Lílian Evans escrita por Marcela


Capítulo 1
A Descoberta


Notas iniciais do capítulo

bom, é a primeira vez que escrevo e publico em algum site. espero que gostem e comentem o que acharam. sugestões, criticas, elogios ..



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- Você é esquisita! Para com isso, esta doida?

- Mais é tão lindo Petúnia, olha só isso! - Lilian corria pelo gramado da Rua dos Alfeneiros fazendo as flores se abrirem em pleno o outono ao por do sol.

O que ela estava fazendo era realmente lindo e á encantava mais do que tudo. Desde pequena Lilian fazia coisas diferentes. E não entendia como elas aconteciam. Às vezes ela queria tanto uma coisa, que aquilo se tornava realidade. No mês passado, por exemplo, Lilian ficou a tarde todo conversando com Snape no parque, Petúnia que não gostava dele chegou e começou a insulta-lo. Lilian desejou que ela sumisse e do nada a terra se cedeu e ela caiu em um buraco abaixo de seus pés.

Snape era um amigo de Lilian, que morava ali perto. Ele lhe contara que a explicação para tudo de diferente que ela sabia fazer era a Magia. Falava que achava que Lilian era uma bruxa, e que ele também era um. Ela não sabia se acreditava nele ou não e até se sentia ofendida por ele chama-la de bruxa.  Até que recebeu um convite para ir para Hogwarts. Ela havia recebido sua carta de Hogwarts há duas semanas. Dizia sua irmã mais velha Petúnia que Hogwarts era um lugar para pessoas doidas e estranhas. Já seus pais tinham orgulho de Lilian por ela ser a primeira bruxa da família.

Eles demoraram um pouco para acreditar nessa historia de bruxaria, é claro. Como eles não sabiam sobre o mundo magico, um homem chamado Berto, do Ministério da Magia foi entregar a carta de Hogwarts pessoalmente. E conversar com eles, para explicar-lhes o quanto Lilian era especial e garanti-lhes que ela iria para a melhor Escola de Bruxaria de todas.

- Isso é muito estranho! O que os vizinhos vão pensar? Vou falar com a mamãe se não parar! - indagou Petúnia. Correndo atrás de dela.

- Pois fale, ela acha lindo o que eu estou fazendo, você sabe! - Lilian sabia que a irmã não gostava de toda a atenção que a mãe lhe dava. Ficou arrependida por ter falado com ela daquele jeito. Mais era tarde de mais Petúnia já havia saído correndo em direção a sua casa! Chamando Lilian de todas as palavras que tinham significados iguais à estranha, esquisita, aberração...

Lilian se sentou de baixo de uma grande arvore no gramado do parque de sua rua. As lagrimas escorriam dos seus olhos, ela queria tanto que Petúnia fosse para Hogwarts com ela, ia ser mais fácil. Mais realmente não tinha como. O homem do Ministério explicara a família que as crianças bruxas recebiam suas cartas para irem á Hogwarts aos 11 anos. E Petúnia era mais velha que ela, então não iria receber a sua.

- Você não é nada disso que sua irmã falou! - Snape havia se aproximado sem ela perceber.

- Como pode ter tanta certeza? Normal é que eu não sou! - Lilian falou limpando suas lagrimas com as mãos e olhando para ele.

Ela reparou que ele estava com as mesmas roupas estranhas que sempre usava, dizia ele que eram roupas de bruxos. Sempre que falava isso abanava as mãos no ar, como se segurasse uma varinha magica, fazendo Lilian rir. Seu cabelo era bem preto e comprido até os ombros, tinha os olhos negros como a noite. Ele era diferente de todos que ela conhecia.

- Sou como você e já te falei sobre isso. Somos bruxos Lily e isso não é ser uma aberração. Você vai ver quando chegar em Hogwarts, lá todo mundo é igual a você. - Ele se sentou ao seu lado.

- Hogwarts! - Lilian falou com brilho nos olhos - Lá deve ser tudo tão perfeito! O que eles falam sobre lá? Sua família? - ela perguntou pela decima vez nessa semana.

-Já te falei milhares de vezes. É um castelo bem grande, cheio de professores, salas e escadas que mudam de lugar. - ele sorriu - Tem muitas matérias legais, como Poção, Feitiços, deve ser um máximo. E você pode ganhar pontos para sua casa se for um bom aluno. Temos que ir para a Sonserina. - agora eram os olhos dele que brilhavam.

- Já disse que não, você mesmo me falou que a maioria dos bruxos ruins foi da Sonserina!

- Não são todos. Eu, por exemplo, não sou mal. E tenho certeza que vou pra Sonserina. Minha família toda foi pra lá.

- Isso é o que você pensa Severo, você é uma pessoa ruim igual á ela! - Petúnia gritou saindo de traz dos arbustos e apontando para Lilian.

Era de costume Lilian se sentar no parque e passar horas conversando com Snape, sobre magia, sobre Hogwarts, sobre feitiços. Seus assuntos preferidos. E Petúnia sempre falando que ela não devia andar com Snape, porque ele era um menino estranho e que ela iria se torna igual á ele se não parasse.

- Para com isso Petúnia! Vamos embora. - Lilian falou se levantando e puxando a irmã pelo braço em direção á casa. Ela olhou pra traz querendo dar á Snape um pedido de desculpas. Mas ele já não estava mais ali.

Ate o caminho para casa Petúnia ficou falando as mesmas bobeiras de sempre. As meninas chegaram e se serviram do jantar, que a mãe preparara.

- Amanhã vamos comprar seu material escolar Lily - seu pai disse sorridente, chegando até a porta da cozinha. Tinha acabado de chegar do trabalho e carregava sua pasta na mão.

- Esta falando serio pai? - Lilian perguntou levantando da cadeira com um sorriso radiante.

- Claro que sim. O Berto vai nos levar até Londres. E suas aulas começam em uma semana.

 Ah uma semana... Depois que Lilian recebeu sua carta de Hogwarts, riscava cada dia do calendário colado na parede de seu quarto. Esperando ansiosamente pelo dia 1° de setembro.

-Quero que suba até seu quarto e pegue a lista de material que veio junto com a sua carta meu bem! - Sua mãe falou se levantando da mesa e recolhendo os pratos.

Lilian subiu as escadas pulando de dois em dois degraus. Entrou no seu quarto e pegou a carta que estava muito bem guardada na gaveta de sua escrivaninha. Ela desembrulhou a carta do pano de veludo vermelho em que a tinha guardado e a abriu o envelope com o selo vermelho de Hogwarts, lendo ela de novo pela 20ª vez. Pegou a lista de materiais e saiu saltitando pela casa novamente.

Passou pela sala e viu Petúnia assistindo televisão, com o volume no mais alto possível. E então entrou na cozinha e entregou a carta para sua mãe sorrindo. Ela estava muito feliz por finalmente poder ir ao Beco Diagonal em Londres. Lá era o lugar onde os bruxos compravam seu material escolar todo. Snape havia lhe contado que era um lugar muito legal, cheio de lojas. Cada uma vendia uma coisa diferente, livros de magia, ingredientes para poções, caldeirões, roupas de bruxos. Lilian estava muito ansiosa por sua viagem.

Tão ansiosa, que quando conseguiu dormir já era de madrugada. Sua mãe teve que chama-la cedo para irem. Quando ela se levantou encontrou a cama de Petúnia vazia. Ela já havia ido para a casa de sua tia Isabel. Seus pais não sabiam se podiam levar Petúnia, então acharam melhor deixa-la com a tia, que morava duas casas depois da sua. Lilian tomou café o mais rápido que podia e correu para seu quarto para escolher sua melhor roupa.

Colocou o vestido azul claro, que sua mãe havia feito. E soltou seu cabelo comprido e ondulado sobre os ombros. Olhou-se no grande espelho que havia entre sua cama e a cama de Petúnia e ficou satisfeita por seus olhos verdes estarem brilhantes, se destacando, como ela queria. E o cabelo acaju brilhando com a luz do sol que entrava pela pequena janela do seu quarto.

Ela desceu as escadas pulando mais que na noite anterior e foi ao encontro de seus pais na porta. Berto já havia chegado e estava os esperando dentro do carro. Ele parecia estar com uma roupa estranha, com uma espécie de capa, Lilian veria melhor quando chegassem ao Beco Diagonal, então se apressou a entrar no carro.

Fizeram uma viagem muito longa na opinião de Lilian. Entraram e viraram em diversas ruas. Londres parecia cinco vezes maior. Até Berto estacionar o carro em uma rua, um pouco isolada. Lilian olhou ansiosa para os lados procurando um bar, onde Snape lhe contara, era a entrada para o maior centro econômico bruxo do Reino Unido.

-Então vamos! - Berto disse saindo do carro.

A Sra. Evans pegou sua bolsa e saiu do carro com o marido. Lilian saiu logo em seguida e começou a dar voltas pela rua.

-Lilian espera! Você tem que decorar o caminho que eu vou te mostrar para poder vir somente com seus pais nos próximos anos. E não podemos chamar atenção! - Fulano disse, se virando para a direção oposta da qual Lilian estava indo.

Ele foi caminhando pela calçada da rua. Lilian já estava se preocupando com a demora e tentou se distrair olhando os detalhes da roupa estranha que ele usava. Sim, ele usava uma capa preta. Estava com uma calça comprida marrom e uma blusa caramelo de botões.  Até que ele entrou em um bar, iguais aos que se via nas ruas de Londres. Os pais de Lilian pararam subitamente olhando espantados para ele.

-Você vai entrar ai? Bom, vamos espera-lo aqui fora! - O Sr. Evans falou ficando vermelho. A fachada do bar não era tão ruim assim aos olhos de Lilian, mais o pai olhava o bar com uma cara de nojo e desgosto. 

No mesmo instante os olhos de Lilian se encheram de lagrimas, ela sabia que o pai achava um desaforo o homem entrar naquele bar, nunca tinham entrado e um bar com ela. E eles pegariam o primeiro taxi que passasse para voltarem para casa. E ela nunca veria todas as coisas maravilhosas que Snape havia lhe contado que tinha no Beco Diagonal. E talvez, nunca veria Hogwarts.

-Vão ter que entrar se quiserem ir ao Beco Diagonal! - Berto disse com um olhar confuso, mais logo completou. -Ah me desculpem, - ele continuou constrangido - quase me esqueci de que vocês são trouxas!

- Trouxas?! - a vermelhidão do pai foi aumentando. Até ele ficar parecendo um pimentão.

- Não, não - gaguejou o bruxo sem jeito - chamamos de trouxas pessoas que não são bruxos. Não fiquem constrangidos, por favor, mil desculpas! - agora quem estava ficando vermelho era o pequeno bruxo que se encolhia ficando menor do que já era.

-Tá, tá. Tudo bem, vamos logo com isso. - o Sr. Evans disse entrando no bar. Ele excitou na porta e procurou a mão de Lilian, e a segurou firmemente. Continuo andando sem olhar para os lados seguindo Berto. Tudo que o pai evitava ver, Lilian guardava com os mínimos detalhes.

- Bom estamos no Caldeirão Furado, é um bar para bruxos e logo aos fundos a entrada para o Beco Diagonal.

- Se é que se pode chamar isso de bar! - Lilian ouviu o pai murmurar por entre os dentes. Ela lhe deu um apertão na mão, e o encarou com um olhar severo.  O pai sorriu e procurou se relaxar um pouco.

O bar não era rico, limpo e magico como ela imaginara quando Snape lhe contou. Pelo contrario por dentro era bem sujo e tinha um cheiro estranho. Era bem pequeno e havia homens e mulheres sentados e volta de pequenas mesas redondas de madeira. Alguns estavam curvados sobre a mesa, conversando animadamente. Ela ouviu algumas palavras, mais não tinha tanta certeza se ouvira direito. Eram palavras estranhas.

Eles foram caminhando até o fundo do bar. Lilian percebeu que eles estavam indo para uma direção sem saída. E realmente estavam. Fulano parou em frente a uma parede de tijolos. Tirou o que parecia ser uma varinha e tocou alguns tijolos na parede. Lilian a encarava tinha quase certeza de que era uma varinha. E sua certeza se confirmou, quando por magica os tijolos iam se abrindo. Formando um arco, revelando uma entrada para o Beco Diagonal.

Lilian passou pelo arco ainda encantada e não sabia para onde olhava primeiro. Havia lojas, muitas lojas, uma do lado da outra. Com varias coisas expostas.  Queria entrar na que tinha os caldeirões de todos os tamanhos e materiais. Mais os títulos dos livros expostos na vitrine de uma Livraria chamada Floreios e Borrões chamaram sua atenção: Feitiços de A á Z; Como cuidar de Criaturas Magicas; entre milhares de outros livros que se amontoavam um em cima do outro até o teto.

Ela andou passando entre as dezenas de pessoas que estavam no meio da rua. Puxando a mão do pai até encostar o nariz no vidro da livraria.

-Vamos entrar aqui primeiro? Temos livros da escola para comprar, não? - Lilian perguntou olhando para o pai. O pai olhou para Berto esperando algum tipo de afirmação para eles entrarem.

-Ainda não Lily, guarde sua ansiedade mais um pouco. Temos que passar em Gringotes!

-Gringotes? - Lilian perguntou. Snape já lhe falara alguma coisa sobre Gringotes, mas ela não se lembrava o que.

- Gringotes! O Banco dos Bruxos. - e Lilian logo se lembrou do que Snape lhe contara. Lá era o lugar mais seguro para guarda o que quisesse. E quem administrava o banco eram os duendes.

- Aqui no Beco Diagonal compramos tudo com dinheiro de bruxo. -continuou Berto - Nuques, galeões e cicles. Creio que terão que trocar seu dinheiro trouxa pelo o nosso. Vamos andando fica logo ali naquele edifício. - ele falou apontando e seguindo em frente.

Eles foram andando pela rua de pedra até se aproximarem de um grande edifício de mármore branco. Tinha portas de bronze polidas, onde se encontrava um... 

­-Duende! - Lilian sussurrou olhando um pouco assustada para um duende que estava na porta usando uma roupa vermelha e dourada. Berto sorriu, se curvou e cochichou no ouvido de Lilian.

-Não os encare muito querida. Eles não são muito amigáveis.  - ele se endireitou e piscou para ela. Foi quando ela conseguiu fechar a boca aberta e parar de encarar o duende.

Subiram por uma escadaria e passaram pelas portas enormes de bronze. Entraram em um hall, e mais adiante havia mais dois duendes, em frente a portas de prata. Eles se aproximaram e Berto os cumprimentou. Pelo visto ele já os conhecia. Os pais de Lilian olhavam para alguma escrita nas portas de prata, Lilian também se aproximou para ver o que era.  Lá havia uma poesia.

Entrem, estranhos, mais prestem atenção

Ao que espera o pecado da ambição,

Porque os que tiram o que não ganharam

Terão é que pagar muito caro,

Assim, se procuram sob nosso chão

Um tesouro que nunca enterraram,

Ladrão cuidado, você foi avisado, cuidado,

Pois vai encontrar mais do que procurou


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