PET - 2 Temporada - Estilo de Treinador escrita por Kevin


Capítulo 35
Capitulo 35 – Desáfios


Notas iniciais do capítulo

vamos ao primeiro desafio de Kevin. E informo que na semana que vem informarei sobre a data da postagem extra.



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Capitulo 35 – Desáfios

 

 

 

Na vida estamos sendo constantemente desafiados. No meu período a frente de Mahogany, tive certeza apenas de uma coisa, cada dia que começava eram pelo menos dez novos desafios para enfrentar e seria sorte eu chegar ao final do dia tendo resolvido pelo menos um.

 

As vezes me pergunto que tipo de pessoa pensam que eu sou. Mas, na maioria do tempo me pergunto o que as pessoas esperam que eu seja.

 

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— Acorda Kevin! - Gritava um homem batendo na porta de do jovem.

 

 

Alarmado o rapaz rolava da cama saltando e agarrando uma pokebola. Em trajes de dormir, camiseta branca e um short azul, ele corria pela para a porta com a pokebola na mão.

 

 

— Vamos pegá-los! - Disse Kevin aos berros abrindo a porta e dando de cara com o senhor Oliveira, em uma roupa social e apesar dos gritos anteriores, não parecia estar alarmado ou preocupado. - O que? - Kevin piscou algumas vezes olhando para os lados do corredor para tentar identificar qual era o motivo daquela gritaria.

 

 

— Está atrasado para sua aula. - Diz O senhor Oliveira. - Não admito atrasos em minhas aulas. -

 

 

— Como é? - Kevin novamente olhou para os lados. Olhou para dentro do quarto e viu que seu pequeno despertador digital marcava 08:40 da manhã. - Atrasado? Aula? - Kevin balançou a cabeça e fechou a porta do quarto, jogando a pokebola em cima de uma mesinha.

 

 

A porta voltou a receber batidas fortes enquanto seu nome era gritado do lado de fora.

 

 

Kevin de pé no meio do quarto cerrou os punhos e caminhou até a porta abrindo com raiva.

 

 

— Está ficando louco? - Gritava ele. - Estou acordado a uma semana cuidando da cidade; Falei que iria tirar a manhã de folga e você fica me gritando por causa de uma aula inexistente? -

 

 

Nesse momento a porta do quarto ao lado abria. Sua irmã, usando um roupão, colocava a cabeça para fora do quarto para entender o que estava acontecendo.

 

 

— Senhorita Julia, diga ao nosso queridíssimo prefeito que há um memorando no escritório informando que nenhum prefeito assumirá a cidade de Mahogany tendo cursado apenas até a sexta série. -

 

 

— Está destituído. - Gritou Kevin. - BOA NOITE! - Kevin foi para bater a porta, mas a mão de Oliveira segurou a porta. - Você está pedindo para levar uma sapatada? Cadê o sapato?! Eu juro que vou esquecer esses seus cabelos brancos. -

 

 

— Você não está entendendo. - Diz o homem. - Você e Joy tem por obrigação continuar os estudos para poderem manter suas funções. Ou posso solicitar fechamento do Centro Pokemon e do Ginásio por inaptidão dos responsáveis pelo mesmo. Desta forma nenhum dos dois assumiria a cidade que ficaria sem um governante oficial, unicamente porque vocês não querem estudar. -

 

 

— Percebo que preocupa-se bastante com quem estará governando da cidade, tem conhecimento e prestigio o suficiente para comandar a cidade. E se o ginásio e o Centro Pokemon caírem, não teria ninguém para assumir além de você. - Julia bocejou da porta dela, estou certa? -

 

 

— Governar Mahogany? - O velho começou a rir de forma divertida. - O único motivo para que eu precise de um prefeito para a cidade é que minha escola recebe repasse do governo de Jotho por intermédio do prefeito. Se não houver prefeito não poderei ter acesso ao repasse mensal, minha escola particular que possui 50% de suas vagas destinadas a bolsas para jovens de Mahogany terá que parar de ofertar essas bolsas e os jovens estarão sem um ensino de qualidade, tendo que ir a cidades vizinhas para continuarem seus estudos já que as demais escolas locais foram destruídas. - O velho encarou Kevin. - No memorando que não leu eu avisei sobre isso e que você e Joy deveriam começar suas aulas particulares, comigo, hoje a partir das 08:00 da manhã até as 11:30. -

 

 

— Recebemos uns 20 memorandos de 20 problemas ontem a noite. - Comentou Julia. - Não tivemos tempo para ler ainda, e o senhor sabe disso. -

 

 

— Hoje é sábado. - Disse Kevin desanimado.

 

 

— Como é que é? - O velho piscou algumas vezes e olhou para seu relógio de pulso. Deu algumas batidas nele e de repente a data que mostrava sexta, virou para sábado.

 

 

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A primeira semana pós ataque havia sido extremamente complicada. Assim que se apresentaram a cidade, Joy e Kevin sentiram a pressão de seus novos afazeres. Crianças sem muitos estudos estariam das principais instituições da cidade? Se aquilo parecia um cúmulo, o pior era ver o quão inseguros os dois estavam de tomar as decisões. A população parecia querer entrar em guerra uns com os outros e por mais que os dois jovens tentassem dizer algo, pareciam ser ignorados pelos milhares que habitavam a destruída Mahogany. Felizmente Julia e Oliveira pareciam dispostos a auxiliá-los, já tendo iniciado uma verificação das fronteiras da cidade e uma verificação dos habitantes.

 

 

Julia havia feito a verificação das fronteiras. Liberando seis dos seus pokemons, junto com alguns dos outros treinadores as entradas e possíveis passagens pelas fronteiras da cidade foram verificadas quanto a resquícios de invasores. O resultado foi a descoberta de que estavam presos. Todas as entradas e saídas da cidade estavam bloqueadas por deslizamentos e outros que eram resultados das lutas.

 

Por sua vez Oliveira havia solicitado aos habitantes que se encaminhassem para a Escola das Oliveiras. Escola no qual ele era diretor e tinha capacidade para atender a 10 mil alunos, por turno. Eram 50 mil pessoas amontoadas, mas a escola particular tinha instalações que rivalizavam com os de uma grande universidade, podendo assim receber acondicionar os habitantes pelas salas, quadras e outras dependências inúmeras.

 

Na escola eles começaram a catalogar as pessoas para identificar as que estavam desaparecidas, e enquanto isso Joy classificava as pessoas que precisavam de atendimento médico e procurava por pessoas que pudessem ajudá-las com os feridos.

 

Kevin seguiu para o resgate dos que ainda estavam soterrados. Usando Gastly para identificar as pessoas ainda vivas, dando a elas prioridades, comandava um grupo de 20 pessoas na retirada dos escombros, além de usar Bayleef, Slowbro e Tauros.

 

 

Foram sete dias difíceis, onde todos ficavam acondicionados no colégio enquanto Kevin e outras pessoas conferiam as estruturas das casas e prédios mais próximas do centro da cidade, a parte que ainda possuía abastecimento de água e energia.

 

Inicialmente não levavam fé nas instruções de Kevin quanto ao resgate, e muitos acabaram agindo por conta própria, até piorarem a situação dos feridos, ou dos desmoronamentos. Era difícil para muitos acreditarem que o jovem de 14 anos, gritando para todos lados, possuía conhecimento e experiência para aquilo. Resgate em desastre usando pokemons era algo Kevin havia apreendido em New Bark.

 

 

A parte difícil foi convencer as pessoas a mudarem de suas residencias mais distantes do centro para as mais próximos, reduzindo os tamanhos de seus aposentos e até mesmo passando a morar junto com outras pessoas desconhecidas. Contratos foram redigidos para as pessoas, informando que isso ocorreria até que a cidade tivesse condições de garantir a segurança e os demais recursos aos lares originais. A ideia do agrupamento partiu de Kevin, organizado por Julia e Joy e contratada pelo senhor Oliveira.

 

 

O senhor Oliveira era o principal cidadão de Mahogany após as mortes. Respeitado havia sido eleito pelos cidadãos como representante do povo para ajudar ao prefeito e líder, Kevin, na manutenção da cidade até que o novo prefeito fosse eleito. Infelizmente o novo prefeito só seria eleito quando a cidade estivesse estruturada, o que aconteceria, provavelmente, em seis a oito meses, período real das novas eleições.

 

Oliveira era um antigo professor Universitário da área de humanas que após cansar de ver o nível dos alunos, resolveu atacar o problema diretamente na fonte. Não queria mais trabalhar com jovens adultos, queria ir direto as crianças, já que normalmente os universitários eram ex-treinadores pokemons frustrados por não conseguirem ascender em suas carreiras.

 

Os treinadores que fracassavam começavam a buscar novos rumos, mas sempre tinham recaídas de sonhar com se tornar Mestres. Isso para estudantes de direito, politicas sociais e outros, era terrível.

 

Oliveira julgava que o sistema politico que regia a maioria das regiões, todos baseados nas carreiras com pokemons, era o de uma sociedade bitolada e limitada. Tanto que as mais prosperas regiões do humano em índice de desenvolvimento humano não tinham grandes tradições nas carreiras pokemons, apesar de construírem as principais tecnologias para os viajantes.

 

No intuito de colaborar com as novas gerações Oliveira procurou uma região que aceitasse seu projeto educacional, onde ele ensinava além das matérias básicas, politia, filosofia, matérias pokemons básicas, exploração de locais, gerenciamento de tempo e gerenciamento de projetos. De forma que não importasse o que o jovem tentasse fazer, seu potencial e mente estava ampliado para quando chegasse o fatídico dia de conquistarem suas credenciais de treinadores. No entanto, o método era feito de forma que o jovem era incentivado, ou quase coagido, a estudar até terminar, ao menos, o Ensino Fundamental. Isso era feito através de uma interligação das matérias importantes para treinadores como exploração de locais.

 

A região que aceitou seu projeto foi Jotho, visando que suas crianças começassem mais tarde suas jornadas e assim estivessem mais maduras para atingir maior sucesso.A cidade de Mahogany foi escolhida devido a presença de Pryce, um líder de ginásio que havia acabado de sair do mundo crime e com isso seu apoio a escola seria grande, e as diversas pequenas vilas locais. Mahogany era a cidade com cidades periféricas com menor numero de jovens que credenciavam-se como treinadores. Era o local perfeito.

 

 

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— A partir de Segunda Feira Kevin terá aulas correspondentes as matérias da sétima e oitava série, assim como Joy. - Oliveira estava sentado em uma cadeira com uma planilha. - Mas a menina ainda terá um complemento com orientações dos estudos de enfermeira. - O velho Oliveira olhou para Julia. -Estou impressionado que seja uma eximia treinadora e ainda se preocupe com os estudos. Com 18 anos está faltando só terminar o tericeiro ano. Será um prazer montar um programa especifico para que possa temrinar seus estudos. -

 

 

Julia sorriu. Realmente ela usava muito dos estudos junto às batalhas. Além disso o nome do Senhor Oliveira lhe era conhecido de alguns estudos das áreas politicas e sociais que havia feito na escola de Pallet. Se o velho fosse um pouco mais jovem e ambicioso, certamente sairia para presidente de Jotho, ou qualquer outra região.

 

 

Oliveira sorria. Após ter consegui arrastar os três jovens até sua escola, eles haviam acordado os estudos. Claro que antes passaram no pequeno escritório no ginásio, que servia de gabinete do prefeito, para pegar os memorandos que foram entregues pelas equipes formadas para cuidar da cidade.

 

 

— Já que estamos aqui... - Julia passava rapidamente os olhos nos memorandos. - Estamos com problemas muitos problemas em diversas áreas, sendo que urgentes temos alimentos, problemas de energia e comunicação. -

 

— O Centro Pokemon está quase vazio de remédios e estamos sem comunicação para solicitar novos, mesmo que houvesse rota. - Dizia a pequena Joy. - Talvez desobstruir uma das rotas viesse a ser prioridade. -

 

 

— Infelizmente não temos material para isso. - Diz Kevin. - A passagem pelas cavernas de gelo estão muito frágeis. Mas, um grupo falou que a neve e o gelo que obstruem a passagem derreteram com a chegada da primavera. A passagem que daria pelo caminho para Ecruteak tem três prédios e muitas rochosas, porém estão exatamente onde ficam a usina de armazenagem de energia. Qualquer deslizamento pode cortar nosso abastecimento de energia que já está falho. Sobrando caminho para Blackthorn que está obstruída por toneladas de pedras que deslizaram das montanhas. Ali seria o mais fácil, mas sem equipamento, contando apenas com o trabalho braçal eu não tenho ideia do tempo que demoraria. -

 

 

— A prioridade seria restabelecer as comunicações para que suprimentos e socorro fosse enviado. - Diz Julia. - Pela comunicação poderíamos ter todo o tipo de ajuda. Nem a comunicação de teleporte das pokeagendas estão funcionando. -

 

 

— Estamos completamente isolados e dentro de um mês começara o inverno e nosso consumo triplicará. - Oliveira parou alguns instantes. - Creio que vocês não conheçam os Invernos de Mahogany, mas é neve todos os dias e não dá para sobreviver sem os aquecedores. -

 

 

Os quatro se olharam. Estavam fazendo o máximo possível, mas estavam limitados aos recursos. Joy, Julia e Oliveira olharam para Kevin e ele sentiu a pressão. Ele não tinha ideia do que fazer.

 

Oliveira havia lhe dito logo no começo de tudo aquilo que um bom líder do povo arregaçava as mangas, sempre trabalhando junto a todos, mas delegava funções para que não se sobrecarregasse fazendo apenas o que ele seria o único a poder fazer.

 

 

— Talvez... - Kevin balbuciou e todos ficaram atentos ao que ele queria dizer. - Se precisamos nos comunicar.... talvez pudéssemos arrumar uma outra forma, não dependente de nossas antenas. - Kevin pensou por algum tempo. - Sem telefones e internet, podíamos mandar cartas via um pokemon voador, ou mesmo ir pessoalmente até lá algum local que possamos arrumar o que precisamos. -

 

 

— Parece uma ideia interessante. - Comentou Oliveira. - Imagino que esteja pensando em Pidgeot, certo? - O homem recebeu um confirmar de cabeça. - Mas, quem faria tal viagem montado nele? -

 

 

— Posso ir em meu Charizard. - Diz Julia. - A saída de Joy ou de Kevin não seria legal neste momento. Poderia deixar os habitantes nervosos e finalmente está tudo calmo. -

 

 

— Tem certeza? Você não tem que fazer isso. - Disse Kevin olhando para a irmã que confirmou com a cabeça. - Apesar de precisar de alguns treinos a mais, sei que Pidgeot consegue levar alguém, sem até lá algum ponto, e voltar sem causar grandes problemas. -

 

— Mas e se no caminho ele for atacado? - Perguntou Julia. - Além de perder Pidgeot, colocará essa outra pessoa, despreparada, em risco. Com Charizard será como uma jornada de treinadora para mim. -

 

— Oliveira, veja o que precisamos para consertar a nossa comunicação e parte elétrica. Joy faça duas listas, uma prioritária e outra das coisas que podemos esperar. - Kevin virou-se para a irmã. - Vamos identificar o local para qual você deve rumar para conseguir essas coisas e pedir para que eles entreguem a maior parte por meio aéreo enquanto você traz algumas coisas prioritárias. -

 

— E como pretende pagar por tudo isso? - Questionou Oliveira. - Que eu lembre não identificamos ainda os números da conta da cidade para solicitarmos acesso aos recursos. E mesmo que tivéssemos acesso, uma instituição governamental precisa abrir licitação ou tomada de preços para realizar gastos a partir de um valor, e garanto que tudo o que formos comprar sairá muito caro. -

 

 

Licitação era algo que Kevin desconhecia completamente. Sequer havia compreendido o termo usado. Mas, a questão do dinhiro ele compreendia bem pois aquele era um problema que eles ainda não haviam solucionado. Todos que trabalhavam na prefeitura haviam morrido e a prefeitura havia sido destruída. Todas informações corporativas de Mahogany haviam sido perdidas e sem comunicação eles ainda não haviam tido acesso ao dinheiro da cidade para poder começar as reconstruções.

 

Os comerciantes locais estavam recebendo promissórias para atender as necessidades imediatas, em especial porque os bancos locais haviam sido saqueados e com isso não havia dinheiro.

 

 

— Talvez isso eu possa resolver. - Comentou Joy. - Os centros pokemons precisam prestar contas ao seu núcleo que presta conta aos governos. Desta forma, nós temos uma lista de fornecedores de nossos produtos. Tenho certeza que poderíamos conseguir quase tudo com esses fornecedores. - A menina parou alguns instantes. - Não sei se seria ilegal uma outra instituição comprar algo para a cidade, mas como é em caráter de emergência sei que o material de comunicação pode ser comprado pelo centro, pois ele também usufrui. - Comentou a menina.

 

— Isso! - Diz Oliveira. - Podemos comprar a comida por meio da escola. Semestralmente o governo repassa verba para compra de alimentos para serem servidos aos alunos, é uma das formas do governo ajudar e manter os seu incentivo. Como a comida é a preço de custo, por meio de um aluno antigo para quem dei aula, estarmos em estado de calamidade pública e não haver outra instituição que possa fornecer comida, creio que não teremos problemas judiciais mais tarde. - Senhor Oliveira parou. - Ótima ideia Joy. -

 

 

— Vou começar a mexer nos entulhos da prefeitura. Quero encontrar a rota para o tal abrigo. Lá deve ter coisas que poderemos aproveitar. - Diz Kevin. - Oliveira, enquanto fizer o levantamento do material, poderia ver se existe algum funcionário de banco vivo? Ele pode nos dar informações do que fazer. -

 

 

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O Ginásio também era a casa do líder. Agora também servia de escritório improvisado para a prefeitura. No entanto, os funcionários haviam morrido e com isso Kevin e Julia tinham sempre que se virar sozinhos para cuidar de todo o lugar.

 

Felizmente as refeições era feitas no Centro Pokemon. Julia, por algum motivo, achava que era importante que Joy tivesse uma companhia para as refeições, que não fossem as pessoas que esperavam dela, alguma ordem, orientação, solução ou gratidão.

 

 

— Nm sei como agradecer... - Joy sorria sem graça enquanto almoçava na companhia de

Julia e Kevin. - Me sinto tão deslocada ainda. -

 

— Dois. - Diz Kevin rindo. - Mas, me diz uma coisa, qual é a do garoto nos olhando? -

 

 

Joy para de comer e bate com a mão na testa, como se tivesse esquecido de algo. Ela se vira e faz gesto para o jovem que logo começou a se aproximar.

 

Branco dos cabelos tingidos de azul ele parecia ter a idade de Joy e Kevin, ou talvez fosse apenas um pouco mais velho. Vestia roupas de frio e estava com um cinto de pokebolas a mostra. Encarou Kevin desde o primeiro minuto e Kevin não deixou de perceber aquilo.

 

 

::”Um desafiante.”:: Foi o pensamento de Kevin.

 

 

— Sou Marcos. Vim para desafiar o líder do ginásio de Mahogany. - Diz o jovem cordialmente. - Cheguei hoje cedo, mas a Joy falou sobre os problemas e pediu-me para esperar que você deveria passar aqui para o café, ou para o almoço. - O jovem sorriu estendendo a mão. - É um prazer conhecê-lo. -

 

Kevin levantou-se apertou a mão dele retribuindo o gesto. Por alguns instantes Kevin segurou a mão do rapaz e continuou o observando e o encarando. Parecia haver uma tensão no ar.

 

 

— Junte a nós para o almoço e falaremos de batalha um pouco depois. - Riu Kevin saltando a mão do rapaz. - Apesar da cidade estar um caos, não tenho motivos para recusar a batalha no momento. Afinal, você será meu primeiro desafiante e certamente merece alguma atenção por entrar na cidade que está com suas fronteiras bloqueadas. -

 

 

Joy e Julia se olharam enquanto Kevin continuava a encarar o rapaz. Como ele haveria entrado na cidade? As possibilidades era ele já estar ali escondido, ou ter chegado voando.

 

 

::”Ele pensa muito rápido para um líder novato. A experiencia que tem para a idade e para identificar problemas é compatível para com os líderes experientes. Ele construiu um clima de tensão rapidamente me deixando acoado, sem necessariamente me ofender ou ser rude. A cordialidade dele em admitir que não poderia recusar o desafio e ao mesmo tempo expondo todos os problemas pelos quais está passando mostra o que devo explorar e me deixa em xeque quanto a ser honrado e seguir o desafio. Como Jotho requer uma proteção a vida ele iniciou a avaliação por meio disso, devo falar que só lutarei quando ele estiver pronto ou estarei demonstrando desvalorização a vida e arriscando essa parte da avaliação.”:: Marcos pareceu raciocinar rapidamente enquanto sentava, vagarosamente.

 

 

— Almocei um pouco antes de chegarem, mas aceitarei o convite de sentar. - Ele sorriu. - cheguei de balão. Ele está próximo a antiga delegacia, agora destruída. Sempre que chego a uma cidade, já que viajo de balão, paro próximo para garantir a segurança do meio de transporte e evitar transtornos por uma chegada repentina. -

 

Kevin confirmou com a cabeça e continuou a comer. O clima ficou estranho na mesa. Marcos contava que estava com 15 anos e que havia competido na de sua região, uma região pequena, mas não teve sucesso. Após participou de Hoeen, mas com os ataques da estilo de Poder, ele arrumou um emprego de balonista para juntar dinheiro durante algum tempo e ver se o caos passava. Como o caos não havia passado, agora ele resolveu arriscar viajando por Jotho, que teria o maior número de vagas sendo oferecidas para a Quest liga.

 

Marcos parecia simpático e Julia e Joy pareciam interessadas no que ele falva, apenas Kevin continuava calado apenas o observando. Todos percebiam aquilo e não deixavam de se perguntar se aquilo era a tensão pelos dias que seguiam-se puxados para ele ou a tensão da primeira defesa havia tomado conta do jovem líder que ainda não havia tido um momento de treinamento com os pokemons herdados.

 

 

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Pryce possuía 14 pokemons. Todos eram do tipo gelo e todos eram herança do ginásio. Tirando Weavile, Beartic e Dewgong, o único que eu conhecia era Jynx. Havia um outro que Kevin já havia visto, mas não sabia o nome. Uma ave marrom e bípede que logo no começo de sua jornada veio trazer cartas dos Poke-Escolhidos.

 

Com uma semana Kevin ainda não havia interagido com nenhum deles, desta forma os pokemons olhavam-no com certa frieza. Chamei Beartic, Dewgong e Weavile para a batalha. Beartic era o que ele havia tido mais contato e com um pouco de sorte ele acreditava em uma possível colaboração, os demais era por eu conhecer o potencial deles.

 

— Sinto muito por não ter estado com vocês durante esses dias. - Kevin disse olhando o grupo que havia herdado junto ao ginásio. - A cidade está um caos e não sei bem como fazer as coisas ainda. - Kevin pareceu meio perdido. - Mas, isso não é desculpas para não lhes dar alguma atenção, pelo menos eu os alimentei. Sei que alguns de vocês devem sentir falta do Pryce. -

 

 

Os pokemons pareciam ignorar o Kevin. Estavam todos os 14 numa área do ginásio que simulava uma montanha gelada, com floresta e lago semi congelado. Cada qual continuava fazendo oque estavam fazendo.

 

Kevin coçou a cabeça rapidamente. Não era tão fácil quanto ele imaginava, mas havia um desafiante a espera.

 

— Bom... Preciso de Dewgong e Beartic hoje. Mas... - Kevin paertou um botão próximo a porta e um telão apareceu mostrando a arena do ginásio. - Podem assistir a luta se quiserem, se não quiserem... continuem fazendo o que estão fazendo. - Kevin esticou duas pokebolas e Dewgong e Beartic foram recolhidos.

 

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— Essa será uma partida oficial pela insignia do ginásio de Mahogany entre o líder de ginásio Kevin e o desafiante Marcos. - Julia fazia as vezes do juiz, já que o antigo havia morrido no último ataque a cidade. - A luta será 3x3 onde apenas o desafiante poderá trocar livremente os pokemons. -

 

 

Kevin lançava como seu primeiro pokemon o Dewgong. O pokemon olhou em volta e viu que o seu adversário seria um Arcanine. A regra de lançarem juntos as pokebolas sempre era algo inusitado onde alguém perdia a vantagem de tipo. Dewgong sabia já que ele, normalmente, era quem começava as batalhas. Ele olhou para Kevin e parecia querer decidir se o obedeceria ou não.

 

Os pokemons haviam recebido uma visita de Pryce falando sobre ele estar a procura de um substituto e que alguns deles ficariam com o substituo por algum tempo, mas a surpresa da morte veio a deixar os pokemons desgostosos. Não havia o que fazer, o líder atual teria que conquistar a confiança deles e decidir seus novos destinos.

 

Mas, o líder dos pokemons era Beartic e ele dizia aos pokemons que Pryce escolheu Kevin e que o garoto tinha habilidades para lutar contra a Estilo de Poder. Para todos aquilo parecia ridículo, mas Dewgong daria a uma chance a Kevin.

 

Kevin escolheu Beartic pela experiência que passaram juntos. O poder do Soco de gelo seria extremamente interessante durante a luta. Mas, Dewgong foi uma lance de olhar. 14 pokemons, Beartic o escutando, Weavile olhando agressivamente devido a luta anterior e Dewgong observando-o de forma rápida, sempre desviando o olhar quando Kevin movia sua cabeça para a direção dele. Aquele era o sinal que o menino percebeu. De todos os outros 13 pokemons o único que parecia estar em dúvida era Dewgong.

 

 

— Dewgong sei que está acostumado com o jeito de... - Kevin parou ao ver que Marcos havia comandado Arcanine em um Ataque de extrema velocidade. Dewgong era lançado para trás e logo em seguida Arcanine era recolhido. - Você está bem Dewgong? - Kevin viu o pokemon sacudir a cabeça para recuperar-se da tonteira sofrida pelo ataque levado. - Sinto muito por isso ok? Você vai levar apenas mais um ataque a partir de agora. -

 

 

 

— Como é? - Marcos piscou os olhos ao escutar aquilo. Julia deu uma pequena risada e os pokemons que estavam na sala de habitat se viraram após aquela declaração. - Magnamite. -

 

 

Não era apenas uma frase de quem estava confiante, mas era uma promessa. Uma afirmação confiante seria que aquilo não se repetiria. Mas, a promessa era de um ataque a mais.

 

 

::” Ele trocou o pokemon após o primeiro ataque para evitar o confronto de tipos. Quer se ater ao básico usando a vantagem de tipo para garantir o ataque e a defesa. Primeiro tarefa do ginásio, proteger a vida. Recuando o pokemon com desvantagem ele mostra isso.”:: Kevin estava pensativo e concentrado.

 

 

— Deslize pelo gelo. - Comandou Kevin.

 

 

Dewgong olhou-o rapidamente e logo começou a seguir a instrução. Magnamite tentava acertá-lo com o choque do trovão. Mas, a velocidade do deslize era maior. Um Onda do Trovão foi tentado, mas também estava errando bastante.

 

 

::”A precisão dele é boa,apenas está atacando atrasado. Se ele passar a prever o futuro me acertará.”:: Kevin estreitou os olhos ao mesmo tempo que Marcos.

 

::”Ele percebeu que estou com precisão certa e apenas com o tempo atrasado.”:: Marcos sorriu.

 

 

— Ataque Raio do Trovão. - Comandou Marcos.

 

— Contra ataque com Raio de Gelo. - Comandou Kevin.

 

 

Os dois raios colidiram causando uma explosão e grande poeira. A poeira abaixou e Dewgond estava um pouco eletrificado enquanto Magnamite estava congelado.

 

 

— Um golpe. - Balbuciou Marcos espantado. Kevin havia usado o raio de gelo para confrontar o Raio do Trovão.

 

 

::”Ele sabia que eu usaria o Raio do Trovão. Sabia que confrontando com o dele apenas a estática chegaria até ele. Seu pokemon levaria um único golpe. Poderia tentar retirar meu pokemon do gelo e mostrar que sei lidar com o gelo, segunda tarefa. No entanto, eu perderia a primeira, colocando o pokemon em risco.”:: Marcos apertou os punhos e recolheu seu Magnamite lançando Arcanine novamente.

 

 

::”O magnamite dele é fraco. Usou as propriedades de metal apenas para se defender. Se ele tivesse nível teria usado ataques elétricos mais fortes e velozes, além de usar ataques de metal. Sorte minha eu calcular o nível com precisão. Obrigado Thor!”:: Kevin recolheu seu Dewgong para espanto de Marcos.


 

— Como assim? - Marcos ficou sem reação. - Por que retirar Dewgong? - Marcos deu um passo a frente. - Não quero vantagem. -


 

— Dewgong está com estática pelo corpo. Vai ter dificuldades de se movimentar devido a paralisia. - Comentou Kevin. - Além disso, Beartic quer treinar. - Disse Kevin lançando a pokebola do urso.


 


 

:: “Ele está lançando um pokemon mais lento e com total desvantagem. O que ele pretende?”:: Marcos ficou apreensivo. Olhou para o cronometro e viu que a batalhava durava cerca de 14 minutos. As sua troca de inicio e seus diversos questionamentos estavam atrasando a luta.


 


 

— Extrema velocidade! - Gritou Marcos. - depois agilidade e demande brasas e lança chamas. -

 


 

Beartic foi lançado para o chão. Logo Beartic era constantemente acertado pelas brasas, mas sempre desviava do lança chamas. Kevin nada dizia, apenas olhava para o pokemon defendendo-se e nitidamente não esperando que Kevin desse um único comando.


 

— Agora Tempestade de Neve! - Comandou Kevin ao ver que o pokmon cão iria usar o lança chamas.


 

O urso rugiu e uma nevasca começou a ocorrer dentro do ginásio. O lança chamas perdeu precisão e potencia, enquanto o cão diminuía a velocidade.


 

::”Beartic é como Poliwarth. Ele tinha um treinador e seu próprio estilo de luta com seu código de conduta e valores. Para que o pokemon passe a confiar em outro é preciso dar-lhe confiança. O comando de movimento certo na hora certa dá ao pokemon a certeza de que o treinador o entende.”:: Kevin viu Arcanine parar ofegante.


 

— Seu pokemon não escorrega pelo gelo por causa das garras, mas assim que a neve estiver cobrando a tudo o atrito das garras diminuirá e você vai escorrergar. Mas, antes disso... Soco de Gelo no chão! -


 

— Lança chamas! - Gritou Marcos, mas as chamas foram detidas pelo efeito do soco de gelo.


 

O soco de gelo de Beartic criou grandes estalagmites no chão que foram seguindo uma maior que a outra até chegar ao Cão de fogo e derrubá-lo. As primeiras bloquearam s chamas e a outra prenderam o pokemon no gelo completamente.


 

— Fora de combate. - Julia olhou para Arcanine que estava inconsciente no gelo. Em outras circunstancias um pokemon ficaria consciente, mas ali ele havia sido nocauteado. O ar gelado que recebeu de repente deixou o pokemon um pouco debilitado, o famoso choque térmico.


 

— Arcanine volte. - Marcos ficou olhando por algum tempo para Kevin. - Ainda preciso de mais algum tempo para te derrotar. - Marcos de cabeça baixa suspirou. - Desisto. -


 

Kevin ficou apenas olhou-o recolhendo o pokemon e saindo. Ele olhou para Beartic que fez um gesto positivo para ele.


 

— Sua primeira defesa. - Julia se aproximava. - Acho que isso vai precisar de um jantar especial. -


 

Kevin assentiu com a cabeça.


 

— Algo errado? - Perguntou Julia. - Você está assim desde que encontrou-se com Marcos no Centro Podermon. Achei que depois de vencer ficaria mais leve. -


 

— Só... Não gosto de ser testado. - Comentou Kevin que logo depois sorriu. - Vamos ver Joy tratar dos meus pokemons. Aposto que se eu deixar ela escolher o prato na nossa tão grande variedade de opções, ela vai ficar vermelha. -


 

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Marcos ficou uma semana na cidade. Ele achava que me enganava e eu fingia que estava sendo enganado. Mas, logo ele se convenceria de que a estratégia dele sairia mais caro do que ele pensa.


 

Eu sabia quem ele era assim que o vi. Ninguém viria para Mahogany sabendo de tudo o que aconteceu, se não estivesse a procura de algo. Muito menos chegaria na cidade fingindo não sabe de nada. Marcos eu iria desmascará-lo no nosso próximo duelo.


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Notas finais do capítulo

Queria informar que as analises de fichas não ocorreram na terceira Saga devido a Kevin estar como líder. Apenas quando ocorrer batalhas que não o envolvam teremos as informações.

A questão é que ficaremos numa repetição onde 26 pokemons seriam listados e Kevin estaria em constante evolução.


Espero que entendam e tenham curtido o episódio!