O Amor Acontece. escrita por Mellody Holmes


Capítulo 4
Capítulo 4 - Clareira.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora! (minha internet é dessas que com a chuva vai embora :/). Mais uma vez, obrigada pelos comentários; Estão fazendo uma criança feliz! rs' *-* Boa leitura!



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Sentindo o calor do dia e o sol que atravessava a janela, Lara despertou. Desceu a curta escadaria rumo à cozinha para tomar café. Naquela manhã resolveu não vestir jeans; era verão e ela estava numa fazenda, por isso pôs um short e uma blusa com alças bem finas. Podia sentir os cabelos pesarem às costas; estavam soltos pela primeira vez desde que chegara. Quando todos acabaram de comer, Ela ajudou a tia com a louça, estava lavando a última xícara quando Victor disse atrás dela:

       ___ Precisa de ajuda?

       Talvez os braços de fora do garoto tenham sido a razão por Lara não conseguir se concentrar em falar, demorando a respondê-lo. Quando voltou a si, disse:

       ___ Não, eu já acabei!

       ___ Sendo assim, o que acha de sair um pouco dos limites da fazenda? – Perguntou, sem rodeios.

       Ao ouvir a proposta, pensou que nunca havia ido tão longe e que por isso, sua tia talvez não concedesse permissão. Por outro lado, Ela podia sentir todos os músculos do seu corpo pedirem que aceitasse; que se aventurasse. Hesitou um pouco ao responder:

       ___ Acho uma boa ideia. – percebendo o receio da garota, Victor falou:

       ___ Não é o que parece... Se quiser, não vamos. Há outras formas de nos divertirmos aqui mesmo.

       ___ Eu quero ir, só acho um pouco arriscado nos afastarmos tanto sem companhia.

       ___ Você tem razão, foi uma ideia boba. – Tentou esconder o desapontamento, mas não obteve êxito por mais esforçado que tenha sido.

       ___ Sabe de uma coisa? Ainda é tão cedo! O que poderia nos ocorrer a essa hora? 

       ___ Tem certeza? – Como já mostrara não ser bom em esconder suas emoções, nem se preocupou em mascarar o contentamento.

       ___ Tenho. Quais são os planos? Vamos a cavalo? – Agora trazia um sorriso de empolgação e se mostrava animada com a ideia.

      ___ Pensei em conhecermos a famosa clareira que há alguns metros além da fazenda. Sim, a cavalo. Vamos? – Disse igualmente entusiasmado.

      Ela caminhava até o estábulo, imaginando o quão bela devia ser a paisagem no local indicado. Mais que isso, ela tentava pensar nos dois correndo a cavalo para longe do olhar de todos, a caminho de um belo lugar. Lara não se despediu da tia por motivos óbvios, Victor também não parecia ter avisado a alguém para onde iria. Apenas saíram. Durante quase uma hora cavalgaram, passando pelos locais conhecidos da infância e, mais a frente, por lugares desconhecidos também. Enfim haviam chegado ao fim da vasta propriedade, passaram cuidadosamente pela cerca que o demarcava e prosseguiram na rota, segundo a previsão, estavam próximos. Como esperado, alguns metros a frente, encontraram o grande círculo em meio as árvores: a clareira. Tiraram as celas dos cavalos para que eles pudessem descansar livremente e os amarraram em uma árvore. Era de fato formidável; flores pequenas e coloridas por toda a parte, ar puro (ainda mais puro) e parecia ter sido engenhosamente arquitetado, perfeitamente circular, como se as árvores tivessem sido postas para atender àquela forma.

      Lara observava o lugar, impressionada. Respirava fundo, no intuito de guardar em si o máximo daqueles ares, daquele perfume natural. Victor, por outro lado, impressionava-se apenas com a imagem da menina: girando por toda a parte, brilhando e cintilando ao sol. “Um anjo”, ele associava. Sem perceber, caminhou até Ela; um passo, três passos, dez passos – Um dos giros dela foi interrompido ali: Nos braços dele. Os olhos de surpresa (pelo encontro repentino daqueles braços nus) encontraram olhos ternos. Foi como se o ímã preso a Ela grudasse ao dele, eles não se afastaram; não quiseram fazer isso. Um nariz tocou o outro. Os olhos fechados encerravam a luz. Mais um toque: beijaram-se.

         Mais que um beijo, aquele momento foi o selar de uma aliança entre suas almas: reservadas uma a outra eternamente (pelo menos, foi o pensamento que compartilharam). Apesar de não esperarem pelo beijo, algo os dizia que o mesmo chegara até atrasado. Nada mais importava; se estavam longe demais, se causariam preocupação, as penalidades, se corriam algum risco... Nada. Moviam-se como numa dança: sincronizada e cautelosamente, na preocupação de afastar qualquer vestígio de rispidez do momento.

       Parecera quase nada, mas horas já haviam passado. Nenhuma palavra, nenhuma preocupação: Estavam imersos em algum tipo de alucinação, até ouvirem:

         ___ Ali! Eles estão ali! Ah, meu Deus, estão deitados! Devem estar feridos... Corram! – Os gritos eram de tia Marly e a ordem para que corressem foi para os primos mais velhos de Lara. Como já foi dito, havia se passado horas e a preocupação dos familiares impulsionaram as buscas, até que os encontraram. O que eles diriam como explicação?

         


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Espero, sinceramente, que tenham gostado. Desculpas pelo capítulo curtinho demais. ( :
__ MLBS.