***CONVENÇAO***

                 Uma semana antes...

                       

                           -Eu não quero ir para o inferno, eu não quero ir para o inferno, eu não quero ir para o inferno. Eu prometo me comportar e não cair mais nas tentações humanas. -Repetia isso como um mantra.

                            -Pare Isabella. -Jasper mandou.

                            -O que eles disseram?

             Deu de ombros.

                            -Eu não posso ir para o inferno.

                            -Seu comportamento é passagem direta para lá.

                            -Eu não errei tanto assim.

                 Abriu um falso sorriso.

                            -Eu falei que não daria certo te deixarem virar anjo da guarda. Logo a garota que se divertia com os sustos dos da terra.

                Bufei.

                            -Tem que haver uma saída. Qualquer coisa, eu faço. Eu prometo me comportar.

                            -Você já disse isso trezentos e sessenta e cinco vezes.

                O encarei incrédula.

                            -Eu contei. E foi naquela vez que em que você incentivou uma noiva a desistir do casamento na hora do sim sussurrando em seu ouvindo. “Diga não, diga não”. “E adivinha Isabella, ela disse não e NÃO CHEGAMOS A TEMPO DE MUDAR”. -Gritou a ultima parte.

             Me encolhi em minha cadeira enquanto na sala ao lado decidiam minha vida. Eu não tinha culpa de errar, a terra é cheia de pecado. O pecado é algo do mau.

                            -Preste atenção no que vou te dizer. -Jasper se pós a minha frente.-Seja lá qual for a decisão deles,você vai aceitar sem reclamar,entendeu?

              Bufei cruzando os braços.

                            -E se eles me arrumarem algo muito chato?

                            -Você vai aceitar, ou já sabe para onde vai.

               Dois segundos a porta se abriu e entrei com Jasper em meu encalço. Me sentei em minha cadeira de sempre. Antes que pensem que estou no céu, descarte essa possibilidade. Quase não sou mais digna disso, estou entre o céu e a terra. Pelo menos é o que parece não me lembro muito bem porque Jasper me arrastou para cá antes que eu pudesse formular qualquer coisa em minha menti.

                             -Mais uma vez você.

                             -Eu sei que isso esta ficando costumeiro, mas já aviso... Jasper me encarou.-Não era a minha intenção.-Não era isso que eu queria dizer.

                              -Te mandamos para... -Alistair abriu a lista que bateu em meu pé. Wow era grande mesmo. -Rússia,China,Venezuela,Itália...

               Citou quase todo o mapa mundi.

                              -E você falhou em todos os trabalhos.

                              -Eu sinto muito. -Fiz minha melhor cara de arrependida. Mas ninguém ali acreditava mais em mim. -Eu não tenho culpa se as pessoas não gostam de seguir a paz e o amor.

                              -Mas também não precisa incentivá-los a seguir adiante com o mal. Você é um anjo, e anjos ajudam.

              Dei uma gargalhada nervosa.

                              -Estou mentindo?

                              -Não excelência. Eu prometo que comportar. Qualquer coisa menos o inferno.

                              -O que faremos com você? Você é desobediente.

                Jasper me ajude, pensei. Alistair era um dos arcanjos que sempre me pregava castigos, se ele soubesse metade do já aprontei na terra, me mandaria para inferno em dois segundos sem excitar.

                              -Eu obedeço. Juro que obedeço.

              Me ajoelhei. Por alguns segundos ouvi os sussurros e as trocas de olhares.

                               -E se não obedecer? Qual seria seu castigo?

                               -Aceito vagar por ai.

              Eu sabia que eles não fariam isso.

                                -Eu posso ser o sucessor dela. -Jasper se pronunciou.

                                -Se arriscaria?-Alistair perguntou

                                -Fui mandado para cuidar de uma criança, Bella poderia cuidar de alguém também, são muitos precisando. Isso poderia ajuda-la, posso vigia-la. Se ela falhar, ela sabe das consequências.

                Muito obrigado por lembrar Jasper.

                                  -Isabella esta muito familiarizada com a terra, esta esquecendo do que aprendeu e de seu objetivo.

                Sim, eu admito isso. Na verdade eu sempre fugi para terra quando devia estar aprendendo alguma coisa. Jasper me encarou.

                                   -Eu posso tentar... sei lá. Eu consigo não errar dessa vez, junto corações, faço criança feliz, encaminho velhinhos para a luz. Qualquer coisa.

                  Alistair me encarou, não seriam bem essas as palavras.

                            -Tudo bem. Te daremos essa chance, mas tem algumas regras.

                  Lá vêm as regras.

                            -Se você não for boa o bastante, não cumprir com suas obrigações e seu destinado não te querer mais e desejar isso de verdade. Você volta e ai as medidas serão outras. Assim como aconteceu com James e Victoria, pode acontecer com você. E sempre é muito pior. Não sabemos ao certo qual será a decisão de todos os arcanjos para um traidor.

                  Se tentou me colocar medo, conseguiu.

                               -Eu vou fazer o meu máximo.

                  Mas algo me dizia que eu vou por inferno.

                                -Jasper te levará ao elo, vocês sabem como as coisas serão depois daí.

                                 -E quanto tempo eu tenho?

                   Alistar virou aquele contador de tempo  maldi... abençoado.

                                 -Você será avisada. Apenas faça a sua parte que nos faremos a nossa.

                   Valeu excelência. Dois segundos e só Jasper e eu ficamos na sala. Se sentou em uma das cadeiras e levantou as mangas da blusa.

                                  -Eu não sei onde estava com a cabeça para dizer que ia te ajudar.

                                  -Obrigada, muito obrigada.

                                  -Eles iam te mandar pra lá. Sete a seis, eu meio que empatei e Alistai decidiu.

              Puxei seu cabelo.

                              -Obrigado.

                              -Vem, parece que já arrumaram alguém pra você.

              Me levantei o seguindo.

                               -Mas já?

              Sorriu e tudo se apagou. Eles deviam ser mais carinhosos para nos levar pra terra.