Digimon Beta - E as Cartas Acessórias escrita por Murilo Pitombo


Capítulo 58
Chaosdramon se Revela




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Calamon, digimon das trevas que se intitula irmão de Culumon, não consegue afrontar os domadores. João utiliza os seis digimons elementais a seu favor e enfraquece Metaletemon, conseguindo destruir o digivice de Bento e atrapalhando os planos do pequeno digimon negro. Sem a carta “Força Extrema”, Calamon não teria como derrotar o grupo de domadores, digimons e o próprio Culumon.

— Você não tem escolha, Calamon. Estamos em maioria.

Calamon encara Murilo. Seus olhos tremiam de raiva, enquanto o domador sorria.

— Chegou o fim da linha para você!

— Você não me conhece, humano insolente! Desde quando me separei de Culumon que venho lutando para ter meu valor reconhecido. Não vou desistir tão fácil!

— Por que você se escondeu esse tempo todo, culú? Deixou que acreditássemos que seus ditadores haviam te destruído.

— Fazia parte do meu plano. Eles tomariam à frente de tudo, enquanto eu descobria uma maneira de recuperar minhas forças. Dei total poder a eles. Escolhi Beelzebumon como líder. Mandei que declarassem guerra a você e que atacassem a sua base.

— Sei que nunca concordou com meus ideais, culú. Poderíamos ter conversado, entrado em um acordo!

— Hipócrita! - Calamon grita. - Você se separou de mim só para servir de exemplo para os demais digimons. Queria que todos acreditassem que se eles abandonassem seu lado negro, sua face repleta de sentimentos ruins, seriam tão poderosos como você.

— Você sempre me atormentou, culú. Quando você fazia parte do meu corpo, queria a todo custo dominar minha mente, impor vontades. Constantemente eu tinha lapsos de memória, fazia coisas das quais não lembrava.

Calamon sorri, satisfeito.

— Por isso abdiquei do meu lado negro. – Finaliza.

O sorriso some, instantaneamente, da face de Calamon.

— Você me forçou a ter uma semivida! Não me deu direito de escolha. Você não deu escolhas a ninguém. Quanto desses humanos e digimons que hoje trabalham para você escolheram estar aqui, arriscando suas vidas por causa de nossas diferenças?

Os domadores e os digimons ficam abalados e pensativos com a frase dita pelo Calamon.

— Um domador foi destruído na luta contra Mugendramon e, pelo que me consta, humanos não renascem.

— Só os envolvi nisso porque você quer dominar o Mundo Real. Eles precisam se proteger.

— Mas será que eles realmente querem isso?

Culumon já estava ficando sem argumento quando Carlos toma a frente da discussão.

— Você está coberto de razão, Calamon, quando diz que não fomos questionados se queríamos arriscar nossas vidas. Mas a partir do momento que conhecemos esse mundo e os nossos parceiros, criamos um vínculo com eles que você nunca conseguiria entender. Os digimons podem renascer, já os humanos, não, mas eles sofrem, se machucam, são racionais e possuem algo que é ausente em você: bons sentimentos.

Lentamente Blaze recupera a consciência, se assusta ao ver Bento e Etemon caídos ao seu lado e acorda Guilmon.

— Se tem algo que posso falar em nome de todos os domadores que estão aqui e dos outros que estão no meu mundo é o seguinte: foi uma experiência maravilhosa conhecer nossos parceiros digimons. Todos os humanos têm medo de morrer, mas não podemos deixar que você impere no Mundo Real e no Mundo Digital. Até porque, é melhor morrer lutando do que morrer submisso.

— É isso aí, seu mané! – Diz Meramon, caçoando o inimigo.

— Vocês se acham invencíveis simplesmente porque a amizade é linda! Faça-me o favor.

Blaze continuava observando tudo, sem ser notado pelos demais, até que percebe várias cartas no bolso traseiro da calça que Murilo vestia.

— Na boa, - interfere Kau. - ficar discutindo não vai levar a nada. Destruam ele logo.

— Kau, pega leve...

— “Pegar leve” no quê, Júnior? – Indaga o garoto de cabelos verdes instantaneamente. – É nítido que ele queira ganhar tempo para poder escapar. João, ouça o que eu to te falando, acabe logo com isso! Ele foi capaz de cometer várias atrocidades, e não vai ser o papo meloso de Culumon e Carlos que o fará mudar de ideia.

— Pessoal, Kau tem razão. Todos prontos?

Os seis digimons que lutaram contra Metaletemon se põe em posição de ataque, juntamente com Taomon. Murilo estava de digivice em punho quando sente alguém pegar seu braço esquerdo e torcer para trás, imobilizando-o. O grito do rapaz chama atenção e todos veem que o garoto alto e corpulento havia recuperado a consciência.

— Me solta, Blaze! – Pede o domador magro.

— Fica quietinho. Quero sair daqui em segurança, mas antes eu vou levar isso comigo.

O domador pega todas as cartas do bolso garoto, que se agitava, tentando recuperá-las.

— Acho que to saindo no lucro, Fernanda. – Provoca.

Os olhos de Calamon vidram ao ver várias “Cartas Acessórias” na mão de Blaze.

— Esconda as cartas! – Implora Fernanda em pânico, mas já era tarde.

Calamon gira em torno do próprio eixo e se transforma do lobo negro alado. Murilo consegue se livrar do garoto e o empurra, fazendo-o cair e espalhar todas as cartas pelo chão. Os domadores e digimons se agitam recolhendo-as. O digimon negro, criador e mentor dos Ditadores do Hexágono do Mal age rapidamente e estala os dedos. Duas das cartas que haviam caído próximas, e estava longe das demais, avançam como um flash em sua direção. Kazemon voa para recuperá-las, porém não consegue. Calamon havia sido mais rápido naquele momento. O digimon lobo negro alado olha as cartas que haviam chegado em sua mão e não esconde a satisfação, mostrando-as em seguida para os domadores.

— “Arqueiro Digital” e a melhor de todas, “Força Extrema”.

Os domadores se assustam com a notícia e rapidamente cada um passa a olhar as cartas que haviam recolhido durante a confusão.

Calamon encosta as cartas contra o peito, absorvendo-as. Um grande casulo de luz surge a partir dos pés do digimon, que estava no chão, e o envolve por completo. O casulo começa a levitar e vários raios negros saltavam da esfera que envolvia Calamon semelhante a peixes saltando sobre a superfície da água e retornando em seguida.

— Aconteceu o que eu temia, culú.

Uma grande massa de ar se desprendia da esfera de energia e esvoaçava contra os domadores e seus digimons.

— Guilmon, já deu nossa hora. Vamos sair daqui!

Domador e digimon saem correndo pelo portão principal.

Algumas pedrinhas, movidas pelo vento, atingem o rosto de Etemon, que acorda com um salto, assustado.

Fernanda, assim como os demais domadores, observava o casulo.

— Culumon, - pergunta Mateus, domador de Monodramon - ele terá poderes iguais ou superiores aos de um Extremo?

— Ele terá poderes iguais, como se realmente fosse um digimon Extremo, culú. Mas se ele conseguir todas as cartas, se tornará invencível.

A garota de lábios carnudos e olhos amendoados pega as cartas que estavam em seu bolso e as entregam ao Júnior.

— Acho melhor todos saírem daqui. Vou tentar atrasá-lo o máximo que puder.

— Você está louca?  - Interfere Albert. - Ninguém vai te deixar, aqui, sozinha com ele.

— Eu vou tentar evoluir com Solarmon. Lutaremos de igual para igual. Se ele conseguir pegar todas as cartas estaremos encrencados.

— Fernanda, culú. O que você fez com as outras possibilidades de evolução?

— Ainda estão aqui, Culumon.

— Como assim possibilidades de evolução? – Questiona João.

— A esfera de energia que eu mandei para dela, culú, concedia quatro evoluções Extremas.

— Uma estou usando, e a outra eu cedi a Blaze durante a batalha contra Mugendramon.

— Por que você não avisou isso antes?

— Porque poderiam aparecer pessoas interesseiras querendo elas, João.

— Então chegou à hora de você utilizar. Vamos, mande uma para mim e outra para Verônica. - João rapidamente se vira na direção de Carlos. - Me desculpa cara, mas ela tem um arcanjo na forma Extrema.

Murilo interrompe.

— Já que o lance é ter um arcanjo, eu e Verônica podemos cuidar disso.

Fernanda grita.

— Chega vocês dois, pelo amor de Deus! Eu não vou entregar nada a ninguém! Eu posso muito bem atrasar Calamon. Ele não é invencível, ainda.

O casulo de luz se dissolve aos poucos, revelando o mesmo digimon de antes. Nada havia se modificado fisicamente. O digimon admirava suas mãos e todo o seu corpo.

— Aparentemente eu não mudei nada, mas acredito que minhas forças tenham aumentado. Entreguem-me as outras cartas!

— Solarmon, – diz Fernanda de digivice em punho - pronta?

— Sim!

— Vamos lá! - Com certo receio e insegurança, Fernanda estende o digivice na direção da sua digimon. - Evolução conjunta.

O digivice da domadora brilha intensamente. Assim como Blaze e Bento, a domadora se funde a sua digimon em um único casulo de luz, que cresce assustadoramente. Os domadores e digimons se afastam da transformação, que logo finaliza.

O lobo negro alado, apenas observa.

Um gigantesco tiranossauro máquina, semelhante ao Mugendramon, porém vermelho, com dois canhões alojados nas costas surge no salão subterrâneo. Seu braço direito é em forma de pinça, e o esquerdo possui poderosas garras. Sobre o focinho, um enorme chifre.

 João rastreia as informações do novo digimon.

 

Chaosdramon, um digimon no nível Extremo. Esse tiranossauro máquina é inteiramente feito de cromodigizóide vermelho, sendo ele uma versão natural mais resistente que Mugendramon. Sua técnica é o “Hiper Canhão”.

 

— Hiper Canhão.

Os canhões presos a suas costas e direcionados para o chão, giram, como se fizessem um círculo, se alojando sobre o ombro da digimon e começam a acumular energia. Calamon, pressentindo uma poderosa investida da sua oponente, faz um movimento circular com as mãos, e na sua frente surge uma esfera de energia. Os oponentes disparam ao mesmo tempo suas técnica e ambas se chocam no ar, gerando uma intensa disputa de poder.

Todo o salão começa a tremer e desmoronar.

— Pessoal, vamos sair daqui. – Grita João.

— Nos ajude, Taomon. – Pede Levi.

A digimon raposa mística cria uma esfera de energia em volta de todos os domadores. Etemon já estava com o seu domador nos braços quando o mesmo acorda.

— O que está acontecendo?

— Estamos fugindo de Calamon, Bento. Fernanda está atrasando ele.

Um grande desmoronamento acontece, bloqueando a saída. Digmon rapidamente abre caminho usando seu dom de controlar o elemento terra, enquanto a esfera de energia controlada pela Taomon levava a todos, em segurança, para fora do salão subterrâneo.

Ao chegar à zona superior do Continente Perdido, a digimon de Levi segue com todos até o vilarejo de ponta cabeça, que fica próximo do portão de acesso ao salão.

— Alguém se machucou?

— Acho que não, Levi. Estamos bem.

Bento vê sua irmã ao lado de Digmon, salta dos braços do gorila de pelagem alaranjada e corre em sua direção abraçando-a. Bárbara, a princípio, se assusta com o abraço, mas logo o reconhece pelo cheiro.

— Vamos voltar pro nosso mundo! – Diz Júnior.

— Eu entendo a sua preocupação, - pontua João -mas não dá pra deixa-la sozinha.

— Pelo menos um de nós vai ter que deixar o Mundo Digital com as cartas. – Diz o líder do grupo dos calouros. – Senão, terá sido em vão todo o trabalho feito pela Fernanda.

João olha para cada um dos domadores presentes.

— Bárbara!

— Eu?

— Quero que você e Bento levem as cartas, em segurança, para o Mundo Digital.

— Por que eu?

— Porque confio em você, e o teu irmão precisa descansar.

— Eu não vou sair daqui enquanto não me livrar de Calamon.

— Teu digivice foi quebrado, guri. – Avisa Mateus, o garoto negro de moicano. - Não corres mais o risco de evoluir forçadamente.

— Jura? Ai que máximo! Tava cansado de dar tantos problemas a vocês.

João reúne todas as cartas e as entrega a Bárbara.

— Aqui estão todas. Acho melhor você usar a carta Teletransporte para ir à superfície. Digmon e Etemon, cuidem bem desses dois. Não se esqueçam de que Blaze e Alex estão soltos por aí. Qualquer coisa, entrem em contato.

— Pode deixar! – Diz o garoto de cabelos cacheados.

— Pessoal, - inicia Bárbara visivelmente emocionada - lembrem-se de que no final tudo vai ficar bem. Espero vocês no Mundo Real.

Bárbara passa a carta do teletransporte pelo digivice e Digmon os teletransportam para a superfície.

Um grande tremor de terra acontece, levando todos ao chão.

— Fernanda continua batalhando. – Diz Carlos.

— Espero que ela consiga destruí-lo, culú.

Todos olham na direção do morro onde está a enorme porta quando uma explosão destrói o portão de cromodigizóide. Logo em seguida Chaosdramon também é arremessada para fora. Os domadores correm para fora do vilarejo, na direção da gigantesca digimon máquina vermelha. Chaosdramon estava muito danificada.

— Chaosdramon, como que você está? – Pergunta Verônica, preocupada.

— Eu mandei que fugissem! – Brada, irritada.

— Calma. – Pede Flávia. - Mandamos as cartas pro Mundo Real com Bárbara e Bento.

Calamon sai do subterrâneo, voando. Possuía alguns ferimentos espalhados pelo corpo.

— Ainda estão aqui? Me entregue as cartas!

— As cartas foram mandadas para o Mundo Real.

Chaosdramon fica de pé.

— Vou acabar com você de uma vez por todas.

— Acho que não. – Diz o lobo negro alado materializando um arco de metal na mão direita.

Calamon tenciona a corda do arco, fazendo surgir uma flecha de água que é disparada na direção da digimon Extrema. A flecha de água, ao se aproximar da digimon de metal vermelho cresce de maneira assustadora e a atinge, fazendo-a entrar em curto-circuito e regredir.

Fernanda e Solarmon estavam bastante machucadas.

— Uma a menos. Já que as cartas não estão mais com vocês, acho melhor destruí-los.

— AGORA! – Grita João.

Todos os digimons elementais avançam ao mesmo tempo, atacando Calamon.

Fernanda e Solarmon saem às pressas do local da batalha e se unem aos demais.

— Shuriken.

— Punho de água.

— Esferas de Fogo.

— Ciclone Imperial.

Yashamon une suas espadas de madeira e libera um raio, o “Laço do Górdio”.

As técnicas se fundem no ar e avançam na direção do inimigo, que utiliza a telecinese para mudar a direção da fusão das técnicas, jogando-as para o teto côncavo do interior do Mundo Digital. Calamon, rapidamente, dispara uma flecha de fogo que atinge Ranamon, fazendo-a regredir instantaneamente. Contra Meramon ele utiliza uma flecha de água. Yashamon, Shurimon e Kazemon recebem flechas de eletricidade, que os fazem regredir também.

— Quem são os próximos?

— Lopmon é com você! – Brada o garoto de óculos de lentes redondas e armações finas.

— Monodramon, vai!

Monodramon e Lopmon evoluem para suas formas Perfeitas, Cyberdramon e Antylamon, e ambos passam a atacar Calamon com socos e chutes. O digimon lobo negro alado se defendia com os braços e as pernas de ambos os golpes e sem muita dificuldade.

— Machado do Tesouro.

— Garra Destruidora.

Por muito pouco Calamon não foi atingido pelas técnicas, porém Antylamon rapidamente consegue avançar em sua direção e lhe aplica um chute, derrubando-o e levando-o a se arrastar por alguns metros.

— Já que vocês insistem em lutar...

Calamon faz suas asas negras e seu arco desaparecerem e avança na Antylamon, que tenta lhe golpear com sua técnica. O digimon salta e gira no ar, passando por cima da digimon coelho e, ao tocar o chão, desfere um poderoso soco nas costas da digimon. Cyberdramon igualmente avança no Calamon, que toma impulso no tronco de uma árvore e retorna com um poderoso chute no rosto no digimon de Mateus. Cyberdramon cai inconsciente e regride.

Antylamon usa sua incrível velocidade e começa a golpear Calamon sem lhe dar chance de defesa. Taomon se aproxima da batalha. Era impossível distinguir os movimentos da Antylamon, que mais parecia um borrão de tinta atacando Calamon.

— Se afaste, Antylamon.

A digimon coelho de longos braços dá um enorme salto, saindo da rota de colisão da técnica que a digimon raposa mística preparava.

— Escrita do Destino.

A técnica avança em Calamon, desprevenido, e explode, gerando uma imensa nuvem de poeira.

— Mandou super bem, Antylamon! – Vibra seu domador.

— Calma, Albert. – Pede Levi. - Não é o momento para comemorar.

— Temos que tirar os nossos digimons de lá...

Antes que Carlos pudesse terminar a frase, Antylamon resgata os digimons, inclusive Monodramon, que estava desacordado.

— Rápida, você!

— Carlos, eu to tonto!

— Agradeça por estar vivo.

A nuvem de poeira vai se dissipando e revela Calamon preparado para disparar sua técnica.

— Idiotas! – Diz Calamon antes de lançar sua técnica na direção dos humanos e digimons.

Taomon cria um escudo para proteger os demais, enquanto Antylamon e ela faziam a afronta. A poderosa técnica engole as digimons do nível Perfeito sem muito esforço e explode, para desespero de Levi e, principalmente, Albert.

O escudo que os envolviam desaparece.

Renamon surge próximo dos domadores com Lopmon nos braços. Albert rapidamente pega sua digimon no colo.

Calamon torna a preparar outro ataque.

— Eu vou acabar com todos vocês. Culumon, se quiser sair daí, será melhor para todos.

 

Na superfície, Blaze e Alex discutiam no farol do Mundo Digital.

Guilmon e Leomon assistiam a tudo, afastados.

— Meça suas palavras comigo, guri. Eu posso acabar com você.

— Tuas ameaças não me intimidam, Blaze. O que você tem de grande, você tem de tolo. É um perfeito idiota. Um babaca que não sabe usar a força que tem.

— Não fale assim de Blaze! – Esbraveja o pequeno tiranossauro vermelho com os olhos amarelos de raiva. - Ele fez o que podia.

Leomon se aproxima do Alex

— Vou te mostrar o quanto eu sei usar meus poderes.

Antes que Blaze pudesse sacar seu digivice, Alex saca uma arma que estava presa ao coes da sua bermuda.

— Perdeu otário! – Diz o garoto magro de cabelo negro e liso.

Blaze se assusta. Ele não sabia que Alex andava armado.

— Joga o digivice pra cá. – Ordena.

O domador corpulento joga seu digivice aos pés de Alex, e ergue as mãos.

Guilmon não entende absolutamente nada.

— O que você está fazendo, Blaze? Vamos acabar com ele.

— Guilmon, obedeça. – Diz o garoto. - Aquele objeto que ele tem nas mãos pode nos machucar, e muito.

— Consegui essa belezinha, aqui, com os caras que queriam me assaltar, lá em Curitiba. Leomon os matou e eu peguei essa arma pra mim. Sabia que ela é uma semiautomática?

— Você é louco, Alex!

— Vou te matar. – Avisa o garoto de olhos rasgados, tranquilamente. - Queria inaugurá-la com João, mas já que tu me destes motivos, não vou perder a oportunidade.

O dedo de Alex escorrega sobre o gatilho prateado da arma, que sorria observando o desespero estampado no rosto de Blaze. O domador aos poucos pressiona o gatilho da arma até que um estampido é escutado.

 

Continua...


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