Fix You escrita por barbiemaslow


Capítulo 2
Chamada Perdida


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Tô muito feliz por ter recebido alguns comentários e favorites na história! Me deu vontade de continuar.
Nesse capítulo vamos ter Puck e Quinn se falando pela primeira vez.
Espero que gostem!
Não se esqueçam de ler as notas finais!! :)



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Quinn’s Pov:

Sexta feira! Finalmente!

Eu não podia estar mais ansiosa. Hoje é o dia em que eu finalmente sairei com o Mr. Valente, meu professor gato.

Essa minha primeira semana em Yale foi maravilhosa. Consegui, nesses poucos dias, me sentir mil vezes melhor do que eu me sentia depois que deixei de ser cheerio no McKinley. Fiz duas amigas novas, Rebecca e Alicia, e quando estamos juntas, me lembro de meus tempos com Santana e Brittany. Essas nunca serão substituídas. A gente já começou a pregar umas peças em uns novatos bobões que entraram. Se no ano passado, eu era a oprimida, esse ano, esse ano, eles se viriam comigo.

Muitos meninos já estão de olho em mim. Já recebi cantadas das mais bregas possíveis, SMS ridículas e cutucadas no Facebook. Tem coisa mais medonha do que cutucadas?

Coitados, jamais colocarão um dedo em meu corpo. Em breve, eu serei do Professor Phillip. E ele será apenas meu.

Não prestei atenção em uma palavra que saiu da boca da professor cafona de História. Quando o sinal bateu, fui a primeira a sair da sala. Não que eu quisesse ir pra próxima aula. Eu iria em outro lugar.

- E aí, Quinn, aonde você vai? – perguntou Rebecca.

- Qual sua próxima aula? – veio Alicia, pela direita.

- Eu... Vou levar um material na diretoria. Umas coisas que ficaram faltando pra minha matrícula.

- Ah sim, Q! Sua próxima aula é inglês, não é? Deixe-me levar seus cadernos, te espero lá – disse Alicia, que era a maior puxa saco.

Ela pegou meu fichário e seguiu para a sala de inglês, enquanto eu... Bom, eu não ia para a diretoria. Eu iria para o laboratório de física do segundo ano, onde meu delícia de professor me esperava para combinar os últimos detalhes da noite.

Bati na porta. Quando Phillip me viu do outro lado, destrancou a porta rapidamente e me puxou num abraço.

Quem via até achava que ele só ia querer abraços.

- Hey Quinnie! – disse, passando o nariz no meu pescoço, fazendo que eu me encolhesse com os arrepios provocados por ele.

- Hey, Mr. Valente – falei, voz sexy, enquanto passava as minhas mãos por seus cabelos sedosos.

- Não estamos em aula. Você não precisa me chamar de Mr. Valente aqui.

- Mas eu prefiro te chamar assim. É melhor.

Ele abriu um daqueles sorrisos sensuais que me matavam.

- Sendo assim, Srta. Fabray, tudo certo para hoje a noite?

- Sim. Às oito, nos encontramos no restaurante.

- Não vou poder te pegar em casa?

- Não. Mas quem sabe você não me leva pra casa? – dei à ele uma pontinha de esperança.

Desviei de seus lábios e me afastei dele. Ele fez cara de desentendido. Dei um sorrisinho e seu rosto mudou. Acho que ele havia entendido exatamente o que eu queria dizer.

Saí radiante da sala de Phil. Hoje tem!

Puck’s POV:

Diferente do que eu imaginava, passei a semana toda com isso de ligar pra Quinn na cabeça.

Quando finalmente tomei vergonha na cara (quase oito horas da noite de sexta) pra ligar para minha ainda querida ex-namorada, deu que o número não existia. Tentei de novo. E tentei mais uma vez. Na verdade, tentei mais 23 vezes, segundo constava em meu celular.

Foi esse o tempo que eu levei pra ter a genial ideia de ligar para Mercedes.

- Claro! Mercedes mantém contato com a Quinn. Ela tem o novo número dela, ou seja lá o que for.

“Otário”, me xinguei mentalmente. Devia aproveitar que tava falando sozinho e ter me xingado alto também, teria sido genial.

Disquei o número de Mercedes. Ela atendeu e eu ouvi uma porta se fechando logo em seguida. No fundo, ainda houvia a voz de backing vocals.

- Fala, Puck.

- Quanto amor ao me atender, amiga Mercedes. Obrigado por perguntar, meu dia está ótimo.

- Tô trabalhando, diferente de você. Não me enche o saco! – rosnou – Anda, fala logo o que você quer.

- Quero o novo número da Quinn.

Silêncio profundo do outro lado da linha.

- Por que você quer ligar pra Quinnie?

- Olha, você ainda a chama pelo apelido. Que fofo. Adoro a amizade de vocês! – dei uma debochada básica – Anda, passa logo o número dela.

- Só não perco tempo respondendo suas ironias porque tenho mais o que fazer, Puckerman. Anda, anota aí.

Ela falou o número de Q. E sim, ela sabia o número de cabeça. Sinal de que Quinncedes ainda continuava depois do McKinley, não é?

Liguei pra ela uma vez. Liguei outra. Nada, só caixa postal. Estava ficando irritado, até que ela atendeu, na terceira chamada. Sua voz delicada invadiu meus ouvidos. Ouvi-la era melhor do que qualquer melodia.

- Alô? 

- Quinn Fabray na linha.

Essa menina continuava um doce de pessoa, como vocês podem perceber. Atendia o telefone e nem um "alô" ou "Oi" dava, só dizia que era ela falando. Simpaticíssima. Mas ainda com toda essa simpatia (só que não), ela fez meu coração bater mais forte.

- Oi, Quinn. É o Puck - disse, voz meio trêmula.

Ouvi-a arfar do outro lado da linha. Das duas, uma: Ou ela havia ficado aliviada ou decepcionada.

- Oi, Puck.

Constatei a segunda opção depois do jeito broxante com o qual me saudou.

- Por que você está me ligando? - disse, supermeiga.

- Ah... Sabe... Bateu... saudade - falei, gaguejando - Somos amigos ainda, não?

Ela arfou novamente.

- Acho que somos, né - disse, com desdém.

Senti naquele momento que Quinn estava... diferente. Como eu não a via agindo há muito tempo. Ela estava agindo como quando era a "Rainha do McKinley": Dando patadas em todos porque ela era a melhor.

- Então... Como vai você?

- Ótima. Sabe... Novos ares estão me fazendo bem - pois é, Fabray, percebi isso daqui - E você? Ainda está limpando piscinas em Ohio?

Havia aquele tom de ironia que eu amava em sua voz. Quinn sabia que era mais sexy ainda quando agia como uma bad girl.

- Estou ótimo, também. Não estou mais em Ohio! Mudei de vida, tô em Los Angeles.

- Que legal! - ela realmente ficou empolgada - O que você está fazendo? UCLA?

- Não, não. Quem está em UCLA é Mercedes. Tô fazendo uns bicos. E limpando piscinas, claro.

Ela arfou novamente.

- Muito interessante... Realmente - disse, com voz de decepção e ironia.

- Mas Quinn, me conte sobre como... - tentei mudar de assunto mas fui abruptamente interrompido.

- Puck, você poderia me ligar mais tarde? Ou amanhã. Estou no meio de um compromisso muito importante - disse, arrogante, mas logo mudou o tom - Não, não. Eu mesma te ligo.

Frustrado, apenas respondi:

- Sim, Quinn... Claro que sim.

- Ah, obrigada. Boa noite, Puck. Mande lembranças à Mercedes.

- Boa noite, Quinn... Beijos.

- Tchau - disse, fria, desligando.

Que bicho mordeu essa garota?

QUINN'S POV:

Puck ter me ligado logo na hora do meu primeiro encontro com Phillip pode ter mudado tudo.
Eu fui ao banheiro para atender o telefone, e lá estava eu, sozinha, me encarando no espelho. Encostei-me na pia, virando de costas para o espelho. Droga, não podia nem jogar uma água no meu rosto, se não, borraria minha maquiagem.

Ele sempre me deixou confusa. Desde quando eu o conheci no McKinley, quando eu tinha o Finn e precisava ficar com ele, Puck fez o favor de me desviar. Ele era o meu ponto fraco. Toda vez que eu tentava arranjar um pretendente novo, ou me encantava por alguém, ele sempre estava lá, me olhando com aquela cara de "você sabe que não vai viver sem mim", jogando a verdade como um copo de água fria no meio da minha face.

Mas esse olhar não teria poder sobre mim, não agora. Eu havia mudado.

- Você é uma nova Quinn Fabray - disse ao meu próprio reflexo.

Uma menina abriu a porta. Logo a reconheci. Era uma das esquisitonas de Yale. Era tão jeca. Aonde aquela menina comprava aquelas roupas? Num museu?

- Quinn Fabray?

- Oi, Morgan - lembrei o nome da infeliz de último. Lissa Morgan.

- Você sofrendo no banheiro? Sempre soube que por trás da menina confiante que você demonstrou ser, havia uma boba. Cuidado ou sua maquiagem vai borrar, hein princesa - disse, a debochada, que sempre me olhou com inveja.

- Hahaha. Obrigada pela dica.

Ela entrou em um dos toaletes com a maior cara de satisfação.

- Tchau, Morgan.

Saí do banheiro e apaguei as luzes. Depois, bati a porta fortemente. Um risinho básico saiu de meus lábios.

Pronto, já havia voltado ao meu normal. Quem era Puck mesmo?

- Ei, Quinnie. Demorou. Quem era? - perguntou Phil.

- Um... Um amigo. Dos tempos de escola. Ele era de Ohio - fiquei desconfortável falando.

- Ah sim... Você está... diferente - disse, enquanto eu me sentava, desconfortável, pensando em Puck.

Droga, ele percebeu.

- Que nada! - contornei com um sorriso - Vamos retornar ao assunto?

(...)

Ele me trouxe pra casa às 11 da noite.

- Boa noite, Phil. Nos vemos segunda novamente.

- Boa noite, Quinnie.

Ele se aproximou de meus lábios e me deu um selinho. Eu tentei me esquivar, mas não resisti. Mr. Valente beijava bem. Muito, muito bem. Separei nosso beijo rindo e saí do carro, entrando no prédio e correndo para o meu apartamento, no sexto andar. 

- Não vai fugir tão fácil assim de mim, mocinha - disse, entrando comigo no elevador e me impressando contra o espelho.

- Deixe a gente chegar em casa, pelo menos - disse, separando outro beijo rapidamente.

Chegamos ao meu apartamento. Nosso beijo só acabou quando paramos no sofá. Quando abri meus olhos, extasiada, não vi Phil. 

Vi o Puckerman e quase desmaiei.


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Notas finais do capítulo

Uma coisa: Em breve, Quinn e Puck vão se encontrar! Se preparem!
Qualquer sugestão, crítica ou contato pode ser enviado por inbox ou pelo meu twitter, @l0veslayer.