Aquilo E Isso. escrita por Ariel


Capítulo 1
O começo.




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Eu estava no meu quarto, como de costume, fazendo nada a mais que escutar música e conversar com meus colegas na internet. Como de costume, eu sempre acordo, escovo os meus dentes, uso o banheiro, ligo o computador, conecto a internet, passo horas e horas na internet, até por que, qual o vício melhor do mundo? claro... internet!

Mas... a internet não é tão legal, quando se esta sozinha, algo sempre esta ao meu lado, algo sempre esta me guiando, guiando meus passos,... Para que eu siga sempre o caminho que essa coisa quer que eu siga.

Meu nome é Jenny, Tiernan Jenny, e sou uma garota comum ( eu poderia mentir, poderia dizer que sou normal, mas... não é bem assim que funciona ). Longe de tudo, normal é o que eu realmente eu não sou, gostaria sim de ser normal, de poder viver como todos os outros adolescentes, viver principalmente feliz, por que eu não sou. Posso dizer que sou uma das pessoas mais infelizes do mundo ( ok, a pessoa mais infeliz talvez não, mas umas das ).


Triiiiiiiin... triiiiiiin...

O despertador toca exatamente as 05:30. Am. Levanto, me arrumo, escovo os dentes, e... Vamos enfrentar mais um dia de aula, apesar de estar quase no final das aulas, eu ainda tenha que ir, pois eu fiquei de recuperação em algumas matérias. Ok, em duas matérias, biologia e química. Saiu para fora, abrindo a porta bem de leve para que não acordasse as pessoas que ainda estavam dormindo. Bem de vagar eu abro a porta e ainda percebo que está escuro, e olho no meu relógio de pulso, e vejo que são 04:45. Am.

_ Droga! Esse meu despertador é uma bosta!!! Como sempre. Parece que nada dá certo, despertador inútil!

Saiu andando em direção a escola, mesmo adiantada. Alias, eu já havia levantado mesmo, não iria deitar novamente para correr o risco de não consegui levantar a tempo, e tudo o que eu preciso agora é ir pra escola, por que ficar em casa já se tornou um tédio, nem a internet me alivia mais. Aquela dor de sempre, sempre voltando, e cada vez mais forte, e eu não quero voltar praquele lugar, nunca mais!

_ Jenny! O que anda fazendo essa hora na rua? Esta muito cedo pra escola né? Ah! Deixe-me adivinhar, o seu despertador se adiantou novamente né? Risos.

Aquela voz fina e suave, que vinha a minha direção, Eera tão bela e confortante, doce e fofa, era Carolline.

_ Ah! Sabe como é né? esse despertador esta na hora de ser jogado no balde de lixo! Exclamei com tanta animação em ver carolline.

_ Hum... Parece que eu terei que te dar um novinho, até por que, foi eu quem te dei esse! risos.

O sorriso dela era tão suave, me animava e me deixava triste também... Parecia que ela não era real, ela era única pra mim, naquele momento, eu queria só ouvir tudo o que ela tinha pra me dizer, coisas bobas, coisas inúteis sem sentido, conselhos... Qualquer coisa que venha dela!

Ela me acompanhava, com paços tão leves que mal ouvia o seu andar, comparados com os meus, ela era uma dama. Eu com meu coturno pesado, batendo no chão, parecendo um gigante! Calça preta surrada de tão velha, um moletom preto, tão usado que estava quase cinza! E ela lá, tão gloriosa e feminina, com um vestido cor de pele, caindo sobre seu corpo perfeito, branquinho, cheirosa, como as rosas do campo em que passávamos para ir pra escola. Ainda não sabia por que ela estaria tão próxima de mim. Tão minha amiga.

Em quanto caminhávamos para chegar a escola, ela me parou e me disse umas coisas que pareciam ter saído somente da minha cabeça, eu ignorei, pois pra mim, tanto faz ela ter dito ou não... Só queria ela perto de mim, pra sempre.


Chegando a escola, me deparo com Matt, Nice, e o glorioso belo, e perfeito, Rein. Ele arrancava suspiros das garotas, ele era tipo o GoGoBoy da escola, e ainda sim, andava comigo e com o resto do pessoal, ele não ligava pra essas coisas e isso me encantava, isso me deixava tão alegre.

Rein, lindo e perfeito, com seus cabelos pretos, curto! Nem branco, nem preto, nem pardo, ele era bronzeado, a cor perfeito pra uma pessoa. E matt, o metido da escola, ele se achava o melhor, mas na verdade sempre pagava micos, e até parecia que ele gosta. Ele me acena com a mão, para que eu se aproxime dele e do resto do pessoal, matt com seus cabelos louros, encaracolados, caindo sobre seu olhos verdes, lindos.

_ Vamos logo jenny! O que esta esperando? Diz carolline.

Ele vai me puxando em direção a mesa, quase me arrastando, com presa para chegar logo, até parece que estava querendo muito isso, parece que ela sentia o que estaria para acontecer...

Eu me inclino para comprimentar os garotos, passo por rein primeiro, depois matt, e logo depois nice. Eu logo pergunto:

_ Oushe?! Cadê a marceline? Ela não vem hoje?

Quando eu menos espero alguém me toca o ombro, e tampa meus olhos, por trás... e pergunta:

_ Adivinhe quem é!

Claro, aquela voz era perfeitamente entendível, era ela! Era a marceline! Minha melhor amiga, a quem eu sempre contei pra tudo... Mas não quem sabia tudo! Quem sabia tudo de mim era apenas eu, e... A coisa!

_ Por que demorou hoje marceline? Diz nice. Que era apaixonado por marceline, desde a 4° série.

_ Ah! um gato atravessou meu caminho, e então eu tive que retornar, e ir por outro caminho... Risos tomaram conta do lugar, até eu que odiava as desculpinhas da marceline, acabei me entregando a brincadeira.

_ Ok gente, vamos parar com isso! Vão todos para suas salas... Agora!

O coordenador gritando em nossos ouvidos, pois nem vimos o tempo passar e já era hora de ir estudar!

Andando pelo corredor da escola, indo em direção as salas... vou para a minha sala acompanhada de nice, tão belo, ele era o cara por quem eu me deixar-me-ia apesar de ele ser, tão certinho, tão calmo e romântico, mas eu ainda preferia os misteriosos, ou as misteriosas... Levemente agressivos...

Com seus cachos pretos ele me diz:

_ Por favor, jenny! Ande logo, para de viajar no corredor, você é tão desligada...

_ Me desculpe nice, estou indo.

Claro que... Eu sou desligada, depois de tudo o que eu passei, não penso em mais nada a não ser o acontecido. Eu só queria proteger todos a minha volta.

Participei das aulas, todas chatas como sempre, e logo o sinal bateu, já era hora de irmos embora, que chato, eu teria que voltar pra casa, pra ver tudo se repetir... mas isso não me abalava.

Quando se vive por muito tempo, mesmo que não for tanto tempo, em um lugar onde você só veja o rosto de pessoas que você desejaria, daria tudo, para que ficasse longe o bastante para não te perturbarem... Nós não nos emocionamos tanto assim, mas aquilo realmente me perturbou bastante, eu precisava de ajuda, eu sabia que precisava, mas... Algo me puxava para baixo, para a escuridão.

Andando em direção aos portões de saída, eu encontro com todos, me despedindo deles, e indo pra casa. Chegando a casa eu jogo minha bolsa no sofá, e vou para o banheiro, tomo meu banho, e... Vou deitar. Nem tive vontade de ligar o computador.

E eu vou ter mesmo que dormir?

Vou mesmo ter que sonhar?...



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