Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 49
Capítulo 49 - NEBLINA


Notas iniciais do capítulo

Quando a morte chegar... Rezo para que seja, primeiro para mim.



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( Nessie )

Estava na cozinha lavando a louça, com Jacob que estava sentado, lendo um jornal, enquanto bebia um café. Ele estava lendo pra mim, as matérias mais interessantes, que ele sabia que poderiam me interessar, quando nos distraímos com Sarah...

Sarah corria aflita para o quarto. Era a segunda vez no dia? Eu não sei mais. Meu repertório de conselhos maternos estavam ficando escassos. Eu recorria a minha mãe quando me sentia incompetente com ela. Mas mesmo a sapiência de Bella estava se esgotando.

Percebendo meu desalento Jacob soltou o jornal e senti ele se aproximar ,me abraçou por traz embalando minha cintura. Deu-me um beijo na cabeça, respirando no meu cabelo. Isso e tão bom.

– Isso logo vai passar, Nessie.

Jacob disse. Mas ele vinha dizendo isso há semanas.

– Nossos filhos são únicos, Nessie.

Eu sabia disso. Mas essas diferenças são como correr uma maratona de olhos vendados. Eles cresciam na velocidade da luz, e com cada hormônio de crescimento, vinham novas etapas. Novos desafios. Não existe tédio com eles. Isso eu tenho que admitir. Somos pais de três grandes enigmas genéticos. Apaixonantes, meus filhos. Únicos, especiais, imortais e estavam partindo para seus voos solos. O que eu ia fazer? Dizer adeus na porta de casa, com o peito apertado era tudo que me restava?

– Eu sei que são todos diferentes. Cada um com suas particularidades e com seus problemas. Jason não para mais em casa. Edmond está envolvido completamente com uma humana, e só Deus pode saber no que isso vai dar. E Sarah, confusa em meio a desejos que não tem nenhum controle. Isso não deixa você maluco, Jake?

Jacob olhou o caminho das escadas por onde Sarah tinha corrido esbaforida, depois de perceber que Seth tinha rondado a casa mais uma vez em forma de lobo. Isso vinha acontecendo sempre. Ele não podia ficar longe dela, nem perto demais pelo visto . Agora as coisas se complicavam para meu amigo Seth . Minha filha pode não ser uma loba, mas definitivamente estava se comportando como uma. Seus instintos estavam provocativos demais. Sensuais, Sem ela ter a menor noção ou controle disso. Pobre Seth! Ele ia ter um acesso se chegasse perto dela assim. Sem contar no que Jacob ia fazer com ele, se ele atacasse sua filha. Mesmo eu tendo certeza, que o atacado seria o Seth. Como explicar isso para Jake, já era outra história.

– Deixa... Está fora do nosso controle isso, Nessie.

Ele estava tão frustrado quanto eu. Percebi claramente isso agora, olhando pra ele. Minhas mãos passearem pelo seu rosto, em um carinho.

– Estamos perdidos com eles, não é mesmo?

– Não! Claro que não! Fizemos o melhor que podíamos, Nessie. Agora é com eles...

Abracei-o fortemente. Me senti a própria galinha, vendo os pintinhos escaparem pelo terreno, sem poder fazer nada para reunir eles de volta.

– Quero que eles voltem a ser bebês, para que eu possa embala-los e protege-los dessa confusão.

Pedi de forma de forma inútil .

– Não! Eu ainda estou esperando minha lua de mel.

Sorri no peito do Jacob, ainda embalada em seu abraço.

– Você é um assanhado, Black.

Tudo que tive em troca, foi um beijo tentador que me deixava esquecida de problemas do cotidiano. Suspeitei que essa era sua intenção desde o princípio. Acalmar-me com seus beijos, era uma arma de efeito eficaz sobre mim.

– O que vai fazer mais tarde, Nessie? Quero sair com você. Vamos pedir para Claire trazer Soy pra cá, e distrair Sarah com isso. Vamos escapar para Seattle por uma noite?

A proposta era tentadora ...

– Quem está na ronda hoje?

Perguntei acalorada. Jacob estava me distraindo com suas mãos na minha cintura, fazendo círculos em baixo da minha blusa.

– Jason, Seth, Embry e alguns dos mais jovens estão cobrindo o perímetro. Seu pai e Emmet estão com outros lobos, na parte mais próxima de Forks. Estamos seguros.

– Não incomoda você, toda essa quietude, Jacob?

Isso fez os carinhos pararem e ele me olhava firme, segurando meu queixo sobre a mão, me dando uma segurança quase absurda.

– Eles não tem como passar por nós. Paul e os outros estão guardando Seattle inteira. Estamos protegidos sobre um forte esquemas de círculos, Nessie. Os Volture, antes de chegarem aqui, terão que passar por várias defesas nossas, sem poder chegar aqui, sem que nós estejamos devidamente preparados para eles.

Sim. Eu já tinha ouvido isso antes. O plano de segurança feito em círculos, tão bem elaborado por tio Jasper. Tudo constituía de um grande círculo, que vinha acompanhado de um forte esquema de segurança. Em volta do círculo, estavam as cidades de Everett , Bellevue, Takoma e todo o perímetro , onde estava Paul com Jared. Que mesmo não transformados, passavam as ordem para os outros lobos que faziam a ronda dessas áreas. Em segunda, vinha outro círculo dentro do círculo maior, onde estavam Portland, Vancouver e Centralia, onde estão Carlisle, Esme, Alice e Jasper, juntos com outros lobos. E aí, dentro deste círculo, estão Forks e La Push, protegidas mais fortemente por todos o restante de nós. Ou seja... Para chegar aqui, teriam que passar por antes nessas duas áreas. E mesmo que passassem, saberíamos de antemão que eles estavam vindo. O alarme seria dado, correndo todos para o mesmo ponto, para o centro do núcleo de batalha, que poderia ser aqui ou Forks. Não tinha como prever com exatidão. Mas a ideia era envia-los para o mais longe possível dos humanos, que não tem como se defender. Mesmo o plano sendo quase perfeito, estávamos longe de nos sentir seguros. Todos estávamos em grande estado de alerta. Os Volture são ardilosos. O estado passivo deles não podia ser confundido como uma desistência, e sim de que a mente de Aro estava trabalhando lentamente... Friamente, com um plano contra nós...

– Vou falar com Claire. Tenho coisas para levar para Soy. Coisas que eram de Sarah, e ela não vai mais poder usar, alguns brinquedos . Estão quase novas. Acho que Claire pode aproveitar para Soy, com pequenos ajustes. Vou perguntar se eles não querem deixar Soy aqui com Sarah. Nem pensar de deixar Sarah sozinha. Ela pode surtar e sair para procurar Seth, em seus arroubos.



Jacob bufou, negando com a cabeça, sem querer pensar sobre essa possibilidade.

– Faça isso amor. E se a Claire não puder deixar Soy aqui, tudo bem. Vamos ficar quietinhos em nosso quarto à noite...

Ele disse enquanto beijava meu pescoço e subia para morder de leve a ponta da minha orelha.

– Comporte-se, Black.

– Hoje não... À noite, não vou me comportar nenhum pouco, Renesmee.

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Bem, eu tive meio que expulsar Jake depois disso. Eu precisava começar a organizar as coisas que eu ia levar para Claire e Soy. Entrei na garagem, procurando por caixas de brinquedos que estavam etiquetadas. Coloquei tudo na Ranger de Jacob, subi para ver como Sarah estava. Ela estava em seu quarto estudando online com meu pai. Dei um beijo nela, dizendo que ia até a casa de Claire e que talvez voltasse com Soy. Ela sorriu mais animada, com a possibilidade de ficar com Soy.

– Seu pai está lá em baixo se precisar, beijos filha.

–Até, mãe! Vou preparar os dvds dos desenhos preferidos de Soy, para vermos, comendo pipoca.

– Ela vai adorar, querida. Faça isso!

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O dia estava nublado em La Push. Não que isso fosse uma novidade... Eu ia aproximando de carro até a casa dos Ateara, que ficava mais afastada, dentro da reserva. Mas quase escondida perto da enseada, encostada em rochas à beira mar, um lugar tranquilo , que eles tinha preferido ficar pois os turista dificilmente vinham explorar por ali . Parei o carro em frente a casa de madeira, com suas cercas de arame. Envolta, Claire tinha plantado lindos crisântemos que perfumavam tudo ao redor. Desci do carro, estranhando Quil não ter corrido para me saudar. Ele poderia ouvir o barulho do motor da Ranger. Ele está em casa. A sua pick up está estacionada em frente a casa...

Buzinei meio indecisa. Espero não estar interrompendo nenhum namoro ao romper da tarde. Sorri com a cara de raiva que Quil me daria, se eu estivesse interrompendo algo... Mas não! Ninguém saiu da casa...

Sai do carro e respirei profundamente o ar... Me detive por alguns segundos. Eu devia ter feito isso antes. Havia muita névoa agora. Parecia estar se aproximando cada vez mais da casa e de mim... Parecia vir em minha direção... Era uma camada de névoa negra. Está se intensificando mais... Um choro começava a vir de dentro da casa de Quil e Claire. É Soy...

Eu ia notando essa densa nuvem escurecida conforme caminhava em direção da casa . Mais densa que a neblina. Quase uma fumaça sem cheiro. Tão imperceptível, que fatalmente ia passar como poeira ou pó... Mas olhos sobre-humanos viam além da poeira e do pó. Víamos as pequenas partículas quem estavam misturadas com o ar. E mais de perto, eu via o grande nada que tinha naquelas nuvens ,escura. Nenhum cheiro. Nenhuma partícula de poeira se entrecortando com a neblina. Era algo sobrenatural ali. Alguma força... Um poder estava atuando. Nada podia ser visto. Nenhum cheiro. Nada... Olhei alarmada para todos os lados. A neblina ou fumaça me cobria por inteira agora, cobrindo tudo ao redor. O choro de Soy agora vinha em gritos de pânico.

Eu corri para dentro da casa, vasculhando os cômodos, gritando por Claire. Gritando por Quil. Mas só quem estava lá era Soy. Desesperada em seu bercinho, esticando os bracinhos para que eu a pegasse. Seu rosto estava vermelho pelo pranto incessante. Eu a mantive segura em meu corpo, indo para fora da casa, correndo agora até o carro. Eu precisava sair dali. Eu não sei o que estava ali, mas era letal. Eu tinha que tirar Soy dali. Chamar por ajuda, e depois tentar achar Quil e Clare. Eu estava ficando nervosa. A chave do carro caiu das minhas mãos, me retardando. Trêmula, eu entrei no carro, colocando Soy sentada no carona. Foi difícil fazer isso. Ela estava desesperada. Não queria me soltar. Se embolou em meu cabelo, puxando ele desesperadamente. Meu estado frenético não ajudava em nada também. Ela percebia que eu estava em desespero.

– Quietinha, querida. Ajude a Nessie, meu bem. Vamos, tenho que tirar você daqui...

Eu disse, tentando manter minha voz em um tom mais calmo, conseguindo sentar ela no carona e colocando seu cinto. Sem ela nos braços, eu pude usar minha velocidade de vampiro, agindo mais rápido, girando a chave... Que tinha sumido da ignição? Como pode? Eu a deixei cair?

Eu comecei a procurar freneticamente. O choro de Soy, agora eram apenas soluços embargados. Enquanto eu me abaixava no chão do carro para tentar achar a chave. Mas antes que pudesse perceber que não tinha chave nenhuma perdida... A porta do carona onde estava Soy foi rapidamente arrancada e amassada, como se fosse papel. Soy começava seu choro histérico de novo, e enquanto eu tentava inutilmente alcança-la, ela era suspensa no ar como se levitasse em meio a sombras escuras... Eu gritei como uma louca, avançando em meio a nuvem, tentando alcança-la, lutando com um inimigo que se desfazia em uma camada de nuvem...

– Maldito! Me devolva ela...

Rosnei violenta, e braços de outra nuvem me seguravam. Eram braços que me prendiam como uma cela de aço alta e forte, que não me dava chance de defesa... Soy estava a poucos metros de mim, ainda em meio a fumaça escura. Meus olhos estavam fixos nela. Então eu comecei a ouvir uma cantiga. Uma voz conhecida recitava a música e embalava o corpinho choroso de Soy, acariciando seu rostinho. Ela parecia embriagada agora. Hipnotizada pela voz do homem que a embalava. Um barulho de algo tilintando ia distraindo ela. Era a chave do carro, que agora era usada como uma distração para ela, um, chocalho de chaves suspensas, junto com a musiquinha de bebê e a voz de barítono.

Respirei o ar. Lágrimas desciam do meu rosto agora. Uma triste constatação me invadia. Meu desespero veio brutal, quando meus olhos saíram da cegueira das nuvens escuras e eu via o meu algoz... Nahuel segurava Soy. Ele era a voz da cantiga. Ele estava como sempre. Mas o sangue que eu vi em sua roupa fez meu corpo tremer. Ele tinha a blusa de mangas largas rasgadas. Em sua cintura, tinha uma espada estranha. Cravada no centro dela, havia um rubi do tamanho de um pulso fechado. A arma estava ensopada de sangue. Sangue de lobo. O cheiro era familiar demais para não reconhecer. Ele estava com a boca e o rosto manchados de sangue.

– Oh meu Deus! O que você fez, Nahuel? ...Onde está Claire? Onde está Quil?

Ele me ignorava totalmente, quando meu rosto começava a ficar ensopado pelas lágrimas. Minhas pernas não me mantinham mais. Eu só era segurada pelo vampiro que me matinha de pé. Nahuel ainda continuava sua cantiga, parando somente quando Soy parou de chorar completamente, segurando as chaves do carro em suas mãozinhas miúdas.

– Isso! Boa menina! Menina bonita. Doce menina... Seja sempre assim criança. Não cresça sendo uma menina má e egoísta, que pisa no coração daqueles que a amam.

Ele estava louco em seu ódio.

– A deixe em paz, seu assassino. Seu monstro. Solte-a!

– Não está em condições de me pedir coisas, Renesmee...

Ele ainda não me olhava. Parecia evitar me encarar... Mas suas palavras eram cheias de um ódio ressentindo. Algo que ele vinha guardando...

Ele beijou a testa de Soy tão docemente, que era assustador de ver. Um pânico me vinha corroendo tudo. Ele a colocou no chão gentilmente, esticando a mão para que ela a pegasse. Ela pegou. Estava envaidecida com a beleza dele, com seu lado sedutor de vampiro que cativava suas vítimas para uma caça.

– Não a mate. Eu imploro por Deus, Nahuel...

– Deus?...Está louca Renesmee? Acha que pedir por uma entidade da crença humana vai me fazer comover? Não seja tola, meu amor. A vida desse doce de menina depende unicamente de você, querida. De sua benevolência para com ela... Ela está desamparada agora. Esse lindo anjo, sem sua mamãe e sem seu papai lobo...Oh, sim! Só para que entenda. Se é que sua mente ainda não consegui tirar suas próprias conclusões. Seu amigos estão mortos... A mãe dela tinha um sangue delicioso. Eu compartilhei dela com meu amigo Joseam. Ele é muito ávido, sabe... Ah! O lobo ficou louco. Eu tive que mata-lo com minha outra amiga aqui.

Nahuel disse isso, apontando para sua espada ensanguentada. ..

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Enquanto esses eventos se passam, em outro caminho perto da praia principal onde a noite já caía mais escura que o normal, um vento forte sacudia violentamente as árvores na floresta, levantando do chão as folhas secas. Redemoinhos minúsculos iam se formando. Os lobos da ronda começavam farejar o ar. Jason Black era um entre os lobos da ronda. Ele sentia o cheiro melhor que todos. Ele foi o primeiro a notar a primeira cabeça lupina a ficar mais de pé, esticando as orelhas, inalando mais profundamente o ar, arqueando o corpo e ressaltou os pelos. “Não estamos sozinhos.”

Seth ouve a comunicação mental, e começa a perceber algo de errado também.

“Vampiros.”

Todos os dez lobos que estavam ali com eles, se colocaram em alerta, esperando a ordem de Jason.

“Todos juntos aqui. Eles estão perto demais, vindo direto até nós.”

Jason fez um sinal para um dos lobos, para que desse o alarme. Para que corresse para a reserva e informasse da invasão.

Mas a figura alta de Felix saindo sozinho do meio da mata o confundiu. Mesmo que devesse, ele não poderia considerar Felix uma ameaça.

O lobo não saiu para dar o recado. Ele não recebeu a ordem clara de Jason.

– Como vai, garoto? Vejo que achou seus amigos...

Jason abaixou a guarda, voltando a sua forma humana. Os lobos em volta rugem para Felix, impacientes.

“Não façam nada. Eu falo com ele.”

Jason deixou isso passar por sua mente, antes de voltar a forma humana. Ele colocou sua bermuda, sendo observado com cautela por Felix.

– Não está sozinho aqui, grandão. Onde estão os outros?

Felix sorri , de forma enigmática .

– Jane e outro soldado estarão aqui, assim que eu der o sinal. Eles me mandaram na frente, para que apenas lhe dessem o recado de que estão vindo apenas para um bate papo amistoso. Jane não fala mais. Está ansiosa como uma criança para vê-lo, garotão. Não sei o que fez com a garota de gelo, mas ela está caidinha...

Felix falava de maneira animada, mas Jason não se deixaria enganar com isso.

– Onde estão Alec e Chelsea, Felix?

O sorriso amistoso sumiu do rosto de Felix.

– Estão pagando pelo terrível erro que cometeram.

Jason respirou findo . Ele já esperava por isso , mas continuou a perguntar .

– Que erro seria esse?

– O de tentar proteger você, Lucian. Eles estão presos nas masmorras de Volterra, e serão mortos...

Jason se aproximou de Feliz, rosto a rosto, analisando a expressão insondável de Felix.

– Porque não fugiram, Felix?

– Isso não adiantaria Lucian. Não seja tolo...

– É isso? Aro vai usa-los para me fazer voltar? O que pensa disso, Felix?

Felix franziu o centro dos olhos. Parecia avaliar suas opções .

– Sou um soldado cumprindo ordens. Não tenho o que achar das decisões dos reis. Deixe eu dar o sinal verde para Jane e o outro soldado entrarem. Estamos pedindo licença, Lucian. Não precisamos fazer isso, mas estamos. Passamos por suas defesas sem terem noção de nada. Vocês não podem lutar contra nós, garoto...

– Não estou interessado no que Jane venha a me dizer, Felix. Quero que você me fale como ainda está servindo a esses malditos, enquanto Chelsea está sucumbindo numa masmorra Volture. Nunca pensei que fosse um covarde, grandão.

– NÃO ME TESTE, MALDITO LOBO!

Felix rosnou com fúria , e os lobos que estavam no franco responderam com um jorro de rosnado defensivos . Jason fez um sinal de calma para eles , os fazendo calar .

– Junte-se a nós. Eu os libertarei, meu amigo. Nada vai me impedir de solta-los daquele inferno! Mas preciso de sua ajuda.

Felix não podia pensar sobre isso. Ele não podia nem cogitar isso. Qualquer coisa que ele viesse a tramar com Lucian, seriam visto claramente por Aro quando eles voltassem. Mas sua necessidade de salvar Chelsea era maior naquele momento. Talvez Lucian seja a única esperança da sua vampira ter a liberdade.

– O que tem em mente, garoto? Não! É melhor que não me diga. Mas saiba que quando chegar a hora, pode contar comigo... Temos que tirar eles de lá, garoto.

Jason sorriu, agarrando os ombros de Felix para um abraço.

– Seu maldito moleque. Como pode nos deixar, sem nem ao menos um adeus descente?

Felix disse, retribuindo o abraço de Lucian.

– Vamos tira-los de lá. Vamos tirar os dois de lá, Felix. Eu prometo isso você... Alec... Como ele recebeu a noticia do meu sumiço?

– As coisas ficaram muito malucas depois que soubemos que não ia mais voltar. Por um tempo, ainda aguardávamos o seu retorno. Mas depois, Nahuel disse que sua família estava toda aqui. Que você tem até mesmo irmãos. Ele contratou um investigador humano, que tirou fotos...

– O que mais eles sabem?

– Só isso. O que mais eles tem para saber? Aro ficou louco quando soube que os Cullen o tinham enganado de novo. Irmãos? Quem iria prever isso?

– O que NAHUEL disse? Preciso saber de tudo. O que esse investigador maldito descobriu mais? Eles sabem da minha mãe?

– Renesmee? Não, nada. Ele não mencionou nada sobre sua mãe. Apenas que sua família mentiu sobre seus irmãos.

Jason parecia pensar sobre isso. Sua mente maquinava sobre as reais intenções de Nahuel sobre isso. Se ele tinha descoberto sobre seus irmãos, era óbvio que sabia que sua mãe estava viva. Mas perguntar mais coisas a Felix seria deixar migalhas de pão para que Aro seguisse, assim que vasculhasse a mente dele. Sorriu, colocando a mão no ombro de Felix.

– Sentiu minha falta, grandão? As noitadas ficaram sem graça sem o meu charme. Confessa...

– Deixe de ser convencido... Preciso chamar Jane, ou ela vai desconfiar de algum acerto entre nós...

– Preferia não vê-la.

– Lamento, ela não vai sair daqui sem ver você, Lucian.

– Meu nome é Jason, Felix.

– É, eu sei. Só vai ser difícil me acostumar. Vou chamar a loura fatale.

Jason não voltou a sua forma lupina. Ficou calado, sentado em uma pedra. Pediu que os lobos o esperassem ocultos na floresta, aguardando ali na pequena clareira da mata com Felix. Eles aguardaram enquanto Felix tinha mandado um sinal pelo telefone.

– Como chegaram até aqui, Felix, sem terem sidos detectados pelos outros?

Felix deu a Jason um olhar complacente.

– Os sombras... Nerida está morta. Aro os convenceu a se aliarem a nós.

– Nerida está morta?

Felix o olha estranho.

– Pensei que soubesse. Jane terminou com seu sofrimento depois de um ataque de lobo em Madri. Não foi um dos seus? Jane a executou, mas ela já estava muito ruim quando ela a encontrou. Disse que não sobreviveria, mesmo que a poupasse. Disse que foi um ato de misericórdia ... Acredita nisso? Jane com pena? Ainda mais de Nerida? Jane a matou. Mas ela teria morrido com os ferimentos. Mordida de lobo, para nós vampiros, já é um inferno cicatrizar... Para os híbridos, é quase uma sentença de morte.

Jason tinha o olhar escurecido nessa hora, como se ligasse os pontos soltos em sua mente. Mas ele não pôde terminar suas divagações. As cabeças três vampiros, cobertos pelas capas negras dos Volture, vinham saindo da mata. Um era alto, com cabelos até os ombros. Jason não o reconheceu, e concluiu que era um dos sombras. O outro, era um garoto novo, que Caius vinha criando como filho. Ele era um maldito ladrão. Rápido como um piscar de olhos. Capaz de confundir qualquer um com isso. A outra capa demorou para cair. Jason sentiu um leve desconforto na boca do estômago, quando Jane tirou seu capuz, revelando seu cabelo dourado e brilhante, preso como sempre. Seus olhos vermelhos e frios encarando Jason sem piscar.

– Deixem-me sozinha com ele.

Ela deu a ordem, sendo obedecida imediatamente, sem perceber o olhar rápido que Felix e Jason trocaram.

– Lucian...

Jane quase sussurrou, se aproximando, cobrindo o rosto de Jason com suas mãos frias. Jason permitiu esse contato por alguns segundos apenas, para depois segurar suas mãos e as retirar de seu rosto.

– JASON. Esse é meu nome, Jane. Mas isso, você e todos daquele castelo já sabiam.

Jane o olhava cautelosa, agora.

– É por isso que não voltou? Está com raiva de nós? Está pensando que mentimos para você, meu querido. Quando tudo que fizemos foi protege-lo de sua família egoísta, que queria transforma-lo em uma arma contra os Volture. Não somos seus inimigos, meu amor. Aro está desesperado por sua volta. Ele não está com raiva por sua fuga. Vai aceita-lo de volta, sem causar danos nenhum a reserva de lobos. Ele garante...

– E se eu não quiser voltar, Jane?

– Não pode estar falando sério... Não seja tolo, Lucian. Suas férias terminaram. Veio até aqui. Conheceu sua família. Mas agora acabou a aventura... Tem que voltar comigo!

Jane disse isso, segurando a ponta dos cabelos de Jason. Seu corpo muito próximo do dele. Jason tinha os olhos escuros, e a segurava pelo pulso, agora tentando afasta-la sem machucar. Um rosnado foi ouvido. Um claro sinal de aviso. Jason olhou para a mata sem conseguir ver, mas sabendo muito bem quem era a dona daquele rosnado. Jane olhou para direção onde Jason olhava, para ver a silhueta de um lobo pequeno, vindo na direção deles. Ele caminhava lentamente. Mas seus dentes a mostra e o grunhido de raiva que saia da fera, era um claro sinal que ela estava se controlando para não avançar na vampira.

– Diga para a cadela se acalmar, Lucian.

Jason olhou para a loba, que mantinha seus caninos a mostra e olhava enfurecida para Jane.

– Tire as mãos de cima de mim, que ela vai se acalmar, Jane.

Jane olhou surpresa para Jason, e seu olhos vermelhos tinham um brilho perverso agora.

– Sua namorada, querido? Devemos contar a ela então, sobre nosso amor. Sobre o quanto eu mexo com você.

Jane não recuou. Apenas abaixou as mãos, quando viu a expressão da loba se enfurecer ainda mais.

– Ele não disse a você querida... Esse príncipe é mesmo um conquistador, não é mesmo? Espero que não tenha tido ilusões a seu respeito. Ele não costuma cuidar do que cativa . Pega, usa, enjoa e descarta sem pensar a respeito. Nossa amiga em Madri é um exemplo. Foi abandonada a própria sorte. Estava tão desesperada, que ficou fácil acabar com ela, não é mesmo? Foi um trabalho em equipe. Eu e você, não é cadela? Eliminamos a concorrência. Pelo menos, diminuímos...

– Cale a boca Jane !

Jason pediu indignado .

– Não! Não! Eu vim aqui para leva-lo comigo, Lucian, de forma pacífica. Mas se preciso for eu destruo essa cadela e quantos mas eu precisar , para que venha comigo !

Outro rosnado de Leah.

– Não vou a lugar nenhum, Jane. Essa é minha verdadeira família. Aqui é o meu lar.

– Insista com isso, Lucian... E não haverá lar. Nem mesmo família para você, meu caro. Iremos destruir essa floresta. Queimar casa por casa. Matar toda descendência Quileute, que um dia possa vir a existir...

O olhos de Jason se arregalaram nessa hora. Sua pele tornou-se febril, e o fogo da transformação veio em rosnados. Mas Jane foi rápida, provocando dor em Leah, enquanto Jason se transformava. Um ganido da loba o distraiu por segundos. Uma fumaça escura tomava conta da pequena clareira, ao mesmo tempo em que os lobos que estavam na espreita avançaram. Mas tudo ali estava negro. Envolto em nuvens de fumaça maciça, que nada podiam ver.

“Droga! É o outro irmão das sobras. O que causa a fumaça da sombra, ocultando seus corpos. Cegando os inimigos.”

“Precisamos de ajuda. Eles não podem sair daqui!”

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( Casa dos Black )

– Pai, a que horas a mamãe saiu?

Sarah perguntou, descendo as escadas para encontrar um Jacob inquieto, andando de um lado para outro, com o telefone na mão.

– Há horas, filha. E ela não está atendendo o telefone. Estou preocupado. Já é noite. Nós tínhamos combinado de sair.

– Eu sei. Ela ia trazer a Soy. Acha que ela pode ter ido na mansão, ou ter ido visitar Edmond?

Jacob ficou calado, olhando pela janela.

– Não, ela não foi... Temos que sair!

Sarah estava descalça. Começou a calçar seus tênis, que estavam na porta, seguindo seu pai, que saltou na varanda.

– Chame seus irmãos, Sarah. Use o elo mental. Dê o alarme. Sua mãe está em perigo!

Jacob se transformou. Depois disso, sem se importar com a roupa, sentiu Sarah correndo ao seu lado sem dificuldades. Mas sua mente foi tomada por uma batalha que seguia em meio à fumaças escuras!!!

“Eles estão sendo atacados, pai!”

Sarah viu ,também no mesmo instante que conectou sua mente com seu irmão Jason .

“Mande Edmond para lá. Avise os Cullen, filha. Preciso achar sua mãe!”

“SIM!”

Sarah se desviou dele, indo em direção a cabana de Edmond. Mas ela não precisou chegar até lá. Seu irmão a resgatou no meio do caminho, a pegando pela boca, arremessando ela em suas costas.

“Edmond, Jason e Seth estão sobre ataque. Nossa mãe sumiu. Eles chegaram, Edmond!”

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As patas de Jake afundavam a terra em lama, que era o caminho da casa de Quil. Ele não demorou nada em sua corrida, mas começava a caminhar lentamente quando viu o carro na frente da casa. Ele estava sem a porta do carona. Havia cheiro de vampiro ali. Cheiro de sangue. Cheiro de morte. O aroma de flores de Renesmee se misturava aos outros. Mas Jacob distinguia ele com clareza. Mas tudo ali imperava em um silêncio mórbido. A casa estava vazia. Sinais de luta estavam pelo caminho. Rastros de sangue deixavam uma trilha na grama até os fundos da casa. Jacob seguiu, e a visão de dois corpos conhecidos fez suas pernas bambearem. Era uma visão angustiante. Claire estava com seu pescoço quebrado. Seu sangue tinha sido totalmente drenado. Ao seu lado, jazia Quil. Ele não tinha sido bebido, mas sim cortado ao meio, com algum objeto que Jacob não poderia saber qual era. Qual objeto maligno poderia ter a força de cortar um lobo? Um filho Quileute... Sem dar a ele, a chance de se transformar...

Jacob sentiu seu corpo pesado. Ele não tinha força para chorar pelo seu irmão. Apenas rosnou perante seus corpos e soltou um uivo de lamento. Um uivo tão alto e cortante, que seguiu por toda La Push. Um uivo agorento, que trazia em seu som, o alerta da morte de seu irmão e de sua irmã. Um uivo que vinha carregado com uma certeza de fúria e vingança certa, anunciado pelo alpha dos lobos Quileutes.

O seu lamento ecoaria pelas montanhas até Olympic. Era o uivar da anunciação da morte. O chorar incessante do lobo, que foi respondido por todos os outros lobos transformados. Iniciando uma estrondosa agonia de uivos, que permaneceu por um longo tempo, fazendo toda aldeia Quileute estar ciente que algo terrível tinha acontecido a um de seus protetores...


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Notas finais do capítulo

Tem capítulos , que simplesmente odiamos escrever ... :(



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