Begin Again escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 37
A fuga


Notas iniciais do capítulo

GENTE CAPÍTULO DEDICADO A LINDA DA LOREN ISABELA
Muito obrigada pela recomendação !! Vomitei arco-íris quando li, suas palavras me emocionaram linda, então só tenho á agradecer.
Espero que goste
Boa leitura



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‘’Agora e sempre, ficaremos até amanhã
            E prometemos lutar pelo nosso destino”

~Slipknot~

P.O.V. Annabeth

Frederick estava descendo a escada, estava vestindo uma roupa mais formal, seu cabelo cor de areia estava penteado de forma que ele parecia um repórter de TV, ao me vê seu sorriso se amplia.

– Aonde o senhor vai? – perguntei.

– Vou procurar um emprego digno – ele beija minha testa – O almoço está no fogão. Deseje-me boa sorte.

Meu sorriso quase rasga meu rosto, era tão bom vê-lo assim, empolgado e sem cheirar á álcool. Dou-lhe um abraço bem apertado, alguma coisa me dizia que eu não o veria por um bom tempo.

– Boa sorte pai.

– Se Bob chegar, avise-o aonde fui.

Frederick se foi. Meu coração se aperta. Pego meu celular e tento ligar para meu irmão, mas como previsto, acaba caindo na caixa postal. Mas onde ele se meteu?

Subi para meu quarto e me joguei na cama. Meu travesseiro ainda tinha o cheiro do mar que somente Percy tinha. O que ele tinha de tão importante para me falar, que podia ser somente na Califórnia? Só há um jeito de descobrir. Levantei e fui até meu guarda-roupa. Peguei algumas peças de roupas e coloquei em uma mochila, pus também minhas coisinhas pessoais, como perfume, desodorante, pasta de dente entre outros. Deixei-a em um canto e fui para cozinha.

A comida estava uma delicia, mas algo me impedia de comer, eu colocava na boca e um bolo se formava em minha garganta. O suco me ajudou a engolir. Havia um tipo de energia maligna se formando ao redor de mim, eu não sabia muito bem o que era. Lavei o restante da louça, assim que terminei, me sentei no sofá e fiquei passando os canais até chegar em um filme que parecia interessante.

Pode-se dizer, que minha tarde se resumiu á isso, filme, filme e mais filme. As horas pareciam não passar, eu estava agoniada. Novamente liguei para Bob.

– Sua chamada está sendo encaminha para caixa postal, por favor, deixe sua mensagem após o sinal. Piiiii – aquela voz irritante falou, decidi deixar o recado.

– Bob, aonde você se meteu? Estou preocupada contigo. Por favor, me ligue. Te amo.

Desliguei e fechei meus olhos. Juro que tentei dormir, mas aquela sensação de que alguém estava em perigo não saia de mim. Por fim não aguentei mais, olhei no relógio, era quase nove da noite, suspirei, faltava tanto ainda.

Subi novamente para o quarto, tomei um banho, coloquei meu pijama e deitei. Tentei abandonar qualquer tipo de preocupação, o que foi quase impossível, mas no fim consegui e cair em sono profundo.

Depois de algum tempo, senti alguém me cobrindo, e depositando um beijo em minha testa.

– Durma bem minha filha – era meu pai, por alguns instantes senti um conforto que há muito tempo não sentia – Te amo Annie.

E assim ele se foi, abri meus olhos com um sorriso no rosto. Espreguicei e olhei no relógio pensando que tinha tempo de sobra, mas meus olhos se arregalam e me levanto em pulo, faltava pouco para meia-noite. Pego a primeira roupa que me aparece, uma regata lilás e um jeans claro, coloco uma jaqueta preta e calço meu tênis. Escovo meus dentes, lavo meu rosto e pego minha mochila. Havia alguns travesseiros em meu armário, pego todos que acho, faço uma pilha em cima da minha cama e cubro com o cobertor.

Se eu fosse pela escada com certeza meu pai iria escutar, já que não sou nem um pouco silenciosa. Andei de um lado para o outro com as mãos no cabelo, tentando pensar em uma solução. Olhei para janela, e BINGO, caminhei até lá, analisei bem o telhado. Com todo cuidado, coloquei meu pé direito, para logo em seguida colocar o outro. Flexionei os joelhos, me certificando de que aguentaria meu peso, bem, não era seguro, mas era a único jeito. Bem devagar, começo a caminhar, o caminho parece que não tem fim, mas com muito custo consigo chegar à beirada.

Olho para baixo engolindo em seco, o vento açoitava meu cabelo. A única maneira era pular. Coloquei a mochila na frente para amortecer minha queda. Respirei fundo e pulei.

Como previr, minha mochila me amorteceu, mas não o bastante, fiquei deitada na grama, grunhindo coisas sem noções. A luz se acende, me desespero, meu pai não podia me pegar, pois seria o fim. Rastejo até uma moita e me encolho. Aperto minha mochila, rezando para que ele não me veja.

Vejo a silhueta de Frederick do lado de fora, minha respiração sessa. Uma gota de suor escorre da minha testa até ventre entre meus seios. Depois de alguns instantes, escuto a porta sendo fechada, e solto um suspiro de alívio. Antes que ele volte, saio correndo.

O Central Park, ficava um pouco longe da minha casa, então resumindo, eu corri como nunca tinha corrido antes. O relógio marcava um pouco mais de meia-noite.

– Droga – sussurrei para mim mesma e aumentei a velocidade.

Finalmente tinha chegado, encostado em uma árvore estava ele, girando sua chave no dedo. Percy estava com uma camisa de frio branca, camisa essa que colava em seu corpo, definindo mais seus músculos, usava jeans escuro e tênis. Estava com sua mochila nas costas e mantinha a cabeça baixa. Me aproximei.

– Oi – falei, o moreno pulou se assustando, mas logo deu um sorriso que iluminou aquela escuridão (clichê hein).

– Eu... – mas antes dele continuar, levantei meu dedo pedindo um minuto, me apoiei nos joelhos, só agora eu percebi o tanto que tinha cansado. Apesar do frio, estava suada, meus pulmões lutavam apara encontrar o maldito ar. Percy ainda teve a ousadia de rir.

– Você veio correndo da sua casa até aqui? – perguntou espantado, respirei fundo mais algumas vezes tentando regular minha respiração.

– Sim, estava atrasada – ele me abraçou, o que só me deixou mais ofegante.

– Pensei que você não vinha – sua voz soou triste, levantei minha cabeça.

– E iria perder essa aventura contigo?

Sorrimos, Percy acaricia meu rosto, e ao seu toque minha pele quase derrete.

– Eu te amo sabia – seu olhar possuía um brilho fosco, era como se ele não quisesse que eu fosse, mas também quisesse.

– Sabia – disse sorrindo e lhe roubando um selinho, que se transformou em um beijo ardente, mas que acabou rápido, pois eu ainda estava ofegante pela corrida.

Abraçados caminhamos até seu carro.

– Próxima parada Bakersfield.


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Notas finais do capítulo

Gostaram????
Quero reviews
Beijos de uma filha de Hades
Karol Oliveira



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