My Last Piece escrita por Skye


Capítulo 14
Wake me up, grab my hand




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Rose POV:

A primeira coisa que eu senti ao abrir os olhos foi uma leve dor latejando em minha cabeça. Depois de voltar à consciência, ainda levei um tempo antes de abrir os olhos, não sabia se estava com medo ou preguiça, mas depois de alguns minutos eu os abri para encontrar o rosto de um Scorpius adormecido acima de mim. Não queria acorda-lo ainda, ele devia estar cansado depois da noite passada e talvez me odiasse depois do que havia me visto fazer, eu mesma estava me odiando, nem sabia direito como eu tinha acabado naquela situação. Ajeitei-me melhor no colo de Scorpius, de modo que eu continuasse deitada, porém um pouco mais inclinada, passei meu braço direito por trás de Scorpius, pousando-o em suas costas na tentativa de abraça-lo. Olhei para o braço dele que estava por cima de mim e consegui enxergar em seu relógio de pulso que já era um pouco mais de meio dia, olhei para o céu onde o Sol não cumpria seu dever naquele dia nublado, pretendia ficar ali pensando um pouco antes de acordar Scorpius, mas já estava muito tarde. Inclinei-me totalmente para frente dessa vez, ficando sentada ainda sobre o corpo de Scorpius que dormia com a cabeça caída para trás, me direcionei para a região entre o queixo e o pescoço, e ali fui depositando uma trilha de beijos até chegar ao queixo dele onde dei uma leve mordida, seus olhos não se abriram, mas seus lábios se ergueram em um sorriso.

– Preciso acordar? – ele perguntou quase sussurrando, ainda sem abrir os olhos.

– Sinto muito em te informar isso, mas você precisa. – disse rindo.

– Mas eu estou sonhando. – ele disse no mesmo tom, ainda sorrindo.

– Ah é? – eu disse me inclinando até o lado direito de seu rosto e dando um longo beijo em sua bochecha, depois me inclinando para o lado esquerdo e fazendo a mesma coisa, ele abriu os olhos.

– Bom dia. – Scorpius disse.

– Você me odeia? – logo perguntei.

– Não teria como te odiar, isso está na minha lista de coisas impossíveis que eu nunca vou conseguir fazer. – ele respondeu.

– E essa lista é grande? – perguntei sorrindo e erguendo as sobrancelhas.

– Acho que não, na verdade, ela só tem um item. – ele contou sorrindo. – Como você está?

– Melhor, só minha cabeça está latejando um pouco. – contei enquanto ele passava o braço, que antes dava apoio para minha cabeça, por trás de mim, envolvendo meu corpo. – Seu braço está gelado. – só então percebi que eu estava com o casaco dele. – Scorpius não me diz que você passou frio a noite toda por minha culpa.

– Não passei frio. – ele disse.

– É claro que passou, eu realmente sou uma grande imbecil. – disse tirando o casaco e devolvendo para ele, só então sentindo o frio daquele dia que passava despercebido pelas minhas pernas.

– Eu estou bem Rose, não está tão frio assim. – ele disse colocando o casaco por cima de mim novamente. Ele também olhou para o relógio em seu pulso. – Já passou da hora do café da manhã, acho que essa hora seria certa para almoçar, mas como nos acostumamos em pular o almoço devíamos ir até o Madame Puddifoot, acho que você precisa de um chá nesse momento. – Scorpius sugeriu. E com razão. Ao ouvi-lo falar a palavra chá meu estomago pareceu concordar.

– Acho que é uma ótima ideia. – concordei. – Mas antes temos que passar na casa dos Diggle e pegar minha bolsa, meu casaco esta lá dentro, quando eu pegar ele poderei devolver o seu e não me sentir mais tão culpada. – disse por fim me levantando e segurando uma das mãos de Scorpius para que ele se levantasse comigo.

Scorpius POV:

Segurando a mão de Rose me levantei junto com ela que logo entrelaçou nossos dedos do mesmo jeito que havia feito da ultima vez em que ficamos de mãos dadas. Caminhamos em linha reta na direção da casa, foi um caminho rápido já que além de o vilarejo ser pequeno, estávamos a poucas ruas de distância. Rose disse para eu esperar na porta enquanto ela pegava sua bolsa no hall, dali pude observar várias pessoas dormindo ali mesmo no chão do aposento, nem queria imaginar o estado do salão de festas naquele momento. Em talvez menos de um minuto ela já estava de volta vestindo um casaquinho preto e com sua bolsa pendurada no ombro, ela me entregou meu blazer de volta e eu o vesti, depois estendi minha mão mais uma vez para ela, que entrelaçou nossos dedos novamente.

O caminho até o Madame Puddifoot era um pouco mais longe, e nós seguimos até lá em silêncio total, nossas mãos eram a única coisa indicando que estávamos juntos, sabia que tinha mil e um assuntos que eu poderia puxar, mas entendia que Rose precisava de um pouco de silêncio para pensar, e de um jeito ou de outro, tudo se esclareceria melhor quando estivéssemos sentados e aquecidos em uma mesa dentro do café. Quando finalmente chegamos lá, um homem parado na entrada abriu a porta para nos deixar entrar.

– Sejam bem vindos ao Café Madame Puddifoot! – ele exclamou sorridente.

– Obrigado. – eu agradeci retribuindo o sorriso e adentrando o recinto com Rose, ouvindo a porta fechar atrás de nós. O lugar não era tão grande, porém isso e a sua organização eram o que faziam com que ele fosse extremamente aconchegante. Havia poucas pessoas ali, pude contar uns cinco casais e uma senhora sozinha em uma mesa enquanto Rose me guiava até uma mesa do canto, já que as do canto tinham um sofá para dois ao invés de cadeiras. Sentamo-nos lado a lado sem soltar as mãos, não era necessário que fizéssemos isso ainda, apoiei nossas mãos sobre minha perna e coloquei minha outra mão por cima, na intenção de indicar que eu estava ali com ela e que não iria sair independentemente do que ela me contasse.

– Rose. – eu disse fitando seus olhos. – Não vou perguntar nada sobre tudo isso, tudo bem? Você pode me contar o que você quiser. – falei enquanto ela virava o rosto para encontrar meu olhar. – Só estou preocupado. – ela deu um leve aperto em minha mão. Nesse momento uma mulher surgiu em nossa mesa, fazendo com que interrompêssemos nosso olhar para encara-la.

– Boa tarde crianças! Sejam bem vindos ao Café Madame Puddifoot, fiquem à vontade. – ela disse sorridente. – Perguntarei pelo pedido de vocês em um minuto, mas antes respondam uma pergunta: vocês estão bêbados? – ela perguntou e eu e Rose nos entreolhamos confusos. Acho que o fim de semana inteiro havia decidido ser mais estranho do que o normal.


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