Shadows Of The Soul- Livro 1 escrita por Taty Kiss


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Jon me deixou na porta de meu quarto alegando que tinha uns “ajustes” a fazer e que eu tinha 30 minutos pra me arrumar.
Entrei no quarto e encontrei Jully embolada em sua cama.

-Ju levanta, temos planos pra noite.

-Temos?

-Sim, eu e você!

-Não, prefiro ficar aqui quietinha.

-Não senhora, levanta, para de ser preguiçosa...

-Ally eu não to no pique alem do mais isso não é hora de passeios...

-Para de discutir e se arruma.

-Não.

-Sim e ponto final!

-Você não vai me deixar em paz né?

Balancei a cabeça.

-Que porra Ally, isso é injusto.

-Injusto é você fica ai sofrendo pelos cantos. Agora toma uma ducha enquanto
escolho uma roupa pra nossa noite!

Ela saiu do quarto bufando de raiva e se dirigiu para o banheiro. Abri o guarda roupa e escolhi um vestido pra cada uma. Levei o dela pra que ela pudesse se trocar.
Meia hora depois estávamos lindas e maquiadas. Sorri pra Jully.

-Tempo record!

-Pois é...

-Por favor, não fica emburrada, a noite vai ser legal!

-Ah, claro, eu de vela, vai ser perfeita!

Eu não tinha pensado nisso, mas assim que abri a porta e me deparei com Jon e Evans parados na soleira percebi que meu amado fora mais rápido que eu.

-Linda.

-Obrigada!

-Vamos?

-Sim. Jully este é o Jon, meu namorado, e este é o Evans irmão dele.

Jully encarou boquiaberta o par de Deuses do lado de fora.

-Prazer em conhecê-los.

-O prazer é todo nosso. O carro esta la embaixo.

Jon abriu espaço pra que pudéssemos passar e Jully tratou logo de me puxar pra mais perto.

-Você não falou nada de irmão mega lindo gato...

-Eu não sabia.

Olhei pra trás e vi que Evans se divertia com nossa conversa, essa coisa de vampiro, super audição e coisa e tal era irritante.

Entramos no elevador todos calados. Eu teria que fazer alguma coisa pra quebrar o silencio. Virei-me pra Jon.

-Então, o que planejou pra hoje?

-Pensei em boliche e depois o jantar lá em casa, Katy esta animada no preparo de um prato novo que ela aprendeu...

Jully arregalou os olhos e perguntou:

-Katy? Tipo a Katerine psicóloga?

Jon respondeu calmamente:

-Sim.

O elevador parou no térreo e tive de empurrar Jully porta a fora. Assim que pisamos o pé pra fora do saguão Jully voltou a cochichar em meu ouvido.

-Por que a psicóloga vai estar lá?

-Ela é prima de Jon.

-O MEU DEUS, tem mais alguma coisa que você esqueceu de mencionar, tipo, sei lá, seu novo namorado tem um irmão mais que lindo que trabalha na escola, a nova psicóloga é prima dele, vocês tem total liberdade pra entrar ou sair da escola quando bem entendem, o que , vai me dizer que a diretora é mãe dele agora?

-Não, é apenas a Katy o Jon, o Evans e o Tayler...

-Isso é muito estranho.

-Você não imagina o quanto.

-O que?

-Nada não, to apenas pensando alto...

Achei que encontraríamos o Aston ou o Lamborghine parados em frente à escadaria, mas ao invés disso me deparei com um Mercedes bens ml 500. Esse carro sem duvidas não estava na garagem no dia de minha expedição. Evans abriu a porta traseira para que eu e Jully entrássemos e assim fizemos.

Jon sentou-se no banco do motorista e começou a dirigir. De tempos em tempos Jon me lançava olhares pelo retrovisor. O silencio já estava me sufocando então resolvi quebrar o gelo.

-Tem algum cd bom pra escutarmos?

Evans sorriu e se dirigiu a mim.

-Cunhadinha seus pedidos são uma ordem.

Vi quando Jon revirou os olhos para o irmão, sentados ali, dentro de um carro pareciam tão normais... Mas eu sabia que as coisas não eram bem assim.

Em poucos segundos uma batida de rap começou a tocar nos autofalantes.

-Evans eu disse algo bom...

-Não curte rap? Só podia ser namorada do Jon...

Com um movimento rápido Jon deu no irmão um tapa na nuca.

-Ei irmãozinho, isso foi um elogio.

-Calado. E troca o cd.

-Chato.

Ouvimos Shakira, Beyoncé, Britney Spears e Cold Play enquanto a estrada ia passando ao redor, continuávamos calados. Logo a paisagem verde foi sendo substituída pelo transito da cidade.

The Calling começou a tocar e decifrei as notas da Wherever You Will go.
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Por Onde Quer Que Você Vá
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Ultimamente, tenho pensado.
Quem estará lá para tomar o meu lugar?
Quando eu tiver ido, você precisará de amor para iluminar as sombras no seu rosto.
Se uma onda enorme caísse, e caísse sobre todos nós.
Então, entre a areia e as pedras, você conseguiria se virar sozinha?

Se eu pudesse, eu iria.
Eu Irei aonde quer que você vá
Bem lá em cima ou lá embaixo,
Irei aonde quer que você vá

E talvez, eu descobrirei.
Uma forma de trazer tudo de volta algum dia
Para observá-la, para guiá-la, através do mais escuro dos seus dias.
Se uma onda enorme cair, e cair sobre todos nós.
Então eu espero que haja alguém
Que possa me trazer de volta para você

Se eu pudesse, eu iria.
Eu iria aonde quer que você fosse
Bem lá em cima ou lá embaixo,
Eu iria aonde quer que você fosse

Fuja com o meu coração
Fuja com a minha esperança
Fuja com o meu amor

Só agora eu sei o quanto
A minha vida e o meu amor precisam permanecer
No seu coração e na sua mente,
Eu estarei com você por todo o tempo

Se eu pudesse, então eu iria.
Irei aonde quer que você vá
Bem lá em cima ou lá embaixo,
Irei aonde quer que você vá

Se eu pudesse fazer o tempo voltar
Irei aonde quer que você vá
Se eu pudesse fazer você ser minha
Irei aonde quer que você vá
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Sempre fui apaixonada por essa musica, mas nesse momento ela parecia trazer muito mais sentido que antes, era como se no passado eu só ouvisse sem realmente entender a letra, já nesse momento podia trazer a verdade de cada palavra pra dentro de minha vida, Jon grudou seus olhos nos meus como se sentisse o mesmo. Nossa troca de olhares era tão intensa que nem percebi que já havíamos chegado.
Jon abriu minha porta me ajudando a descer, peguei sua mão e olhei em seus olhos, eram tão puros, tão verdadeiros...

Ficamos assim ate que alguém pigarreou a fim de chamar nossa atenção, era Evans.

-Viemos jogar ou o que? Vocês vão mesmo ficar se pegando no meio do estacionamento? Que tal encontrarem um motel?

Fiquei vermelha instantaneamente e Jully riu, foi a primeira vez que a vi sorrir depois do incidente com a irmã. Fiquei feliz por ela, talvez pudesse deixar os problemas pra trás e se divertir, sem duvidas Evans era o cara perfeito pra ajuda-la.

Jon também parecia descontraído, mais ate do que ele ficava quando estava perto de Katy... Fiz uma nota mental de questioná-lo sobre isso quando estivéssemos a sós.
Jon me abraçou e fomos em direção ao clube. Eu nunca havia estado naquela área da cidade, sem duvida não era qualquer um que coseguiria entrar num local como aquele.

A fila na porta era grande, mas Jon e Evans não se encaminharam pra ela, ao invés disso nos conduziram direto ao segurança. Evans passou na frente e cochichou no ouvido do rapaz uniformizado que imediatamente abriu espaço pra que passássemos.
Jully olhava tudo em volta maravilhada. Uma moça alta e loira apareceu na entrada pra nos receber.

-Senhores Maison, que honra recebê-los mais uma vez em nosso estabelecimento...

O que vão querer pra hoje?

Ela babava nos garotos. Li em seu crachá Barbara. Jon respondeu.

-A sala de sempre está ótimo.

-Claro, por aqui.

Ela passou rebolando em nossa frente, ridiculamente se insinuando pro meu namorado, aquilo era o cumulo, será que ela não notou que ele estava COMIGO?

Grudei minhas unhas no braço de Jon e ele me olhou interrogativamente, fingi não notar, pois não queria discutir isso na frente de plateia (principalmente meu querido cunhado com ótima audição e um humor elevado).

Barbara nos levou diretamente a uma sala de boliche particular grande e aconchegante, a luz era de um azul florescente, havia quatro pistas e três telões sobre elas e as paredes eram de espelho, com sofás estofados na cor preta perto da porta e mesas com banquinhos giratórios, tudo aquilo dava ao lugar um ar de surreal, tal como meu namorado vampirizado.

Barbara se virou mais uma vez pros garotos, era como se eu e Jully fossemos invisíveis.

-Aceitam beber algo?

Jon virou pra mim.

-Você quer?

Balancei a cabeça satisfeita, meu ver Jon ignorava totalmente as investidas da garota.

Ele a dispensou alegando que já conhecia a lugar ela jogou mais um pouco seu charme barato sobre ele.

-Precisando é só chamar!

Ela saiu da sala bufando, sem duvidas não estava acostumada a ser rejeitada.
Comemorei internamente, pois eu sabia que ela era bonita, linda pra ser bem sincera, seu corpo cheio de curvas, seios avantajados, loirinha, 20 e poucos anos, sem duvidas o tipo de garota que tem todos a seus pés... Menos é claro, o meu namorado.

Essa batalha eu já havia ganhado.

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Notas finais do capítulo

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