Anjos e Demônios escrita por Lilice_G_D


Capítulo 1
Capítulo 1




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Era noite de lua cheia no mundo dos humanos, eram noites como essa que, o filho mais novo de Lúcifer, admirava sempre que escapava do inferno. Pois, apesar de ser um demônio que botava medo em todos, ele tinha um inexplicável fascínio pelas criaturas conhecidas como humanos uma enorme compaixão por tais seres.

- Um dia eu ainda quero tocar a lua... – disse para si mesmo enquanto estendia o braço em direção ao farol de todas as noites.

- Então quer dizer que você estava aqui de novo... – disse alguém saindo de trás das árvores – Né Ichisigo?

- O que você veio fazer aqui Neriel? – perguntou ele sem se virar para trás e encarar a mulher de cabelos verdes.

- Poxa! É assim que você cumprimenta a sua futura esposa?!

- Ah! Vai não me enche! Sabe que ainda não somos casados e que eu não concordei de jeito nenhum com esse casamento!

- Bobo! Sabe que devemos nos casar para que exista uma aliança entre o mestre Lúcifer e meu pai, Belzebu!

- Tenho plena consciência disso Neriel... Mas do mesmo modo ainda continua descordando desse casamento!

- Eu sei, eu sei... O Ichisigo não gosta da Nel, mas a Nel gosta tanto do Ichisigo... E Nel também sabe que Ichisigo gosta muito das coisas desses humanos bobos...

- Venha vamos embora... Logo meu pai vai reparar na minha falta assim como o seu vai reparar na sua...

Neriel agarrou-se no braço do demônio de cabelos alaranjados e seguindo em direção a floresta.

- Ichisigo?

- O que você quer?

- Nel vai matar qualquer um que entrar no caminho de Ichisigo, por ele...

- Eu sei...

O dois demônios saíram caminhando em direção a porta que dava para o Inferno.

 

X.X.X.X

 

Naquela noite de lua cheia, os demônios não foram os únicos a ficarem observando o céu. Um Anjo de asas curtas e cabelos negros, com olhos grandes e violetas observavam a esfera no céu sem nuvens.

- É tão bonita... – disse para si mesma.

- Concordo com você...  – disse um homem de cabelos vermelhos aparecendo atrás dela e a assustando - ... mas me diga... já não é hora de você dormir, Rukia?

- Não me enche Renji... Fico acordada até a hora que quero. Não sou mais criança!

- Eu sei. Só queria te provocar.

O Ruivo se sentou do lado da garota e também começou a admirar a lua junto a ela.

- Você sabe que a data esta chegando... falta menos de 2 meses para o nosso casamento. – disse o rapaz.

- Já to sabendo. Mas você sabe que eu não consigo me imaginar me casando com você, Renji. Somos amigos de infância e não noivos, não acredito que vou fazer isso...

- Nem eu acredito que vou me casar com você. Sempre fomos apenas amigos e agora... somos noivos! Acho que isso só aconteceu porque sou o auxiliar principal do seu irmão, o Byakuya-sama.

- Não ponha o nome dele na conversa! Quê sabe? Vamos logo dormir... Vá para seu quarto Renji e boa noite!

- IH! Fico irritada?

- Saia do meu quarto seu idiota!

A garota empurrou ele para fora do local e fechou a porta violentamente , se recostando logo em seguida nesta.

Ela logo se levantou novamente e foi em direção a janela, olhou pela ultima vez aquela noite a lua.

- Um dia, eu ainda alcanço a lua... – disse e logo depois fechou a janela e foi dormir.

 

X.X.X.X.X

 

Seria isso mera coincidência?

 

X.X.X.X.X

 

Era de dia. Em uma cidade no Japão, chamada Karakura. Duas jovens irmãs estavam voltando das compras quando foram abordadas por quatro homens estranhos.

- Olha que gracinhas e tão novinhas! – disse um deles.

- Eu pequenas! Que tal darem uma voltinha com a gente? Ia ser divertido! – falou um outro.

- Por favor deixe-nos passar, temos que ir para casa... – falou a mais velha das duas, uma menina que não aparentava mais do que 13 anos e tenha cabelos negros e curtos.

- Olha a menininha é muito educada! Vamos lá garota... Vamos divertir a bessa!

- Karin, estou com medo... – disse a mais nova, que era apenas um ano mais nova que a outra e possuía cabelos castanhos claro.

- Vamos lá garotinhas? Estamos ansiosos! – disse um outro, ficando do lado de karin e apertando o bumbum de Karin.

A garota se sobressaltou e se afastou para longe dos homens segurando a mão de sua irmã e puxando-a para junto de si.

- Fiquem longe de nós! – bradou a mais velha, corajosamente.

As duas então começaram a correr para o lado oposto ao dos homens.

- Se fazendo difícil... Adoramos isso! Vamos lá pessoal! Vamos pega-las!

Os homens começaram a correr atrás das meninas. Eles logo conseguiram alcança-las.

Pegaram as duas e as levaram a força para um beco. Lá eles começaram a tirar a roupas delas e se preparar para abusar, porém alguém os impediu.

Esse alguém não era humano e as duas meninas perceberam isso assim que o viram, já que ele possuía chifres que apontavam para o chão, cabelos alaranjados e um buraco no peito, sem contar das varias marcas que ele possuía no corpo todo.

- Se eu fosse vocês deixaria essas senhoritas em paz... – disse o ser.

- Não enche, ô estranho! – falou um dos homens que aparentemente não tinha percebido que quem lhe dirigia a palavra não era humano.

- Eu não estou pedindo para deixa-las em paz, e sim ordenando... – disse sem mudar o tom de voz.

- Você ta querendo se ferrar cara?! Não se intrometa! – falou o homem que estava em cima de Karin.

- Soltem-nas... – repetiu.

- To cansado se pessoas como você! – falou um dos homens,  que logo em seguida deu um soco na cara do ser, porém este pareceu não sentir nenhuma dor e também, parecia que não havia se movido um centímetro.

 - Vou pedir mais uma vez, educadamente: deixem-nas em paz! – falou e segurou o pulso do homem.

- O que?!? – disse o homem, e logo depois foi arremessado.

Os outros ficaram surpresos ao verem o que aconteceu.

Os companheiros do derrotado, então, partiram para cima do estranho ser. Para infelicidade destes tiveram o mesmo fim que seu companheiro...

Quando o ser terminou com todos, voltou-se para as meninas que observavam tudo que acontecera naquele local.

- Vocês duas estão bem? – perguntou se agachando perto das duas.

Elas estavam tão assustadas que não conseguiram se mover ou responder a pergunta, mas no fundo sentiam um estranho alivio pela aparição dele.

- Estão muito assustadas... me desculpem por ter assustados vocês, não foi por mal... – disse tristemente – Vou indo... não se metam em confusão  novamente meninas...

Então ele se levantou e começou a andar para fora do beco vagarosamente. Porém algo, mais precisamente alguém, segurou-lhe a barrada da calça.

- Pois não? – disse se virando e encarando a garota morena.

- Mu-muito obrigado... – falou essa fracamente, mas em um som audível.

Por um momento o ser demonstrou uma certa surpresa em seu rosto.

- Não foi nada... – falou se recompondo – Então estão machucadas?

- Na-não... O senhor é...

- Sou um demônio... mas não vou lhes fazer mal algum, a verdade é que eu estava apenas de passagem quando vi o que aqueles seres desprezíveis estavam fazendo com vocês, então eu apenas fiz o que era certo...

- O-o senhor é um demônio diferente... – falou a garotinha de cabelos castanhos.

- Sério? – se surpreendeu o ser.

- Sr. Demônio, por que o senhor ajudou humanos como nós? – perguntou a mais velha, agora não demonstrando mais medo, mas uma estranha curiosidade pelo ser a sua frente.

- Sabe que eu não sei... Eu simplesmente acho vocês interessantes... E sabe quando eu vi o que aqueles desprazíveis estavam fazendo, não pude suportar ver aquilo... Já que, até no inferno existem limites para certas coisas...

- O senhor mora no inferno?

- Sim... Eu acho que posso chamar lá de casa... Mas é um lugar muito chato e sem muito o que fazer, por isso venho ao mundo dos humanos para ver o que vocês estão fazendo, que é bem divertido...

- Acha que somos... divertidos?  -disse a mais nova muito surpresa.

- Pode-se dizer que sim... Mas também é porque vocês tem uma coisa que nós não temos, mas eu gostaria muito de ter...

- O que? – falaram as duas em sincronia.

- É uma coisa chamada por vocês de coração, ou sentimentos se preferirem...

As duas estavam antônimas... Um demônio muito poderoso estava com inveja dos humanos porque eles tinham sentimentos! Isso não fazia lógica nenhuma!

 

 


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Notas finais do capítulo

Continua...