Mais tarde quando chegou em casa do curso...

Um longo banho, meias (fundamental) e pijama. Mexeu na internet até o horário de costume, 01:00h, mesmo tendo aula no dia seguinte e... Foi na tentativa inútil de dormir. Ficou pensando e pensando na situação. É inevitável, a partir do momento que você gosta de alguém, você não consegue deixar de pensar na pessoa ou pelo menos algo que se relacione a ela a cada 10 ou 15 minutos. Ela dormiu lá pelas 04:00h... E acordou às 06:00h.

Levantou, tomou seu café, se arrumou... Não se já a descrevi antes, mas é alta, 1,74, cabelos longos negros, que iam abaixo da cintura. Era morena clara. Ela pegou suas coisas e ficou esperando Karol para irem para escola. Quando chegou na escola e as meninas chegaram...

Izzie – Preparada?

Vannessa – Cada vez que penso o coração dispara.

Nanda – É só no 3º horário, ainda tem tempo – riu.

E assim foi. No primeiro horário, se pudesse classificar dessa forma, diria que o coração dela batia a 10... No segundo horário a 50 e assim que bateu o sino para o 3º horário... No mínimo 250. (Claro, só um exemplo).

Liliane – Não vai ficar lá fora?

Vannessa – Não, não consigo levantar.

Nanda – Caalma menina.

Izzie – Respira...

Vannessa – Tá, tá, parem de falar – riu.

Não demorou muito mais... E lá estava. Entrou na sala. Camisa azul com umas listras na parte debaixo. Topete. Carregava alguns livros. Os curiosos da sala ficaram olhando, ele apenas passou direto, colocou as coisas em cima da mesa e se assentou sobre ela. Quando ele fez isso, automaticamente ficou de frente para Vannessa, porque ela se assentava na frente da mesa dele. Quando ele viu ela, ele cumprimentou.

Gaby – Ê Vanesssa hein?

Aquilo doeu na alma dela.

Andreza – Ê Vanessa hein?

Vanessa virou-se para ela.

Vannessa – Gente, olha a sacanagem – riu.

Vanessa era bem humorada, ria de tudo e por rir tanto, chegava a ser escandalosa. Gritava sem problema algum quando algo era muito engraçado e isso não mudou nas aulas dele. Porém naquela hora ela se limitou a dizer aquilo.

Toni – Bem, eu me chamo Toni e vou ser o professor de matemática de vocês agora. Eu já estou por dentro mais ou menos da matéria que vocês estavam estudando e vou seguir de lá.

Foi tudo o que ele disse. Alguns riram sem motivo, outros riram por conta do pouco sotaque dele, mas após isso, todos já começaram a conversar. O único problema da zoação de Gaby e Andreza, não foi nem ele ter percebido... Foi o resto da sala ter percebido. Ele ajeitou o estojo de giz e abriu um livro. Ele deu alguns passos para frente e parou em frente a mesa de Vannessa. Em frente não, encostou o corpo na cadeira e ali ficou.

Toni – É... ?

Aquilo soou como um “Qual o seu nome?”.

Vannessa – Vannessa.

Toni – Então Vannessa... Deixa eu dar uma olhada no seu caderno?

Vannessa abriu o caderno e o entregou. Ele deu uma olhada e logo a entregou.

Toni – Obrigado.

Vannessa apenas assentiu. Logo ele pegou o livro e começou a escrever no quadro. Era a visão que ela teria até o final do ano.

- Sobreviveu? – sussurrou Liliane do outro lado.

Vannessa assentiu.

Vannessa observava cada detalhe da aula. Aliás, de todas as aulas que vieram após essa. E tudo o que não só ela, mas todos concluíam é que ele era o cara mais simples, humilde e tímido do mundo. Não se sabe se por sua criação, mas era muito simpático. Ele parou de escrever por um momento e virou-se para Vannessa e as meninas.

Toni – Existência... Como se escreve?

As meninas disseram.

Toni – Eu só sou bom com matemática – riu.

Quando ele terminou de escrever no quadro, se assentou em sua cadeira, apoiando os braços na mesa e fingindo estar “lendo” o livro de matemática. Enquanto ele esperava os alunos terminarem, as meninas conversavam sobre várias coisas. E tudo que Vannessa dizia, era intencional, para que ele escutasse. E dava certo! Afinal, quando era algo engraçado, mesmo fingindo ler o livro, ele mudava o semblante querendo rir.

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