Ichigo estava dormindo tão tranquilamente na sala da casa dos Kurosaki. Parecia que nada de errado havia acontecido aqueles últimos dias. O rapaz só desejava que essa paz continuasse e que ele não tivesse que encarar os problemas do dia seguinte.

Mas isso seria impossível.

Tinha que acordar, afinal, as coisas não se resolveriam se ele dormisse para sempre.

Resolveu abrir os olhos, mas aquilo lhe parecia uma tarefa quase impossível. Mas ele não desistiu, tinha que acordar e encarar os seus próprios problemas.

Quando abriu um pouco seus olhos a luz os invadiu, machucando-os. Deixou que seus olhos se acostumassem com a luz e se levantou preguiçosamente.

Viu que não estava mais na sala, e sim, no quarto em que os Kurosaki cederam.

- Como vim parar aqui? – se perguntou.

- O meu querido Isshin te viu deitado no sofá e disse que tinha que tirar de lá, já que soa não é lugar pra dormir e faz mal pras costas. Então te carregou até aqui... – disse Masaki, na porta do quarto.

- Ah! – disse assustado por nem ter percebido a presença daquela mulher no quarto – Puxa! Nem tinha reparado que você estava aqui, Masaki-san. Tomei um susto!

- Me desculpe por te assustar, Ichigo-kun. Eu tinha vindo ver se você já estava acordado e se queria jantar.

- Obrigado. Eu já vou descer.

- Estaremos te esperando.

- Claro!

Quando Masaki saiu do quarto, o rapaz ficou de pé, desequilibrando inicialmente, mas depois se mantendo firme.

Foi ai que lhe ocorreu que não estava mais sentindo as dores no corpo e se sentia mais relaxado e recuperado.

“Acho que ter dormido desse jeito deve ter me ajudado...” pensou “Pelo menos posso riscar isso da minha lista agora.”

Não dando muita importância para isso, o rapaz desceu as escadas e foi recepcionado por uma voadora, de ninguém menos que Isshin. Mas para a infelicidade do humano o rapaz se desviou.

- Good Job! – falou o “adulto” se virando e dando mais alguns chutes e socos para ver se o rapaz se desviava.

- Por que você sempre gosta de brigar comigo desse jeito? – perguntou o rapaz.

- Porque os jovens têm energia de sobre e para você saber se defender quando houver algum problema.

- Aff... Fala sério. – disse Ichigo, segurando chute que teria atingido o seu rosto e, logo depois, arremessando Isshin de cara, contra uma parede – Acho que já chega, não velho?

- Já chega vocês dois. E o jantar já está servido. – falou Masaki os interrompendo.

Depois disso foi uma noite tranqüila para Ichigo na casa da família Kurosaki. Exceto é claro, depois do jantar, quando Isshin resolveu ataca-lo de novo, mas a “lutinha” não durou muito tempo, já que quem começou teve câimbra no meio dela.

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Rukia estava inquieta desde a confissão de Ichigo, sobre ele gostar dela e sobre ser o demônio que eles tinham sidos mandados para exterminar.

- O que você deve estar fazendo agora? – falou ela, para si mesma.

- Quem fazendo o que Kuchiki? – perguntou Kaien, assustando a anjinha.

- N-não chegue de repente atrás das pessoas!  - disse se recompondo – Mas o que você está fazendo aqui? Deveria estar descansando!

- Com o seu amiguinho roncando do meu lado? Eu é que não fico naquele quarto. Aliás, será que ele não pode dormir do lado de fora? A casa está começando a tremer com os roncos dele...

- Hahaha. Muito engraçado, como se você não roncasse... – disse sarcástica. Mas logo ela voltou a ficar pensativa.

Kaien a observou e depois deduziu o que tinha acontecido.

- Aquela laranja te contou, não foi? – disse seriamente.

- Ahn? – Rukia o olhou surpresa. Ele... sabia?!

- É. Parece que ele te contou mesmo que era um demônio...

- Como-

- Foi ele que mandou fugir com você pra cá, da primeira vez que foi atacado.

A anjinha estava pasma.

- Ele, apesar de ser um demônio e muito lerdo, é diferente... Não precisa se preocupar.

- Desde quando você sabia que ele não era humano? E desde quando ele sabia que nós não éramos humanos?

- Desde sempre. Ele me disse que te reconheceu pelo seu sobrenome, no primeiro dia de aula dele e que no inicio ele estava tentando se aproximar de você para ganhar sua confiança e tirar as suspeitas sobre ele... – falou Kaien, deixando a anjinha um pouco decepcionada – Mas... ele mudou – continuou – Ele disse que depois de um certo tempo, ele começou a se apegar a você e que depois de mais um pouquinho de tempo, ele se apaixonou por você...

A anjinha estava surpresa, ele realmente a amava.

- Acho que você pode acreditar no que ele disse. Quando eu olhei nos olhos dele, percebi que ele não estava escondendo nada. Apenas falando a mais simples verdade.

- Você tem certeza? – perguntou ela, sem encara-lo.

O anjo tocou no ombro da companheira e ela o olhou, finalmente.

- Ele pode ser o maior cabeça dura, lerdo e bobão da face da Terra, mas ele não é uma má pessoa. Disso eu tenho certeza absoluta.

- Obrigado, Kaien-dono. – falou a anjinha sorrindo.

O moreno retribuiu o sorriso e foi se sentar ao lado dela.

- Agora, poderia fazer o favor de expulsar o seu noivo da casa? A terra ta tremendo só com o ronco dele... – brincou.

- Você não toma jeito, né? – falou a anjinha se levantando. Porém foi ai que ela se tocou. Seu futuro noivo estava aqui para ajuda-la a exterminar o demônio, mas o demônio era a pessoa que ela tinha se apaixonado! – Kaien-dono, acho que vamos ter um problema...

- Antes ou depois da casa cair?

- Preste atenção! Isso é algo sério! – disse anjinha – Renji veio aqui para nos ajudar a exterminar o demônio, mas quem é o demônio?

Foi nessa hora que Kaien se tocou também.

- OK, a situação virou um triângulo amoroso.

Rukia deu um soco no anjo por causa da piada.

- AI! Não precisa ser tão violenta... – disse ele – Eu sei, eu sei... Isso é um assunto muito importante. Mas a única coisa que podemos fazer é não deixar que os dois tenham muito contato, pois, não demoraria muito para ele perceber a verdade também...

- Então não podemos deixar que os dois conversem durante muito tempo.

- Essa é a idéia... O problema é como fazer isso acontecer.

- Acho que seu como.  – disse Rukia, com um olhar estranho par Kaien – Você já foi a uma escola Kaien-dono?

- E-espera um pouco Kuchiki! Eu não vou para aquela prisão educacional!

- Acho que vai sim... E o Renji também vai. Ou seja, enquanto eu fico de olho no Renji, você fica de olho no Ichigo.

- To vendo que terei que me formar de novo...  T.T  – falou Kaien.

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Quanto mais difícil à situação que nos metemos, mais podemos achar algo divertido nela...

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