Shadows Of The Soul- Livro 1 escrita por Taty Kiss


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, minha vida anda mto corrida ultimamente!
Gostaria de agradecer por terem esperado!



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Acordei desnorteada, sem saber onde estava ou como havia chegado ali, até onde me lembrava, eu deveria estar morta...

Mas por incrível que pareça não era como me sentia, por outro lado, o que eu sabia sobre estar morta? Algumas pessoas diziam que a morte era o descanso eterno ao lado de nosso senhor, outros falavam de inferno e ate de um tal de “purgatório”...

Eu tinha em minha mente que o céu era um “paraíso”, com flores, um céu azul, um lugar onde eu em fim conheceria minha mãe, será que eu estava errada?

Bem, talvez eu tivesse ido para o inferno, e ele não fosse como todos pensavam talvez ele consistisse na escuridão e solidão, fazendo com que o “morto” se sentisse tão desprezado que acabasse por enlouquecer... Mas será que eu havia sido tão má assim pra chegar a merecer tal castigo? E quanto ao anjo que vi antes de apagar?

Movi-me lentamente e percebi que seja onde eu estivesse era ate confortável, tentei me levantar, mas parei imediatamente assim que percebi uma fresta de luz aparecer em meio à escuridão, meus músculos endureceram no mesmo instante em que uma sombra apareceu em frente à luz, o que me fez pensar que talvez o homem do capuz não houvesse me matado, mas sim me sequestrado...

Pensei em correr, mesmo sem saber onde eu estava, levantei-me aos tropeços e me preparei para atacar meu oponente, mas ainda me sentia fraca (mais um motivo pra duvidar de estar morta), e acabei caindo no chão frio e duro.

A sombra se aproximou as pressas de mim, abri meus lábios pra gritar mesmo sabendo que de nada adiantaria, quando percebi que na verdade quem estava em minha frente não era nada mais nada menos que Janny, sã e salva.

Lagrimas escorriam de seus olhos enquanto ela me ajudava a voltar para cama, que reconheci em poucos segundos, agora eu sabia onde estava... Este era o quarto do meu amado Jon, a luz que irradiava da porta me fez perceber o tão familiar cômodo, as paredes de vidro estavam totalmente cobertas por uma cortina totalmente preta, o que explicava a penumbra anterior.

-Ally, graças a Deus voce acordou, nos estávamos tão preocupadas com você, principalmente eu, ai como estou envergonhada, você podia ter morrido, e tudo por minha causa, como fui burra, me sinto mal, por favor, Ally, diga que me perdoa, peça qualquer coisa e farei por você... Diga alguma coisa, não fique calada, seu silencio esta me matando...

Ela falava apressadamente, o que fez com que eu me esforçasse para entender. 

Coloquei minha mão em seus lábios fazendo-a se calar e comecei lentamente...

-Janny, eu estou bem, não me lembro de muita coisa, mas estou bem, e você não tem nada a ser perdoado, você não tem culpa de nada.

Ela sorriu, com lagrimas escorrendo dos olhos, a porta se abriu mais uma vez e Jully passou por ela com um pote gigante nas mãos. Assim que me viu ela paralisou na porta como uma estatua.

Um genuíno sorriso se espalhou em seus lábios, ela largou o pote na cômoda e pulou ao meu lado gritando feito uma histérica.

Elas contaram que assim que fui atacada um incêndio se iniciou no colégio e que ninguém chegou a se ferir, as causa ainda eram desconhecidas, com isso as aulas foram suspensas por uma semana para que pudessem fazer os concertos necessários, Katy havia inventado uma historia convincente para a diretora de que eu estava com conjuntivite de nível Maximo, tendo, portanto que ficar de quarentena fora dos portões do colégio. Os meninos não estavam em casa devido a uma ligação que haviam recebido durante a madrugada, Katy devia estar colhendo alguma planta medicinal pelos arredores...

As garotas teimaram que eu devia me manter deitada, mas me recusei terminantemente, era impossível ficar mais um minuto se quer naquele quarto. Sai andando pela casa com ambas em meu encalço. Desci as escadas e fui à procura de algo para comer, meu estomago roncava anunciando o tamanho de meu apetite, sentamos as três no sofá com uma tigela de salgadinhos.

Elas continuaram falando, mas após um tempo perdi o interesse no papo e deixei minha cabeça vagar, eu queria que Jon estivesse ali, eu tinha tanto a dizer pra ele, tanto a agradecer...

Outra coisa que tomava conta de minha mente era o ser que vi antes de apagar, eu tinha certeza de que se tratava de um anjo, mas pelos relatos das gemias eu sabia que não tinha ninguém com assas na clareira...
Será que eu havia imaginado aquela cena? Mas pareceu tão real pra mim... Meus devaneios se prolongaram ate o momento em que Katy voltou pra casa. Ela entrou na sala segurando varias sacolas e assim que me viu largou tudo no chão, corri em direção a ela nem me importando com o barro que cobria suas roupas.

-Que bom que você já está acordada...

Falei a primeira palavra que me veio a mente, aquela que sabia que não cançaria de dizer a ela...

-Obrigada...

-Pelo que?

-Por ter salvado minha vida, assim como a das garotas.

-Acredite, isso não foi nada.

Sorri pra ela, Katy era sempre tão perfeita, estar com ela era o suficiente pra se sentir bem, acho que é por isso que ela tão boa com seu trabalho.

-Pra onde o Jon foi?

-Tivemos um pequeno problema com um antigo amigo e ele teve de ir resolver junto com os garotos, mas fique tranquila, ele estará aqui até sábado...

Sábado? Eu sabia que devia me lembrar de algo, mas não sabia do que se tratava o que ia acontecer no sábado? De repente deu um estralo em minha mente e eu sabia o que estava passando despercebido, esse era o fim de semana da festa, eu devia estar ajudando com os preparativos do baile. Meus olhos se arregalaram perante minha descoberta.

-Eu devia estar na escola, tenho que ajudar com a decoração, o pessoal deve estar querendo me matar.

-Ei, respira, nos já demos um “jeitinho”.

Olhei desconfiada pra Jully.

-Como assim?

-Simples, pedi pra que o Evans fizesse a diretora esquecer o castigo!

Por que eu não pensei nisso antes? Ah sim, por que eu sempre fui à certinha, às vezes me esquecia que minhas amigas podiam ser bem “levadas”.

O sol já estava nascendo quando consegui convencer Katy a me deixar ir para a escola, eu não queria mais dormir, eu já havia chegado a minha cota, pelo jeito, eu passaria um mês sem conseguir fechar meus olhos outra vez.

*******************************************************

Passei os dois dias seguintes ocupada com a arrumação, durante esse tempo não consegui conversar uma vez se quer com Jon, o que estava me incomodando por demais. Contei a mesma coisa diversas vezes para as pessoas curiosas que perguntavam sobre minha doença... Jantei com as gemias no quarto de Ruby e Megan. 

Elas pareciam não acreditar em minha historia, mas não fiz menção alguma de contar a verdade.

Em fim a sexta chegou, e os alunos que ainda não haviam adquirido roupas para o baile ganharão permissão de ir até a cidade no ônibus pertencente ao internato. Eu não estava nem um pouco animada a me juntar a equipe de “compras”, depois de tudo que passei a ultima coisa que desejava era um baile idiota com pessoas que nem imaginavam o que estava a sua volta. Depois de muita discução as gemias conseguiram me enfiar no ônibus junta a muitas outras garotas histéricas.

A viajem durou umas 2 horas, o que já estava me irritando, não aguentava mais ouvi-las tagarelando sobre assuntos fúteis.

Entramos em varias lojas a procura de algo que agradasse, até a hora do almoço todas pareciam ter encontrado o traje perfeito, menos eu... As roupas eram tão “iguais”, que me enjoavam... Eu estava prestes a desistir quando vi uma lojinha simples na fim do corredor. As meninas estavam apertadas para ir ao toalete por isso acabei entrando sozinha.

Não havia ninguém no balcão quando adentrei a loja, fui olhando as prateleira, os vestidos eram bem simples, e pareciam muito empoeirados. De repente alguém pigarreou atrás de mim, fazendo com que eu saltasse dois metros do chão...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado....
apesar de eu ter realmente achado um verdadeiro fiasco...
bjs e ate o proximo cap!



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