A Chantagem - Clato escrita por Luly


Capítulo 18
Capítulo 16 Cato


Notas iniciais do capítulo

Oioioi gentee!!! Quero me desculpar por estar demorando, eu sei que é sempre a mesma coisa a escola e blábláblá .... mas sabe não sou a melhor aluna da turma sabe então já viu né? Mas aqui estou e não vou deixar você na mão!! Então aqui esta o Capitulo do baile POV Cato!!! Espero que gostem ;)



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   Começo a me arrumar apenas vinte minutos antes das sete, afinal não demora muito pra um a garoto se arrumar.

   Não fale a meus pais que ia ao baile com Clove, seria idiotice.Eles ficariam me enchendo pra sempre.Tinha falado pra eles que achava a Clove meio irritante, e ir ao baile com ela não é um bom jeito de mostrar isso a eles, então é melhor ficar de boca fechada.

   Desço as escadas devagar. Queria muito poder ficar em casa hoje a noite, esse baile enjoa depois de alguns anos e ir com Clove não vai melhorar minha noite.

   Minha mãe estava na sala falando ao telefone, como sempre.

   -Já vou indo mãe. –aviso.

   -Ok querido divirta-se bastante. –ela sorri e eu retribuo. –Ah esta muito bonito viu.

   -Mãe! –ela ri.

   -Boa noite.  –digo saindo.

  Entro no carro e vou em direção a casa de Clove. Paro algumas quadras antes e a espero. Depois de alguns minutos a vejo vindo. Ela entra sem dizer nada,também não falo nada. Tinha prometido a mim mesmo tentar passar essa noite com ela sem nenhuma discussão ou brigas,  o que para mim e Clove é impossível.

   Durante a viagem inteira ela não fala nada. Xingo mentalmente as pessoas que organizaram o baile por terem o feito tão longe. Só queria chegar lá logo e poder ir embora logo. Finalmente as férias chegaram e eu preciso aproveitá-las, antes que o ano comece novamente e eu fique preso na escola novamente. Se não fosse Clove eu provavelmente repetiria de ano, o que ferraria completamente com a minha vida. De uma certa forma fico feliz com o pensamento de Clove poder me ajudar ano que vem. Ela pode ser irritante pra caramba, mas mesmo eu odiando admitir ela é inteligente.

   Quando finalmente chegamos saio do carro e abro a porta para Clove. Não reparo em nada do baile. Não demora muito para eu encontrar meus amigos. Ficamos conversando sobre as mesmas coisas que sempre conversando, a diferença é que hoje eu não estava nem um pouco afim de conversar com nenhum deles, mas mesmo assim finjo estar interessado no que eles falam ignorando a dor de cabeça que eu estou. Depois de um tempo apenas sorrio e concordo com o que eles falam, tento ignorar as parceiras deles. São geralmente as garotas mais putas do colégio, eu mesmo já fiquei com a maioria delas. Clove fica em silencio olhando para todos os lugares, por incrível que parece preferia que nós dois estivéssemos sozinhos, na pense nada! É só por que Clove esta em silencio e parece ser a única pessoa do baile inteiro que esta assim.

   Marvel e Glimmer finalmente chegam. Tento ignorar minha vontade de matar os dois. Eles são o único motivo para eu ter vindo aqui esta noite.

  -E ai Cato! –ele me cumprimenta animado.

  -E ai Marvel.

  Glimmer também me cumprimenta assim como faz com todos menos com Clove.

  -Eu já volto. –diz Clove se afastando.

  Não respondo, mesmo se respondesse ela não ouviria já estava perdida no meio da multidão.

  A cada musica mais minha cabeça doía. Só queria ir embora desse lugar ridículo!

  Só mais um pouco. Lembro-me. É pelo Marvel.

  Quando Clove finalmente resolve voltar finjo que nem a vi. Ela continua ali totalmente calada. Tento novamente ignorar as garotas, não sei por que, mas cada vez que as ouvia falando alguma coisa sobre Clove queria esganá-las. Odeio quando as garotas acham que a roupa é a coisa mais importante do mundo, e na real acho o vestido de Clove bem mais bonito do que os que elas estão usando afinal é sempre a mesma coisa. Vestidos mega curtos com cores gritantes e saltos gigantescos também de cores fortes.

  -Cato Por que veio com a Clove? –pergunta uma delas. – Você ganharia bem mais vindo com um cachorro.

  -Pra mim chega. –diz Clove quase correndo pra fora.

  -Eu não queria vir com você. –respondo indo atrás de Clove.

  Ela esta sentada em um dos bancos na frente de um lago que havia lá. Não sei se ela esta chorando ou não, rezo pra que não.

  -Clove? –chamo.

  -Por que não vai ficar com seus amiguinhos? –ela pergunta mal humorada.

  -Por que eu não quero. –sento-me ao lado dela.

  Ficamos em silencio. Ela olha fixamente para o lago.

  -Por que fez isso? –pergunta ela sem tirar os olhos do lago.

  -Fiz o que?

  -Me trouxe pra cá.

  Não posso contar pra ela, não posso contar pra ninguém.

  -Eu precisava da sua ajuda pra fazer uma coisa e o único jeito era trazendo você pro baile.

  -Que coisa? –insiste ela.

  -Uma coisa.

  -Você é idiota. –provoca.

  -Eu sei. –admito e ela fica em silencio. Uma noite sem brigas lembra? –Você está bonita. –falo depois de ficar em pouco em silencio.

  Ela olha para mim provavelmente em procura algum sinal de sarcasmo, mas hoje não.

  -Obrigada. –agradece um pouco tímida.

  -Quer voltar lá pra dentro?

  Por favor diga não. Lembro-me que estou estragando a noite do baile dela e me sinto culpado. Tenho que voltar. Ela olha para todas as pessoas lá dentro, mas não responde.

  -Não vai querer ficar a noite inteira aqui fora vai?

  -Talvez. –responde ela.

  Eu sorrio um pouco.

  Nós nos levantamos. Por um segundo louco ofereço minha mão a ela, que aceita. Vamos para dentro, todos os meus amigos estão dançando com suas parceiras. Procuro Marvel e Glimmer, os dois dançam e brincam o tempo todo não deixo de ficar feliz com isso.

  Clove e eu ficamos apenas observando tudo acontecer. Falamos bem pouco um com o outro. Olha a cada cinco segundos para o palco. Por que não podem anunciar o rei e a rainha logo?!

  Depois de um tempo percebo que a mão de Clove ainda esta grudada a minha. Será que deveria ter soltado? Por que ela não soltou? Por que não quero solta-la?

  Decido ficar do jeito que estou. Ela não reclamou, então finjo que não percebi.

  Vejo a garota que falou de Clove cair feio na pista de dança. Não posso deixar de rir com isso. A maioria ri, incluindo Clove e eu. Acho que Clove teve sal pequena vingança. A garota sai correndo.

  Clove solta minha mãe e corre atrás dela.

  -Aonde vai?- pergunto.

  -Eu já volto.

  Vou até a porta. Clove e a garota conversam.Depois de um tempo consigo entender o que Clo esta fazendo. Como ela consegue ajudar alguém que a tratou daquele jeito?

  Um pouco mais de conversa que a garota volta ao baile com um pequeno sorriso no rosto. Clove vem lentamente até mim.

  -Legal o que você fez. –digo.

  -Tanto faz. –ela da de ombros.

  Ela começa a entrar no meio da multidão.

  -Ei. –digo a puxando pelo braço.Ela bate em mim.

  -Idiota.

  -Alunos! –diz o diretor no palco. Finalmente! – Estão se divertindo?!

  -Sim! –todos gritam.

  -Não. –eu e Clove falamos ao mesmo tempo. Ela ri, e não posso deixar de sorrir um pouco.

  -Muito bom! Quero parabenizar a todos, tanto alunos como funcionários pelo incrível ano que tivemos! –todos aplaudem, menos nós dois. – Bom,como todos sabem todos os anos temos uma eleição para o rei e a rainha do baile. Então a votação está encerrada. E o resultado esta nesse envelope. –ele mostra o envelope, e se não abri-lo logo eu subo no palco e arramgo da mão dele e leio os nomes eu mesmo. – Então vou parar de torturar vocês. –ele ri. –Primeiro o rei. –ele abre o envelope. –Rufem os tambores,  o rei do baile é... –ele faz uma pousa dramática e estou quase decidido a subir no palco e ler em eu mesmo as porcarias dos nomes. – Marvel Quaid!

  Isso!

  Faço um sinal para Marvel que sorri. Não posso de deixar de aplaudir. Só falta a rainha.

  -Muito bem! –diz o diretor  depois que Marvel sobe ao palco. – Agora a rainha! –ele olha novamente o envelope. –Glimmer Rambin!

  Todos aplaudem. Olho para Marvel e seu que um de seus sonhos se realizam agora. Eu consegui!

  -Isso. –digo.

  -Queria vir ao baile comigo só pra perder o posto de rei? –pergunta Clove. Merda!

  -Ah... tipo isso. –tento parecer inocente.

  -Para Marvel e Glimmer poderem ganhar?-pergunta ela meio brava.

  -Sim, mas Clo...

  -Você é a pessoa mais esnobe, manipuladora, arrogante que eu conheço.

  Droga!

  -Clove, serio descul...

  -Você me usou.

  -Eu não queria...

  -Você é um idiota completo,me fez estar aqui quando eu não queria, só pra ajudar seu amigo!-meu plano de uma noite sem brigar ou discussões acabou. A única coisa que posso fazer é esperar pela bronca. –Cato Ludwig  não sabe como...como estou orgulhosa de você.

   Hã?

   Olho para ela completamente perdido.

   Uma musica lenta começa a tocar e Marvel e Glimmer começam a dançar.

   -Ele tem sorte de ter um amigo como você. –comenta ela.

   -Talvez não .-percebo que todos começam a dançar.-Vai querer ficar ai parada?

   Ela olha pra mim e a puxo para mai perto.

  -Idiota. – ela tenta se afastar, mas eu seguro seu braço. – Não... Cato...

  -Shh. –coloco a mão em sua cintura.-Iremos esquecer essa noite mesmo, e não vou deixar você ficar apenas olhando todos se divertirem.

  Ela não demora muito para ceder.

  -Se eu pisar no seu pé um milhão de vezes não reclama. –ela avisa.

  Rio.

  -É só me seguir.

  Dá certo, ela pisa no meu pé poucas vezes. Enquanto dançamos sento uma coisa estranha. Quase nunca tive Clove tão perto de mim, com muitas pessoas a nossa volta, mas não é isso, é... eu não sei direito. Enquanto meus braços ficavam em volta de sua cintura era como se ela sei lá, fosse minha...  eu queria que continuasse assim. O que?! Eu pensei mesmo nisso?!

  -Chega. –Clove diz bem quando a musica acaba. Ela se solta de mim e uma parte de mim a quer de volta.

  -O que aconteceu? –pergunto.

  Ela me ignora e vai para fora. Fico alguns segundo meio tonto antes de ir atrás dela. Escuto outra musica lenta começando a tocar, ainda dá pra escutar aqui de fora.

  -Clove está tudo bem?

  -Você não se importa com isso. –diz. –Não podemos ir embora agora?Já conseguiu o que queria.

  -Não. –respondo tentando não ser muito grosso.

  Ela vira de costas para mim.

  -Por que esta agindo assim? –pergunto. – Tentei ser legal com você a noite inteira. –sento-me no mesmo banco de antes. – Clove o que eu tenho que fazer pra termos pelo menos uma noite sem brigas? Por favor me explica.

  Dessa vez estava sendo realmente sincero com ela, espero que Clove perceba isso.

  -Desculpa.- ela ainda esta de costas pra mim. –Eu... eu só...

  Ela se senta ao meu lado.

  -Você sempre foi mal comigo. –diz ela. – Eu acho que esse é o único jeito que eu sei tratar você.

  -Não podemos esquecer? –olho para o chão um pouco nervoso.- Só por essa noite?

  Ela pensa um pouco.

  -Podemos tentar.

  Me levanto e pego sua mão. Ela me encara.

  -Só por essa noite.

  Ela vai. E ficamos ali mesmo, dançando mesmo depois que a musica acaba. Uma coisa passa idiota pela minha cabeça, deveria ter ignorado, mas não consegui.

  -Clove? –digo.

  -Hum

  -Vamos esquecer tudo que aconteceu aqui não é?

  Ela olha pra mim meio confusa.

  -Sim. Por que?

    Começo a aproximar o rosto do dela. Meu coração bate forte, deveria recuar, mas preciso daquela sensação de novo. A beijo. A beijo como nunca beijei uma garota antes. Aquela sensação me invade novamente e meu coração acelera ainda mais. Não deveria estar fazendo isso, mas continuamos. Quando paramos. Ela me olha um pouco confusa, mas tenho certeza que estou bem mais do que ela. Espero que ela brigue comigo.

    Ela me beija novamente.Agora sim estou confuso, mesmo assim retribuo.

    Ela se solta de mim e sai correndo. Que merda! Eu tinha que fazer alguma besteira!

    Corro atrás dela e a encontro encostada na porta do carro e começo a preparar minha desculpas. Só começo a falar quando estou em sua frente.

    -Clove desculpa eu...

    Ela me puxa para mais perto dela.

    -Não.

    Eu sorrio.

    -Esquisita. –digo.

    -Quer mesmo continuar aqui? –pergunta ela.

    -Não, mas tenho outro lugar para ir.

    Abro a porta e entramos. Vejo um pouco de desconfiança em Clove , mas não podia esperar outra coisa.

    Ligo o radio e vou para um dos únicos lugares onde me sinto em paz. Nunca soube direito o motivo, mas dane-se. Nunca fui lá com ninguém a não ser meu pai...mas isso já faz um tempo.

    -Onde estamos indo? –pergunta ela.

    -Você vai descobrir. –digo.

    Quando chegamos sai do carro, faço um sinal para Clove me seguir como ficou parada dentro do carro olhando pra mim.

    -O que viemos fazer aqui?

   Perguntas. Perguntas. Perguntas. Essa menina tem botão de desligar?

   -Shh.

   -Cato...

   -Cala boca.

   Um milagre acontece. Ela me obedece. Andamos mais um pouco, o lugar não era longe. Quando percebo que chegamos, paro. Clove acaba batendo em mim.

   -Desculpa. –digo.

   -Não foi nada. Mas e ai o que...

   Eu a abraço antes que ela termine de falar. E nos sentamos.

   -Queria poder passar essa noite sem ouvir sua voz. –sussurro em seu ouvido.

   -Por que acha que vou ficar em silencio hoje?

   Eu sorrio. Clove nunca ficava quieta quando eu queria, mas não bastava tentar.

   -Você é impossível sua peste.

   Ela ri.

   -Descobriu isso só agora? –pergunta. –Por que me trouxe aqui?

   -Sei lá. Só queria te trazer aqui. –isso não era mentira, não pensei direito só a queria aqui...comigo.

   -Besta.

  Sorrio e a beijo. Ela novamente retribui, ela ri e volta a me beijar. Continuamos assim por um tempo, apenas nos beijando e rindo, até Clove novamente do nada pedir para parar e levá-la para casa. É o que eu faço. Não falamos mais nada, o caminho de volta é mais silencioso do que ida. Paro novamente há algumas quadras de distancia da casa dela.

   -Nós...

   -Esquecer. –digo.

   -Podemos fingir que isso realmente nunca aconteceu não é? Se alguém descobrir...

   -Seria loucura. –eu a corto. – Eu continuo te odiando, só fiz aquilo...

   Não consigo terminar a frase. Não sei por que fiz aquilo. Idiota.Idiota.

   -Por que...? –ela me pressiona.

   -Por que você fez? –também queria saber.

   Ela não responde. Só abre a porta do carro, mas a idéia de ela ir agora eu não quero aceitar.Puxo seu braço e a coloco em meu colo.

   -Vamos esquecer mesmo. –lembro a mim mesmo.

  E a beijo, beijo como se fosse a única coisa que importasse, e de uma certa forma era. Clove não recua, ela praticamente se desmancha em meus braços, o que me fazia querê-la ainda mais. Quando paramos ela fica por mais um tempo em meu colo, mas não olha pra mim... mas acho que também não consigo olhar pra ela...não agora.

   -Nada acontece. –ela diz.

   -Nada.

   Ela sai do carro.

   -Boa noite. –digo.

   -Boa noite.

   Ela vira de costas e começa a ir. Ligo o carro e saio o mais rápido possível dali. Quando já estou longe o bastante para o carro e encosta a cabeça no volante.

  Que merda foi essa que eu fiz?!

  Lembro-me dela em meu colo... lembro-me de tudo dela. Simplesmente não irei esquecer essa noite, farei questão de guardá-la em minha mente para sempre... só que ninguém precisa saber.  


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Notas finais do capítulo

Eeeee então??? Gostaram??? Comentem aiii!!! Quero agradecer novamente a todos que estão lendo vocês são lindoosss!!!!!!! Beijo beijo nós vemos no próximo capitulo!!