é Possível Amar de Novo? escrita por kellyzinhah
Eu estava andando, ou melhor pulando com dificuldade. Já que um dos meus pés estava engessado, meu pulso estava com tala e eu estava com duas muletas. Dei um sorriso fraco assim que entrei na sala, fui indo ate minha mesa. Edward me olhava com um meio sorriso no rosto o que me deixou mega feliz.
- Desculpa o atraso professor. – Disse olhando pra ele.
-Tudo bem. Sente-se.
Sentei no banco ao lado de Edward e deixei minhas muletas no chão ao meu lado. O professor mandou fazermos umas atividades e eu acabei fazendo-as. Quando o sinal bateu fui pra minha próxima aula e fiquei cercada de pessoas fazendo perguntas, mais eu fiz questão de não responder nenhuma. E na aula seguinte continuei cercada de pessoas. Quando chegou a hora de ir pro refeitório Stephan fez questão de me ajudar, ele levou meu material pro armário e foi comigo pro refeitório. Pegou minha comida e me levou pra mesa junto com os outros, que novamente me bombardearam de perguntas. Comi uma maçã rapidamente e interrompendo todos os meus amigos, levantei-me com as muletas, peguei minha bandeja e sai dali, deixando-os com a cara pasma. Fui pulando ate a mesa dos Cullens e a essa altura todo mundo (inclusive os Cullens) estavam olhando pra mim. Muito folgada, já fui me sentando ao lado de Edward. Rosalie a loira paty, me olhava com uma cara não muito boa e os outros ainda me olhavam pasmos. Deixei minha bandeja ali e decidi começar uma conversar.
- Olha, eu não quero parecer folgada, Ed, mais eu acho que de todo mundo você é o único que eu devo satisfação. – A cara dos Cullens não era mais as mesma, agora eles estavam normais.
Edward deu seu sorriso torto.
- É mesmo?
- É, você é o único que parece ate se importar um pouquinho comigo. – Dei ênfase no “parece” e no “pouquinho”.
Eles ficaram em silencio, esperando eu falar.
- Eu imagino que seus irmãos já devem estar sabendo de tudo com detalhes, né?
- Sim, já.
- Hum, bom...eu...é....por onde eu começo?
- Que tal pela parte que você se joga do carro em movimento estando machucada?
Edward e todos os Cullens me encaravam esperando a resposta, que eu tinha na ponta da língua!
- Ok, eu não gosto de admitir que tenho medo de alguma coisa, mais eu sou obrigada. Eu tenho medo de.... – Dei um suspiro. Aviso, a partir de agora todas as minhas palavras e ações são partes do meu teatro pra minha desculpa parecer mais verdadeira possível – Lá vou eu. Tenho medo de hospitais. – Fiquei em silencio como quem espera risadas. (parte do teatro também)
- Vocês não vão rir? – Perguntei “inocentemente”
- Não. Continue.
- Ok, como eu disse, tenho medo de hospitais e você Edward, queria me levar pra um que por acaso eu nem conheço ninguém. No momento eu fiquei apavorada e sem saída. Então eu vi as arvores e a maçaneta da porta. Eu acabei me jogando, então quando ouvi o carro do Edward parar, fiquei com medo dele me levar pro hospital. Então a adrenalida correu pelas minhas veias e eu me esqueci de dor e tudo, só corri. Quando vi que você não me encontrou peguei meu celular e liguei para um amigo meu de Griffwood ele é medico e assim que soube sobre mim veio correndo. Eu fui pra estrada e esperei ele chegar. Então ele cuidou de mim mais ou menos e depois me levou junto com ele pra Griffwood onde eu fiquei ate me recuperar. Fim da historia.
- E quando você ligou pra Cate? – Edward perguntou.
- Liguei pra ela assim que cheguei a Griffwood.
- E porque você não disse pra ninguém onde estava?
- Porque que eu detesto dar satisfação para as pessoas, afinal de contas a vida é minha.
Agora o teatro acabou e as minhas palavras e ações agora são verdadeiras.
- Certo. – Ele disse dando um sorriso torto. - Ah, deixa eu te apresentar meus irmãos.
- Ok. – Sorri de verdade.
- Essa é Alice, Rosalie, Jasper e Emmett. – Ele disse apontando pra cada um.
- Prazer em conhecê-los. Eu sou Nicolle, mais pode me chamar de Nick.
- Prazer em conhece-lá – Disse Emmett apertando minha mão. Logo, Rosalie fez a mesma coisa e Jasper também, só que sem o aperto de mãos.
- Prazer em conhece-lá Nick, acho que seremos grandes amigas. – Disse Alice sorrindo.
E sabem de uma coisa? Eu realmente acreditei naquela frase.
- Eu espero que sim. – Respondi sorrindo também.
- E então vocês vão participar do Show de talentos? – Perguntou Alice.
- Sim. E vocês vão? – Perguntei.
- Não, infelizmente.
Eu e a Lice (apelidinho que eu coloquei na Alice) ficamos conversando ate o sinal bater. Ela disse que eu poderia sentar com eles sempre que quisesse. Quando eu estava saindo da mesa, Ed se ofereceu pra me acompanhar ate a próxima aula, ele ate carregou meus materiais.
Eu e Edward marcamos de ensaiar depois da aula na minha casa.
As aulas passaram rápidas e logo eu já estava andando no estacionamento em direção a estrada.
- Onde você vai? – Perguntou Edward quando passei pelo seu carro.
- Pra casa.
- E onde esta seu carro?
Droga! Pensa em uma desculpa!!! Rápido Nick!
- No conserto.
- Por quê?
- Eu não sei. Fui ligar ele hoje e ele não pegou então tive que chamar um mecânico pra levar o carro, por isso cheguei atrasada. – Mentira, que eu bati o carro em Las Vegas e tive que comprar outro. Mais eu tive que vende-lo, porque não poderia aparecer com um carro novo de repente.
- E como você veio pra aula?
- Sabe aquele meu amigo médico?
- Sei.
- Bom ele quem me trouxe. – Verdade.
- Mais ele não estava em Griffwood?
- Estava, mais ele vai ficar na minha casa por um tempo. – Verdade e mentira. Ele esta na minha casa, mais nunca foi pra Griffwood.
- E ele vai vir te buscar?
- Não.
- E você vai como?
- A pé.
- Você quer uma carona?
- E seus...
- O Emmett veio de Jeep. Acho que eles podem ir com ele.
- Tem certeza?
-Absoluta.
- Ok. – Sorri e ele abriu a porta de seu carro pra mim entrar.
Entrei e Edward partiu.
- Então, esse seu amigo é só amigo mesmo?
- Como assim? Você ta perguntando se ele é mais que amigo?
- Sim.
Na verdade Johnny não é nem um amigo, ele é só um colega de caçada. Eu o encontrei em Londres, ele estava fugindo de alguma coisa e precisava de um esconderijo. Então eu deixei ele se esconder aqui por um tempo. Só pra avisar Johnny não é um imortal como eu. Ele é puramente mortal, mais odeia os vampiros. Ele caça com armas feitas especialmente para vampiros, que não são feitas com meu sangue, é claro. Ele faz tudo a moda antiga, picar e queimar.
- Não ele não é nada mais que um amigo. Porque, esta com ciúmes? – Perguntei sorrindo.
- Não.
Quando eu vi, Edward já estava estacionando. Ele abriu a porta pra mim e me ajudou a sair.
- Você vai ficar pra gente ensaiar?
- Não. Eu vou para casa primeiro, depois eu volto.
- Ok. – Ele me levou ate porta de casa.
- Tchau, ate mais. – Disse sorrindo.
- Tchau. – Ele deu um aceno e voltou para o carro.
Abri a porta da minha casa e entrei, assim que fechei a porta atrás de mim ouvi o carro arrancar.
Joguei minha mochila no chão e as muletas, tranquei a porta e deitei no sofá. Tirei a tala do braço. Massageei onde antes estava a tala. Mexi minha mão pra todos os lados a preparando pra voltar pra tala. Tirei o gesso e fiz as mesmas coisas que com a mão.
- E ai, como foi a aula? – Johnny disse descendo a escada.
- Como sempre. E você o que ficou fazendo?
- Polindo suas armas.
Levantei-me do sofá na mesma hora.
- Minhas armas!! Ninguém toca nelas Johnny!
- Ok, desculpe. Pelo menos elas estão limpas. – Johnny disse se jogando ao meu lado no sofá com seu pacote de Cheetos. Sentei-me novamente.
- Certo. O que você sabe sobre medicina? – Perguntei roubando um salgadinho dele.
- Medicina? Enrolar numa tala e colocar gesso falso conta? – Dei um tapa (não muito forte) na parte de trás da cabeça dele. – Ai! – Ele disse massageando o local.
- Não.
- Então não sei nada. Afinal, eu não cuido das pessoas no hospital eu mando elas pra lá.
- Ok gênio. Sabe aquela historia que te falei, que eu tive que me jogar do carro em movimento?
- Sei e daí? – Ele comeu mais uns salgadinhos.
- E daí que... – Peguei um também. – E daí que eu inventei uma historia que eu fiquei passando um tempo na casa do meu amigo em Griffwood e ele era medico e...
- Esse amigo sou eu né? – Ele perguntou me interrompendo.
- Você esta ficando esperto.
Lembra quando eu disse que Johnny não era nem um amigo? Bom, era mentira Johnny é um ótimo amigo e o único que eu tenho.
- Eu sei.- Ele disse levantando a gola da camisa e com um sorriso convencido.
Rolei meus olhos, tonto.
- Ok Einstein, só não bobeia com o Edward.
- Pode deixar.
- E vá embora quando eu disser ok? – Ele fez uma bola com o pacote de salgadinho vazio e jogou em algum lugar.
- Tudo bem Morticia.
- Ei, eu não sou a Morticia. – Ele estava só me sacaneando por causa do meu novo estilo gótico.
- Bom, pode ate ser que não a original. Mais concerteza é a copia paraguaia.
- Idiota! – Fui pra dar mais um tapa nele, mas ele correu. Fui atrás de Johnny que nem uma criança pequena.
Quando eu estava bem perto de pegar ele, ouço a campanhia, eu e Johnny congelamos nos lugar. Eu com a mão estendida, uma perna no alto. Johnny com um pé levantado na escada, uma mão no corrimão e a outra pra cima.
A campanhia tocou de novo.
OMG!! É o Edward!!
Me mexi e fui ate a sala silenciosamente, peguei a tala e o gesso e fiz sinal pro Johnny atender e falar que eu to me trocando lá encima e logo vou descer. Ele só fez positivo com o dedão. Na ponta do pé subi as escadas ate meu quarto entrei lá e fechei a porta com um clique, tranquei e ainda ouvi John abrir a porta. Troquei minha camiseta rapidamente pela primeira roupa que vi. Depois comecei a colocar a tala no braço. Ficou horrível, mais dava pra enrolar. Peguei o gesso e coloquei de volta no lugar. Então quando eu ia pegar uma coisa! Maldição! Esqueci as muletas!
Abri a porta e fui descendo as escadas usando o corrimão pra me apoiar. Edward estava sentado no sofá em frente a Johnny, ambos me olharam enquanto eu descia.
- Oi. – Edward disse sorrindo e se levantando.
- Oi. – Sorri também.
Terminei de descer as escadas, e fui pra frente do Ed.
Chamei Johnny com a mão, ele logo veio pra meu lado.
- Edward esse é o Johnny. – Apontei pra ele. – Johnny esse é o Edward.
- Nos já nos apresentamos Nick. – Disse Johnny, dei um tapa na parte de trás da sua cabeça.
- Cala boca.
- Sabe Nick, ele não é muito novo pra ser medico? – Edward perguntou.
- Cirurgia plástica. – Respondi piscando e com um sorriso. Johnny abriu a boca pra protestar e eu dei um beliscão nele mandando-o ficar calado.
- Nossa, não parece.
- É foi trabalho do melhor cirurgião. – Johnny disse entrando na brincadeira.
- É mesmo. Quem?
- Dr. Robert. – Respondi rapidamente, talvez rápido ate demais.
Edward cruzou os braços, balançou a cabeça e deu um sorrisinho torto do tipo “vou fingir que acredito e entrar na brincadeira”.
- Nunca ouvi falar.
- É ele ainda esta começando, mais tem uma habilidade incrível. – Johnny disse.
- Legal. E então Johnny onde você estudou?
- Harvard.
- Que interresante. - Edward parecia estar prendendo o riso.
- É sim.
- Meu pai também é medico acho que vocês poderiam conversar um dia desses.
- É claro.
Meus Deus, espero que isso nunca aconteça!!
- Na verdade, acho que ele esta precisando de ajuda no hospital, então se você quiser um emprego é só ir falar com ele.
Isso não vai acontecer nem no dia do Apocalipse, pode ir esquecendo Edzinho. Eu pelo menos eu espero que não.
- Pode deixar. – Johnny sorriu amarelo, provavelmente desejando o mesmo que eu.
- Ok, eu e Edward vamos ensaiar. Você não tinha me dito que iria a algum lugar hoje, Johnny? – Olhei pra ele como quem diz “Se manda”
- É claro que não. Eu adoraria ver vocês ensaiando. Se você não se importar Edward? – Ele sorriu e me deixou de boca aberta.
- Não é claro que não. – Apertei meus olhos e olhei pra Johnny como quem diz “EU TE MATO”
- Ótimo, vamos Nick. – Johnny disse me dando uma piscadela.
O que me deixou mais brava ainda! Nos três subimos e fomos ate minha sala de musica.
Edward começou a tocar piano e eu a cantar, erramos varias vezes e recomeçamos do zero. Johnny só ficava sentado no banquinho do teclado escutando e bocejando.
Uma hora e meia depois Edward decidiu ir embora. Já na porta disse.
- Tchau Edward te vejo amanhã. – Dando um aceno.
- Você quer que eu venha te buscar pra ir pra escola?
OMG!! To sonhando!!
- Se não for incomodo.
- Não de jeito nenhum. Amanha as sete e meia. Tchau. – Ele disse saindo, fechei a porta logo que ele saiu e ouvi o carro se afastar.
Obrigado pelos review!!!
Mandem mais!!!
BJSS
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