Break Even escrita por Simjangeum, Shiro


Capítulo 1
Eu nunca vou esquecer o que tínhamos


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoas!
Ultimamente ando muito viciada em Seddie então isso me inspirou para escrever essa fanfic e espero que vocês gostem muito. Admito, ainda estou escrevendo o capítulo dois, mas pelas minhas contas (não tão exatas) BE terá no máximo 25 capítulos, mas acho que não chegará nisso.
Bem, é isso, boa leitura! (e comentem u.u)
P.S.: Toda a fanfic será narrada em primeira pessoa pela Sam.



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CAPÍTULO 1

─ EU NUNCA VOU ESQUECER O QUE TÍNHAMOS ─


Eram sete horas em ponto quando meu despertador começou a emitir a voz de Grace Potter cantando as primeiras estrofes de Paris.

Ainda meio atordoada por ter acabado de acordar, peguei o maldito despertador e o arremessei contra a parede, fazendo a música ser interrompida de uma forma estranha, o que claramente indicava que eu havia quebrado o aparelho.

Bem, com toda certeza não era o primeiro, e tão pouco seria o último.

─ Não acredito que você quebrou mais um, Sam! ─ reclamou uma voz fina vinda da cama ao lado da minha ─ Esse era o do porquinho, e eu gostava muito do porquinho.

A dona da voz era da minha colega de quarto, Cat. Ela comprava todos os despertadores fofos que encontrasse pela frente e sempre ficava magoada quando eu quebrava um.

E eu sou a tal Sam quebradora de despertadores alheios e afins. Mas não quebrei o despertador porque quis, é porque eu realmente tenho o dom de quebrar as coisas, mesmo quando é sem querer (o que é quase nunca).

Ainda deitada, ignorei Cat e fiquei analisando o quarto. Ele tinha o teto branco, as paredes roxas, e tinha cortinas bege, um guarda-roupa branco cheio de adesivos colados e uma escrivaninha que ficava entre as duas camas.

Aquele quarto fazia parte do apartamento que eu dividia com Cat, que ainda tinha um banheiro e uma cozinha que também era sala com uma varanda. O apartamento ficava na ala dos empregados do Hotel Bowden Fercue, um dos melhores hotéis de Malibu.

É claro que nós tínhamos um preço para morar ali, que era o fato de eu e Cat sermos babás dos donos do hotel. Eu cuidava dos filhos dos Fercue, Wes e Dem que tinham ambos cinco anos, enquanto Cat cuidava dos filhos dos Bowden, Simon e Cruella de dez e dois anos.

Definitivamente era um trabalho bem difícil, mas ganhávamos um salário relativamente alto e vivíamos em uma parte chique da Califórnia. Era bem legal.

─ Você pode ir tomar banho primeiro ─ avisou Cat ─ estou tentando me lembrar do meu sonho com unicórnios.

Levantei-me e pude vê-la encarando o teto e rindo sozinha. Atirei uma almofada nela antes de sair.

O banho havia sido longo e demorado. Deixei a água do chuveiro escorrer pelo meu corpo e fechei os olhos, me concentrando nas coisas que eu teria de fazer ao longo do dia: dar o café da manhã para Dem e Wes, tomar meu próprio café, deixar eles entretidos para que eu pudesse usar o notebook e á noite, quem sabe, tomar um drink no bar do hotel.

Depois de me secar, coloquei um vestido verde, calcei minhas sandálias bege e amarrei meu cabelo curto e louro em um rabo de cavalo. Era começo de verão, o que significava que ia ficar calor.

─ Sam ─ chamou Cat, assim que sai do banheiro ─ Deixei chá gelado e biscoitos que eu fiz para você na mesa.

─ Valeu, Matchstick1¹ ─ agradeci, bagunçando seu cabelo vermelho. Ela deu uma risadinha e saiu saltitando para o banheiro, cantarolando It’s My Life do Bon Jovi.

Cat, na maioria das vezes, era irritante e infantil, mas ela era doce e amável. Uma vez uma amiga dela, a tal Jade, disse que Cat parecia ser de estimação. E era bem verdade.

Fui até a cozinha e vi o copo do chá e os biscoitos em cima da mesa. Comecei a tomar o chá mas ignorei os biscoitos, pois não confiava muito nos dotes culinários de Cat.

Enquanto tomava meu chá despreocupadamente, vi que a secretária eletrônica estava com a luz vermelha piscando. Apertei no botão para ouvir as mensagens e fui até a sacada, olhar a linda vista da praia de Malibu.

Você ligou para Sam e Cat. Podemos estar muito ocupadas no momento ou simplesmente ignorando sua ligação ─ a minha voz foi ouvida na chamada do aparelho. A próxima voz era a de Cat ─ Então, deixei uma mensagem após a minha musiquinha. La, la, la, la, la…

Dei uma risada. Havíamos gravado aquela chamada mais de vinte vezes e quando chegou nessa a deixamos porque estávamos cansadas demais para gravar outra.

Primeira mensagem ─ anunciou a voz do aparelho ─ “Ei, Cat, é aqui é o Robbie! Eu agendei uma reserva no Marc’s pra gente jantar hoje. Passo aí as oito. Até mais, linda.”

Aparentemente, Cat estava namorando esse Robbie, seu ex-colega de classe. Ele ligava várias vezes para ela ao dia.

Segunda mensagem ─ anunciou novamente a voz ─ “É, an… hmm, bem, oi Sam. É a Carly…”

Deixei meu copo cair ao ouvir a voz da minha ex-melhor amiga. O que ela queria?!

“… Sei que faz muito tempo, por isso não sei se esse é o seu endereço atual, mas era o único que o Spencer tinha. Enfim, vou fazer um reencontro iCarly e queria que, se puder é claro, você participasse. Se estiver afim, ligue para mim. Espero que você aceite. Tchau”.

Depois que a mensagem acabou, eu ainda estava chocada. Eu não conseguia acreditar que Carly Shay havia ligado para mim.

Há três anos atrás, eu morava em Seattle e eu e Carly éramos tão amigas que mais parecíamos irmãs. Tínhamos um webshow muito famoso, o iCarly, que nós comandávamos com Freddie, meu ex-namorado, Gibby, um esquisito da escola, e Spencer, o irmão da Carly. Acho que por causa deles, a época em que morei lá foi a mais legal de todos os meus vinte anos.

Então chegou o último ano do ensino médio e as coisas pareceram ficar, an, diferentes. Eu percebi que não iria conseguir fazer faculdade e que Seattle era a minha casa mas eu precisava crescer, e longe dali. Carly tinha viajado para Itália com seu pai e decidiu ficar por lar, e Freddie depois de uns meses, pelo o que Spencer me contou, foi para lá com ela. Eles estão namorando.

E é por isso que eu decidi que não iria, não conseguiria, participar daquilo. Não quando eu ainda sentia coisas que deviam ter sido esquecidas.

─ Algum recado para mim? ─ perguntou Cat, entrando na cozinha ─ Ah, não, olha aquele copo quebrado. Pare de quebrar minhas coisas!

Ela começou a catar os cacos do copo no chão, enquanto eu tentava me recompor.

─ Robbie ligou, ele disse que fez uma reserva para vocês no Marc’s e que vem te buscar as oito ─ respondi, jogando um pano de prato para ela ─ Então, vocês não estão mais só ficando, hm?

─ Acho que sim. Ele vai me pedir em namoro hoje ─ comentou ela, fechando os olhos e dando uma risada fina ─ Eu devo aceitar, não é mesmo?

─ Vocês formam um casal maneiro ─ respondi, fazendo uma careta e dando um meio sorriso.

─ É verdade ─ confirmou ela, enquanto se levantava e jogava o pano de prato com os cacos na mesa ─ Acho que já acabei aqui. Vou me arrumar.

Meus olhos varreram o chão e, como eu esperava, tinha uns cacos sobrando. Acho que era assim mesmo, quando as coisas se quebram sempre tem um pedaço que sobra.

Acho que nessa história toda eu era o tal pedaço.



O resto do dia não foi nada tranquilo, como eu esperava.

Era sexta-feira, na verdade meu último dia de trabalho antes das minhas férias, e eu havia prometido que passaria o dia inteiro com Dem e Wes na piscina, o que ocupou todo meu tempo por ter que ficar de olho se eles não matariam a cada mergulho que davam.

No final doa dia, o Sr. Fercue me pagou o salário, me despedi das crianças e prometi que em Setembro eu os veria novamente.

Agradeci mentalmente por não precisar trabalhar pelos próximos meses.

Cheguei em casa as nove da noite e tudo estava muito quieto. Acabei me lembrando que Cat havia saído com Robbie e provavelmente iria dormir na casa dele.

Antes que eu começasse a fazer o jantar, o telefone tocou.

─ Alô? ─ atendi, enquanto tirava alguns pacotes de cookies do armário.

─ Sam! ─ exclamou a voz do outro lado da linha ─ Sou eu, Carly.



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Notas finais do capítulo

N/A: ¹Matchstick: É palito de fósforo em inglês. Sam chama a Cat as vezes assim por causa do cabelo vermelho da amiga.
E aí o que acharam? Comentem e até a próxima!



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