Garçom, largue este guardanapo e sente-se aqui comigo, puxa sua cadeira e ouça o que eu tenho pra contar.

Demasiada dor.

Por tanto tempo eu pedi um amor, eu esperei e sinceramente, achei que ele iria demorar pra chegar, pois acreditava que eu não era suficientemente completa, inteira, para acolher algo assim dentro de mim. Me fazer moradia. 

Ele chegou sabe….(como te chamo? Atrevimento te chamar de querido?) Como dizia, ele chegou, chegou como fogo que se alastra em segundos e tomou conta de mim por inteira.
Querido, mas essa distância me mata. De pouquinho em pouquinho.
O que você tem ai que eu possa beber?

Ah não! Não me venha com essas doses imensas de saudade! Eu me canso disso. Interprete com todos os sentidos.

Será que você não tem ai uma garrafa de… “vida justa”?! 

Pra que que estou aqui lhe falando dessa minha demasiada angustia? Que tristeza.
Vou para casa querido, estou precisando na verdade de doses de sono -sonhos-, é o jeito que encontro por enquanto de me aproximar de quem amo.

Quanto lhe devo?
Se amanhã me aceitar aqui novamente, prometo que lhe trago doses de sorriso.

Stephany.