é Possível Amar de Novo? escrita por kellyzinhah


Capítulo 10
Capítulo 10




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/31454/chapter/10

Eu estava andando, ou melhor pulando com dificuldade. Já que um dos meus pés estava engessado, meu pulso estava com tala e eu estava com duas muletas. Dei um sorriso fraco assim que entrei na sala, fui indo ate minha mesa. Edward me olhava com um meio sorriso no rosto o que me deixou mega feliz.

 

- Desculpa o atraso professor. – Disse olhando pra ele.

 

-Tudo bem. Sente-se.

 

Sentei no banco ao lado de Edward e deixei minhas muletas no chão ao meu lado. O professor mandou fazermos umas atividades e eu acabei fazendo-as. Quando o sinal bateu fui pra minha próxima aula e fiquei cercada de pessoas fazendo perguntas, mais eu fiz questão de não responder nenhuma. E na aula seguinte continuei cercada de pessoas. Quando chegou a hora de ir pro refeitório Stephan fez questão de me ajudar, ele levou meu material pro armário e foi comigo pro refeitório. Pegou minha comida e me levou pra mesa junto com os outros, que novamente me bombardearam de perguntas. Comi uma maçã rapidamente e interrompendo todos os meus amigos, levantei-me com as muletas, peguei minha bandeja e sai dali, deixando-os com a cara pasma. Fui pulando ate a mesa dos Cullens e a essa altura todo mundo (inclusive os Cullens) estavam olhando pra mim. Muito folgada, já fui me sentando ao lado de Edward. Rosalie a loira paty, me olhava com uma cara não muito boa e os outros ainda me olhavam pasmos. Deixei minha bandeja ali e decidi começar uma conversar.

 

- Olha, eu não quero parecer folgada, Ed, mais eu acho que de todo mundo você é o único que eu devo satisfação. – A cara dos Cullens não era mais as mesma, agora eles estavam normais.

 

Edward deu seu sorriso torto.

 

- É mesmo?

 

- É, você é o único que parece ate se importar um pouquinho comigo. – Dei ênfase no “parece” e no “pouquinho”.

 

Eles ficaram em silencio, esperando eu falar.

 

- Eu imagino que seus irmãos já devem estar sabendo de tudo com detalhes, né?

 

- Sim, já.

 

- Hum, bom...eu...é....por onde eu começo?

 

- Que tal pela parte que você se joga do carro em movimento estando machucada?

 

Edward e todos os Cullens me encaravam esperando a resposta, que eu tinha na ponta da língua!

 

- Ok, eu não gosto de admitir que tenho medo de alguma coisa, mais eu sou obrigada. Eu tenho medo de.... – Dei um suspiro. Aviso, a partir de agora todas as minhas palavras e ações são partes do meu teatro pra minha desculpa parecer mais verdadeira possível – Lá vou eu. Tenho medo de hospitais. – Fiquei em silencio como quem espera risadas. (parte do teatro também)

 

- Vocês não vão rir? – Perguntei “inocentemente”

 

- Não. Continue.

 

- Ok, como eu disse, tenho medo de hospitais e você Edward, queria me levar pra um que por acaso eu nem conheço ninguém. No momento eu fiquei apavorada e sem saída. Então eu vi as arvores e a maçaneta da porta. Eu acabei me jogando, então quando ouvi o carro do Edward parar, fiquei com medo dele me levar pro hospital. Então a adrenalida correu pelas minhas veias e eu me esqueci de dor e tudo, só corri. Quando vi que você não me encontrou peguei meu celular e liguei para um amigo meu de Griffwood ele é medico e assim que soube sobre mim veio correndo. Eu fui pra estrada e esperei ele chegar. Então ele cuidou de mim mais ou menos e depois me levou junto com ele pra Griffwood onde eu fiquei ate me recuperar. Fim da historia.

 

- E quando você ligou pra Cate? – Edward perguntou.

 

- Liguei pra ela assim que cheguei a Griffwood.

 

- E porque você não disse pra ninguém onde estava?

 

- Porque que eu detesto dar satisfação para as pessoas, afinal de contas a vida é minha.

 

Agora o teatro acabou e as minhas palavras e ações agora são verdadeiras.

 

- Certo. – Ele disse dando um sorriso torto. - Ah, deixa eu te apresentar meus irmãos.

 

- Ok. – Sorri de verdade.

 

- Essa é Alice, Rosalie, Jasper e Emmett. – Ele disse apontando pra cada um.

 

- Prazer em conhecê-los. Eu sou Nicolle, mais pode me chamar de Nick.

 

- Prazer em conhece-lá – Disse Emmett apertando minha mão. Logo, Rosalie fez a mesma coisa e Jasper também, só que sem o aperto de mãos.

 

- Prazer em conhece-lá Nick, acho que seremos grandes amigas. – Disse Alice sorrindo.

 

E sabem de uma coisa? Eu realmente acreditei naquela frase.

 

- Eu espero que sim. – Respondi sorrindo também.

 

- E então vocês vão participar do Show de talentos? – Perguntou Alice.

 

- Sim. E vocês vão? – Perguntei.

 

- Não, infelizmente.

 

Eu e a Lice (apelidinho que eu coloquei na Alice) ficamos conversando ate o sinal bater. Ela disse que eu poderia sentar com eles sempre que quisesse. Quando eu estava saindo da mesa, Ed se ofereceu pra me acompanhar ate a próxima aula, ele ate carregou meus materiais.

Eu e Edward marcamos de ensaiar depois da aula na minha casa.

 

As aulas passaram rápidas e logo eu já estava andando no estacionamento em direção a estrada.

 

- Onde você vai? – Perguntou Edward quando passei pelo seu carro.

 

- Pra casa.

 

- E onde esta seu carro?

 

Droga! Pensa em uma desculpa!!! Rápido Nick!

 

- No conserto.

 

- Por quê?

 

- Eu não sei. Fui ligar ele hoje e ele não pegou então tive que chamar um mecânico pra levar o carro, por isso cheguei atrasada. – Mentira, que eu bati o carro em Las Vegas e tive que comprar outro. Mais eu tive que vende-lo, porque não poderia aparecer com um carro novo de repente.

 

- E como você veio pra aula?

 

- Sabe aquele meu amigo médico?

 

- Sei.

 

- Bom ele quem me trouxe. – Verdade.

 

- Mais ele não estava em Griffwood?

 

- Estava, mais ele vai ficar na minha casa por um tempo. – Verdade e mentira. Ele esta na minha casa, mais nunca foi pra Griffwood.

 

- E ele vai vir te buscar?

 

- Não.

 

- E você vai como?

 

- A pé.

 

- Você quer uma carona?

 

- E seus...

 

- O Emmett veio de Jeep. Acho que eles podem ir com ele.

 

- Tem certeza?

 

-Absoluta.

 

- Ok. – Sorri e ele abriu a porta de seu carro pra mim entrar.

 

Entrei e Edward partiu.

 

- Então, esse seu amigo é só amigo mesmo?

 

- Como assim? Você ta perguntando se ele é mais que amigo?

 

- Sim.

 

Na verdade Johnny não é nem um amigo, ele é só um colega de caçada. Eu o encontrei em Londres, ele estava fugindo de alguma coisa e precisava de um esconderijo. Então eu deixei ele se esconder aqui por um tempo. Só pra avisar Johnny não é um imortal como eu. Ele é puramente mortal, mais odeia os vampiros. Ele caça com armas feitas especialmente para vampiros, que não são feitas com meu sangue, é claro. Ele faz tudo a moda antiga, picar e queimar.

 

- Não ele não é nada mais que um amigo. Porque, esta com ciúmes? – Perguntei sorrindo.

 

- Não.

 

Quando eu vi, Edward já estava estacionando. Ele abriu a porta pra mim e me ajudou a sair.

 

- Você vai ficar pra gente ensaiar?

 

- Não. Eu vou para casa primeiro, depois eu volto.

 

- Ok. – Ele me levou ate porta de casa.

 

- Tchau, ate mais. – Disse sorrindo.

 

- Tchau. – Ele deu um aceno e voltou para o carro.

 

Abri a porta da minha casa e entrei, assim que fechei a porta atrás de mim ouvi o carro arrancar.

 

Joguei minha mochila no chão e as muletas, tranquei a porta e deitei no sofá. Tirei a tala do braço. Massageei onde antes estava a tala. Mexi minha mão pra todos os lados a preparando pra voltar pra tala. Tirei o gesso e fiz as mesmas coisas que com a mão.

 

- E ai, como foi a aula? – Johnny disse descendo a escada.

 

- Como sempre. E você o que ficou fazendo?

 

- Polindo suas armas.

 

Levantei-me do sofá na mesma hora.

 

- Minhas armas!! Ninguém toca nelas Johnny!

 

- Ok, desculpe. Pelo menos elas estão limpas. – Johnny disse se jogando ao meu lado no sofá com seu pacote de Cheetos. Sentei-me novamente.

 

- Certo. O que você sabe sobre medicina? – Perguntei roubando um salgadinho dele.

 

- Medicina? Enrolar numa tala e colocar gesso falso conta? – Dei um tapa (não muito forte) na parte de trás da cabeça dele. – Ai! – Ele disse massageando o local.

 

- Não.

 

- Então não sei nada. Afinal, eu não cuido das pessoas no hospital eu mando elas pra lá.

 

- Ok gênio. Sabe aquela historia que te falei, que eu tive que me jogar do carro em movimento?

 

- Sei e daí? – Ele comeu mais uns salgadinhos.

 

- E daí que... – Peguei um também. – E daí que eu inventei uma historia que eu fiquei passando um tempo na casa do meu amigo em Griffwood e ele era medico e...

 

- Esse amigo sou eu né? – Ele perguntou me interrompendo.

 

- Você esta ficando esperto.

 

Lembra quando eu disse que Johnny não era nem um amigo? Bom, era mentira Johnny é um ótimo amigo e o único que eu tenho.

 

 - Eu sei.- Ele disse levantando a gola da camisa e com um sorriso convencido.

 

Rolei meus olhos, tonto.

 

- Ok Einstein, só não bobeia com o Edward.

 

- Pode deixar.

 

- E vá embora quando eu disser ok? – Ele fez uma bola com o pacote de salgadinho vazio e jogou em algum lugar.

 

- Tudo bem Morticia.

 

- Ei, eu não sou a Morticia. – Ele estava só me sacaneando por causa do meu novo estilo gótico.

 

- Bom, pode ate ser que não a original. Mais concerteza é a copia paraguaia.

 

- Idiota! – Fui pra dar mais um tapa nele, mas ele correu. Fui atrás de Johnny que nem uma criança pequena.

 

Quando eu estava bem perto de pegar ele, ouço a campanhia, eu e Johnny congelamos nos lugar. Eu com a mão estendida, uma perna no alto. Johnny com um pé levantado na escada, uma mão no corrimão e a outra pra cima.

 

A campanhia tocou de novo.

 

OMG!! É o Edward!!

 

Me mexi e fui ate a sala silenciosamente, peguei a tala e o gesso e fiz sinal pro Johnny atender e falar que eu to me trocando lá encima e logo vou descer. Ele só fez positivo com o dedão. Na ponta do pé subi as escadas ate meu quarto entrei lá e fechei a porta com um clique, tranquei e ainda ouvi John abrir a porta. Troquei minha camiseta rapidamente pela primeira roupa que vi. Depois comecei a colocar a tala no braço. Ficou horrível, mais dava pra enrolar. Peguei o gesso e coloquei de volta no lugar. Então quando eu ia pegar uma coisa! Maldição! Esqueci as muletas!

Abri a porta e fui descendo as escadas usando o corrimão pra me apoiar. Edward estava sentado no sofá em frente a Johnny, ambos me olharam enquanto eu descia.

 

 

- Oi. – Edward disse sorrindo e se levantando.

 

- Oi. – Sorri também.

 

Terminei de descer as escadas, e fui pra frente do Ed.

 

Chamei Johnny com a mão, ele logo veio pra meu lado.

 

- Edward esse é o Johnny. – Apontei pra ele. – Johnny esse é o Edward.

 

- Nos já nos apresentamos Nick. – Disse Johnny, dei um tapa na parte de trás da sua cabeça.

 

- Cala boca.

 

- Sabe Nick, ele não é muito novo pra ser medico? – Edward perguntou.

 

- Cirurgia plástica. – Respondi piscando e com um sorriso. Johnny abriu a boca pra protestar e eu dei um beliscão nele mandando-o ficar calado.

 

- Nossa, não parece.

 

- É foi trabalho do melhor cirurgião. – Johnny disse entrando na brincadeira.

 

- É mesmo. Quem?

 

- Dr. Robert. – Respondi rapidamente, talvez rápido ate demais.

 

Edward cruzou os braços, balançou a cabeça e deu um sorrisinho torto do tipo “vou fingir que acredito e entrar na brincadeira”.

 

- Nunca ouvi falar.

 

- É ele ainda esta começando, mais tem uma habilidade incrível. – Johnny disse.

 

- Legal. E então Johnny onde você estudou?

 

- Harvard.

 

- Que interresante. - Edward parecia estar prendendo o riso.

 

- É sim.

 

- Meu pai também é medico acho que vocês poderiam conversar um dia desses.

 

- É claro.

 

Meus Deus, espero que isso nunca aconteça!!

 

- Na verdade, acho que ele esta precisando de ajuda no hospital, então se você quiser um emprego é só ir falar com ele.

 

Isso não vai acontecer nem no dia do Apocalipse, pode ir esquecendo Edzinho. Eu pelo menos eu espero que não.

 

- Pode deixar. – Johnny sorriu amarelo, provavelmente desejando o mesmo que eu.

 

- Ok, eu e Edward vamos ensaiar. Você não tinha me dito que iria a algum lugar hoje, Johnny? – Olhei pra ele como quem diz “Se manda”

 

- É claro que não. Eu adoraria ver vocês ensaiando. Se você não se importar Edward? – Ele sorriu e me deixou de boca aberta.

 

- Não é claro que não. – Apertei meus olhos e olhei pra Johnny como quem diz “EU TE MATO”

 

- Ótimo, vamos Nick. – Johnny disse me dando uma piscadela.

 

O que me deixou mais brava ainda! Nos três subimos e fomos ate minha sala de musica.

 

Edward começou a tocar piano e eu a cantar, erramos varias vezes e recomeçamos do zero. Johnny só ficava sentado no banquinho do teclado escutando e bocejando.

 

Uma hora e meia depois Edward decidiu ir embora. Já na porta disse.

 

- Tchau Edward te vejo amanhã. – Dando um aceno.

 

- Você quer que eu venha te buscar pra ir pra escola?

 

OMG!! To sonhando!!

 

- Se não for incomodo.

 

- Não de jeito nenhum. Amanha as sete e meia. Tchau. – Ele disse saindo, fechei a porta logo que ele saiu e ouvi o carro se afastar.

 

 

Obrigado pelos review!!!

Mandem mais!!!

BJSS


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "é Possível Amar de Novo?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.