Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 57
Capitulo - 57 O TEMPO DE CADA UM


Notas iniciais do capítulo

Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira.
Cecília Meireles



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LEAH

“A paz poderia voltar a LaPush?”

A pergunta me veio à mente, quando eu abria as cortinas de casa e deixava os primeiros fios de sol da manhã entrar...

Passei a mão no meu braço e ele está como novo, de novo. Todas as feridas cicatrizadas. Pelo menos, as que eram visíveis...

Seis meses tinham se passado, e aos poucos, a rotina foi se estabelecendo em nossa reserva. Claro que agora seria uma estranha e nova rotina. Agora tínhamos que conviver com o uivo do lobo triste que vinha do alto das montanhas da ilha de Akalat. Ao que tudo indicava, Edmond tinha se mudado definitivamente para lá. Não que houvesse uma comunidade, ou algo lá. Ele está lá sozinho. Vagando pela ilha, como um guardião dos mortos. Nem mesmo sua família conseguia algum progresso com ele. Jacob e Jason então estavam construindo uma choupana lá, e Seth ia com eles todos os dias, para ajudar na construção.

Seth disse que em nenhuma dessas vezes que eles foram lá viu Edmond. Ele estava em sua forma de lobo, e estava agindo de forma tão primitiva, que mesmo sua mente não parecia conectada com os outros.

Isso estava matando Renesmee e Jacob de preocupação.

Vi Jason algumas noites, atravessar o mar até a ilha. Ele foi nadando, na esperança de ninguém ver. Mas eu vi. Nas minhas muitas caminhadas noturnas na praia, não queria ser vista. E ele não parecia focado em outra coisa, a não ser no seu irmão, então não me viu. E uma outra noite, Sarah foi com ele. E nessa noite, não tivemos o uivo do lobo triste e eu sorri com esperança de ver os três irmãos voltarem juntos da praia. Mas somente Sarah e Jason voltaram...

Me deixei ser vista por eles. Então, a curiosidade e o peso do meu coração foram maior do que a mágoa que eu ainda carregava.

Sarah foi a primeira que me viu, e ela sorriu abertamente, vindo me abraçar. Ela estava em seu maiô preto, molhada e salgada pelo nado. Mas eu não me importei. Estava feliz e revê-la completamente curada.

– Como ele está?

Perguntei para ela, sem olhar para Jason. Mesmo sentindo os olhos dele queimando sobre minha pele.

– Nada bem... Mas pelo menos, falou conosco e está dormindo na cabana. Isso é melhor que viver como um animal por meses. Acho que no fundo, devemos dar a ele, mais tempo. Quando ele achar que está pronto, voltará para nós.

Sarah falou com tristeza. Mas não vi nela, nem a sobra da garotinha mimada que ela tinha sido. Estava ali, uma mulher adulta e resoluta. Uma valente mulher... Que meu irmão é uma pessoa de sorte em tê-la.

– Claro que sim, Sarah...

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(Jason)

Sarah falava com ela, e ela sorria para minha irmã, sem nem mesmo me olhar.

Meu coração parecia dentro de uma máquina de prensar, sendo esmagado por aquela mulher...

As palavras dela ainda ardiam na minha mente. “Fique longe! Me deixe em paz por um tempo, Jason.”

Tempo... Eu não tinha a menor noção de tempo do que era o tempo para ela. Um dia? Dois meses?

Descobri que um tempo para Leah, era algo indeterminado.

Ela não atendia minha ligações e evitava lugares que eu possivelmente estaria...

E das vezes em que eu tentei ir em sua casa, ele conseguia prever isso e desaparecia para a floresta, em sua forma de loba...

E tudo que eu podia fazer, era observar ela se afastar de mim, porque o imprinting fazia prevalecer a sua vontade. Se ela não me queria por perto, eu não poderia me aproximar... Era como se o chão agarrasse meus pés, como se um escudo de força me repelisse.

Mas agora ela estava ali, a poucos metros de mim. Seu cheiro tinha me atingido como um tapa no rosto.

Ela estava dentro de um xale de renda escondendo seu corpo. Mas eu estava completamente alerta. E mesmo assim, eu podia desenhar cada curva dela. Aquilo estava me deixando nervoso...

Ela ainda não me olhava. Era como se eu tivesse desaparecido do planeta. Ela só enxergava Sarah. As duas falaram por um tempo, e começaram a caminhar, me deixando para traz. Se despediram quando a faixa de areia encontrava a grama, e Sarah acenou para mim de longe, avisando que iria para casa.

Mas eu quase perdi isso, porque meu foco era Leah. E de como ela já se esgueirava pelas sombras, para fugir de mim. Mas eu corri até ela, a segurando pelo ombro e a virando para me olhar antes de ela intensificar sua fuga...

– Seu tempo é muito severo, Leah...

Ela não esperava por isso. Ela ainda está zangada. Seus lábios tão carnudos, eram ainda uma linha dura. Seus olhos estavam escuros, me encarando com seriedade.

Ela puxou seu braço para longe de mim.

– Não estava contando...

– Mas eu sim. Cada maldito dia.

Ela virou as costas me dando um desdém, como se duvidasse que eu estivesse realmente contando os dias... Mas eu tão malditamente estava, que poderia dizer a ela agora mesmo quantos dias foram.

Ela se afastava de mim, e eu lutei com o chão, que parecia me amarrar ali e fui atrás dela.

– Precisamos conversar. Por quanto tempo mais vamos ficar sem se falar. Sem nos vermos, Leah?...

Eu estava soando de forma desesperada. Mas para o inferno... Eu estava muito desesperado.

Chegamos até a casa dela, e eu não esperei por um convite quando vi que a porta ia ser fechada na minha cara. Segurei firme, espalmando o centro da porta, impedindo o gesto. Ela desistiu, se afastando da entrada.

– O fato de eu ter ido falar com sua irmã, não foi um convite para você se aproximar de mim, Jason...

Olhei atônito para ela. O que ela estava querendo dizer?

– E POR QUANTO TEMPO MAIS, VAI ME MANTER AFASTADO?

Eu gritei. Mas só percebi que tinha feito isso, quando olhei os olhos arregalados de Leah me encarando em susto.

Me sentia meio insano agora. Ela tinha me afastado por tempo demais, e eu estava desesperado por ela.

Me aproximei rápido, antes que ela sequer pensasse em fugir de mim. A pressionei contra a parede. Meu corpo logo se aqueceu com o contato. Não saberia dizer se era a saudade ou o desespero de perde-la. Mas não poderia deixá-la me afastar mais nem um dia...

– Não vê, Leah, o que está fazendo? Está me punindo por algo que eu não posso controlar...

Ela fechou os olhos. Senti seu corpo tremer. Ela estava lutando contra. Pude sentir toda a força que fazia para se manter, mesmo eu estando tão próximo do seu corpo. Mesmo minhas mãos ardendo para tocá-la, eu não faria sem ela permitir.

– Você a amava?

Ela falou com um fio de voz, e eu encostei minha testa na parede. Como explicar Jane para Leah?

Como explicar o que me ligava a ela, sem ela pensar que eu era algo ruim.

– Uma parte de mim a amou, Leah... Uma parte que eu não sei se ainda existe. Uma parte dessa confusão que sou eu.

Ela abriu os olhos me encarando com seu olhar duro ainda. E eu queria só que ela me olhasse de novo com o brilho negro de antes.

– Que parte sua? A parte vampira?

Balancei a cabeça sem saber.

– Eu era uma grande confusão na época, Leah. Eu não sei que parte se apaixonou por Jane. Mas essa parte não existe mais. Ou deixou de existir quando eu conheci você.

Ela saiu do meu aperto, se afastando a alguns passos de mim, como se não tivesse conseguindo respirar ou pensar. Tirou o xale dos ombros, e vi que ela estava só com uma camiseta sem manga fina e seu jeans apertado. Eu tive que me concentrar e olhar para um ponto específico da parede da casa de Leah. Eu esta ficando insano. Eu estava prestes a atacá-la.

– Pare com isso!

Ela exigiu, como se soubesse de algo que eu estava tão miseravelmente tentando esconder.

– Pare de me olhar assim. Como você espera podermos ter essa conversa com você me olhando assim...

– Assim como?

Eu estava sendo muito óbvio? A ereção na minha bermuda com certeza era. Mas eu não podia fazer nada a respeito. Ela me deixava queimando.

– Leah... Eu não posso controlar isso... Só você pode...

Senti ela ficar vermelha, mesmo com sua pele de jambo. E isso me excitava ainda mais. Sentei no sofá da sala, colocando uma almofada na frente da minha bermuda, para mudar o foco da conversa.

Leah se sentou em uma distância que ela talvez tenha estabelecido como segura... Mas ela está muito longe de estar segura naquela sala comigo. Na verdade, eu não ia sair dali antes de ela me deixar tocá-la. O cheiro que ela emanava pra mim estava me deixando quase bestial...

– Houveram outras como Jane?

Respirei mais fundo, aborrecido em ter que me lembrar de todo tipo de merda que eu andei fazendo em Volterra. Mas se era uma confissão que ela queria. Então era isso que ela ia ter...

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(Leah)

Ouvi por cerca de quarenta minutos, as histórias de Jason, e tive certeza que eram todas. Ele não me olhava, e começou a falar tudo. Suas conquistas... Fiquei chocada, mas tentei ficar parada, plácida, ouvindo tudo. Ele parecia mais leve conforme falava...

Depois de um silêncio de segundos, percebi que era isso. Era o fim da história que tinha terminado com Jane e um adeus ainda no castelo Volturi.

– Se não fosse o imprinting, talvez você preferisse ficar com ela. Já pensou sobre isso, Jason?

Ele me olhou, agora parecendo cansado.

– Não ouviu o que eu disse? Eu já tinha dito adeus a ela, Leah... Leah eu já estava procurando por você, mesmo sem nunca ter a visto... Acha que é o imprinting?

Eu não saberia explicar. Eu nem mesmo era uma versão correta do imprinting. Deveria dar filhos para seguir a continuação de Jason. Mas como eu poderia ?

– O que está pensando, Leah?

Ele me perguntou, enquanto minha mente pairava para longe dali.

– ...Em nada...

– Então acabou?

– O quê?

– O meu castigo? O “TEMPO?”

Ele soava aborrecido de novo, como se não fosse capaz de entender os meus motivos. Mas era bem claro para mim. Eu vi uma vampira se colocar na frente dele para a morte. Vi ela morrer em seus braços e senti sua dor...

– Como pode falar assim? Como se não entendesse o que eu sinto?

Minha voz era de puro desgosto por tudo aquilo. Ele se levantou na minha direção. Achei que ele ia me empurrar com força contra a parede de novo, e eu não saberia se conseguiria escapar mais uma vez.

Mas ele não fez isso. Ele se prostrou aos meus pés, com um dos joelhos no chão e pegou minhas duas mãos e levou ao seu peito na direção do coração.

– Sou um idiota, Leah. Eu estou desesperado. Não vou dizer o quanto sinto por você ter que ver aquilo. Mas eu não posso mudar o que houve, ou o que eu senti. Mas está acabado, Leah...

Lágrimas idiotas brotaram em meus olhos quando eu revi a cena. A lâmina correndo o céu e o corpo de Jane sendo um escudo.

– Eu nem mesmo posso odiá-la. Uma vez que ela salvou sua vida, Jason. Isso é muito frustrante.

Agora ele estava de joelhos. Ele é alto o suficiente para parecer da mesma altura que eu, mesmo eu estando sentada em uma cadeira.

Jason me puxa, e eu deixo meu corpo ir porque me sinto exaurida de lutar contra o imã que me puxa para ele. Ele me embala em seus braços e me deixou ficar ali até que as lágrimas parem. Um soluço fraco começa e eu fecho meus olhos para respirar mais do cheiro de Jason, quando ele começa a me beijar, começando pelo meu rosto, onde as lágrimas caíam e descendo até o pescoço, indo para traz no lóbulo da minha orelha, onde ele começa a murmurar...

– Senti tanto sua falta... Nunca mais faça isso comigo, Leah...

Sinto o calor dele se propagando. Beijos possessivos vinham mais fortes e ele me levanta com seu corpo colado no meu. Nossos lábios se tocam devorativos. Sua língua procurando a minha, numa explosão de mais calor.

Minha blusa é arrancada para fora do meu corpo. Meus seios se incham em expectativa, oferecidos e excitados, recebendo uma atenção molhada de sua boca. Cada um, de uma vez...

Jason me levanta sem pressa, me arrastando para meu quarto. Suas mãos já procurando a abertura do meu jeans e eu começo a ajudá-lo, antes que ele destrua mais uma peça do meu já escasso vestuário.

– Ainda bem que abriu, Leah. Gosto desse jeans em você. Te deixa muito sexy. Eu ia acabar estragado ele.

Mordi meu lábio inferior, enquanto deixava o restante da peça escorregar pelas minhas pernas e chutava para longe.

Jason ainda mantém suas mãos sobre mim, num domínio absoluto do meu corpo, que se move a cada pegada dele.

Suas mãos grandes passeiam livremente pelas minhas nádegas, dando possessivos apertões em ambos os lados. Ele me deita sobre a cama, puxando minha calcinha numa tortura lenta e prazerosa. Posso sentir sua respiração tão alterada quanto a minha, quando minhas mãos começam a arranhar seu tórax e deslizar sua bermuda para baixo, dando uma visão deliciosa da sua ereção que já era evidente bem antes dessa loucura toda começar.

Ele se deita do meu lado, deixando livre acesso pra eu despi-lo completamente e eu jogo pra longe sua bermuda, começando a me esfregar em seu corpo, prolongando o atrito com sua cueca box, que estabelece esse fino afastamento do que eu quero. Ele fecha os olhos, segurando nos lençóis, como se contendo, deixando que eu brinque com seu corpo ao meu bel prazer. Sorrio deliciada para ele, enquanto me esfrego mais em seu corpo, montando nele, deixando meus seios se esfregarem em seu peito ardente.

– Leah...

Ele disse, desfazendo-se em gemidos brutos de macho, me excitando ainda mais. Me sinto tão selvagem e possessiva, como se o tempo que estávamos separados fosse bem maior. Quero marcá-lo com meu cheiro. Quero devorá-lo.

Deslizo sobre seu corpo. Ele ainda está de cueca, contendo as mãos na cama. E eu quero ele assim. Desço até alcançar o cós da sua box, arrancando ela com os dentes lenta e sensualmente. Ouço seus gemidos, e sei que ele está no limite do seu autocontrole. Termino de tirar tudo, e tenho a deliciosa visão do seu sexo endurecido todo pra mim. E é lá mesmo que eu fico, molhando meus lábios com a língua. Me deliciando com o gosto de Jason. Ele me chama em uivos selvagens agora. Segura minha cabeça e prende meus cabelos entre os dedos sem apertar. Na força certa. Deixando eu fazer o que quero ali. Ele geme cada vez mais alto, e eu estabeleço o ritmo da brincadeira, fazendo ele urrar. Pedindo para que eu não pare, mas avisando que está no limite. E é exatamente onde eu quero ele. No limite. No limite de tudo...

Sinto seu jato quente na minha boca. Seu gosto é tudo que eu quero. Deixá-lo entregue e abandonado a mim me excita ainda mais. Dou lambidas quentes ainda ali e ouço sua respiração se alterando novamente. Ele se recuperando do gozo, me puxando para seu peito, procurando minha boca. Me beijando com uma fúria faminta, enquanto sua mão mergulha no meu centro, sem suavidade, mas com precisão. Indo direto onde eu preciso para me aliviar. Ele leu meu corpo como um especialista. Sua boca me suga. Sinto seus dentes descendo, se esfregando na minha garganta.

– Me morda, Jason.

Peço em sussurros, enquanto ele ainda me tortura com seus dedos precisos, e sinto meu orgasmo vindo na borda. Ele pode sentir isso também. De forma doce, ele me morde bem perto do seio, onde um fino fio de sangue escorre. Ele lambe até a parte sensível, sugando e brincando com a língua. Então, me desmancho em um êxtase violento e longo, no momento em que ele mergulha dentro de mim. Nessa hora, sem aviso. Me pegando com força. Me levando pra dentro do meu vulcão em atividade.


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