Capitulo 16 - Duelando na Pousada

O que inspira uma pessoa? O que é inspirar?

A Caminho de Quinhão dourado vivi algo que me mudou. Primeiro foi assistir a batalha final de Lubia e Razor. Jamais vou esquecer que eles pareciam calcular cada movimento para não arriscar a vitória e as condições de seus pokemons.

Mas, o que os inspirava realmente? O que me inspira além das minhas promessas?

<><><><>

Kevin já havia entrado na floresta que o levaria a Cidade de Quinhão Dourado, mas muitas coisas perturbavam sua cabeça. Deixar a destruída Azálea para trás foi algo difícil, mas necessário. Ele ainda tentava entender aquela estranha gratidão que as pessoas tinham por ele ter supostamente os salvado do demônio que eles nem sabiam da existência.

Caminhando a vários dias, certo de que estava um pouco perdido ele havia tido que começar a se esconder pela floresta. Não bastasse não encontrar mais pokemons selvagens pelo caminho, o que lhe indicava um extremo perigo nas redondezas, descobriu o perigo da pior forma possível, caindo nele.

– Mais alguns e vão completar três meses de jornada em Jotho. - Balbuciou Kevin escondido atras da moita enquanto espreitava um membro da Estilo de Poder que parecia vasculhar o local.

Kevin não tinha como fugir sem ser visto e esperava que algo acontecesse. Ele estava pronto para liberar um de seus pokemons e já havia escolhido Chickorita. Iria apenas colocá-lo para dormir rapidamente e fugiria. Apenas queria confirmar que ele estava sozinho.

Um bip e um chiado. O membro da estilo de poder era contatado por um rádio.

– Como é? Kevin nas redondezas? - O membro olhou em volta mais atentamente. - Entendo, então ele já deveria estar chegando por aqui se estiver mesmo encaminhando-se a Quinhão Dourado. -

Kevin sentiu algo cair sobre sua cabeça. Uma pequena pedrinha. Ele franziu o cenho e olhou para trás.

– Por aqui! - Alguém acenou para Kevin. Parece que ele sugeria que ele o seguisse.

Kevin ponderou. Era um senhor forte e com um corte de cabelo quase que raspado. Parecia-se muito com os militares que acompanhavam Vurge, apesar de nitidamente não estar fardado nem nada do tipo. Mãos grossas e olhos castanhos. O Membro da Estilo de Pdoer se afastava ainda falando no radio, provavelmente procurando um ponto com melhor sinal. Era sua chance e agora ele teria também para qual direção seguir.

– Vai ser é duro a corrida! - Kevin sai correndo dali como pode pulando pelas moitas e mandando ver no caminho. Ele corria, seguindo o homem que parecia ser muito mais rápido que ele. As arvores vinham com velocidade em direção a ele. Arbustos e galhos contra sua face. Se um pokemon o fizesse tropeçar, certamente este pokemon seria aniquilado por só aparecer naquele momento inoportuno. Afinal, nenhum pokemon durante dias, e quando não precisa, aparece um besta no caminho.

As arvores e galhos pareciam de repente em sua frente a velocidade com que surgiam deixavam Kevin com mais vontade de correr, pois sabia que sua velocidade estava legal, ele não se atrevia a olhar para trás, não queria saber se estava sendo seguido. Concentrava-se a frente para não perder o rastro daquele homem.

Uma clareira e Kevin parou de correr enfrente ao homem. Apoiou as mãos nos joelhos abaixando-se e respirando ofegante.

– O... Obrigado! - Kevin tentava tomar folego e agradecer ao mesmo tempo. - Não demorarei a me recuperar para podermos sair daqui. -

– Não se preocupe! - Tão de perto a voz do homem parecia tão forte e autoritária que chegava aparecer uma ordem. - A Estilo de Poder, nunca vem até esta parte da floresta. Prazer. Meu nome é Venon. -

– Kevin! - Kevin endireitou-se e apertou a mão do homem. Ele realmente era de se impor respeito, não pela voz, mas realmente era forte. Usava uma calça jeans e uma camisa xadrez. Sorria parecendo ser bem simpático. No entanto, em outras situações Kevin temeria se aproximar do homem. - Mas por que eles não chegam aqui? -

– Bom... - O homem pareceu ponderar. - Dizem que existe uma base deles em alguma base desta floresta. Não uma base, mais um pequeno centro de operações. Mas, ninguém sabe para que. Parece que possui poucos membros, então eles só ficam em volta a guardar. Pelo menos é o que eu pude perceber. -

Kevin balançou a cabeça escutando aquilo.

– Os centros pokemons desta rota foram todos destruídos, muitos viajantes passam por aqui. - Venon apontou sorridente para uma cada de dois andares próximo ao lago, que até então Kevin não havia percebido. - Minha pousada. - Sorridente Venon fez a indicação para que Kevin seguisse-o. - Acho que dei sorte de a Estilo do Poder não vir muito para este lado. Seja o que for que eles fazem, daquele ponto que o encontrei até aqui são uns bons 3 Quilômetros e não parecem se interessar em avançar daquele ponto. - Comenta Venon sorrindo.

Kevin parou aturdido. Ele havia corrido 3 quilômetros? Chegou a olhar para trás, surpreso consigo mesmo. Não imaginava que depois de tanto ainda tinha pique para uma corrida de três quilômetros. Ele olhou o relógio havia levado cerca de 20 minutos, pelo que parecia.

Kevin ficou na entrada um pouco desconfiado. Aquilo tudo era muito estranho. Viu a recepção, bem simples, com um balcão, videophone muitos itens pokemons a venda, na maioria antídotos e poções, e 3 pequenas telas que pareciam mostrar a floresta. Kevin percebeu que Venon monitorava os arredores da floresta e possivelmente fora assim que ele o encontrara.

– Corre Venon! Ela abateu o Schyther sem nem tocá-lo. Estão no último pokemon e novamente a armadilha dela já afetou o pokemon logo na entrada. - Uma voz acordou Kevin vendo o homem apressar-se para uma pequena porta.

A pousada para Kevin era bem grande. Ao todo 115 quartos com duas camas em cada. Dois banheiros. Uma grande cozinha. E a recepção pequena que não tinha nada mais que o balcão. Na recepção havia quatro pokebolas na parede.

– Essas pokebolas? - Kevin não deixou de notá-las na parede. - Cara, tendo a Estilo de Poder ali, porque deixar as pokebolas a mostra assim? -

– Você é o Kevin? - Uma menina aparecia na porta pela qual Venon havia passado correndo. - Meu Deus é você mesmo! -

Kevin olhou a menina, ela era mais nova do que ele talvez uns dois anos. Cabelos pretos, olhos castanhos escuros. Calça Jeans e blusa rosa. Não chamava muita atenção ou mesmo parecia que poderia ser uma ameaça. A visão dela diminuiu a tensão e estranheza de Kevin quanto ao local. Sabia que nenhum membro da Estilo de Poder, até aquele momento, havia se mostrado tão jovem.

– Venha... Ou vai perder a luta final da Lubia Mar. - Diz a menina.

– Como é? - Sem entender o que estava acontecendo Kevin olhou para a floresta e para os visores decidindo entrar naquela estranha pousada e conferir o que ia acontecer. Afinal, não podia ignorar uma oportunidade de ver um Poke-Escolhido em ação, seja lá no que ele estivesse se metido.

Cenas da Televisão:

O pokemon de Razor aparecia em campo e antes que qualquer um pudesse dar uma boa olhada nele um brilho roxo envolveu-o fazendo-o soltar um pequeno grito. Tão logo o brilho roxo desapareceu um brilho branco se fez, trazendo consigo algumas pedras que chocaram-se fortemente contra o pokemon. Não houve o grito, pareceu tentar resistir. Mas, ainda ocorreu um brilho amarelo que fez espetos saírem do chão e acertarem o pokemon fortemente.

– As armadilhas de Lubia garantem uma vantagem para ela e sua Jynx. - Garante Trainen.

– A pergunta é quem será mais rápido Lubia e ação de seu veneno, ou Razor. - Questionava Poken.

Lúbia sabia, aquele pokemon não poderia se mover muito. Se o fizesse iria fazer o veneno circular mais rapidamente pelo seu corpo levando a nocaute rapidamente. Como ela havia aprendido isso? Nenhum estudo foi necessário e nenhum estudo lhe ensinaria aquilo. Apenas a experiência lhe trazia a forma certa de se envenenar um pokemon e fazê-lo cair pelo veneno. E a experiência ela adquiriu assistindo a Kevin e sua antiga Nidoqueen lutando contra Marjori e seu antigo Cindaquil.

Naquele luta Kevin aproveitou-se da velocidade que o pokemon de Marjori empregava e agora ela faria a mesma coisa. Um pokemon lutador, no geral, movia-se velozmente, ou caso fosse daqueles estilos de luta que eles ficavam a maior parte do tempo parado esperando o contra ataque o arranque era tão grande que todos os músculos eram empregados. Como ela havia aprendido aquilo? Muita leitura para tentar entender o que seu amigo Doko fazia. Então seu adversário de agora, um pokemon psíquico e lutador iria ter que abdicar dos movimentos lutadores ou faria o veneno correr por todo o seu corpo.

– Comecem! -

Golpes Cortantes Energéticos. Laminas de energia voavam por todas as direções da arena. Gallade tinha braços sem mãos que haviam se afinado como laminas. Com energia concentrada as laminas de energia iam inicialmente em direção a local onde se encontrava sua adversária.

Gallade era um pokemon Lutador Psíquico. Braços e pernas que mais pareciam espécies, em um tom rosa e verde.

Sua adversária parecia uma mulher gorda e negra, com os cabelos loiros e um vestido vermelho e branco muito extravagante. Um pokemon psíquico de gelo que era muito perigosa. Principalmente por ser a evolução final da pokemon inicial de Lúbia.

Jynx evadiu dos primeiros Ataques Cortantes energizados teleportando-se para uma nova área da arena. O que fez Gallade aumentar a velocidade e começar a mandar as laminas por toda arena, parecendo criar uma tempestade de laminas pelo local. Ainda assim Jynx teleportava-se constantemente.

– Esse jogo vale para dois! - Razor cerrou os punhos. - Permaneça nessa velocidade aplicando o Golpe Cortante, mas também use o teleporte para melhorar os ângulos de onde atacará. Persiga-a. -

A plateia vibrava. Não tinham quem não estivesse admirado com a visão da disputa que estava ocorrendo. Era muita velocidade no teleporte. Mas, e apesar de Gallade ir dando sinais de cansaço devido ao veneno correndo pelo seu corpo, Ele já começava a acertar sua adversária que até então havia apenas evadido.

Razor estreitou os olhos. Sabia que aqueles movimento todos estavam fazendo o veneno circular rapidamente. Era hora de aumentar a velocidade do golpe, mas diminuir a velocidade de seus movimentos.

– Interrompa o teleporte. Comece a concentração e detone do Golpe Cortante Psíquico, o PsyCut! -

De repente Gallade parou no meio da arena e fechou os olhos e pareceu relaxar todo o corpo. Jynx parou seu teleporte. A arena ficou em silêncio e o primeiro rali parecia ter parado de ocorrer. Gallade que antes suspirava fortemente diminuiu o ritmo da respiração, mas continuava nitidamente sob efeito do veneno. Jynx por sua vez mostrava algumas gotas de suor pelo rosto e um alguns cortes pelo braço.

De repente Jynx viu uma onda rosada de energia, em forma de lamina, surgir diante de seu rosto sem que ele pudesse fazer nada. Ali estava o Golpe Cortante Psíquico. Tudo havia começado novamente de forma rápida e misteriosa.

O Golpe Cortante Psíquico era terrível pois o pokemon que o usava parecia não precisar se mover, apenas fazia o movimento com sua mente. E o pokemon adversário parecia só perceber o golpe quando já era tarde.

O Combate de velocidade pareceu repetir-se. Mas, desta vez Jynx era a única que estava se movendo e parecia estar levando pior.

– Use Tempestade de Gelo! - Gritou Lubia.

Teleporte atras de teleporte a pokemon foi começando a fazer seus olhos brilharem e a um vento frio começar a surgir. Neve começou a cair e um forte vento tentou arrancar Gallade de seu lugar, mas ela teleportou-se no mesmo instante.

– Teleporte com Ataque Cortante! - Comandou Razor.

Parecia que fora instantâneo. E haveria quem dissesse que o pokemon fez a ação antes de ser comandado. Mas o tempo de reação de Razor era realmente formidável.

Gallade cortou as costas de sua adversária. Instintivamente, e demonstrando tanta velocidade de reação quanto os adversários, Lubia comandou o Soco de gelo que fora feito no mesmo instante.

– Ataque Cortante de Gelo. - Comandou Razor.

Lubia surpreendeu-se, mas entendeu o movimento. Assim como sua Jynx, Gallade preparou para usar Soco de Gelo. Mas, após concentrar a energia gelada aplicou um corte com o braço energizado.

Os dois ataques chocaram-se. Algumas camadas de Gelo formaram-se em Jynx, mas não em Gallade.

– Ataque Cortante de Fogo. - Comandou Razor.

Lúbia sabia que a velocidade da outra dupla era muito superior a sua. Tentou gritar para Jynx interceptar o movimento que viria do chão, mas foi pega de surpresa pelo ataque de fogo. Gallade primeiro aplicou o ataque Soco de Fogo e quando energizado mudou para o Ataque Cortante. Era uma forma diferente de utilizar.

O Golpe foi efetivo e ainda descongelou a pokemon de Lúbia que ficou molhada.

– Raio de Confusão. - Lubia viu o braço de Gallade manifestar a eletricidade e já sabia que viria um Ataque Cortante Elétrico. O que ela julgou ser uma combinação perfeita, pois com a pokemon dela molhada, a eletricidade ia ser muito mais eficiente.

Gallade aplicou o golpe sendo acertado pelo raio de confuso que não fez a principio.

– E agora... Visão Futura e Dormir! - Gritou Razor.

Lubia viu os olhos do pokemon de Razor brilhar e arregalou os olhos. Seu raio de confusão não havia funcionado e ele estava comandando dois movimentos estratégicos seguidos. Ele nunca tinha feito nenhum movimento que fosse lhe garantir vantagem posterior em nenhuma luta anterior e nem no decorrer daquela luta.

Jynx estava exausta. Levou muitos golpes. Ela poderia fazê-la dormir também, mas poderia acordar após ele. Além disso, não confiava no movimento dormir.

O movimento dormir era um dos melhores movimentos de cura. Pois era uma recuperação total de energia, danos, status, mental e espiritual. Diferente de muitas outras recuperações. No entanto, o tempo que o pokemon ficava dormindo o deixava tão indefeso que ela jamais se atreveria a fazer aquilo.

– Bola das Sombras! - O Ataque foi rápido. Lubia via o adversário preparando-se para cair no sono, mas parecia não conseguir.

O ataque ia acertar, mas uma rajada de energia, vinda do nada chocou-se com o bola das sombras.

– Então você se defenderia usando o visão futura. Lançou o ataque antes de dormir para que quando eu me aproxima-se a rajada acertasse e te desse mais tempo dormindo. - Surpresa Lubia não conseguiu comandar outro ataque tão rapidamente. - Mas, acho que isso acabou. - Sorriu a menina.

– Eu não gosto de batalhar conversando! - Grita Razor irritado ao ver o pokemon dele desmaiando ao invés de dormindo.

– E parece que temos uma decisão o juiz está analisando a queda de Gallade. - Gritava Trainen.

– Gallade superou-se em todos os sentidos. Estando envenenado quase abateu o pokemon adversário. Quando finalmente era seguro repousar diante ao pokemon adversário foi pego de surpresa pelo ataque de confusão que o deixou confuso. Dormir pode parecer algo fácil, mas o Raio de confusão fez o seu efeito impedindo que ele conseguisse usar o movimento livremente. Atacando-se ao invés de dormir e sentindo ainda mais o efeito do veneno Gallade de Razor cai diante Quando foi para dormir e assim recuperar todas as suas energia.

– Gallade está fora de Combate! - Gritou o Juiz.

Aplausos e muitos gritos. Poken e Trainen corriam para pela arena para pegar declarações de Razor e de Lubia. O Jovem de topete apenas saudou sem querer muito papo, mas não demonstrava estar chateado com a batalha, alguns diriam até que seu sorriso era de um campeão.

Mas, o foco era para Lubia Mar, a menina que havia tornado-se campeã de uma Liga Pokemon com seus poucos 12 anos de idade, usando pokemons como Beedrill, Parasect e Dugtrio que para muitos são pokemons bem ineficientes em batalhas.

– Dedicar a vitória? - A menina parecia ter sido pega de surpresa, mas ainda mostrava um sorriso gigante. - Ao Mestre Gary Carvalho pelos ensinamentos e oportunidades. Aos amigos dos Grupo Poke-escolhidos. A Família. Aos Líderes de ginásio e demais treinadores que encontrei aqui em Tokai, vocês são ótimos! E ao meu rival favorito Kevin Maerd Júnior por estar sempre me inspirando com seus feitos. -

Fim das Cenas da Televisão.

Kevin piscou algumas vezes surpreso enquanto os três jovens e o homem mexiam com ele a respeito da fala de Lubia.

– Inspirá-la? - Kevin por pouco não entendia o que ela queria dizer, mas as pessoas em sua volta pareciam concordar com ela.

– Cara... Eu fico muito feliz em te conhecer. - Era um treinador moreno que falava com Kevin. - Você não é o senhor da habilidade em pessoa ainda, e não tem muitos recursos. Mas, você viaja pelo mundo, sozinho, fugindo da Estilo de Poder, enfrentando os maiores Líderes e conhecendo pessoas. Você com pouco cativa os maiores do mundo pokemon. -

– Você não deixa ninguém pisar em você sem que ele descubra o quão errado está. Eu acho incrível como você encara a Marjori em cada desafio sem se intimidar com tudo que ela apresenta. - Uma menina aproximou-se dele. - Eu jamais faria uma viagem no mundo atual, mas desde que te vi em ação ajudando aquelas pessoas em New Bark, usando seus pokemons para resgate ao invés de batalhas, fiquei inspirada em me tornar uma Socorrista e convidei meus dois amigos que queriam ser treinadores para viajarmos juntos. -

– Os Poke-escolhidos ensinaram muitas coisas na televisão no programa deles, mas você mostra para as pessoas que com esforço e dedicação pode conseguir ótimos pokemons e muitos amigos pelo caminho. - O outro jovem sorria. - Cara... Você é quase tão heroico quanto o Trevor. -

A menção de Trevor faz Kevin fechar a cara por alguns instantes, mas ele deve concordar que Trevor é um herói de verdade.

– Eu não sei nem o que dizer... - Kevin meio sem ação. Ele não via aquelas ações deles como dignas de inspiração. Ele era escandaloso, ele era nervosinho e altamente explosivo.

– Por que não fazemos uma batalha de exibição para esses jovens? - Diz Venon que até ali apenas via o entusiasmo dos três. - Eu diria para batalhar com um deles, mas como eles estão para pegar a estrada acho que não é legal esgotar seus pokemons. Anda muito perigoso a floresta.

– Sim sim sim! - Gritaram os três indo para fora da pousada.

Kevin caminhou foi reparando nas roupas de Venon. Eram como as de um lenhador. Porém, pareciam estar molhadas. Apesar dele não deixar marcas por onde passava. Era estranho já não haviam motivos para as roupas dele estarem molhadas.

– Essa será uma partida um contra um entre Venon, o dono da pousada, e Kevin, o hospede. - Dizia um dos rapazes que parecia demonstrar querer ser o juiz.

– Ei! - Kevin parou não gostando daquilo mencionando em irritar-se, mas segurou a onda. - Como assim hóspede? -

– Ele pensa que você vai se hospedar em minha pousada para descansar. - Diz Venon. - O que seria prudente a julgar pelas condições de suas roupas e Expressão. Mas, pode também juntar-se aos três jovens ainda hoje. Eles estão rumando para Quinhão Dourado. -

– Viajar com Kevin Maerd Junior? - A garota parecia em êxtase.

Kevin sorriu sem graça. Aquilo estava completamente confuso e fora de controle. A menos de uma hora escondia-se da Estilo de Poder, e agora estava sendo disputado por três jovens em jornada e um hoteleiro para lá de amedrontador.

– Vou lhe dar uma vantagem e mostrar para você porque eu não me preocupo com a Estilo de Poder nas redondezas. - O sorriso de Venon desapareceu e Kevin sentiu um arrepio ao ver o pokemon.

Tinha pelo menos uns dois metros de altura, com um rabo que ainda poderia chegar a dois metros provavelmente. Escamas de cor verde água por todo o corpo, com alguns detalhes brancos, em especial na barriga. Um Gigantesco crocodilo com grandes presas e garras a mostra. Feraligator era realmente ameaçador.

Os três jovens ficaram boquiabertos e Kevin respirou fundo, antes de engolir um seco. Aquele pokemon parecia um monstro. Chickorita adoraria enfrentar aquele pokemon, mas ela certamente iria causar muito barulho e se recusaria a ser derrotada. Sem um centro pokemon próximo, ela não seria uma escolha lúcida.

– Vai Marrep! -

– Ele vai usar a mareep? Achei que iria usar a Chickortia! - Comentou um dos jovens.

– Eu queria ver o fofo do Slowbro - Diz a menina.

– Gastly é o melhor... Mas... COMECEM! - Gritou o menino que seria o juiz.

– Querendo vantagem, mas vou avisar que comigo não tem moleza! Vamos começar com jato de água. - Comandou Venon.

Feraligator começa usando o jato de água, mas Marrep conseguiu ir para o lado desviando do potente golpe. Uma poça de água se formou onde o jato atingiu.

Kevin fez cara de espanto, pois geralmente os jatos de água não faziam aquilo. Molham o local, mas formar uma poça daquele tamanho era incrédulo. Ou o terreno tinha algo de diferente ou aquele pokemon jogava muito mais água do que parecia.

Kevin abaixou-se. Era grama o solo onde ele lutavam. Lutavam próximo ao lago, significando que o terreno já era úmido. A pousada chegava a ficar a uns 200 metros. Se havia algo de especial naquele solo, certamente ele não ia descobrir naquele momento.

Ao olhar melhor o pokemon do adversário, Kevin estendeu sua pokeagenda.

Pokedex: Feraligator: Ultimo estágio de Tododile. Tem um poder escomunal. Seus ataques corporais chegam a ser mais perigosos que seus ataques de água.

– Hum... Caraca este parece muito mais brilhante do que o da minha pokeagenda. - Kevin estriou os olhos. - Estou ferrado. -

– Acha ele brilhante? E que você ainda não viu os dentes dele! Manda o olhar malvado! - Venon comandou e Marrep se apavorou diante de uma olhar daqueles.

Só a visão do gigantesco pokemon assustaria a qualquer pokemon. Mas, ao usar o Olhar malvado, um movimento que intimidava o pokemon adversário a ponto dele sentir-se menor e mais fraco, acabaria com a coragem de qualquer pokemon. Ainda mais um pokemon como mareep.

Estática e tremendo de medo Marrep fora acertada por um Rabo de Ferro, indo parar na borda do lago. Mas, sua lã a protegeu e ela se levantou com vontade de lutar, o que para a Marrep de Kevin era algo realmente incomum.

Venon passou a mão no rosto, como quem alisava a barba que não existia.

– Chega de gracinha! Raio do trovão! - Comandou Kevin.

– Feraligator. Garras no chão agora. - Sorriu Venon.

O raio o atingiu, mas parecia que a eletricidade cruzava seu corpo até o chão. As garras serviam de fio terra. O que fez os três jovens ficarem impressionados.

– Hum... Essa defesa....Feraligator, Furia! - Venon pôs a mão no queixo e o alisando observou Marrep ser surrada pela fúria de Feraligator. Mesmo após levar vários golpes ela se levantou como se os golpes não tivessem surtido muito efeito.

– Você realmente é muito bom Kevin. Essa lá continua tão resistente quanto a do inicio mesmo depois de ser surrada e de descarregar um raio do trovão daquela potencia. - Sorrindo Venon encarou Kevin. - Diga adeus para sua Marrep e bem vinda para Flaafy! -

– Ahn? - Kevin surpreso pareceu perder completamente a compostura. - Não vai jogar nosso trabalho fora como se você fosse decisão sua. Ta doido, é? - Kevin irritou-se. - Após este ataque de fúria é minha vez! Defesa baixa. Choque do Trovão, junto com a investida, vamos derrubá-lo. - Kevin estava confuso, mas não queria arriscar .

– Feraligator. Abra os braços e deixe ser atingido.- Venon sorria.

Kevin arregalou os olhos na hora que escutou ele mandando Feraligator receber o golpe de braços abertos. Marrep chegou dando-lhe o choque do trovão e a investida. Feraligator chegou a ir para traz, e se viu que ele sentiu o forte ataque. Mas Venon sorria pelo acontecido.

Uma luz começou a emanar logo que o golpe fora efetuado, aparentemente era do choque, mas logo ela se fez presente apenas em Mareep. O brilho terminava e parecia que Venon estava feliz. Marrep acaba de evoluir para Flaafy. Os três jovens aplaudiam o acontecido enquanto Kevin gritava e praguejava contra Venon.

– Hehehe! Sem defesa agora meu caro. Vai! Rabo de Ferro! - Comanda Venon.

O novo pokemon de Kevin é acertado com tudo sendo lançado para traz.

– Use a Hidrobomba. - Feraligator aplica o movimento fazendo com que o pokemon fosse jogado no lago ficando inconsciente.

– Fora de Combate! Vitória de Venon! - Dizia o jovem que fazia as vezes de juiz.

– O caldo entornou de vez agora. - Kevin retorna Flaafy para a pokebola.

Kevin saudava o adversário enquanto os jovens chegavam gritando eufóricos pela demonstração.

– Como sabia que ela estava pronta para evoluir? - Perguntou o menino. - Como fez para evoluir? -

– Há! Fácil. Ela estava super viva e super forte. Pude reparar pelo ataque do Raio do Trovão estava mais intenso que os demais. E além do espírito de luta que ela estava apresentando. Como a defesa da lã estava se tornando algo muito duro de se enfrentar, resolvi fazer com que Kevin atacasse com tudo o que tinha, assim ela ia evoluir, pois iria libertar mais energia do que normalmente usava. A evolução da Mareep é a Flaffy onde ela perde a defesa da lã e tornando-se uma presa fácil para Feraligator!!!! Hauhauahu!!! - Venon gargalhava tão sinistramente que todos andaram para trás assustados.

– Você sabia disso Kevin? - Questionou a menina. - Você parece completamente chateado com o acontecido. -

:: “Droga, agora vou ter que treinar para fazê-la ir para Ampharos o mais rápido possível. Deu tanto trabalho mantê-la como Marrep.” :: Kevin assentiu para menina.

– A evolução dos pokemons ocorrem por motivos variados. No geral, quando alcançam um nível de energia ou experiência eles evoluem. Mas, o pokemon e seu treinador podem conter essa evolução de algumas formas. Isso é o controle de energia. - Comentou Kevin. - No caso, faço isso com alguns pokemons para evitar que eles cheguem a níveis mais altos e chamem mais atenção da Estilo de Poder. -

– Você é um máximo! - Diz um dos Jovens.

– Não acho legal fazer esse tipo de coisa. - Diz Venon. - Mas, é apenas opinião. - Completou o homem rapidamente ao perceber que os três jovens não gostaram do comentário.

Para impedir a evolução do pokemon diversos métodos poderiam ser usados. Mas, Kevin usava um de método de controle de energia. O pokemon devia evitar fazer grandes movimentos evitando assim que ele tentasse superar os limites de sua própria força. Uma vez que o pokemon já estivesse pronto para evoluir e fizesse um golpe muito forte, ele sentiria a energia fluir por seu corpo, como se o golpe mais forte fosse uma nova conquista e ai desencadearia a evolução. Este era o exemplo de Mareep. Já Pidgeotto e Chickortia eram muito mais fortes e determinados, estavam prontos para evoluir quando entendessem que era preciso, Pidgeotto por sua obediência quase militar e Chickorita por sua vontade de tigre.

Não apenas para os pokemons, para qualquer ser vivo, ao se superar os seus limites você estará evoluindo. Quando passa a fazer algo que não estava fazendo anteriormente, independente do motivo, esse ser vivo está se abrindo a um novo mundo. Uma nova forma de ver a vida. Uma nova forma de ser. Ele evolui.

Mas, para sempre efetuar um golpe condizente com a força que não evoluiria seu pokemon, Kevin teve que aprender a calcular a força de um golpe e de um adversário. Coisa que ele aprendeu com Thor, pois precisava aprender a avaliar o adversário para saber se enfrentava-o ou fugia.

– Então Kevin, você perdeu e agora sua pokemon está completamente esgotada. Aconselho a comprar uns itens em minha loja. - Venon sorriu maliciosamente. Evidente que queria dinheiro. - E descansar. Almoço, janta, cama quente e um café da manhã reforçado estão inclusos numa modéstia diária. -

– Adoraríamos viajar com você... Mas, temos passagens marcadas no expresso de Quinhão Dourado e se não sairmos hoje não chegaremos a tempo. - Comentou a menina. - Se você esta vindo de Azalea, deve estar realmente cansado, já que não há nada no caminho de lá até aqui. -

– Na verdade, corremos o risco de já estarmos atraídos. - Sorriu o jovem.

Era nítido a vontade dos três jovens de viajarem com Kevin. Mas, pedir a ele para não descansar poderia ser um atrevimento da parte deles, e também perigoso. Sabiam que um de seus pokemons havia sido nocauteado, quantos outros não poderiam estar em situações precárias? Talvez se pedissem ele ficaria sem graça em não aceitar o convite. Era melhor não convidar.

A despedida dos três não demorou mais que cinco minutos. Com suas mochilas nas costas eles despediram-se e pegaram o caminho para cidade. Kevin resolveu hospedar-se por um dia. Mas, quase que saiu correndo atrás dos jovens ao ver os preços nada convidativos.

Kevin havia ficado em um quarto sozinho. Na verdade, com a ida dos três jovens ele acabou sendo o único treinador no local. E a tarde para organizar suas coisas passou assustadoramente rápido. Não fez nada além de descansar, apesar de sempre estava tento a qualquer movimento suspeito. Mas, já havia percebido que Venon era forte o suficiente para enfrentar alguns Estilo de Poder.

:: “ Muitos treinadores devem estar evitando esta rota, acho que estão passando pela Cidade Violeta para chegar a Quinhão dourado, há uma rota pouco acima da cidade. Muito mais longa, mas bem mais segura devido ao centros policiais.”:: Kevin estava com um novo mapa, que comprou ali com Venon. Ele estava a ver as rotas, para ver qual caminho seguiria na manhã seguinte.

Kevin mesmo diante do mapa se vira deitando-se na cama.

:: “ Ainda me preocupa muitas coisas. Como os lideres deste continente ainda possuem pokemons fortes como estes. Ta certo que muitos treinadores possuem pokemons fortes, mas não são tão conhecidos. Mas Falkner e Bugzy, nossa, eles possuem verdadeiras maquinas de batalha. Imagino se os outros pokemons de Venon, que estão na parede, são tão poderosos quanto aquele Feraligator.”:: Kevin ficava a imaginar como os lideres do Ginásio do Continente Jotho mantinham seus pokemons, se os de Kanto, tinham medo de usar o deles e perdê-los.

:: “E quanto ao ataque que sofri na casa de Kurt. Como eles sabiam que eu estava lá? Ta certo que são organizados, mas... Como iriam saber onde eu estava? Será que foi o registro da insignia que deu a minha localização?”:: Quanto mais Kevin deixava seus pensamentos soltos, mais duvidas tinha sobre o que estava ocorrendo naquele continente.

Em quase três meses ele havia presenciado poucos treinadores pokemons em jornada. E na ralidade tirando Choc, A Poke-Music e os três jovens da pousada, não havia encontrado treinadores. Mas, mas presenciou muito poder, e por cada lugar que passava ele podia perceber que mesmo com a Estilo de Poder, muitos ainda tinham pokemons fortes, habilidades incríveis, e uma vontade de ser o melhor no que faz, que nem poderia ser superada pela ambição dos vilões.

::“ E as pessoas que conheço pelo caminho dizem que sou inspiração para eles. Preciso me comportar melhor. Não sabia que as pessoas estavam se inspirando em mim. Achei que quando Are dizia aquelas coisas, lá em New Bark, era apenas por eu estar ajudando-o naquele momento.“:: Kevin começava a adormecer certo de que precisava no mínimo conter suas explosões agindo.

Na manhã seguinte as coisas começavam movimentadas na pousada. Kevin havia se esquecido sobre sua promessa de conter seus gritos.

– Sai da frente!!!! - Kevin saiu correndo pelo corredor, com sua mochila, ainda estava com a roupa de dormir e parecia preocupado.

– Ta fechado? Qual é? - Kevin que girava a fechadura do banheiro querendo abrir a porta!

– Me dez minutos, acabei de entrar. - Gritava Venon.

– Senão abrir esta porta vai levar 15 minutos limpando o corredor! Eu to apertado!!!! - Kevin chegava a pular na porta querendo entrar.

– Tem um banheiro no andar de cima, pega a chave na recepção. - Gritava Venon lá de dentro.

Kevin correu até a recepção. Chegava a suar frio ainda mais quando imaginou que seria difícil encontrar a chave, mas Venon parecia ser organizado e havia uma placa dizendo “Banheiro do 2º Andar” onde a chave estava pendurada embaixo.

As escadas foram vencidas a passos curtos e rápidos. Seu quarto era no segundo ar, mas havia descido com tanta velocidade, que subir aquilo estava sendo um martírio. Nem chegou a questionar porque o banheiro do segundo andar ficava trancado, mas imaginava que tratava-se de uma contenção de gastos. Finalmente conseguira entrar no banheiro, que para a sorte dele estava até limpo.

Kevin após fazer suas necessidades, já havia tomado banho. Estava escovando os dentes quando abriu o armário e guardou a escova dentro dele.

– Oh cabeça! - Kevin riu de si mesmo. - Acho que to com saudades de casa pelo visto. Estou até guardando escova no armário do espelho. A pousada realmente é aconchegante e faz agente se sentir relaxado. - Kevin abriu novamente e foi pegar a escova, mas ela estava presa.

– Solte minha escova! - Ele forçando acabou caindo ao puxar com mais força. - Essa vai deixar marcas. -

– Ai Meu Deus! - Levantando-se reparou que o armário estava quebrado na parte da portinha, que ficava junto com o espelho. - Ele vai me cobrar o preço de um novo, ou pior... O dobro. Vou ficar completamente zerado. - Kevin desesperado foi tentar reencaixar, mas não teve sucesso.

– Hum... Talvez ele tenha deixado trancado o banheiro por causa desse quebrado. Todo o local é tão limpo e organizado e esse banheiro está bem diferente... - Kevin forçou o pensamento. - Isso mesmo já estava quebrado. - Kevin tentando se convencer do mesmo fechou a pequena porta do armário.

– É... devo estar certo mesmo. - Kevin havia fechado a portinha do armário, e o espelho refletia o rosto de Kevin, com umas marcas vermelhas. - Está todo manchado. - Sentindo-se mais aliviado Kevin olhou para uma banheira que havia no espelho. - Antes que eu esqueça, escovar a concha do Slowbro. -

Kevin libertava Slowbro no banheiro para escovar a concha do pokemon. O tratamento continuava e ele seguia arrisca as indicações da Enfermeira Joy que ficava entre a cidade Violeta e a cidade de Azalea.

Pokeangenda: Pokemon identificado. Slowbro, um pokemon de água...

– Ahn?? - Kevin procurou sua pokeagenda, mas estava no fundo da mochila onde o leitor não via Slowro. E como estava fechada ele não entendeu. A voz da pokeagenda já havia parado de falar. - Só faltava essa. A pokeagenda dar defeito. Mas, contando que eu cai tantas vezes ela deveria mesmo dar pane. Mais um gasto... aiai! -

– Slow? - O pokemon não entendi o que Kevin dizia.

Kevin riu e voltou a escovar a concha. Temrinando o tratamento já arrumou-se para seguir viagem após o café da manhã.

Pokeagenda: Pokemon não encontrado! Pokemon não encontrado!

Kevin franziu o cenho. Desta vez sua pokeagenda já estava reposicionada no bolso de sua jaqueta. E ele não sentia a vibração das falas dela. Olhou ao redor e percebeu que além da mancha vermelha o espelho agora brilhava e parecia vibrar. Ele reabriu o armário e olhou a parte quebrada que parecia mal encaixada. Forçou um pouco e rancou a parte do armário que estava quebrado de onde saiu uma pokegenada que caiu no chão.

 

 

– Ah ta! - Kevin riu ficando um pouco mais aliviado. - Sempre que se abre a porta o atrito com o espelho aciona o leitor de identificação. Mas, quem será que colocou ele ali? -

 

Kevin olhou a pokeagenda era parecida com a dele, tirando o fato de que estava com alguns arranhões e tinha um cheirinho de nova. Ele a abriu. A agenda não falou nada, apenas mostrou uma foto de uma garota com um nome escrito abaixo.

 

 

– Amanda Gutmor! Hum... Esse nome não é estranho. Deve se pronunciar de forma diferente. - Pensando um pouco Kevin sentiu a barriga roncar. - Confiro isso depois do café. -

 

 

Kevin pegou suas coisas e foi com a pokeagenda, para ver se tinha mais alguma informação sobre a sua dona, porém a agenda parecia ter sido danificada na queda, pois não falava mais nada. Kevin rodou toda a pousada,er sido daniicada na queda, pois nra ver se tinha mais alguma informaçu passar pelo vidro do espelho que nu mas não encontrou ninguém. Venon parecia ter saído, e não estava aos arredores. Tomou o café na cozinha. Venon havia deixado tudo na mesa.

Enquanto tomava o café lembrava-se de seus pensamentos da noite anterior sobre ser mais inspirador para as pessoas. E olhava constantemente a pokeagenda tentando imaginar uma forma dela ter ido parar, escondida, dentro do armário atras do espelho.

 

– Quer saber? Acho que posso devolver eu mesmo. Aposto que a pessoa deve ter passado por aqui e perdido, ou alguém fez uma brincadeira de mau gosto. - Kevin sorrindo já tinha um plano de percurso para fazer.

 

Kevin foi até a recepção e pegou o livro de frequência da pousada. Ele havia assinado-o no dia anterior então sabia onde estava guardado. Acreditava que Venon não iria se incomodar dele pegá-lo já que estava sobre uma mesa atrás do balcão.

 

– Ah! Ta aqui! - Kevin sorriu ao encontrar ao nome Amanda Gutmor. - Mas que estranho. Ela saiu daqui, no mesmo dia que chegou, nem passou a noite. Acho que ela deve ter pensado que perdeu sua pokeagenda no caminho. - Kevin fechou o livro de frequência.

– Sei o dia que ela esteve aqui e o tempo que ficou. - Kevin ligava para o centro pokemon de Azálea, que na verdade se encontra no ginásio de Azálea atualmente.

 

 

– Alo? - A enfermeira Joy atendia o telefone.

 

– Ola! É o Kevin, tudo bem? -

 

– Ei mocinho! - Joy sorriu. - Estão todos fora no momento. A reconstrução da cidade iniciou e todos estão com uma função. -

– Tudo bem! Eu gostaria de falar era com você! - Disse Kevin.

 

– Comigo? - Joy ficou surpresa. - Algum problema? -

– Mais ou menos. Eu estou bem e meus pokemons também. Quero dizer... O Slowbro ainda está daquele jeito, mas.. rsr s- Kevin riu sendo seguida pela enfermeira. - Encontrei uma pokeagenda de uma treinadora chamada Amanda G-u-t-m-o-r. Mas eu não tenho ideia de onde ela possa estar. Estou na pousada de Venon e aqui no livro diz que ela passou por aqui, a pouco menos de um mês. Achei que você poderia se lembrar se ela não passou por ai atrás de sua agenda. - Kevin explicava o que havia acontecido.

Joy ficou parada pensando um pouco. Para Kevin, ela tentava se lembrar. Para Joy ela tentava imaginar aonde ficava essa Pousada do Venon. Mas, resolveu ignorar e entender que deveria ser algo próximo, ou Kevin não ligaria.

 

 

– Eu lembro dela. - Sorriu a mulher. - Ela ficou aqui por poucas horas, se assustou com a falação de Bugzy e a destruição da cidade. Resolveu enfrentá-lo somais tarde, e seguiu caminho para Quinhão dourado. Mas, ela não voltou procurando sua pokeagenda. - A enfermeira digitava algo num computador ao lado. - Mas quando passou por aqui ainda estava com ela. - Ela continuava a digitar. - Me de um minuto que vou ver qual foi o próximo Centro pokemon dela depois desse. -

– Você consegue fazer isso? - Perguntou Kevin.

– Claro! Os Centros Pokemons de Jotho usam o mesmo sistema e eles compartilham informações. Eles se atualizam a cada dois dias. Infelizmente como a destruição, eu acesso via internet e tenho acesso limitado aos dados, além de ser bem lento. -

Kevin deu uma risada.

 

Kevin enquanto esperava voltou a olhar o livro. Iria confirmar a data que ela saiu para ver se realmente era a mesma data ou ele tinha olhado errado. Apesar do medo que os treinadores tinham de passar por aquela rota que era totalmente isolada do mundo, muitos treinadores passaram por ali. Kevin estava até com certa vergonha de ter escolhido logo uma rota perigosa. E mais ainda de ter ficado desconfiado do local. Ele retornou a folha, para onde estava o nome de Amanda.

 

– Ei! Esse A é diferente deste aqui. Assinou em forma quando saiu da pousada, mas quando entrou assinou cursivo. Se ela perdeu a Pokeagenda, e só se deu conta de que estava sem ela depois que chegou, pois a perdeu foi aqui. Ela deveria escrever cursivamente, já que estava apressada. Até o formato do número é diferente. - Kevin ponderou. - A não ser que o Venon tenha assinado por ela. -

 

 

– Kevin? - Joy o chamava pelo Videophone.

 

O rapaz correu de volta ao Videphone sorrindo.

– É estranho! Ela não deu entrada em um nova pokeagenda, e nem entrada em nenhum Centro Pokemon de Jotho. - Comentou Joy.

– Não? - Kevin ficou surpreso. - Que estranho! -

 

– Eu vou falar com a Policial Jane assim que ela chegar. - Diz Joy. - Eu vou tentar acessar os registros de outras regiões para ver, mas isso deve demorar muito mais. -

– Certo. Eu voltarei a entrar em contato assim que possível. - Kevin preparou-se para desligar. - Obrigado. -

 

Kevin desligou e voltou a recepção fechando o livro.

Kevin foi para a sala da televisão esperando que Venon voltasse para ele poder partir. Imaginou o que Amanda poderia ter feito para sua pokeagenda se perder e qual direção ela teria tomado. Se ela teria ido para Quinhão Dourado, Azalea ou outra rota. Com certeza se ela saiu da pousada, deveria ter sido pega pela Estilo do Poder. E o que Kevin podia fazer contra os vários membros?

 

– Se teu coração, quer mudar, de lugar... -

 

 

– Ahn? - Kevin olhou em volta. Não havia nenhum aparelho eletrônico ligado e sabia que não havia ninguém por ali.

Levantando-se foi até a recepção e não identificou ninguém. Chamou algumas vezes mas não teve resposta. Dali de fora já não escutava mais alguém a cantar baixinho. Voltou para a sala de televisão e pode escutar alguém cantarolando quase que murmurando.

– De onde será que esta vindo? - Kevin escutava uns murmúrios da musica. Começou a andar pela sala de televisão a procura do local onde aquilo aprecia ficar mais alto, até que percebeu que num ponto da sala, onde se via o formato das escadas era melhor escutado.

 

– Vem daqui? - Era o formato da escada, mas não havia nada além de uma parede. - Talvez do outro lado tenha uma porta. Acho que pela cozinha. -

Kevin correu até a cozinha e de lá ele voltou a escutar os murmúrios. Se aproximou do que seria o outro lado das escada e percebeu uma pequena porta, quase que oculta, devido a não ter maçaneta e sim apenas um pequeno trinco da mesma cor da parede.

– Venon vai ficar muito irritado... - Kevin hesitou por alguns instantes. Mas, a voz parecia estar fraca e as vezes se confundia com soluços. Ele abriu o trinco e deu de cara com um corredor escuro e alguns degraus de escada.

 

 

– ... Se teu coração iluminar, o que você quer encontrar... -

 

<><><><>

Enquanto estive na pousada eu despertei para a pessoa que eu era. Os gritos, as reclamações, os atos inconsequentes. Mais do que isso, a ideia de que eu era um herói pela primeira vez fez algum sentido para mim.

Muitos treinadores jovens estão se inspirando em mim pelas dificuldades que tive no começo. Eu tinha tudo para não ser treinador inclusive a vontade de não ser. Mas, segui o caminho. Cada ato meu inspira as pessoas, como quando comecei a caçar os Poke-escolhidos durante a Copa Kanto na revelação de Davis.

Tudo o que eu faço é visto pelos demais como algo que eles deveriam fazer para chegar aonde cheguei. Não sei se o lugar onde cheguei é tão invejável assim, mas vendo Lubia batalhar tão consciente de cada risco que estava tendo, mesmo com um pokemon gravemente ferido e ainda assim mantendo a calma e o controle sobre suas ações. O mundo a olha e a admira. O mundo me olha e me admira, mas será que eu deveria realmente ser admirado?

Eu nem me lembro o nome daqueles três, ou como eles eram realmente.