Cai a Chuva, lá Fora. escrita por Lary La


Capítulo 1
Cai a chuva, lá fora.


Notas iniciais do capítulo

A história Spiral e nem os personagens não me pertencem, quem me dera. ^^



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     Ayumu voltou mais uma vez no Hotel abandonado, os escombros ainda pareciam intocados, mesmo depois de tantos anos, tudo estava como antes. Parecia que só ele conhecia aquele lugar. Aparentemente nenhuma investigação mais a fundo aconteceu sobre aquela explosão, o superintendente Kanzaka cuidou bem para que todos os casos envolvidos com as Blade Children  não vazassem por toda a polícia, era como se nada tivesse acontecido, ou como arquivos deletados de um computador, nem mesmo trabalhando na polícia Ayumu ouviu nada sobre o assunto.     Mesmo com o que aconteceu anos antes, lembranças daquela noite cheia de armadilhas, a calma que pairava no lugar lhe passava uma certa tranqüilidade incompreensível.      Era engraçado, mas mesmo com aquela explosão os elevadores ainda funcionavam, os caçadores fizeram um favor a ele, o tipo de energia que eles instalaram também suportaram a explosão, Ayumu só teve que fazer alguns ajustes, nada que lhe tirasse o sono, literalmente, o trabalho como investigador da polícia dava-lhe mais cansaço ainda.     Então subiu ao andar mais alto do prédio, adentrou em todos os locais, o que eram para servirem de quartos, então entrou no que pareceu para ele o mais limpo, mesmo que estivesse imundo, “O menos porco”, pensou ele.    Ele precisava de um refugio, mesmo em seu apartamento a vida era agitada, barulhos de carros, o telefone que não pára de tocar um instante só, a televisão dos outros apartamentos, tudo aquilo atrapalhava seu precioso tempo de descanso. Ele usaria aquele prédio como um isolamento de tudo e todos, a certeza de que ninguém o incomodaria o tranqüilizava mais.    Colocando o colchão que levou no chão, o mais próximo do buraco da janela, ele deitou e se aconchegou o melhor possível, as estrelas que brilhavam distantes eram as únicas luzes que prendiam sua atenção, enquanto olhava pra elas Hiyono veio a sua cabeça, com aquela música estranha que ela cantava até hoje, mesmo depois de se tornar uma jornalista culta e conhecida, ela continuava a mesma dos tempos de colegial, e freqüentemente visitava Ayumu, em horários de refeições, ele riu lembrando disso.     Perdido em seus pensamentos, vagando pela vastidão do céu, ele pega no sono. Um sono tão profundo que nem percebeu que a chuva havia começado a cair, clarões de relâmpagos invadiam o céu, os pingos que caiam fortemente no chão fazendo um som bem audível, nada atrapalhou Ayumu Narumi em seu sono, ele começou a sonhar... “Trovões que lá foram caiam se misturavam ao som do piano, este tocado por Ayumu”.-Narumi-san, eu estou com fome. – Hiyono não perdera a cordialidade.-Ei, foi você mesma que pediu pra que eu tocasse, na verdade você insistiu, né? – Ayumu respondeu secamente.-Nhái... Eu sei. – Ela disse andando ao redor do piano. – Tudo bem, eu espero.-Vai, agora me deixa concentrar, quieta. – Ele começou uma música.O som invadiu a sala, era calmo.Ele se lembrava do tempo que ficou sem tocar piano, sentira falta do som que as teclas faziam, a insistência de Hiyono muitas vezes o fazia pensar em voltar a tocar, mas ele estava decidido, depois de anos resolveu ceder a um capricho da garota, que agora se tornara uma mulher, muito bonita por sinal. Ele observava Hiyono na janela, com os olhos fechados, a brisa batia em seus cabelos fazendo com que eles se mexessem, os fios dançavam sobre seu ombro no ritmo da música de Ayumu.Acordando de seu transe a mulher percebe o olhar do homem sobre si. – O que foi Narumi-san?-Hum... não foi nada. – Ele então parou de tocar.-Por que parou de tocar?-Ué... Não foi você que disse que estava com fome?-Foi, e eu disse que esperava também. – Disse ela com um sorriso.-Tá, mas eu também to com fome. – Ele se encaminhou até a cozinha.-Narumi-san, você toca tão bem. – Ela tinha um tom sonhador na voz.-Hum... Obrigado. – Ele a olhou. – O que quer comer?-Qualquer coisa, feita por suas mãos vai ficar deliciosa.-Ok... – Ele foi até a geladeira para pegar os ingredientes.-Narumi-san? – Ela disse bem próxima dele.-Hum... – Percebendo a proximidade-Por que nunca reparou em mim?-O que você quer dizer? – Ele sorriu. – Não tem como não reparar em você.-Narumi-san, você sabe o que eu quis dizer. – Respondeu zangada.Ayumu revirou os olhos e colocou o que tinha pegado na geladeira em cima da mesa ao lado, então caminhou até a mulher e inesperadamente lhe deu um beijo. Ela não esperava por aquilo, mas correspondeu.Depois de minutos eles se separaram, ofegantes.-Narumi-san? – Ela olhou confusa para o homem a sua frente.-Hum? – Ele começou a preparar o almoço.-Baka! – Ela deu as costas, pegou sua bolsa que se encontrava em cima do sofá e saiu.-O que foi que eu fiz?A resposta para sua pergunta foi o barulho estrondoso da porta batendo.”Um raio cortou o céu, o trovão veio logo em seguida, o barulho acordou Ayumu, ele sentiu o impacto causado na terra. -Legal, até nos meus sonhos aquela mulher me persegue. Levantou-se e foi até o buraco da janela, ele olhava para as luzes distantes. A rotina lá fora não parava. Então uma luz lá em baixo chamou a atenção do homem, era fraca, principalmente vendo de cima, era uma lanterna. --------------------------------------------------------------------------------- -Não acredito, vou ter que me esconder aqui, tinha que chover junto agora? – Um relâmpago seguido de um trovão assustou Rio. – Tá, já entendi o recado. – Disse a mulher olhando pro céu.      Ela entrou no prédio abandonado, antes, ela abriu sua bolsa e retirou uma pequena lanterna, olhou à seu redor, aquele lugar lhe era familiar. -Não sei o que é mais assustador, esse lugar ou os trovões?     Rio começou a explorar o interior do lugar, parecia tudo parcialmente destruído, mas não dava pra ver bem, a luz era fraca.    Ela ouviu passos vindo em sua direção, um calafrio percorreu sua espinha dorsal, podia ser perigoso entrar em lugar abandonado sozinha, isso só pra fugir da chuva, os passos ficam cada vez mais fortes.     Os passos pararam, Rio não conseguia identificar onde a pessoa se encontrava, o medo a invadiu completamente. -Quem é que aí? – Ela perguntou tentando não mostrar medo em sua voz. – “Será um caçador” – Essa idéia a apavorou mais ainda. Repentinamente as luzes do que seria o Hall de entrada do hotel se acenderam, e lá fora um trovão caiu fazendo um barulho estrondoso. -Eu perguntei quem está aí. – Rio insistiu, a luz lhe dera coragem, demorou um tempo até que ela se acostumasse com ela.-Quem é você? – Perguntou Ayumu ao lado do interruptor.-Eu perguntei primeiro. – Rio já podia ver a pessoa que acendeu o lugar e onde estava.-Mas quem chegou primeiro fui eu. – Ayumu olhava para a mulher no piso de baixo, ele a conhecia de algum lugar. – “Mas de onde?” – Ele se perguntava.-Irmãozinho do Narumi Kiyotaka-san? – Ela fechou os olhos tentando olhar melhor.-Hum... É você. – Agora teve a certeza de quem era.-O que você faz aqui? – Perguntou ela indo de encontro a Ayumu.-Precisava ficar sozinho. – Ele suspirou. – E você, o que faz a essa hora da noite na rua? Não acha perigoso para uma garota?-Eu fui comprar algumas coisas para comer. E eu não sou uma “garota”! – Ela gritou para o homem. - Já sou uma mulher. -Hum... Tanto faz, não deveria andar por aí sozinha assim.-Eu sei muito bem me defender, e já era pra eu estar em casa. – Ela fitava o chão. – Se não tivesse começado a chover com esses raios e trovões assustadores.-Claro, claro. – Ele respondeu secamente. – Fique onde e quanto quiser. – Deu as costas a Rio.-Espera! Aonde você vai? Não vai me deixar aqui, sozinha, né?  - Ela foi atrás das costas do homem.-Pelo que me lembro, você não é mais “garota”, é uma “mulher” e sabe muito bem se defender. – Ele usou o mesmo tom que ela usou ao proferir essas palavras.-É, eu sou sim, mas trovões e raios são inimigos que não possuem rosto. – Seu olhar estava perdido lá fora. – E eles são terrivelmente assustadores.-Então não deveri... – Ayumu foi interrompido trovão alto. Rio se assustou e correu para perto de Ayumu, abraçou o homem num gesto inocente, mas não tão inocente para o homem. Ao sentir os seios da garota roçando em seu peito ele não conteve o pensamento um tanto quanto indecente, ele corou.  -Desculpe. – Pediu Rio se afastando.-Não tem problema. – Ele coçou a cabeça tentando afastar seus pensamentos impuros. – “Ela realmente não é mais aquela garotinha”.-Irmãozinho do Narumi Kiyotaka-san, tudo bem? – Ela o olhava percebendo seu olhar perdido.-Sim, tudo bem. – Ele continuou andando. – Mas se vamos passar algum tempo juntos, até a chuva passar. – Ele virou para ver se ela o seguia. – Melhor parar de me chamar assim, eu tenho um nome. – Suas palavras foram secas.-Tudo bem, Narumi-san, desde que você pare de me tratar como uma criança totalmente indefesa.-Ok, ok. Entramos em um acordo, mas não precisa ser tão cordial, Ayumu já bom. – Ele lhe lançou um sorriso.-Ok, Ayumu, Rio pra mim também já bom. – Ela retribuiu o sorriso e agarrou o braço do homem para caminhar ao lado dele.     Ayumu foi andando com Rio do lado, sem dizer uma palavra se quer, ele estava ocupado demais pensando em mais quanto tempo ele seria obrigado a ficar na companhia daquela garota, não, mulher. Poderia não ser tão ruim.    O silêncio estava começando a incomodar Rio. -Pra onde a gente indo? – Perguntou ela na tentativa de começar um diálogo.-Pro lugar onde eu estava, lá parece ser o mais limpo daqui, se é que é possível.-E o que realmente você veio fazer aqui?-Eu já disse, pensar.-Pensar em que? Por que não pensa em casa? Precisa de um lugar como esse pra pensar? – Ele fitava Ayumu com um brilho maníaco no olhar.-Bom, na verdade eu precisava de paz, dormir no lugar que eu moro está cada vez mais difícil, até mesmo de noite. – Ela o fitava sem acreditar. – Tá, aqui não é o lugar mais limpo, mas é bem tranqüilo.-Hum... Estranho. – Ela falou depois de alguns minutos.-O que é estranho? – Ele parou de andar e ficou olhando Rio.-Você. – Ela continuou andando, mas nem sabia para onde ir.-Eu não sou estranho, não é por aí. – Ele correu para o lugar onde Rio estava entrando. –Hey... Aí pode ser... – Nem terminou de dizer a frase, Rio tropeçou em destroços no meio do caminho. Ayumu revirou os olhos. -... Perigoso.-Que porra é essa? – Rio pergunta sentada no chão com voz de choro.-Bem que eu tentei te avisar. – Ele se aproxima dela. – Você se machucou?-Hum... Acho que na... Aii! – A mulher deu um grito estridente quando o homem mexeu em seu pé. – Isso doeu!-Acho que você torceu o pé. – Disse ele soltando o pé de Rio.-Você ach... Aii! – Ela suspirou. – Eu tenho certeza. – Disse áspera.-Que seja, consegue se manter em pé? – Ele levantou e lhe estendeu a mãe para que ela apoiasse para se levantar. Ela segurou a mão de Ayumu e se levantou, tentou se estabilizar e andar, mas seu pé doía muito, ela perdeu o equilíbrio, mas o homem a sua frente a segurou firmemente. -É, acho que você não vai conseguir andar sozinha. – Ele a pegou no colo.-O... O que você fazendo? – Ela olhava perplexa para Ayumu.-O que parecendo?-Que você é louco.-Hum... Ok! – Ayumu fez menção de colocá-la no chão. – Acho que você consegue andar bem.-Não, meu pé ainda dói.-Então dá pra parar de reclamar? Rio ficou calada enquanto Ayumu a carregava. Ela o observava atentamente, suas feições são praticamente as mesmas, apenas amadurecidas, decididamente ele não mudou muito. -Fazia tempo que não nos víamos, né? – Ela tentou reiniciar o diálogo.-É verdade.-O que fez depois... Depois do colégio?-O que todos fazem, comecei uma vida.-Hum... – Essa não era a resposta que ela esperava.-E você? – Ele a olhou nos olhos.-O mesmo. – Era a vez dela dar respostas vagas.-Entendo. – O silêncio reinou novamente. Eles chegaram no quarto antes ocupado apenas por Ayumu. -Realmente, mesmo este sendo o mais limpo muito sujo, né? – Ela disse observando atentamente o local.-Da próxima vez me avise com antecedência que eu mando fazer uma limpeza. – Disse o homem ironicamente.-Ok, eu prometo que aviso. – Ela usou o mesmo tom dele. Colocou Rio no lugar onde ele tinha preparado antes para dormir. -Confortável para vossa majestade?-Hum... Se não tem outro modo. – Ela disse se ajeitando como pôde.-Não, não tem, agora seja uma boa garo... Uma boa mulher e fique quietinha até a chuva passar. – Ele se encaminhou até o buraco da janela e passou a fitar o céu.-Eu sou uma boa mulher. – Ela olhou para o homem, mas este não retribuiu o olhar. - Vou embora assim que essa chuva chata passar.-Você é quem sabe.-Você é sempre assim? – Ela lhe perguntou de cabeça baixa.-Assim exatamente como? – Ele virou seu olhar para encará-la.-Respostas custas e grossas.-Não... – Ela o interrompeu.-Pra mim isso representa medo de deixar transparecer mais sobre si a outra pessoa. – Rio estava tentando provocá-lo.-Eu não tenho me... – Ela o interrompeu novamente.-Medo de que a outra pessoa possa se interessar em suas idéias e conseqüentemente em você.-Eu não preciso que outras pessoas se interessem pelo que eu penso. – Suspirou.  – “Finalmente ela me deixou completar uma frase.”-Será mesmo?-Sim!-Hum... – Ela passou a olhar o céu antes observado por Ayumu. – O ser humano precisa se expor.-É nisso que você acredita?-Aham! A espécie humana precisa mostrar aos outros o que pensa, o que tem, o que não tem, e precisa da aceitação deles. – Ela não direcionou seu olhar nem um segundo a ele.-Você faz isso?-Creio que sim, mesmo que inconscientemente. O que quer dizer com “inconscientemente”? –Por exemplo, quando uma mulher corta o cabelo, exemplo banal, mas ela na maioria das vezes não corta porque estava realmente precisando, ela espera elogios. – Ela suspirou.-Eu não sou assim. – Ele ainda a olhava.–Então por que quer ser tão bom no que faz? Como no trabalho. –Ele não respondeu, então ela continuou. – Viu? Inconscientemente.-As aparências movem a humanidade.-Infelizmente, ou felizmente. – Ela o olhou, e encontrou com seu olhar. – Pensa como o mundo seria chato se modelos não expusessem suas imagens e escritores não vendessem suas idéias e histórias.-E o que isso tudo tem a ver comigo?-Esse seu jeito “não to nem aí pra ninguém” faz parte do jeito de como você quer que as pessoas te conheçam, faz parte do seu charme. – Reparando no seu olhar ela deu uma risada. – É, você sabe que possui um charme. – Ela corou.-Possuo? – E retribuiu a risada maléfica.-Viu só? – Ela agora tentava mudar de assunto. - Não é difícil ser amável.-Não, não é. – Ele voltou ao tom sério. – A Hiyono vive me dizendo coisas desse tipo.-Você continua a vendo?-Sim, até que com bastante freqüência. – Ele se aproximou sentando frente a mulher. – E você? Tem visto os outros?-Pouco, eles “começaram uma vida”, mudaram seus destinos e seguiram em frente. – Seu olhar era triste.-E você tem namorado? – Ele queria mudar de assunto, e essa foi a primeira pergunta que lhe veio à cabeça. No fundo ele realmente queria saber.-Hum... Na verdade não. – Ela não esperava aquela pergunta. – E você?-Também não.-Eu pensei que você e a Hiyono-Chan...-Não, somos um tipo de amigos, só isso. – Ele se apressou em responder.-Hum... “Um tipo de amigos”?-É, você não vai entender, nem eu entendo. – Ele sorriu.-Você devia sorrir mais, deixar de lado essa expressão sombria. – Ela sorriu pra ele.-Eu não tenho uma expressão tão sombria.-Mas você fica mais bonito quanto sorri.-Hum... A propósito. – Ele ficou sem graça. – Você se tornou uma mulher muito bonita. – A intenção era deixá-la sem graça.-Eu sei. – Ela sorriu maliciosamente, enquanto ele revirava os olhos. – Mas você também se tornou um homem muito atraente. – Aquela conversa estava tomando rumos estranhos, na opinião dela.-Eu sei. – Ele usou o mesmo tom que ela, mas com um pouco, ou muito, de ironia. – Se você é e sabe que é bonita, por que não tem namorado?-Os homens são estranhos. – Ela riu como se tivesse se lembrado de algo engraçado. – Os que você quer um relacionamento sério não querem, mas os que você quer aproveitar só por um momento, uma noite que seja, querem te levar ao altar.-Talvez você seja exigente demais.-Talvez o amor não tenho sido feito pra mim.-Amores são conquistados com o tempo.-Que seja, não me importo de ficar sozinha, ainda sou nova, tenho muito tempo.-Nem tanto, quando menos se percebe o tempo que você julgava ter de sobra já era.-Quanto pessimismo.-Ou realismo.-Não sei se deveria acreditar em suas palavras, você também sabe que é bonito e não tem namorada.-Isso tem outr...  – Ele foi interrompido novamente por Rio, mas dessa vez de uma forma diferente. Num impulso Rio puxa o desprevenido Ayumu para um beijo bastante intenso. Algum tempo depois, poderiam ser segundos, minutos, eles não sabiam bem, eles se soltam. -Me desculpa. – Disse Rio envergonhada.-Hum... É, não tem problema. – Ele estava tão ou mais envergonhado que ela.-Acho que agi por um impulso.-Essa fala deveria ser dita por mim. – Ayumu olhava para Rio sorrindo.-Por que? Só os homens tem impulsos?-Não, eu não diria isso. Ele então a agarrou trazendo-a para mais perto de si. Seus rostos estavam próximos, Ayumu deu mais um beijo em Rio. Logo se soltaram para respirar melhor. -Não vai me dizer que isso foi um impulso. – Disse Rio sarcástica.-Não, isso é o que eu chamo de atração entre homem e mulher.-Hum... Interessante, agora você realmente me trata como mulher, e não garota.-Você acabou de ter uma atitude de mulher.-E você uma de homem. – Ela rebateu, deitando-se. Ayumo deitou por cima do corpo da mulher, passando as mãos por suas curvas, beijando seu pescoço, fazendo cócegas em sua barriga.Rio deixou-se levar pelo embalo do momento, era o que ela queria, e ele também. Ela tirou a camisa do homem e percorria as costas do homem com a ponta das unhas, enquanto era beijada. -Ayumu?-Hum... – Ele parou e a olhou nos olhos.-Isso é certo?-O que?-O que estamos prestes a fazer.-Por que seria?-Não sei, só... É estranho.-Você quer parar por aqui?       Ela o puxou novamente para perto de si, bruscamente ela mudou de posição ficando por cima dele. Então com a ajuda do homem ela tirou sua blusa jogando em qualquer canto, abaixou-se e beijou Ayumu intensamente.      Delicadamente o homem desabotoa o sutiã da mulher, percorre com as mãos as costas e depois massageia os seios de Rio, fazendo-a gemer em seu ouvido, aquilo fazia com que Ayumu se excitasse mais.     Num ritual minucioso eles se despiram, entre beijos e gemidos.     Ayumu, agora por cima, penetrava Rio, seus movimentos começaram devagar, mas se intensificaram, entre esses movimentos a mulher roubava beijos de Ayumu, que parecia bem concentrado no que fazia, ele correspondia e lançava sorrisos maliciosos.      Os movimentos mais fortes faziam com que Rio gemesse mais, e mais. Ela percorria as costas do homem com as unhas, o que o fazia arrepiar.       Ele então foi diminuindo o ritmo. Parou, mas permaneceu por cima de Rio. -Arrependida? – Ele perguntou ao pé do ouvido de Rio.-Eu não sou mulher de me arrepender. – Lançou-lhe um olhar cheio de segundas intenções.-Ah! É verdade, uma mulher que toma conta de si mesma e que não se arrepende do que faz. – Ele disse ironicamente. – O que mais eu deveria saber, senhorita Rio?-Hum.... Eu disse que você é bonito, certo? – Ele confirmou. – Então... – Ela desviou o olhar antes que perdesse a coragem de dizer o que estava pensando.-Então? – Perguntou ele curioso.-Bom, eu mudaria esse adjetivo para gostoso. – Ele riu totalmente sem graça do que havia dito, talvez arrependida disso, só disso. Ayumu ri, também sem graça, sai de cima de Rio e se deita do lado da mulher, puxando-a para se deitar em seu peito. 

-Devo me sentir agradecido, mesmo envergonhado. – Ele ponderou, um clarão iluminou o local, ele fitou Rio nos olhos – Você também.


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