Begin Again escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 8
O encontro


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpem pela demora !!!
Semana que vem comeca minhas aulas (biquinho) e eu vou ficar meia sem tempo, mas farei de tudo para postar um capítulo por semana, espero que entendam
Boa leitura



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P.V.O. Percy

Depois da estranha ligação que Luke recebeu de Talia, os meninos foram embora, isso era quase duas da manhã, eles me chamaram para a festa, mas eu não quis, tinha certeza que meus pais não iriam deixar-me sair tão tarde assim. Então dormi novamente, acordando somente depois de meio dia. Desci a escada e fui direto para a cozinha onde achei preparado waffes com achocolatado, depois de comer e assistir um pouco de desenho, eu adoro desenho, e tenho dois em especial que são Bob Esponja e Os padrinhos mágicos, esses são sensacionais, bom voltando ao assunto, depois dos meus afazeres (se é que podemos chamar isso de afazeres), fui tomar um banho para encontrar minha professora particular. Sai vestido com uma bermuda caqui, uma camisa preta e dessa vez optei por meu all star, coloquei meu boné para trás e fui para o café. Decidi ir mais cedo do que o combinado, estava ansioso demais para esperar e não queria atrasar-me. O café onde eu iria encontrar com a loira era duas ruas abaixo da minha casa, então fui a pé mesmo, cheguei e escolhi a última mesa que era mais afastada, a essa hora o café estava um pouco vazio, fiquei lá esperando ansiosamente a senhorita Chase.

P.O.V. Annabeth

Quando abrir os olhos, quase cair da cama vendo que já passava de uma hora da tarde, levantei meia desajeitada acordando Bob que riu do meio jeito.

– Onde vai com tanta pressa maninha? – perguntou-me bocejando e se sentando na cama. Peguei uma camisetinha azul e um short jeans e antes de entrar para o banheiro, respondo.

– Cumprir meu castigo – e bati a porta, me despi e entrei debaixo do chuveiro, tomei um rápido banho e me aprontei, terminei de fazer minha higiene e sai apressada, coloquei alguns livros dentro de uma bolsa (OBS: eu odeio bolsas) dei um beijo na bochecha de Bob e fui para o café a pé, já que meu carro estava para o concerto. Sim, eu tenho um carro, uma Ferrari prata, ganhei ano passado em um sorteio que eu e Milena, participou a ruiva quase deu um treco quando anunciaram meu nome e confesso que eu também quase enfartei, mas semana passada antes de começar as aulas, eu bati em um poste e bem, a frente da Pratiada ( e daí se eu coloco nome no meu carro) destruiu completamente, vou poder pegá-lo só semana que vem. Cheguei e parei em frente a porta, respirei fundo e entrei esperando que Percy se atrasasse, mas ele chegou cedo e estava a minha espera, o moreno sorriu e se levantou e esperou eu caminhar até ele, e foi o que eu fiz. Percy puxou minha cadeira e me ajudou a sentar, fiquei o encarando, ele não sabe o quão gentil isso foi, mas não importa porque eu sei. Assim de perto o Jackson era bem mais bonito, e esse boné para trás só o deixava mais sexy.

– Prazer, sou Percy Jackson – apresentou-se estendo a mão, finalmente um garoto educado. Glória aos deuses.

– O prazer é todo meu, sou Annabeth Chase – aperto sua mão que era quente e macia, nossas mãos se encaixaram perfeitamente uma na outra.

– Belo nome, nunca o ouvi antes – sorriu.

– Obrigada, o seu tem haver com o herói Perseu? – ele assenti.

– Sim, minha mãe deu-me esse nome, por ele ser um dos únicos heróis que teve um final feliz – achei interessante à lógica que a mãe dele tomou.

– Ela espera que você também tenha um final feliz devo presumir.

– Não só ela, mas eu também – rimos, então a atendente chega e pedimos café com rosquinhas.

– Que tal começarmos com a matéria que você tem mais dificuldade – me pego olhando para suas esmeraldas verdes, seus olhos tinham algo que me atraia, eles eram diferentes de todos os verdes que eu já vi, era algo que só de olhá-las me deixava feliz. Estranho né.

– Pode ser, como eu tenho alguns problemas, meu grau de dificuldade é alto em quase todas as matérias – explica.

– E quais são esses problemas? – pergunto-lhe.

– TDAH, défit de atenção e dislexia, é por isso que sou burro – identifico pela sua voz que ele tem uma certa dificuldade para aceitar esses problemas.

– Percy, só porque você tem alguns probleminhas não significa que você seja burro.

– Claro que significa, as pessoas da outra escola viviam falando isso – fala tristonho.

– Elas falavam porque não tinham mais o que fazer – tento anima-lo, mas em vão.

– Então me fala uma pessoa que adquire esses problemas que vai bem na escola – suspiro e olho para o chão.

– Eu – sinto o olhar de Percy sobre mim.

– Você tem os mesmo problemas que eu? – pergunta como se não acreditassem, volto a olhá-lo.

– Sim, e isso só nos faz pessoas mais especiais ainda, como lhe disse não significa que somos burros, só precisamos nos esforçar mais, como faço. E quer saber dane-se os que falam de você ou de mim, por obter esses pequenos probleminhas, no final serão eles que aplaudiram nossa vitória – Percy está com um sorriso lindo no rosto, me senti tão bem por fazê-lo melhor.

– Nossa obrigada Annabeth, ninguém nunca me animou tanto com palavras – sorri.

– Então vamos voltar para nossa aula, agora me fale qual matéria você tem mais dificuldade.

– Mitologia grega, não entra na minha cabeça aquilo tudo – solto uma risadinha fraca.

– Acho que temos muito trabalho pela frente, vamos começar então – o moreno assente ainda sorrindo, começo a explicar sobre os doze deuses olimpianos, como Cronos foi destronado e como os Três Grandes conseguiram seus poderes, como os deuses possuíam qualidades e defeitos iguais aos seres humanos e que muitas vezes eles desciam na terra e se apaixonavam por mortais gerando semideuses. A atendente volta com nossos pedidos e começamos a comer, enquanto eu ainda explicava, depois de uma longa explicação decidir fazer umas perguntinhas básicas – Percy, quais foram os três semideuses, cujo, suas historias são as mais populares.

Ele pareceu pensar um pouco, colocou as mãos na cabeça e fechou os olhos buscando concentração, por fim falou.

– Hércules e Perseu que são filhos de Zeus e Teseu que era filho de Egeu – dei-lhe um sorriso comprovando que sua resposta estava certa, ele me correspondeu.

– E dos doze deuses, quem era os três mais poderosos – Percy se apoio nos cotovelos e se inclinou para frente e com um sorriso sapeca responde.

– Zeus, Poseidon e Hades – falou convicto.

– Certo, e ultima pergunta quais eram seus domínios e seus objetos de poderes?

– Zeus dominava o céu e tinha um raio mestre como arma, Poseidon os mares e como objeto de poder tinha seu tridente, já Hades ficou com o mundo inferior e possui um capacete que o deixa invisível.

Tirei seu boné e baguncei seu cabelo.

– Até que você não é tão cabeça de vento como me falaram – Percy joga a cabeça para trás rindo feito uma criança.

– Vou considerar isso como um elogio – gargalhamos mais, eu acho estranho o fato do Jackson me achar engraçada, porque bem, ELE não me achava, então com as lembranças do passado, eu paro de rir. Percy delicadamente levanta meu queixo.

– O que foi? Eu falei alguma coisa que te deixou assim? – perguntou e seu olhar demonstrava preocupação.

– Não – me apressei em dizer – Não é nada – forcei um sorriso, tomei um gole do meu café, ficamos o resto da tarde conversando e rindo atoa, eu não me divertia assim há muito tempo, e o que foi a tarde inteira pareceram míseros minutinhos. Já estavam fechando o café.

– Por favor será que vocês poderiam se retirar, estamos fechando – disse a atendente.

– Claro – respondemos juntos, nos direcionamos ao caixa para pagar a conta, retiro o dinheiro da bolsa, mas Percy me impede.

– Por minha conta – disse com um sorriso no rosto. Começo a falar não, mas sou ignorada e ele paga a conta, saímos do estabelecimento.

– Obrigada – agradeço meio envergonhada.

– Por nada, quer dar uma volta – pergunta, ele estava nervoso ou era impressão minha. Acabe aceitando e fomos caminhando até que chegamos ao Central Park, nos adentramos mais e acabamos escorando em um árvore.

– Você veio da onde? – puxo assunto.

– Califórnia – responde, eu tinha vontade de conhecer Califórnia, dizem que lá é ensolarado e contem praias lindas.

– Senti saudades? – ele fica meio inquieto em seu lugar, então centraliza seu olhar ao horizonte.

– Sinceramente não, no começo eu pensei que ia sentir, mas vi que estava enganado.

– Mas não sente falta de nada mesmo dos amigos, da escola de nada? – Percy suspira.

– Pensei que tinha amigos por lá, mas descobri que são apenas colegas, o único amigo verdadeiro que deixei foi Grover, e bem, escola não é meu forte, se é que você me entende – ele podia não acreditar mas eu o entendia perfeitamente – Eu detesto gente popular, não porque eu não era um deles, mas pelo modo como se comportam...

– Se sentindo superior a todos, esculachando os outros só por não ser iguais a eles – completo sua frase também olhando para o horizonte, ouço uma risadinha vindo dele.

– Isso mesmo. Sabe Annabeth, sempre me consideraram o garoto estranho por eu possuir aqueles pequenos probleminhas – falou igual a mim, me arrancando um sorriso – No inicio pensei que fosse meus amigos, mas depois começaram a me zoar e eu fui completamente excluído, sempre andando sozinho, fazendo e apresentando trabalhos escolares só, não saia de casa – ele me contava com sua cabeça abaixada, fingindo brincar com a grama – Até que Grover chegou, e por ele ser deficiente e usar muletas também o excluíram, no seu primeiro dia, ele carregava um monte de livros e tentava se equilibrar na muleta, mas acabou desconcentrando e caindo com os livros em cima, todos começaram a rir, principalmente o time de basebol, eu vendo aquela cena, corri para ajuda-lo, desde desse dia nos tornamos grandes amigos.

Talvez por impulso ou pelo momento, coloquei meu braço ao redor do seu ombro. Percy levantou sua cabeça e me abraçou. Pude sentir o cheiro da maresia do mar que inalava dele, nossos corpos assim como nossas mãos se encaixaram perfeitamente, não sei, mas eu me sentia protegida naquele par de braços. Ele acariciava meu cabelo e eu seguia seu exemplo, ficamos um belo tempo no silêncio, apenas sentindo o calor um do outro. Até que nos separamos, ele estava corado e aquilo o deixava mais fofo ainda, aposto que eu também não estava diferente.

– Obrigada, acho que eu estava precisando desse abraço – sorri.

– Se precisar de mais, é só pedir – WHAT? Eu não tinha outra coisa para falar não? Percy soltou uma risadinha.

– Pode deixar.

– É melhor irmos – eu falei, lembrando que em pouco tempo meu pai estaria em casa e eu não poderia deixar ele e Bob sozinhos.

– Então vamos – o Jackson se levantou e estendeu o braço – Me daria a honra dessa caminhada senhorita – entrei na brincadeira me curvando.

– A honra será toda minha, Senhor Jackson – passei meu braço pelo seu, sorrimos e fomos embora – Onde você mora? – perguntei.

– Em frente sua casa – me toquei que ele era o novo vizinho que havia se mudado, e que supostamente era para mim ficar longe.

– Você é o dono do camaro? – Percy sorriu.

– O nome dele é Marlim – ele me encarou esperando algo.

– O que foi? – o moreno ajeitou o boné e disse.

– Você não vai rir? – neguei com a cabeça.

– Pra mim era só eu que colocava nome em carro – ele parou e novamente me encarou com uma expressão de surpresa com alegria.

– Você também? – assenti, sem esperar Percy me pega em um super abraço – E qual é o nome do seu?

– Ela é mulher – falo indignada, o moreno apenas dar um sorrisinho tímido – Seu nome é Pratiada – enquanto caminhávamos, lhe contei do pequeno acidente semana passada, ele ria sem para e eu o acompanhava – Para não tem graça.

– Claro que tem, você bateu em poste depois de desviar de um besouro, é hilário – e recomeçou a rir, parei na sua frente.

– Sabe o que é engraçado? – perguntei, ele me olhou confuso – Isso – peguei seu boné, coloquei em minha cabeça e sai correndo. Percy veio atrás de mim ambos iguais crianças morrendo de rir. Depois de um tempo ele consegui me alcançar e me pegou pela cintura me levantando no ar e nos girando.

– Parece que te peguei – sussurrou em meu ouvido me arrepiando toda. Ainda me abraçando por trás deu-me um beijo na bochecha, parecia que tinha uma criação de borboletas em meu estômago, sorri feito uma boba, eu tinha sentido isso apenas uma vez. Então ele me soltou.

– Obrigado por hoje Annie – cheguei perto e recoloquei o boné em sua cabeça.

– Eu que devo agradecer, há muito tempo não me divertia tanto assim – Percy sorriu e ajeitou o boné.

– Então somos dois, porque eu também não passava à tarde com alguém tão legal há muito tempo – tenho certeza que corei violentamente.

– Boa noite Percy, ate amanhã – ele se aproximou e depositou outro beijo em meu rosto.

– Boa noite Annie, durma bem – eu me virei e caminhei ate a porta de casa, depois entrei, não importava se meu pai estaria lá, apenas passei sem olhar para os lados e subi a escada, entrei em meu quarto e lá se encontrava Bob.

– Oi, minha loirinha, como foi seu dia? – como resposta, dei o maior sorriso de todos e apenas falei.

– O melhor de todos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??
Fastasminhas aparecam eu não mordo ta kk
Beijinhos