Shadows Of The Soul- Livro 1 escrita por Taty Kiss


Capítulo 12
Capítulo 12




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-Puta que pariu Megan, você quer me matar do coração?

Eu já estava ofegando e com o sangue subindo aos ouvidos

Ela riu da minha cara e se sentou no banco onde antes eu me encontrava. Respondeu tentando conter o riso...

-Desculpa, não era minha intenção. Mas eu não tenho culpa se você ta ai toda distraída e nem me viu chegar. – acrescentando em um tom mais serio- Falando nisso, posso saber qual o motivo da pequena excursão ate a lua? Poso apostar que tem dedo do garoto de ontem, mais que gatinho, de onde você tirou ele?

-Meg, eu acho que são muitas perguntas. Mas já que quer tanto saber eu estava apenas apreciando o sol e deixando que seus raios aquecesse minha pele, reparei hoje que estou com uma cor horrível.

Como que para salvar minha pele, as gemias apareceram cortando minha conversa com Meg, Eu devo admitir que me senti bem mais leve, ao menos a seção “fale-me sobre o gato” seria adiada.

Pelo sorriso estampado no rosto das irmãs percebi que o pior já Haia passado e que o restante do caminho seriam apenas flores.

-Meg!

Jully se jogou nos braços da amiga como se não se vissem há muito tempo. Me desliguei da conversa e fiquei apenas ali, parada, com a mente voando entre os acontecimentos.

Meia hora depois as garotas me disseram que iriam procurar pelo Profº de física pra resolver o tema de um trabalho que ele havia passado aula passada e eu resolvi que ainda queria desfrutar um pouco mais do sol.

Me deitei no bando com os braços sobre o rosto. A calmaria que tomou conta do lugar era tanta que acabei cochilando.

Com um pulo levantei, assim que um par de mãos tocou meu corpo, dessa vez o visitante era Jon. O sorriso que tomou conta de meu rosto era muito grande, dês da hora que acordei não pensava em outra coisa, embora antes eu não quisesse assumir pra mim mesma.

-Jon!

-Ei, tudo bem?

-Claro que sim.

Nos sentamos no banco de pernas cruzadas, um de frente para o outro. De repente ele falou, e sem duvida não eram palavras que eu esperasse ouvir.

-Minha mãe está curiosa pra conhecer você por isso ela pediu que eu te levasse la em casa hoje.

Aquilo não era uma pergunta mas sim uma intimação.

-Serio? Tipo, eu ir ate sua casa e conhecê-la? Eu nem saberia o que usar, e se ela não gostar de mim? Ai não Jon, o pessoal não vai me deixar sair.

Ele pós as mãos em meus ombros a fim de me fazer relaxar ou me calar, de qualquer maneira sendo ou não essa sua intenção, foi o que aconteceu.

-Apenas respire e pense em uma coisa de cada vez... Você pode vestir o que quiser, é apenas um encontro com minha mãe, quanto ao fator autorização, bem tenho certeza que o Evans ficara muito feliz em ser útil... E finalmente, tenho certeza que minha mãe vai te adorar!

Respirei tentando absorver suas palavras e repetindo-as em minha mente como um mantra... Eu não estava realmente preocupada com autorização, o que me matava era o fato de conhecer uma bruxa, não que eu estivesse com medo, mas sem duvida esse seria um encontro muito estranho... Respirei mais algumas vezes sabendo que eu não teria como escapar e respondi apenas:

-Eu aceito o convite.

Ele se levantou e eu inconscientemente segui seu exemplo.

-Ok, te pego as 20h00min. Preciso ir agora anjo...

-Mas já? você mal chegou...

-Eu sei, mas não posso me demorar muito aqui, alias você sabe que está sonhando não é?

De repente me dei conta de que o lugar estava realmente muito “vazio”... Eu não havia me dado conta até aquele momento, afinal Jon tinha mania de causar esse tipo de reações em mim quando estava por perto, era como se o mundo simplesmente parasse, como se fossemos transportados para outro lugar, longe de tudo e de todos.

Minha boca se abriu em um grande “Ohhh” assim que percebi que ele estava usando seu dom para se comunicar comigo.

Mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa o mundo a minha volta oscilou e me senti caindo em um abismo, em poucos segundos eu estava de volta ao presente rodeada por minhas amigas que me olhavam especulativas. Suas faces variavam de curiosidade a divertimento.

Meg resolveu quebrar o silencio.

-O sonho devia ser realmente muito bom já que vejo baba em todos os cantos do banco...

Todas caíram na gargalhada, menos eu que me sentia privada da presença de Jon, estava indo tudo tão bem em meu “sonho”... E eu nem tive tempo de me despedir dele. Tentei banir minha raiva pra longe, afinal elas não sabiam que estavam interrompendo meu romance secreto...

-Haha, como são engraçadas... O que querem?

-Só queríamos te chamar pra um piquenique... À tarde esta tão maravilhosa que seria uma pena desperdiçar.

Foi ai que vi a enorme cesta nos braços de Janny... Minha barriga estava meso protestando então resolvi aceitar, afinal eu não havia almoçado a menos que salgadinhos comecem a contar como almoço.

Uma hora depois estávamos às cinco esparramadas sobre uma toalha vermelha sobre a grama.

Ficamos assim por um bom tempo, ninguém parecia querer realmente conversar, estávamos cada uma com seus próprios problemas ou cheias de mais pra pronunciar uma palavra se quer.

Utilizei este tempo para pensar o que faria com minha noite, a coragem que demonstrei aceitando o convite para o jantar estava sumindo. O simples fato de saber onde eu estava me metendo causava arrepios. Mas lá no fundo algo me dizia que Jon jamais me colocaria em risco.

Olhei para o relógio e verifiquei que já se passava das 17h30min, eu precisava mesmo começar a me arrumar. Me levantei e chamei as garotas.

-Preguiçosas, levantem, já esta muito tarde. Vamos...

Com alguns protestos as quatro me seguiram. Juntamos o que sobrou do lanche e colocamos na cesta.

Já no prédio nos dividimos. Meg e Ruby foram para seu quarto enquanto eu e as gemias nos dirigimos para o nosso...

Eu já ia fechando a porta quando uma leve batida me fez mudar os planos.

-Senhorita Lokwood a diretora a espera em sua sala.

Meu primeiro pensamento foi que eu havia sido descoberta, mas se fosse assim, sem duvida eu não seria a única a ser chamada. Dei de ombros e segui a supervisora pelo corredor.

Entrei na sala da diretora com o coração na mão, foi quando a vi.


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