Era tão bom ter Ana perto de mim, o corpo dela transmitia um tipo de calor que nunca senti antes, nem mesmo quando eu provoca o fogo. Era um calor morno e muito confortavél. Uma temperatura perfeita. Fiquei alisando o cabelo dela, eu adorava eles não era lisos nem cacheados era meio termo, combinava perfeitamente com o seu rosto.
 Ana é uma companhia perfeita, ela sabe ser tímida nas horas certas, engraçada e tudo mais. Acho que isso me fez apegar tanto a ela, Mas vou confessar: Eu tenho medo de falar alguma coisa de mais para ela e ela me da um fora, como acontece sempre. Dessa vez eu vou deixar rolar, não quero que Ana se afaste de mim, de maneira alguma.
 Estavámos no meio do caminho quando Ana acordou se desculpando:
 - Me desculpe Leo. - atordoada pelo sono ainda.
 - Por que está se desculpando, Ana? - Falei.
 Ela abriu bem aqueles olhos azuis e os esfregou com força
 - AH, meu Deus. Foi apenas um sonho. - Falou aliviada
 - Sonhou comigo? - Falei
 - Ér... não vamos falar sobre isso certo? não estou muito confortável e também não parece correto. - Falo embaraçosa
 Ela sonhou comigo, AI MEUS DEUSES ISSO É MUITO BOM!
 Não deixei minha felicidade transparecer para Ana:
 - Ah, se deseja assim... - Falei.
 Ela assentiu e eu bocejei, eu estava cansado.
 - Acho que é a sua vez de descansar - Falou com um sorriso lindo estampado.
 - Se incomoda? - Falei fazendo charminho.
 O sorriso dela se alargou mais ainda, ela colocou a mochila dela no colo e falou:
 - Mas é claro que não, descanse e sonhe, você precisa Leo. - Sorriu afastando seu cabelo dos olhos colocando-os por trás da orelha. 
 Ela é tão linda.
 Me deitei no colo dela e as mãos dela veio automaticamente em meu cabelo, fazendo carinho em meu cabelo, senti um sorriso saindo da minha boca. Relaxei e fechei os olhos, dormir. Logo sonhei.

Era um dia de calor e o sol estava brilhando. Eu estava em um lugar que nunca eu conheci, parecia o Central Park mas não era. Era gramado e plano eu estava sentando parecia que eu estava clareando meus pensamentos, até Ana aparecer e sentar-se ao meu lado, ela ficou me encarando com aqueles olhos tão lindos e eu coloquei minhas mãos na sua nuca e me aproximei, ela colocou uma das suas mãos em cima da minha e se aproximou também fechando os olhos. Nosso lábios se tocaram e infelizmente eu acordei.

 - Por Hades! - Exclamei logo quando abri os olhos, mas não me levantei do colo de Ana.
 Não entendo porque nós acordamos sempre na melhor parte do sonho, aquilo me deixou tão enfurecido.
 - O que houve?
 - Acordei na melhor parte do sonho.- Falei indignado. Acho que foi engraçado o jeito que eu falei porque Ana ficou rindo da minha cara.
 - HEY, o quê que há? vai me dizer que nunca acordou na melhor parte do sonho? - Falei tentando me explicar.
 - Ora Valdez, nunca ouviu aquele velho ditado que fala sobre sonhos? - Falou olhando diretamente em meus olhos.
 - Humm... acho que e não - Falei curioso e peguei uma mecha do seu cabelo e fiquei brincando com ele entre meus dedos da mão direita.
 - "Quando acordar no meio de um sonho levante e faça a continuação dele" - falou Ana serena.
 Fiquei pensando sobre isso e sorri
 - Bom, esse seria o momento perfeito para continuar o meu sonho. Mas, é melhor não. - Sorri e me levantei.
 - Que seja como deseja Valdez, pelo menos você esta descansado?
 - Sim, apenas com sede.- Respondi.
 Tirei uma garrafa de água do meu cinto mágico e Ana ficou meio assustada
 - Você sempre guarda garrafas d'água no seu cinto? - falou com uma sobrancelha arqueada.
 Fiquei rindo dela.
 - Ana, isso é um cinto encantado. Encontrei em uma caverna de filhos de Hefesto lá no acampamento, Tudo que pedir ela tem.
 - Sério? Qualquer coisa?
 - Qualquer coisa, sendo que se for algo difícil de se achado, ela demora um pouco, mas sempre acha.
 - Eu quero uma água também. - disse ela me desafiando.
 Tirei rápidamente do meu cinto e entreguei, ela ficou muito surpresa
 - Nossa!
 Fiquei rindo
 - Há muitas coisas que você não conhece, Ana! Se você quiser, quando chegarmos no acampamento eu te mostrarei tudo. - falei olhando fixamente em seus olhos e me deparei no que eu falei e me corrigi. - digo no bom sentido, claro.
 Ana riu.
 - Será um prazer. - sorriu simpática e abriu a garrafa de água e começou a beber, fiz o mesmo.
 O ônibus parou e Percy foi o primeiro a se levantar junto com Annabeth. Me levantei e dei a mão para Ana ajudando-a levantar, estavamos no meio do ônibus quando Annabeth sentiu falta de Grover, olhei para trás e ele estava dormindo com uma lata de Coke Diet na boca. Fui até ele e fiz um baralho com os pés como se fosse alguém se aproximando.
Grover se presteu rápidamente de pé gritando:
 - Não monstro, não dessa vez!
Todos nós caímos na gargalhada e ele ficou sem jeito!
 - Vamos dorminhoco, Chegamos em Fortaleza.
 Saímos em fila do ônibus era tudo diferente da outra cidade, tinha mais turistas, mais pessoas mais tudo.
 Annabeth olhando o mapa na mão falou:
 - 3 como nós em uma só cidade.
 - Tomara que não tenha Fú...- Fui interrompido por minha consciência. - Digo: Benevolentes.
 - Não entendi. - Ana disse confusa.
 Annabeth, Percy e Grover foram buscar um táxi enquanto fiquei sentado com Ana no parapeito da rodoviária.
 - As palavras tem poder loira, não podemos sair por ai falando nomes das criaturas, se eu não tivesse me corrigido, haveria mais chances delas no encontrar me entende?
 - Acho que sim.
 - Você vai entender em breve.
 - O lugar que você fala que vamos, o acampamento. Lá é seguro mesmo? digo, seguro o suficiente para poder dormir tranquila?
 - Sim Ana, deixe-me explicar. Lá tem uma barreira mágica que é protegida pelo Velocino de Ouro que é guardado por um dragão. Ou seja nem mortais e nem monstros podem ultrapassar, a não ser que seja convocados.
 - Convocados?
 - Sim, alguns são para ficar na floresta durante a caça a bandeira, para os treinamentos sabe?
 - Ah. - falou tristonha
 - Lá são todos como uma familia, É claro que tem alguma desavenças de chalés, mas nada fora do normal. Há muitos como você lá.
 - Leo, eu tenho medo de ser sozinha lá, que ninguém goste de mim.
 - Não precisa se preocupar, se depender de mim não vai ficar - falei olhando nos olhos dela - só se você querer, é claro. Os caras filhos de Afrodite vão cair em cima de você eu tenho certeza, eles são bonitões e esnobes quando querem, ficam loucos quando chega campistas bonitas. - Falei. Eu não queria mas sôou muito ciumento.
 Ana segurou em minha mão com força e olhou no fundo dos meus olhos e falou com muita segurança.
 - Será um prazer ter você ao meu lado, Valdez.
 Ficamos nos encarando, até Grover estragar o momento gritando:
 - Conseguimos um táxi, venham pombinhos. - Ficou rindo depois que falou.
 - Vamos? - Disse eu
 Nos levantamos e fomos em direção ao táxi. Que por felicidade era grande, tipo aqueles carros que cabem mais de 7 pessoas. Nos acomodamos e Grover colocou a cabeça de fora e começou seu trabalho.