O Sabor Do Proibido - Cam E Luce escrita por MariUchiha


Capítulo 3
Heaven's Calling


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora meus amores! Bem, eu passei quase uma semana escrevendo, então a lista de músicas é gigante. Voila:
Beautiful Remains
Carolyn
Children Surrender
Coffin
Days Are Numbered
Devil's Choir
Die For You
Fallen Angels
Heaven's Calling (o título. O Céu Está Chamando)
Hello My Hate
I Am Bulletproof
In The End
Knives and Pens
Lost It All (as duas versões, com e sem a Juliet Simms)
Love Isn't Always Fair
Never Give In
New Religion
New Years Day
Nobody's Hero
Overture
Perfect Weapon
Rebel Love Song
Rebel Yell
Ritual
Saviour
Set The World On Fire
Sex And Hollywood
Shadows Die
Smoke And Mirrors
Eu sei que é quase todas as músicas do Black Veil Brides que eu tenho, mas é isso ai. Sim, Black Veil Brides de novo. Hahaha.
Espero que gostem.
Enjoy!



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Meus olhos se abriram temerosamente, eu queria saber onde – raios – eu estava.

- Por Deus! Esse é o lugar mais lindo que já vi! – falei e minha boca se abriu em um perfeito “O”.

- É muito lindo! – falei em voz baixa, mais uma vez, olhando em volta.

Estávamos no que parecia ser um enorme jardim, onde haviam milhares de peônias brancas. Uma súbita vontade de colhe-las se apossou de mim. A vontade só aumentou quando percebi que a plantação parecia não ter fim, se esticando como um lençol branco em todas as direções.

Nós havíamos pousado em uma parte falhada no meio das flores, a minha direita se encontrava um banco, tipo os das praças, mas todo em madeira e em estilo rústico, um poço ao lado do banco e a minha esquerda uma pequena fogueira ardia, provavelmente feita por Cam. O espaço era circular, coberto por um gazebo todo em madeira. Ao leste grandes montanhas decoravam o horizonte.

- Eu sabia que você iria gostar – ele deu um sorriso maroto.

- Por que me trouxe aqui? – perguntei.

- Eu venho até aqui algumas vezes, quando quero pensar, sabe? Sempre acabo me lembrando de você – ele pegou a minha mão delicadamente e me guiou até um caminho de pedras que cortava a enorme plantação ao meio, no final do caminho, muito longe de onde nós estávamos, avistei um pequeno chalé, com um moinho de vento ao lado.

Olhei para o céu, eu nunca o tinha visto tão estrelado. A lua brilhava intensamente, sua luz repousava com delicadeza sobre o rosto de Cam, fazendo-o parecer mais pálido que o normal. Seus olhos ganharam um tom mais claro quando ele olhou para cima, como se quisessem ofuscar o brilho da lua.

Ele me olhou profundamente, percebi que os seus olhos ficaram um tom mais escuro que o natural sob a sombra que os seus cabelos projetavam. Aproximou-se. Roubou-me um selinho e saiu correndo por entre as flores.

- Duvido você me pegar! – gritou me provocando.

Corri até ele, que estava parado me olhando, como se houvesse desistido de fugir. Quando eu estava a menos de um metro para conseguir pegá-lo, ele deu uma guinada para a direita, me fazendo ir para esse lado também, porém ele correu para o lado oposto.

- Grr! Cameron Briel! Volte aqui! – gritei.

Ele olhou para trás.

- Não! Venha você até aqui! – ele gritou de volta.

Corri o máximo que pude. Alcancei-o. Toquei seu braço.

- Peguei! – gritei enquanto resfolegava.

- Não valeu – ele me disse sério.

- Como? Eu peguei você! – revoltei-me.

- Não é assim que se pega – ele falou, como se fosse óbvio, roubando-me outro selinho logo em seguida. – É assim. Entendeu?

Ele me olhou, inclinando a cabeça para o lado, esperando uma resposta. Subitamente dei-lhe um selinho e corri o mais rápido que pude para longe dele.

- Entendi! – gritei sem olhar para trás.

Brincamos desse novo pega-pega durante horas, depois de um tempo Cameron deitou-se sobre o banco, dizendo que estava cansado, coincidentemente na hora que ele era o pegador.

- Com licença, senhor Preguiça, eu quero me sentar – falei com as sobrancelhas arqueadas.

- Agora não, eu estou morto – ele falou com os olhos fechados.

- E eu? Onde vou descansar? – perguntei, fingindo ressentimento.

- Ah, claro! – ele levantou com um pulo. – Esqueci de umas coisas.

Cam colocou a mão no bolso interno do seu casaco de couro e tirou algo pequeno, algo que começou a se expandir na sua mão até virar uma mochila de jeans preto cheia de botons.

- Cam, o que é isso? – perguntei.

- Só umas coisinhas – ele falou dando de ombros, estendendo uma toalha de piquenique no chão, ao lado da fogueira.

Vinho Château Lafite Rothschild 1787, safra 1985, o mais caro do mundo se não me falha a memória, queijo Brie, pães e outras coisas deliciosas.

- Onde conseguiu isso tudo? – perguntei perplexa.

- Apenas uma palavra: Roland – esclareceu-me, enquanto servia duas taças de vinho.

- Ah, claro! Mas por que tudo isso? – perguntei, estendendo minha mão para apanhar a minha taça.

- Sua curiosidade está me matando. Apenas queria ter um encontro perfeito com a garota perfeita.

Inclinei meu rosto sobre a taça de cristal na minha mão esquerda, fingindo apreciar o cheiro do vinho, para disfarçar meu rubor.

Petiscamos em silêncio, trocamos alguns beijos, recolhemos as coisas e deitamos sobre a toalha. Nossos dedos se tocaram, virei-me para olhá-lo quando uma corrente elétrica passou pelos meus dedos, subindo pelo meu braço, se espalhando por todo o meu corpo, e se concentrando nas minhas bochechas, me fazendo corar.

- Também sentiu isso? – eram as suas primeiras palavras em pelo menos meia hora.

- Isso o que? – disfarcei.

- Um arrepio, sabe, não um arrepio ruim, de medo ou algo assim, um arrepio que trás uma sensação boa. Sentiu?

- É, acho que senti – inclinei-me sobre ele, depositei um beijo leve no canto dos seus lábios e me afastei. – Só eu quero sentir de novo? – sussurrei.

- Eu também – ele sussurrou de volta, afastando a cabeça do chão para alcançar os meus lábios.

O beijo começou calmo, mas logo eu já estava sobre ele, suas mãos nas minhas costas, passeando os dedos pela minha cintura e deixando uma trilha de fogo por onde passavam.

Seus lábios traçaram uma trilha até o meu pescoço, indo para o meu ombro nu. Ele deu uma mordiscada ali. Arfei dei um pequeno gemido ao pé de seu ouvido. Ele descobriu meu ponto fraco. Quando me ouviu gemer, ele percebeu a descoberta que havia feito e deu uma mordida mais forte, arfei mais alto dessa vez.

Eu não podia deixar barato, tinha que encontrar o seu ponto fraco também. Voltei meus lábio para os seus. Era minha vez de jogar.

Fiz uma trilha de beijos pelo seu maxilar e cheguei ao lóbulo da sua orelha. Mordisquei. Ele gemeu. Bingo! Filmes românticos não são tão ruins assim.

Suas mãos alcançaram o zíper do meu vestido. Parei de beijá-lo.

- Cam não acho que... – falei, afastando-me dele e sentando ao seu lado.

- Ãh, ok, tudo bem – ele gaguejou, olhando para o relógio. – Bem a tempo! Luce olhe para o leste. Eu já volto – ele foi em direção à mochila.

Olhei para onde ele apontou, um brilho em tons de roxo e laranja aparecia, o nascer do Sol, eu nunca havia visto um. Cam sentou-se ao meu lado, com uma bandeja de plástico nas mãos, sobre a bandeja estavam dois hambúrgueres, um deles era vegetariano, pelo que percebi, e duas latas de Coca-Cola.

- Cam, o que é isso? – perguntei, pegando um hambúrguer e uma latinha de refrigerante.

- Nosso café da manhã. Não vamos chegar a tempo de tomar café na Sword & Cross. Agora olhe para lá! – ele falou pousando o refrigerante ao seu lado, abraçando minha cintura com a mão direita e segurando o hambúrguer com a outra.

O Sol começou a subir lentamente, colorindo tudo com um tom de laranja claro. Ofuscando as estrelas. As peônias ficaram cor de laranja, cada vez ficando mais claras, até atingir um tom de amarelo canário, conforme o Sol subia no horizonte.

- Queria estar com a minha câmera fotográfica aqui – suspirei.

- Também esqueci a minha, mas nós podemos vir aqui outro dia – ele me olhou, sugestivo.

- É, quem sabe. Cam, não temos que guardar as coisas? – perguntei.

- Temos, a aula começa em uma hora e meia.

- Cam! Eu ainda tenho que tomar banho e me vestir! – me exaltei, recolhendo as coisas e jogando tudo na mochila.

- Calma, não estamos muito longe da Sword & Cross, voando em linha reta e alta velocidade, dá mais ou menos uma hora.

- Uma hora para dormir, não vou aguentar a aula da Albatroz sem dormir.

- Nem eu, mas valeu a pena. Não é?

- Claro – sorri timidamente e Cam alçou voo. 


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Pureblood Kisses :*