Paixão Viking escrita por Liz


Capítulo 17
Capítulo 17 - Acabou... Ou é apenas o começo?


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Espero que gostem...
Boa leitura (:



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No capítulo anterior...

– Quem é você? - Ela disse. Alto e claro.

– Uma mulherzinha no navio, Rupert? - Ele se virou de frente e todos vimos seu rosto.

Ele tinha um sorriso enorme, que logo diminuiu quando olhou para Safira.

– William?

POV Rupert

- Então, está com eles? - William disse, indignado.

- Eu é que te pergunto. Por que fez isso?

- Por que acha que eu te larguei? - Ele sorriu.

- Então... - Ela se aproximou. - Você não gostava de mim?

- E por que gostaria? Eu tinha muitas mulheres aos meus pés. Estar com você era só pra manter a boa fama. Mas seu pai quis ir longe demais com a história do casamento. - Ele parecia forçar aquelas palavras, quando, na verdade, sentia muito mais do que demonstrava. Amor, paixão, talvez desejo...

- E ainda me traiu? - Ela respirou fundo e ficou com raiva e correu em direção a ele. - Seu desgraçado!

Ela tentou acertá-lo. Mas ele desviou e a segurou. Eu estava sem palavras. William fez com que Safira sofresse muito e ela continua sofrendo.

- Vamos lá! - Eu disse para os cavaleiros. Eles correram e começaram a lutar.

Avancei em direção a William e tirei Safira de lá. Nós dois apontamos nossos machados para ele.

- Não vão me acertar com isso, vão?

- Não respondo por mim, seu idiota! - Safira hesitou em ir para cima dele.

- Safira... - Eu a segurei. - Deixe-o comigo. 

- Vai ter esse orgulho até nessas horas?

- Não quero que você se machuque.

- Então, machuque-se sozinho e deixe-me triste. - Uma lágrima caiu na face dela.

De repente, William chutou as pernas de Safira, o que a fez cair. Tentei pegá-la do chão, mas, antes de mim, William pegou Safira e apontou uma espada próxima ao seu pescoço. O braço dele segurava a barriga de Safira com força. Safira era muito forte, então, se William conseguiu "domá-la", era porque ele era muito forte também.

- Todos parados! - Todos pararam de lutar, conforme "ordenou" William. Já haviam muitos mortos.

- William, solte Safira. - Eu disse.

- Por que a soltaria? - Ele disse. - Abaixe sua arma.

- Acalme-se. - Coloquei o machado no chão. 

- Eu até que gostava de você, Safira. - Ele acariciou o rosto de Safira com a mão que segurava a espada. Ele parecia querer dizer algo a mais. Eu estava me irritando muito. - Mas alguém nos contou sobre o certo ouro desta ilha.

- Quem foi o traidor? - Eu disse, nervoso.

- O responsável por isso, apresente-se. - William disse com um enorme sorriso sarcástico.

Joseph andou até a minha frente. Meu olhar era de indignação.

- Ah, seu infeliz! Eu vou te dar uma surra! - Safira disse e se soltou de William. 

Ela avançou para cima de Joseph e lhe deu um soco. Ele logo caiu no chão. Deixei Safira bater nele. Seria até engraçado. Mas William conseguiu segurá-la, novamente, e apontou a espada para o pescoço dela.

- Quase que essa vadia me mata de tanto me bater! - Joseph disse. Ele estava com o nariz sangrando. Também tinha um corte na boca.

- Agora quem vai te bater sou eu! - Harold disse, avançando para cima dele. Ele também deu outro soco em Joseph.

- Capitão William, faça algo! - Joseph disse, em meio a tantas bofetadas.

- Capitão Rupert, se não controlar seus homens, mato Safira. - Harold estava segurando Joseph pela blusa e dando socos no rosto dele, sem parar. 

- Harold! - Eu tentei tirá-lo dali. - Acalme-se se quer ver Safira viva.

Harold parou de bater nele. Joseph estava meio inconsciente, mas conseguiu levantar e logo voltou ao seu "quase normal". 

- Onde está o ouro, meretriz? - William disse à Safira, com raiva.

- Não a chame assim! - Eu disse, alterando o tom de voz. 

- Fique quieto! - Ele apontou a espada para mim, mas logo voltou a colocá-la contra o pescoço de Safira.

- Sei que não fará nada demais, William. Sei que lá dentro de você ainda existe o William que conheci antes. - William abaixou a cabeça. Confesso que fiquei um pouco enciumado.

- Cale a boca! - Ele a jogou no chão. Eu a ajudei a levantar e a abracei. Ele apontou a espada para todos nós. - Onde está o ouro?

- Não vou dizer. - Eu disse.

- Então, lute por sua vida.

- Essa luta é minha, Rupert. - Safira colocou a mão em meu peitoral e me impediu. 

Resolvi não pará-la, afinal, da última vez que fiz isso, William conseguiu ameaçar a vida dela. Assenti e ela pegou o machado do chão.

Fiz um sinal para Harold e voltamos a lutar todos. Harold matou vários rapazes. Apenas matei aqueles que tiveram intenção de me matar.

POV Safira

- Lute como um homem.

- Sou um homem afinal, Safira. - Ele correu até o outro lado da ilha.

Eu corria pelas árvores, com desespero e rapidez para pegá-lo. No fim da floresta, vi que ele estava em cima de um penhasco. Eu nunca havia visto este penhasco, mas corri até lá. Ele estava parado. Parei de frente para ele e vi que estava sorrindo, sarcasticamente, como sempre.

- O que está olhando?

- Ah, Safira... - Ele se aproximou de mim. - Se você tivesse tido um pouco mais de paciência naquela época, seria somente minha agora. - Ele acariciou meu rosto e desceu sua mão para minha cintura. Ele puxou meu corpo para perto de seu corpo. Ele continuava musculoso e forte como antes. Ainda me atraía, mas era tarde para voltar atrás. 

Chutei seu membro com toda a força e corri para fora do penhasco. Ele me segurou pelo cabelo. Puxou este e me jogou no chão. Meus braços e coxas estavam ralados e com pouco sangue amostra.

- Achei que me amava, seu traste!

- Eu até te amei, mas o dinheiro foi mais útil. Olhe só para mim, Safira. - Ele sorria. Eu não conseguia acreditar que era o William que estava dizendo aquelas besteiras horríveis.

Eu me levantei e fui indo para trás.

- O dinheiro era mais importante? - Fiquei a beira do penhasco. 

- Não está pensando em...

- Se eu me jogar, sentiria minha falta? - Senti uma lágrima cair diante de minha face.

- Sabia que seu pai e sua mãe tinham uma boa quantia a ganhar se não tivesse perdido aquele trabalho no castelo e que, se eu lhe matasse, receberia toda a herança?

- Então, - Mais lágrimas de indignação escorreram em meu rosto. - enfie esta espada em meu peito. - Ergui os braços.

- Eu não vivo sem você, Safira. 

- Como não vive sem mim?

- Minha vida ficou um lixo depois que me afastei de você.

- Agora tenho outra pessoa, William. E não sei se posso confiar em você.

Ele colocou as mãos no rosto e começou a chorar.

- Tornei-me uma pessoa horrível. Minha alma está perturbada com todos os erros que cometi, principalmente, com você.

- Nunca é tarde para arrependimentos. - Eu sorri.

- Não tenho mais vontade de viver.

De repente, uma espada atravessou seu peito. William caiu no chão e vi Harold atrás dele. Eu corri até ele e me abaixei.

- Harold... - Eu o olhei.

- Não brigue com ele, Safira. Harold fez o certo. - Ele disse, com fraqueza. - Ele quer apenas lhe proteger, como um bom amigo. Seja feliz, acima de tudo. Nunca seja como eu.

- Descanse em paz, William.

- Descansarei, Safira.

Pelas lembranças do passado, selei nossos lábios. Harold parecia surpreso. Senti que o corpo de William não tinha mais vida, mas senti certa energia em volta de mim. Arrependimento é tudo.

- Por que o beijou? - Eu disse a Harold.

- Ele foi o primeiro homem que beijei. Sei que também fui a primeira que lhe beijou. Eu queria ser a última. - Comecei a chorar. Harold me abraçou.

- Desculpe-me por tê-lo matado.

- Você só queria me defender e William entendeu isso. É o que importa. - Eu o abracei. - Deus o guarde. - Praticamente, afundei meu rosto no peito de Harold.

- Eu não acredito que o matei. - Ele ficou paralisado.

- Você apenas salvou minha vida. 

- Mas você disse que ele estava arrependido.

- Mas você não sabia disso. - Toquei seu rosto. - Fique tranquilo.

- Vai contar isto ao capitão Rupert?

- Um dia ele saberá me entender. Neste dia, o contarei. - Eu comecei a chorar e Harold me abraçou.

Voltamos ao local das lutas e apenas John, Apólo e Rupert estavam de pé. Apólo perfurou o peito do último inimigo e vencemos a batalha.

- Acabou. - Rupert abriu os braços. Corri em sua direção e o abracei.

- É apenas o começo. - Eu disse.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido!
Fique com Deus...
Beeeeijos :*



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