PET - 2 Temporada - Estilo de Treinador escrita por Kevin


Capítulo 61
Capitulo 61 – Sacrifício


Notas iniciais do capítulo

Galera...

Com vocês o último episódio da Segunda Temporada.

Obrigado pela recomendação DavidSama!



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Capitulo 61 – Sacrifício

O número de vezes que eu já acordei em um lugar estranho sem saber o que estava acontecendo e como fui parar naquele local e situação poderia dar um bom livro. Mas, sempre acordei sem achar graça em tudo aquilo. Desta vez eu acordava assustado e sem muitas me mórias.

Gritos, calor e muita poeira e fumaça. Por onde eu olhava estava tudo destruído e pegando fogo. Um passo que dei, completamente desnorteado e desorientado, e percebi pisar em alguém. Tirei meu pé rapidamente para ajudar a pessoa, mas estava morta.

Tremi alguns instantes caindo para trás, sentado. Eu conhecia aquela pessoa, foi um dos treinadores que me desafiaram enquanto líder de ginásio. Mais a frente estava um juiz e apoiada me encarando, estava Juliana.

Fui até ela correndo. Ela estava parada olhando para o nada, toquei-a meio temeroso de confirmar que ela estaria morta. Ela caiu para o lado no mesmo instante e pude ver o grande rasgo que havia em suas costas.

Então as lembranças me vieram. Eu conhecia aquele tipo de corte. Laminas de Scyther. Mais do que isso, eu até sabia qual Scyther havia feito aquilo. Détrio, Doko e Marcos haviam sido assassinados em minha frente e certo de que eu teria o mesmo destino e também movido pelo desejo de vingança eu quebrei a piramide de captura do Scyther demônio. Depois da luz eu devo ter desmaiado, mas já deu para ver o resultado da minha inconsequência.

Eu passei dois anos tentando aprender a não ser inconsequente e faço a única coisa que eu já sabia que não deveria, deixar um demônio a solto na cidade para destruir e matar tudo o que ele ver pela frente. Deve ser um novo tipo de recorde de coisas a não se fazer.

Um grunhido me chamou a atenção para a realidade de que Scyther ainda estava ali. Ele estava lutando contra um Charizard que parecia estar nas últimas. Eu conhecia aquele charizard e precisava ajudá-lo. Eu procurei minhas pokebolas, mas elas não estavam em parte alguma.

Olhei por todos os lados a procura da minha irmã. Aquele era o charizard dela e se ele ainda estava de pé ela ainda estaria viva no meio daquela tragédia. Mas, antes que eu pudesse achá-la, Charizard caia sem forças levando o golpe final de seu algoz.

Escutei o grito de minha irmã. Não era para ela ter feito aquilo. Corri em direção ao grito enquanto Scyther fazia o mesmo. Ele era muito mais veloz e em questão de segundos ele já estava de frente para ela, grunhindo e com a lamina levantada. Ela caída com a perna quebraba e muitas outras escoriações. Ela não tinha como fugir.

Jamais deixaria minha irmã morrer, ainda mais com algo que eu provoquei. Eu jamais quis que nada daquilo viesse a acontecer e se mais alguém iria morrer seria eu. Eu me joguei contra as costas do Scyther, mas algo muito estranho aconteceu, ou ele se moveu rápido demais, ou eu simplesmente passei por dentro dele que nem os pokemons fazem quando o Gastly desmaterializa.

Eu não ia ficar tentando entender o que aconteceu. Abri os braços na frente de Scyther para proteger minha irmã.

– Você não vai matar minha irmã. -

Eu berrei, mas escutei a voz da minha irmã me deixando completamente perplexo.

– Você já matou o meu irmão e todo mundo aqui, não vai sair vivo. -

Olhei para trás incrédulo e vi que nas mãos dela estava algo parecido com uma bomba, eu até me perguntaria de onde ela tirou a bomba não fosse o corpo que estava caído atrás dela, o meu corpo. Eu já estava morto? Mas, eu podia sentir as coisas, calor, cheiro e sujeira.

Scyther grunhiu como se respondesse o desafio de minha irmã e desceu a lamina passando pelo meu corpo como se eu não estivesse ali enquanto minha irmã detonava a bomba. Uma grande luz tomou conta de tudo.

Tudo ficou branco e eu não sabia se gritava, chorava, me jogava para cima da minha irmã para protegê-la ou me jogava contra o Scyther, mas na verdade não tinha diferença alguma. Eu era apenas um fantasma. Será que o Gastly se sente assim algum momento?

– Cele! -

Eu escutei aquela voz em meio a todo o branco do local. Ainda em choque não me dei conta de que um novo ser se fez presente ali e que o clarão não terminava.

– Celebi. -

A voz chegou mais perto me sacudindo. Olhei e tratava-se de uma criatura pequena, verde com detalhes brancos, olhos grandes, flutuando e sorrindo animado. Demorei para entender que se tratava de um pokemon e não um espirito qualquer que estava querendo companhia, ou um guardião querendo que eu vá para o lugar certo.

– Celebi. -

O pokemon repetiu aquela fala novamente e me toquei quem ele deveria ser. Escutei uma vez sobre um pokemon guardião do tempo, espaço e florestas. Ou qualquer coisa muito parecida. O nome era parecido com o som que ele emitia.

De repente dois círculos surgiram em meio ao ambiente branco, um mostrava-me o que eu havia acabado de viver, a Vila da Liga completamente destruída. Outra mostrava uma cena que eu demorei um pouco para entender, mas era eu atacando Melani e sendo seguro por Pedra Noturna enquanto preparava-me para espatifar a piramide. Era o último momento que eu lembrava antes desta onda de fantasma.

Celebi apontava para a cena congelada e fazia um gesto negativo para mim. Fiquei olhando sem entender e me perguntando se ele também não tinha poderes psíquicos para falar comigo por telepatia. Mas, acabei ficando irritado ao rever a cena de ver o corpo de Détrio estirado no chão.

– Para com isso que eu já fiz merda! - Gritei. - Não tem mais como voltar! -

Celebi sorriu me deixando confuso. Ele apontou para a cena de destruição e bateu palmas fazendo ela desaparecer. Apontou para mim e apontou para a cena congelada fazendo um sinal negativo de novo.

– Está me dizendo que eu não devia ter feito aquilo? -

Ele balançou a a cabeça negativamente e ampliou a imagem até eu perceber que o momento que ele mostrava era o qual coloquei a mão no pescoço para pegar a piramide. Novamente balançou a cabeça negativamente. E depois sorriu.

– Espera... Aquilo ainda não aconteceu? Você parou o tempo no momento em que eu ainda ia pegar a pirâmide? -

Ele confirmou com a cabeça e de repente algo fez sentido na minha cabeça. Tudo que eu tinha visto da destruição ainda não havia acontecido, Celebi estava me mostrando o que iria acontecer no futuro se a piramide fosse quebrada.

– Se eu quebrar a piramide, todos na vila vão morrer. - Quando falei aquilo Celebi confirmou. - Se não fizer nada, eu morro nas mãos da Estilo de Poder e eles levam a piramide. -

Celebi me olhou confuso e pensativo. Mas, acabou confirmando com a cabeça de uma forma duvidosa. Acho que ele queria dizer que era uma possibilidade. Minha vida pela da minha irmã. Minha vida pela vida de todos que estavam na vila. Eu queria apenas vingar meus amigos e agora tenho que salvar a vila toda.

Cerrei os punhos começando a chorar. Eu não conseguia tirar a imagem de Détrio caído com a garganta cortada. Eu queria vingá-lo. Eu queria fazer Melani pagar pelo que fez. Ela tinha que pagar. Pedra Noturna tinha que pagar. Mas, eu mataria todo mundo e destruiria o mundo pela minha irmã.

– Você parou o tempo. - Comentou Kevin. - Não pode me ajudar? Alguns minutos que forem de vantagem para que eu possa fugir? -

Celebi olhou-me sem saber o que dizer. Talvez eu não tivesse uma saída de tudo aquilo e realmente fosse minha hora. A imagem congelada começou a aumentar e eu comecei a ver toda a cena daquela noite terrível e comecei a adormecer. Eu estava voltando e tinha que me lembrar, não estourar a piramide.

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Kevin estava parado com um braço erguido como se estivesse sendo segurado enquanto seu outro braço estava parado no ar, segurando uma piramide de metal. Ele piscou algumas vezes antes de retornar os dois braços para junto de seu corpo e realmente sentar, já que estava em uma posição de quem estava sentado em cima de algo ou alguém.

Olhou em volta sem entender. Melani e Pedra Noturna haviam desaparecido do nada, deixando para trás os três corpos e Kevin. Tentando conter as lagrimas começou a se perguntar o que Celebi havia feito e quais eram as consequências de tudo aquilo. Será que ele deveria ter morrido ou sido levado?

– Ke... Ke... -

Em um salto o jovem Maerd procurou pelo dono da voz, olhando primeiro para Détrio. Ele era o mais perto, mas na verdade era a vontade de que ele ainda estivesse vivo. Kevin aproximou-se e viu o amigo com a garganta cortada, ele ainda estava com os olhos abertos, mas era visível que ele não estava vivo e nem era o dono da voz.

Olhando o corpo do amigo daquela forma quase esqueceu da voz pedindo por ajuda. Mas, escutou o sussurro novamente. Pensou em ir até Doko, mas ele estava mais longe e percebeu que Marcos se mexia, mesmo que fracamente.

Correu o fiscal e treinador. Abaixou e escutando o difícil respirar dele. A faca ainda estava cravada em suas costas. Tentou tirar, mas antes de tocar escutou um fraco não.

– Se... Se puxar... eu... eu... - Marcos balbuciava sem conseguir.

– Não fale. - Kevin enxugava as lagrimas. - Estão vindo. Vão te salvar. - Kevin lembrava-se do grupo de Surge que se aproximava.

– Pedra... Noturna... é... Chronus... - Marcos tentava forçar a informação.

– Fique quieto. - Disse Kevin. - Você fala depois. -

– Não... Sobrevivo... - Marcos começou a tossir sangue e Kevin ficou desesperado. - Precisam... Forçar... Lutar... Como... Coordenador... Senão ele luta como um assassino demoniac... -

– Esquece isso. Eu já lutei contra ele. Sei como ele luta. - Disse Kevin que reparou que Marcos não mais respirava. - Marcos! Marcos!!!! -

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– Não foi culpa sua. -

Julia tentava acalmar o irmão, mas mais de vinte quatro horas depois do termino do ocorrido ele continuava a chorar e dizer que ele era culpado das mortes. Ninguém o culpava pelo ocorrido, nem esperava que ele tendo ido ajudar pudesse salvar a todos.

No entanto, havia um questionamento que fazia o envolvido e não que ele se isentasse totalmente do ocorrido. Ele teve os pokemons sequestrados por métodos muito estranhos ficando evidente que a ideia era que ele fosse atrás. Todo o transtorno e situação foram causados por ele, o que levantava a pergunta de qual seria as verdadeiras intenções da Estilo de Poder? Afinal Kevin não contou para as autoridades sobre a conversa que teve com Celebi e eles também não sabiam que 4 mortes seriam inevitáveis.

Para Kevin o fato dele estar envolvido nas mortes já dava a ele culpa o suficiente. Ele não era culpado pela morte da mãe, mas diziam que ela havia morrido no parto. Na visão do jovem isso já o tornava culpado mesmo que indiretamente. Agora se a opção dela ter morrido nas mãos de um pokemon fosse verdade, aquilo o isentava de algo. Ele não era culpado pela morte do pai até onde sabia, mas tinha relação com a morte de Eevee, com Price, com Bugzy, com Doko, com Marcos e finalmente com Détrio. Ele acabou criando todas aquelas situações, mesmo que não os chamando para o perigo se colocou em perigo fazendo-os ir ao seu auxilio.

Isolados no quarto os irmãos Maerds contaram tudo que havia acontecido desde a despedida deles no Centro Pokemon. E uma única coisa eles tinham certeza, Visão Futura era uma merda. Criava mais problemas do que ajudava. Julia não reclamava de estar viva, mas ela se perguntava se realmente era necessário que alguém tivesse morrido no lugar dela. Kevin por outro lado teve sua experiencia do Visão Futura com tanta intensidade que duvida que iria querer experimentar novamente.

Durante a batalha contra Ana Gastly resolveu ser derrotado, mas levar o adversário junto para dar uma chance a seu treinador. Antes, porém, aplicou o Visão Futura em Kevin que literalmente vislumbrou o futuro. Ele viu apenas coisas embaçadas que ele mesmo teve que entender. A imagem de Aggron, uma declaração de desistência por sua parte sinalizada pela bandeira do juiz, um certificado que lhe garantia acesso a Quest Liga e Pedra Noturna.

Aron evoluiria duas vezes na batalha, o que seria algo raro e digno de ser estudado mais tarde. Ele desistiria da luta não sendo um dos quatro melhores, mas receberia acesso a Quest liga ainda assim. De alguma forma ele estaria frente a gente com Pedra Noturna dentro em breve.

A interpretação não estava errada em nenhum momento. Aron realmente havia evoluído de para Lairon, a primeira vez pela experiência acumulada que estava controlando, a segunda seria motivo de muitos estudos. Ele realmente ficou frente a frente com Pedra Noturna, mas não esperava que ao invés de enfrentá-lo mais uma vez ele o agarraria para impedir que ele esmurra-se Melani.

– Talvez não seja. Mas, me sinto responsável. - Kevin estava deitado no sofá do quarto, abatido e com os olhos vermelhos. - Talvez estivesse melhor senão ficassem dizendo que sou um herói por salvar Lubia e Marjori. -

Antes de seguir ao encontro de Détrio ele havia deixado Lubia e Marjori no Centro Pokemon. Não foi preciso muito para entenderem as coisas como não eram. Kevin bem e apressado enquanto as duas estavam em choque, literalmente ele havia salvado-as. Mas, elas estavam bem e quem no final deu o golpe definitivo havia sido Marjori.

– A Marjori vai enlouquecer quando se recuperar. - Murmurou Kevin. - Ela lutou o tempo todo para dizer que foi salva por mim? Ela vai destruir o mundo. - Kevin olhou para a porta, assim como sua irmã.

Na porta estava Amanda, ela estava com uma calça jeans e uma blusa de mangas pretas. O cabelo castanho longo estava preso em um rabo de cavalo. Ela não parecia muito animada e ficou sem graça ao perceber que Kevin estava com pijama e Julia apenas com uma bermuda e uma blusa de alcinhas.

– Bem... - Amanda sorriu sem graça. - Estão todos lá para o encerramento da liga e funeral dos que morreram. - Ela parou por alguns instantes. - Como meu irmão saiu campeão novamente ele terá de fazer um discurso, não queria ficar sozinha... fui procurar vocês. Não sabiam que não iriam. - Ela abaixou o olhar. - Na verdade eu não quero ir também, mas as pessoas não entenderiam. -

Os Maerds se olharam. Apesar de precisarem, Kevin não estava em condições de ficar no funeral, muito menos com tantos repórteres o assediando. Era duro não ir no funeral daqueles que morreram para salvar seus pokemons, mais duro não ir no funeral do melhor amigo.

– Eu preciso pegar algo para comermos. - disse Julia sorrindo e indo até a porta, colocando a mão no ombro de Amanda e empurrando-a para dentro do quarto. - Aposto que vão entender que você precisou vigiar o garoto com sinais de depressão. - Julia riu enquanto saia.

Amanda olhou para a mesa onde havia duas bandejas de comida ainda pela metade. Ela deu uma pequena risada entendendo a ajuda da menina. Caminhou até a mesa pegando uma uva e percebeu a pasta na mesa. Pegou-a e a mostrou para Kevin como quem perguntava o que era aquilo. Ela não seria tão curiosa normalmente, mas tinha o emblema da liga e precisava de um assunto para quebrar o gelo.

– Fiquei em sétimo na Liga Pokemon de Prata. - Comentou Kevin. - Trevor e Ana se enfrentaram por duas horas, antes de seu irmão perder Ana desistiu. Depois foi Barreira e Cowboy por mais três horas com a vitória de Barreira. Barreira e Trevor se enfrentaram e seu irmão ganhou. -

Com a vitória de Trevor, Lubia assumiu a quinta posição, já que ela foi sua oponente nas quartas de final. Marcos foi o oponente de Barreira e com isso ele se tornou o sexto colocado. Kevin enfrentou Ana, que foi a terceira colocada e assim ele ficou na sétima posição. Meilin enfrentou Cowboy e como ele ficou em quarto colocado ela ficou em oitava.

– Ganhou uma posição nos últimos dois anos. - Disse Amanda deixando a pasta na mesa. - Mas, ali diz que você está classificado para a Quest Liga. Achei que só os quatro primeiros se classificavam. -

Kevin balançou a cabeça confirmando e voltou a deitar no sofá. Amanda ficou olhando-o e resolveu sentar perto dele. Aproximou-se e sentou no chão próximo a cabeça dele. Onde pode colocar a mão nos cabelos loiros e acariciá-los durante um tempo.

– Por que eles tinham que morrer? - Perguntou Kevin de repente.

Amanda não parou de mexer nos cabelos dele, mas realmente não tinha ideia do que responder para ele. Ela não gostava de velórios e sentia-se completamente deslocada com aquela tema. Nunca perdeu ninguém e o mais próximo de morte que ela tinha chegado foi a própria morte quando foi capturada pela Estilo de Poder.

– Talvez tenha sido melhor assim. - Comentou Amanda que viu o garoto mover a cabeça para poder olhá-la. O olhar dele não estava indignado, mas triste e cheio de perguntas. - Lembra de quando me salvou? -

Kevin balançou a cabeça entendendo. Ela foi torturada por dias e talvez pudesse ter vivido coisas piores se fosse outro que não Venon Hidraulico. O que Amanda Gutmore havia passado nas mãos da Estilo de Poder a fez implorar para ser morta. Se Venon não chegava a ser tão cruel quando comparado a Pedra Noturna, certamente Détrio, Marcos e Doko tiveram uma morte rápida e com pouca dor comparado ao que poderiam ter vivido antes deles mesmo implorarem para serem mortos.

– É... - Kevin concordou voltando a deitar sua cabeça no sofá, mas deixando-a, mas perto de Amanda que voltou a mexer nos seus cabelos. - Seu irmão ganhou uma vaga da Quest Liga em Kanto e Ana por ser Mestra já está classificada. A regra diz que os quatro primeiros elegíveis ganham as vagas. -

– Barreira, Cowboy, Lubia e Marcos. - Comentou Amanda que parou por alguns instantes. - Lubia ganhou uma vaga em Tokai e Marcos... - Amanda parou por alguns instantes. - Você teria essa vaga mesmo Marcos não morrendo. Meilin ficou com a vaga dele. -

Kevin não disse nada, apenas ficou deitado. Ele já havia feito aquela conta e perguntou-se se aquilo ele deveria ter visto no Visão Futura. Mas, amanda tinha razão. Meilin estava com a caga que seria de Marcos.

– Por que você não me conta como foi sua jornada? - Disse Kevin.

– Tudo bem! - Amanda entendeu que ele queria evitar aquele assunto. - De onde devo começar, a ultima vez que nos encontramos foi na Copa Equipe quando nos beijamos... - Amanda parou sem graça lembrando do ocorrido.

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A morte de Bugzy causou grande rebuliço pelo mundo. Não era novidade líderes de ginásio participarem de equipes criminosas, mas no geral eles nunca eram descobertos. Novidade eram eles se revelarem e morrerem poucas horas depois.

Todos os líderes de ginásio estavam sendo interrogados e investigados e muitos dos que já não eram também estavam sendo. Ainda ocorreu novos questionamentos sobre a credibilidade da Associação de Batalhas. Mas, o real problema o mundo ainda estava para descobrir.

– Só eu não gostei do resultado? - Questionava Violeta Flamejante caminhando pelos corredores do quartel general.

Ela era acompanhada por Melani que não lhe disse nada ou mesmo olhou para ela. Ter matado duas pessoas não estava lhe fazendo muito feliz. Mas, ela não gostava de se lembrar do olhar que Kevin lhe lançou. Ela não era assassina e não estava satisfeita de ter se tornado uma por conta da Estilo de Poder.

– Fui punida por que meu assessorado morreu. Mas, eu sou a única que tem assessorados. - Violeta flamejante resmungou. - Nós conseguimos o Celebi ao final de tudo, não foi? -

Atendendo aos pedidos de Kevin Celebi descongelou o tempo, mas teleportou-se junto com todos da Estilo de Poder para o quartel general deles. A chegada dele foi uma surpresa para todos. Antes que uma tentativa de captura começasse Celebi conectou-se a mente de Rayner dizendo que se oferecia em troca deles interromperem as mortes das pessoas.

– O líder aceitou a proposta de Celebi. - Falou Melani. - Com esse é o nosso quinto pokemon raro. Então vamos seguir o protocolo. - Melani falou em um tom firme e de Imediato Violeta se calou, abaixando a cabeça.

– Escute... - Melani parou no corredor. - Sei que somos as únicas duas mulheres no comando e deveríamos ser unidas e tudo mais. Mas no momento eu preciso de espaço! - Melani encarou-a durante alguns instantes. - Eu não queria matar aquelas pessoas. Não sou como você, isso não é comum para mim. A Estilo de Poder tem um objetivo, mas eu não concordo com as mortes. Daqui alguns dias vamos ver os raros em ação, então me deixe em paz por hora, ok? -

Violeta Flamejante ficou olhando a Administradora. Ela realmente parecia perturbada com o que teve de fazer, dos generais nenhum tinha problema para matar, mesmo aqueles que juraram proteger a vida, como Venon. Mas, dos administradores apesar da frieza de todos, apenas Davis sujou suas mãos diretamente. Rayner e seus poderes psíquicos geralmente não precisavam ausentar-se do quartel general, bem como Melani, assim dificilmente tinha uma operação de campo que resultava em necessidade de eliminação de alvos.

– As vezes me pergunto o que cada um de nós estaria fazendo se não estivéssemos na Estilo de Poder. - Comentou Violeta.

– Mortos. - Melani apenas falou virando-se de costas. - Mortos. -

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– Aonde vocês vão? -

Uma hora passou desde o encerramento da Liga de Jotho e do funeral, as pessoas iriam aguardar o almoço ou mesmo o dia seguinte para começarem a rumar para suas casas, até aqueles que levariam os restos mortais dos mortos para suas casas, esperariam o almoço para ter mais gente na comitiva.

Lubia e Marjori pararam a caminhada que estavam fazendo. Elas tinham mochilas nas costas e já estavam fora da vila da liga. Porém, o Mestre Gary interceptou-as antes que elas se afastassem demais.

– Não parece óbvio? - Questionou Marjori.

As duas meninas estavam vestidas de preto e pareciam transtornadas ainda. Elas sabiam que não ajudaria muito ficar ali onde todos estavam com os nervos a flor da pele, elas precisavam direcionar aquela coisa ruim para algo.

– Não. - Disse Gary cruzando os braços. - Não parece. - Disse ele encarando as duas.

O grupo que era composto de cinco selecionados e o mestre agora resumia-se em duas selecionadas e o mestre e parecia que naquele momento haveria um ponto final a ser dado.

– Ou estão fugindo ou indo se matar. - Disse Gary de uma única vez. - O que aconteceu será vingado, deteremos a Estilo de Poder custe o que custar. Mas, precisamos manter a calma. Sabem muito bem que a operação começa em uma semana. -

Lubia e Marjori se olharam mais uma vez. Nenhuma das duas conversaram sobre fugir ou seguir sozinha para a vingança. A verdade era que simplesmente se encontraram de malas prontas na porta do alojamento e começaram a caminhar lado a lado. Não importava para onde a outra estava indo, apenas a decisão que ela própria havia tomado.

– Já matei 3 daquela equipe cretina. - Comentou Marjori. - Eu acho que eu não preciso nem esperar por misericórdia. Desta vez eles virão atrás de mim e antes que isso aconteça eu vou fazer o maior show que já virão. - Marjori apontou para o Mestre. - Não morrerei sem antes tocar na Ostra Star. -

– Então está fugindo? - Questionou Gary. - Vai abandonar a memória de todos que morreram? -

Eles não percebiam, mas começavam a ter uma grande plateia. Não era para ter ninguém na entrada da rota, mas de certo perceberam que algo estava muito errado pela forma que gary saiu correndo do refeitório e acabaram o seguindo. Mas, as meninas não ligavam e parecia que Gary não estava em uma situação que pudesse contornar, estava prestes a perder as duas ultimas pupilas.

– Não estou abandonando a memória de ninguém. O dinheiro que arrecadar vai para a família dos três. - Disse Marjori. - E se quiserem me atacar, já vão saber onde me encontrar. - Ela riu. - Vou estar na minha melhor forma e no meu palco. E todos sabem o que acontece com quem interrompe o show de uma diva. -

Gary balançou a cabeça negativamente. A menina estava disposta a abandonar o barco e pagar para ver o que ia acontecer com a vida dela.O mestre voltou-se para Lubia a garotinha gênio que sabia poder contar com ela.

– Agradeço por tudo Mestre Gary, mas... - A menina parou por alguns instantes. - Eu não posso esperar uma semana e mais não sei quantos dias até a operação terminar. Eu não sei quantos dias de vida eu tenho, mas antes que a Estilo de Poder me encontre, eu vou encontrar o culpado pelo mal de minha família e por um fim nisso. - Lubia curvou-se rapidamente para o mestre. - Espero que entenda que não tenho outra escolha a não ser deixar a estilo de Poder para mãos mais capazes. -

– Eu proíbo vocês, - Gritou Gary sacando a pokebola.

As meninas sacaram as pokebolas ao mesmo tempo e encaravam o mestre. Seria duas contra um e mesmo assim a pergunta permanecia nos olhos daqueles que estavam vendo a tensa cena, Gary realmente usaria da força para impedir que suas discípulas abandonassem o treinamento após tanta violência?

Gary continuou as encarando irritado. Mas acabou suspirando e guardando a pokebola. Ele virou de costas e começou a voltar para a vila.

– Lembrem-se sempre do que aconteceu a Détrio e Doko. Vencer a batalha não significa estar salvo. - Disse Gary sem olhar na direção delas. - Estarão sozinhas e tenham certeza de não subestimar o adversário derrotado. -

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Eu cheguei em casa três semanas depois. Voar no Charizard de Julia para acabar de cruzar a Montanha prateada para o Lado de Kanto teve uma economia de tempo que eu jamais poderia imaginar. Mas, eu não via bem o tempo passar, a visão de Détrio morrendo na minha frente não me saia da cabeça.

Essa temporada foi um desastre e acho que a próxima vai piorar ainda mais.


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Notas finais do capítulo

Vai haver um epilogo amanhã, ok?



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