado de um transe, Luce percebeu que havia ido ao cemitério. Ainda atraída por alguma coisa, continuou andando para algum dos túmulos.

                -Estranho, achei que este era o tumulo do pai da Penn... –Ela falou, sabendo que estava sozinha.

                -Oi Lu. –Lucinda se assusta ao ver Penn. Como assim? Penn nunca havia a chamado de Lu.

                Mas aquela não era Penn, não a que ela conhecia. Esta estava pálida, com olheiras profundas, e sua voz estava fraca. Luce se assustou com o estado da amiga.

                -Meu deus! Penn o que aconteceu com você?! –Lucinda perguntou assustada. Mas antes que a outra pudesse responder, Penn se desfez em chamas.

                Com um grito de pavor, Luce sai correndo, desesperada. Chorando horrores ficou apavorada. Mas como um passe de mágica, tudo se acalmou e mudou. Ela estranhou e enxugou uma lagrima com a blusa suja.

                Tudo havia mudado. O cemitério não era igual. Estava mais novo, como se ela tivesse viajado no tempo ou algo do tipo. As lapides estavam novas e arrumadas. O jardim era bem cuidado e havia algumas pessoas ajoelhadas nos túmulos, chorando pelos entes queridos.

                Por curiosidade, ela foi para a direção da lapide do pai da Penn. Havia um homem lá. Sentado, chorando. Provavelmente ele era um militar. Era estranho, mas as pessoas não viam Luce. Pelo menos parecia que não.

                Ela inclinou a cabeça, e viu o que estava escrito na lapide, que hoje em dia era quase ilegível.

Pennyweather Van Syckle Lockwood

Filha amada e querida

                O homem não parava de chorar. E Luce chorou junto com ele. “Penn? Como assim? O que isso significa?!” Foi a ultima coisa que ela pensou, antes de ser acordada.

                -Luce? Por favor, acorda! –Uma voz reconhecida chamou-a para a realidade.

                -Oh meu deus! O que aconteceu?-Foi o que Lucinda quis falar, mas acabou que suas palavras saíram tão fracas que nem ela deve ter ouvindo. Ainda não tinha percebido, mas ela estava deitada no chão do jardim com alguém a socorrendo. A voz era conhecida, mas sua visão estava horrível e nenhum detalhe era reconhecido.

                -Vamos, vou levar-te ao teu quarto. Precisa descansar meu bem. –“Meu bem? Ok, isso foi estranho, só meu pai me chamava assim. Estou morta!” Ela pensou.

                -E-eu morri? Papai me desculpa! Eu não queria fazer isso! Por favor, faz parar! Isso dói. Ahnr! Minha cabeça! Pai me ajuda! Eu te amo! Ajude-me! Eu não quero morrer! –Luce delirava e contorcia-se no colo de alguém que estava levando-a para seu quarto.

                -Luce, aqui é o Daniel. Você esta no reformatório. –As palavras de Daniel eram doces e calmas. Lucinda nem se lembrava do incidente com Cam e Daniel, ela estava em um estado de puro delírio e transe. Incapaz de pensar direito.

                -Papai! Não faça isso! Eu te amo! Não, não! Ahh como sinto sua falta! Nunca irei me perdoar... –Daniel finalmente chegou ao quarto dele e colocou-a delicadamente na cama. Ele pegou uma toalha molhada e colocou na testa de Lucinda.

                -Relaxa Lu, vão chegar para te ajudar, aguente firme meu bem! –Ele deitou a cabeça dela em seu colo, falando em vão. Quando Lucinda o escutou chamando-a de “Lu”, ela ficou pálida e começou a chorar. Abriu os olhos com muita dificuldade e disse fracamente:

                -Nunca mais me chame de Lu! –Após falar isso, desmaiou com os olhos abertos no colo de Daniel.

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                Ambiente extremamente e tediosamente calmo. Luce estava na enfermaria do reformatório há três dias. Ela estava tendo convulsões e ataques epiléticos sem parar. Algo mexeu com sua cabeça e ela estava tendo varias ilusões. Coisas com o pai dela e uma amiga chamada Penn.

                Após muito esforço e sofrimento, conseguiu finalmente abrir os olhos. Sua primeira visão real em três dias foi lindos olhos violetas a encarando com preocupação. Daniel abriu um enorme sorriso quando a viu acordar.

                -Oh, Lucinda! Finalmente! Que bom que esta bem! Er, quer dizer, você esta bem?

                -Na verdade mais ou menos. –Ela abriu um sorriso no rosto. –Preciso que faça uma coisa por mim.

                -Qualquer uma! O que você quer amor?

                -Primeiro que você não me chame de amor. –As maças do rosto dela ficaram vermelhas ao lembrar-se dele e do Cam brigando, mas prosseguiu. –E segundo, preciso que me leve a um lugar.

                -Claro que sim, levo-te onde quiser.  Você só deve ficar no hospital por alguns dias para te observarem e...

                -Não! –Ela o interrompeu. – Eu preciso fazer isso hoje! É importante. Por favor.

                -Huum, ta. Mas se sentir qualquer coisa, me fala que eu lhe trago de volta imediatamente. –Daniel advertiu e Luce resmungou baixinho.

                Conseguiram escapar por pouco da enfermaria e Luce comemorou. Ela foi caminhando rapidamente e alguém a puxou, impedindo de continuar.

                -Ei, espera. Para onde quer que eu te leve? –Ele perguntou curioso.

                -Na verdade eu vou te levar. E você vai me ajudar a descobrir uma coisa. –Ela olhou pensativa. –Você sabe onde ficam os registros das pessoas enterradas no cemitério?

                Daniel franziu o cenho. “Por que ela quer saber quem foi enterrado lá?” Daniel pensou. Como se lesse os pensamentos dele, Luce completou:

                -É muito importante para mim isso! Por favor, amor.

                -Agora eu sou seu amor né? Interesseira. –Ele balançou a cabeça. – Não existem mais esses registros, mas se você me mostrar, talvez eu saiba de quem pertenceu a lapide.

                -Obrigada! Muito obrigada! –Ela comemorou e deu um selinho nele.

               

                Eles chegaram ao cemitério e Lucinda ficou apreensiva. Pensou por um momento correr e voltar para o quarto, mas permaneceu lá. Chegou a lapide e lembrou-se de seu terrível pesadelo. Falando meio engasgada, tentou parecer que estava normal.

                -Este é o tumulo. Sabe de quem pertenceu?

                -Não tenho certeza, mas acho que não foi de alguém muito significante. Este cemitério pertenceu aos falecidos da guerra. O setor dos militares fica para o norte. Aqui são de simples vitimas. –Quando ele falou que pertenceu a alguém insignificante, Lucinda efervesceu. –Acho que aqui foi o tumulo de uma garota. Lembro-me de historias dela.

                -Obrigada pela inútil ajuda, idiota. –Ela disse entre dentes. Mas pensou melhor e perguntou. –Você sabe que ano que foi essa guerra? O cemitério não tem ninguém que morreu no reformatório?

                -Foram muitas mortes, as pessoas que morreram aqui foram enterradas em outros lugares. Acho que foi há uns cem anos atrás. –Luce estremeceu e começou a chorar.

                -Eu estou ficando louca! –Soluçou e chorou muito. –Eu conheci essa garota Daniel! Ela falava comigo! Nesses últimos dias ela havia sumido, então sonhei varias e varias vezes com ela e... –Chorou mais e mais. –Eu estou no lugar errado! Vão me mandar para um hospício! Estou louca, louca!

                Daniel abraçou-a e reconfortou-a. Luce contribuiu o abraço e ele a beijou.

                -Vai ficar tudo bem, tudo. Estarei sempre com você Luce, sempre! –Ela não ouviu. Ficou apenas pensando na Penn e como sua vida seria sem aquela amiga.


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Notas finais do capítulo

ixi ixi ixi... Misterios.... hahaha



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