Para Jamais Te Dizer Adeus escrita por


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

vai lá mais um capitulo pra vcs meninas obrigada pelos comentarios amo todos de verdade!



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POV  Edward

Pedi uma cerveja e me sentei em frente ao balcão. Naquela noite eu apenas queria beber sozinho como fiz nos últimos cinco anos depois que tudo se acabou.

Sabia que ela viria neste pub, ou já estaria nele esta noite. Todos os anos eu sonhava com a cor dos teus olhos, o sabor da sua pele ainda estava em mim, os anos para ela foram amigáveis, ela ganhou uma beleza madura.

Tânia, minha amiga, foi quem descobriu, que Isabella estaria aqui hoje, depois do nosso reencontro naquela confeitaria eu consegui mais forças para tentar reconquistar seu amor. Senti naquele abraço o quanto ela ainda era dependente dele, eu jamais consegui deixar de pensar nela um único segundo. Maldita hora que deixei meu ciúme exagerado falar mais alto e abandonar a mulher da minha vida.

Pensei que olhar nos olhos de Kristen depois de cinco anos me faria sofrer. Eu não queria olhar nos olhos dela para sofrer ao constatar que era pagina virada, mais eles ainda eram os mesmos olhos serenos e cheios de expectativas como na primeira vez que arrisquei olhar para aquelas iris castanhas como chocolates.

— Ei bonitão, deseja companhia?— Ouvi uma moça dizer depois de tocar em meus ombros

— Droga! — murmurei — Não, estou acompanhado.— Menti. Não queria a companhia de ninguém, Tânia tinha saído com um amigo dela depois de me desejar sorte com a noite, e que eu conseguisse me acertar com Bella, embora Isabella achasse que eu tinha algo com Tânia. Hoje eu esclareceria tudo com ela.

Quando ela me disse que e eu estava com minha namoradinha em meu apartamento eu não pude desmentir, não poderia mostrar minha imunidade para Bella, não sabia o que esperar dela, pois, pelo telefone, ela pareceu me ignorar de todas as formas possíveis, estava a ponto de desistir e partir novamente de Forks, mas Tânia me encorajou, e foi a melhor coisa eu fiz.

Eu vi minha Bella, os anos foram generosos com sua beleza, mas sempre foi com o brilho dos seus olhos que eu renovei minhas esperanças. Vi nos olhos dela a esperança que sempre busquei para me encorajar a consertar a burrada que me atrevi a fazer em nosso passado. Eu sabia todos seus passos destes últimos cinco anos, ela não casara, não se relacionara oficialmente com ninguém, teve casos rápidos que não duram nem cinco dias  ­- estes também me deixaram enlouquecido de ciúmes.

Nossa relação durou tantos anos e depois veio a crise, não fomos fortes o suficiente. O ciúme me cegou, mas hoje, já com certa idade, eu noto quantas infantilidades foram cometidas por ambos que poderiam ser remediadas. Enfim, não podemos mudar o passado e sim dar um novo rumo ao nosso presente e construir uma bela história para o nosso futuro, eu ainda mais que tudo quero continuar a nossa história, nosso amor foi tão lindo para acabar de uma forma tão estúpida.

Beberiquei minha cerveja em pequenos goles, logo em seguida a vi se aproximando com o rosto com feições tímidas. “Linda, como sempre linda” pensei.

— Isabella... — Sussurrei enquanto olhava para a figura pequena, a mesma que eu via em muitas noites de insônia.

Ela tinha os cabelos um pouco mais longos do que de costume, agora eu poderia analisa-la melhor, mais cedo eu estava muito nervoso, mas a pele ainda era tão alva e quase translucida, as maçãs do rosto rosadas, provavelmente devido a minha analise. Senti seu perfume de relance, não da forma como eu havia sentido quando eu a abracei pela manhã, era a mesma essência de lavanda que eu tanto gostava. Seu corpo não mudara nada aparentemente desde a ultima vez que o tive em meus braços; lembro como fosse hoje as lamurias e juras de amor sem fim, sussurradas quando o desejo maior predominava nossos corpos já saciados de amor.

— Oi Edward. — Ela falou tímida, vindo em minha direção. Beijou meu rosto e senti a textura de seus lábios sobre minha pele. Minhas pernas ficaram bambas, pensei que perderia o controle da situação e a tomaria em meus braços como minha naquele exato momento.

Olhei para Bella depois daquele simples beijo e vi que ela mudou a direção do olhar, certamente se sentia como eu estava me sentido.

Observei as amigas Jéssica e Angela dela no outro lado do pub cochichando e rindo em nossa direção, acenei um comprimento e voltei minha atenção para a mulher que eu amava.

— Posso conversar com você? — olhei em seus olhos e a senti travar uma batalha consigo mesma, parecia decidir entre o certo e o errado.

—Edward ... acho melhor deixar as coisas como estão.— falou serena.

—Eu prometo que é só conversar. — Peguei sua mão e a puxei entre a multidão. A guiei para fora e caminhamos lado a lado pelas ruas desertas de  forks, era verão o clima estava abafado, só se ouvia os sons da sola dos nossos sapatos em contato com o solo, não dizíamos nada.

 Parei em frente a uma sorveteria que nos traria boas lembranças, e a convidei para sentar – ela se sentou.

— Sempre evitando me olhar nos olhos. — Falei quebrando o silêncio.

— Edward... Por favor! — Ela pediu.

—Você os esconde de mim. Você sabe o quanto eu aprecio o castanho dos teus olhos, não sabe? — Eu retruquei.

— Talvez você tenha razão. Quer olhar no fundo dos meus olhos pra que? — disse olhando para as pontas dos seus dedos.

— Eu fugi cinco anos do que eu sinto por você, mas hoje eu descobri que fiz a coisa mais idiota de toda a minha vida, não há lugar no mundo onde você possa se esconder de você mesmo... — Digo isto a ela da forma mais verdadeira.

 — Eu ainda te amo, e isto machuca entende? Me deixa em paz.— Ela grita.

Quando  ela diz isto, me pega desprevenido.

— Bella!!! — é só o que consigo balbuciar.

— Acho que isso não adianta mais — Ela diz sem esperança alguma.

Seu olhar é triste, eu sou mais do que louco de amor por ela, a puxo para meus braços rompendo a distancia, e de repente estar próximo me faz tão bem...

— Psiu, não fale desta forma, eu preciso.— Beijo uma mecha dos seus cabelos — Porque fizemos isto com a gente, Isabella? — me desesperei ao ver lágrimas ameaçarem desmoronar daqueles olhos verdes. Quantas delas eu não fui capaz de impedir nestes cinco anos afastado?

— Não sei — respondeu fungando, o choro já tinha se alastrado. Só sei que não posso mais negar para eu mesma que eu ainda te amo e você precisa saber.

Eu a abracei com ternura, beijei o topo da sua cabeça, respirei o cheiro de seus cabelos – aquilo me acalmava no passado não seria diferente agora .

— Não chore, eu estou aqui.— Sussurrei em seu ouvido e a apertei mais contra meu peito.

— E de que me adianta, você seguiu enfrente como disse que faria, e eu? Me fala, e eu? —Gritou com um choro profundo. Isso despedaçou meu coração, ela era frágil e estava sofrendo como eu sofria.

— Eu Te amo.— apenas sussurrei contra seus lábios.

Imprensado os lábios dela contra o meus com desejo sufocado de acalma-la com aquela caricia. Não dissemos mais nada depois, o beijo foi inevitável, nos amávamos como duas almas gêmeas. Meus lábios se apoderaram mais uma vez dos dela ainda sedentos, porem agora calmos.

— Edward não torne isto mais difícil do que já é.— Falou entre um beijo e outro.

Segurei o seu rosto e sorri.

— O difícil é nós dois fingirmos que não estamos nos desejando de forma tão absurda como estamos agora. — Falei voltando a beijar seus lábios. Eu distribuía beijos pequenos por seu rosto e pescoço.

Segurei em sua mão e caminhamos sem rumo. Paramos em frente a um hotel, não excitamos em entrar nele, não pensávamos em nada a não ser na saudade que sentíamos um do outro. Peguei a chaves na recepção e subimos no elevador, os beijos iam se intensificando cada vez mais. Assim que entramos no quarto as roupas iam sumindo aos poucos, as caricias se tornando intimas – ela ainda sabia como me dominar, a forma como me tocar com maestria. Minhas mãos percorriam seu corpo dando carinho, aninhado com prazer. Sua pele dormente e sedenta me guiava ao meu próprio paraíso, e estávamos acessos pelas chamas da paixão quando nossos corpos se fundiram em apenas um. Fizemos amor diversas vezes e de várias formas naquela noite, e quando fomos vencidos pelo cansaço, adormeci abraçado nela, eu não poderia me sentir mais feliz, mas a tristeza veio ao amanhecer.

Quando acordei pela manhã a cama estava vazia. Ela tinha partido e deixado apenas um bilhete sobre os lençóis que ainda tinha seu cheiro tão intenso. “Esqueça esta noite. Ela foi um erro, sua namorada não merece isso, já olhou no seu celular quantas chamadas perdidas dela?  Não me procure mais... eu te imploro, Adeus Isabella Swan”

— Droga, droga. — murmurei depois de jogar os travesseiros pelo chão. Como eu era um idiota não tinha explicado a ela o que Tânia significava para mim.

Essa noite ficaria guardada entre as melhores e mais bonitas da minha vida, só perdendo para o dia em que a conheci.

Os dias passam como tormentas, Bella se recusava a me ver, um mês se passou e começamos os trabalhos  de arquitetura do contrato que ela havia assinado e durante este tempo consegui amenizar a situação entre eu e Bella, pelo menos agora ela sabe que Tânia é só um amiga.

Três meses  depois


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Notas finais do capítulo



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