My Last Piece escrita por Skye


Capítulo 24
We make our future


Notas iniciais do capítulo

Sumi, mas voltei mais uma vez. Um dia termino essa fic, amém.



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Rose POV:

– Temos que ir. – voltei a dizer. – Não estamos nas melhores condições do mundo para chegar atrasados em uma aula, por mais que a professora Trelawney seja bastante fora da casinha.

– Que tal lançarmos uma azaração para congelar ela e todos os alunos que fazem adivinhação? – Scorpius sugeriu como se fosse o ser mais inocente do mundo. – Além de uma aula livre dessa matéria esquisita, teríamos mais um tempo para nós dois. – eu ri enquanto ele mais uma vez selava nossos lábios.

– Scorpius, hoje você acordou um tanto quanto revoltado. – eu disse ainda com o riso esvaindo-se. – E aprecio você ter usado esse comportamento para me defender mais cedo, mas acho que agora temos que aceitar que temos aula. – falei dirigindo meu olhar ao dele. – E também que essa aula começa em alguns minutos.

– E será que não podemos aproveitar nem mais alguns segundos? – Scorpius perguntou já aproximando seus lábios novamente dos meus, mas dessa vez tive que impedi-lo. Segurei seu rosto com uma mão apoiada em cada lado de sua bochecha.

– Eu queria muito poder responder que sim, mas infelizmente temos que começar a nos controlar. – sorrimos juntos, nossos olhares ainda fixos um no outro. Mais uma vez eu me perdia, dessa vez apenas o encarando, enquanto acariciava o pouco que conseguia alcançar do cabelo dele com minhas unhas. Scorpius era realmente lindo, podia me perder por horas em sua expressão facial, juntamente com seus cabelos loiros e olhos acinzentados, mas sabia que precisava de força máxima para não fazer aquilo naquele momento específico. Tinha que admitir, estava mais do que correta ao dizer que eu e Scorpius precisávamos nos controlar, sim tudo o que eu queria era passar horas ao lado dele, mas precisava dar um jeito de tornar a força maior que a vontade nos períodos de aula. Ainda com as mãos em seu rosto, me inclinei para selar nossos lábios repetidamente por três vezes seguidas, apenas para encerrar oficialmente a nossa mais recente sessão de beijos no corredor. – Agora nós realmente precisamos ir. – voltei a reforçar. – Espero que você saiba onde estamos e como fazemos para chegar à sala de adivinhação, porque mesmo estando pelo sétimo ano nessa escola, eu estou perdida.

– Por sorte, você se encontra com um dos maiores vagadores de corredor da escola. – Scorpius disse erguendo um sorriso. Ele deu um beijo em meu rosto antes de se afastar e estender a mão para que eu o acompanhasse.

Scorpius POV:

O comentário de Rose me fez perceber o quanto ela tinha razão, estávamos fora de controle, talvez por termos esperado tanto tempo para ficar juntos, ou talvez tudo isso se resumisse naquelas conversas de hormônios da adolescência, mas eu tinha quase certeza de que não era só isso, porque desde sempre eu nutria um grande sentimento por Rose, e agora sabia que o mesmo podia se dizer sobre ela.

O caminho até a torre de Adivinhação foi mais rápido do que eu gostaria que tivesse sido. Soltamos as mãos ao entrar na sala, a professora Trelawney logo nos atacou com perguntas.

– Isso é hora de chegar à minha aula? Onde estavam? Graças a vocês nossa conexão inferior dentro desse aposento se rompeu.

– Desculpa professora, fomos chamados pela diretora para uma conversa. – eu expliquei.

– Nesse caso, perdoarei os dois. – Trelawney disse nos encarando com seus olhos esbugalhados. – Perguntaria o motivo de serem chamados, mas posso descobrir sozinha. – ela disse rindo com uma risada extremamente escandalosa, enquanto o resto da turma permanecia em silêncio, alguns com cara de assustados, outros tratando a situação com normalidade, afinal, aquela era a professora Trelawney.

Para nossa sorte, as únicas mesas disponíveis estavam no fundo da sala. Naquela aula iriamos trabalhar com folhas de chá ao invés de bolas de cristal, o que eu, particularmente, considerava bem mais divertido. A professora começou a dar instruções sobre como deveríamos adicionar as folhas após o chá, na realidade ela apenas disse várias coisas sem sentido, tentando fazer o ato de adicionar chá em uma xícara fascinante. Eu e Rose não tivemos problemas para preparar nossas xícaras, e eu acreditava que ninguém naquela sala tivera. Depois de alguns minutos tentando enxergar algo além das folhas de chá, me voltei para Rose, mas ela não parecia fazer o mesmo, aliás, ela parecia estar bem longe daquela sala, encarando a parede, e dessa vez o motivo não podia ser Dominique.

– Rose? – a chamei.

– Scorpius. – ela respondeu se virando para mim.

– Vai me contar o motivo que leva até essa parede de pedra a ser mais interessante que suas folhas de chá? – perguntei erguendo um leve sorriso.

– Por mais que qualquer coisa seja mais interessante que essa aula, não existe um motivo. Eu só estava pensando. – ela contou, retribuindo o sorriso.

– Pensando em alguma coisa específica? – estava curioso.

– Não exatamente. – Rose respondeu.

– E o que isso quer dizer?

– Só estou pensando que talvez devêssemos tentar ir mais devagar com tudo. – ela disse.

– Devagar como? – perguntei.

– Não sei, estamos juntos faz só algumas semanas e parece que toda vez que passamos tempo demais juntos algo ruim acontece. – Rose falou. – E não que seja algo totalmente ruim, mas nós realmente temos que aprender a nos controlarmos um pouco, se não, vamos acabar em detenção toda semana.

– Então você quer dizer que devemos nos ver menos? – eu estava começando a ficar confuso.

– Não! Scorpius, não finja que não entendeu. – ela disse.

– Não estou fingindo que não entendi. – falei. – Pelo que você disse, passar tempo demais comigo está causando problemas.

– Não foi isso que eu disse, quis dizer que se ficarmos nos atrasando para as aulas para ter tempo para nós dois, vamos acabar com mais problemas ainda. – Rose explicou. – E acho que não é dessa forma que queremos que nossas famílias descubram sobre nós dois.

– Ah, então isso também tem a ver com o que a McGonaggall falou. – agora os fatos começavam a se encaixar.

– Um pouco, acho que não quero ter que pensar nisso ainda, mas foi algo involuntário. – ela admitiu.

– Não se preocupa com isso, se sobrevivermos até a hora de contar para as nossas famílias, eu tenho certeza que vai dar tudo certo. – falei, encarando-a.

– Você não conhece meu pai, Scorpius.

– Mas meu pai conhece. – intervim. - E qualquer que seja a intriga que eles tiveram no passado, eu prometo que isso não vai interferir de forma alguma no que eu sinto por você. – Rose sorriu. – Semana que vem começam os treinos de quadribol, garanto que você vai me ver menos, não precisa se preocupar tanto com esse problema.

– Scorpius, não fala assim. – a expressão dela era uma mistura de seriedade e alguém que estava prestes a rir. – Se eu pudesse, passaria grande parte de todos os meus dias com você.

– Só estou brincando. – disse buscando a mão dela para depositar um beijo. Larguei rapidamente a mesma ao ver que a professora Trelawney se aproximava.

Rose POV:

– O que temos aqui? – ela perguntou observando nossas xícaras. Em seguida, a professora pegou as duas xícaras na mão e observou-as por algum tempo. – Vejo problemas se aproximando. – foi tudo que Trelawney disse antes de largar as xícaras novamente na mesa. Encarei Scorpius, séria.

– Rose, você não vai acreditar no que essa mulher fala, né? – Scorpius perguntou, de certo modo confuso.

– Não, mas não podemos negar que foi uma grande coincidência. – eu não era nenhuma crente em adivinhação, mas aquilo havia me assustado um pouquinho.

– Se é dessa forma que nossos problemas irão surgir, então já tenho uma solução. – ele estendeu seu braço e puxou minha xícara de chá para sua frente.

– Roubar minha xícara de chá é o seu jeito de solucionar problemas? – perguntei, não entendendo do que aquilo se tratava. Scorpius começou a mexer nas folhas com uma colher.

– Pronto. – ele disse pouco tempo depois, virando a xícara que agora tinha um coração formado pelas folhas.

– Eu amei. – disse sorrindo. Não esperava por aquilo. – Merece até um agradecimento. – olhei ao redor da sala, Trelawney estava distraída conversando com outra dupla de alunos. Estiquei-me sobre a mesinha e selei rapidamente meus lábios com os de Scorpius. – Espero que ela não consiga ver o passado.


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