Te Esperaré escrita por Gabs


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Essa semana eu fiquei assistindo a segunda parte de Violetta, pra pegar um pouquinho de inspiração e ter novas ideias. Eu ia escrever o capítulo 7 só amanhã, mas a inspiração surgiu. hehehe



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— Lion! Tudo bem com você? — Ela me deu um abraço repentino.

— Ludmila, o que faz aqui? — perguntei mais uma vez, já irritado.

— Ai Lion, deixa de ser grosso! Só vim fazer uma visitinha. — Ela tentou aparentar inocência, mas eu a conhecia bem e por isso, não conseguiu me convencer.

— Está tarde. Suponho que essa "visitinha" não seja nada casual. 

— É, você tem razão. Lion, eu...

— Ludmila, para de me chamar de Lion. Meu nome é León. Entendeu? L-E-Ó-N. 

— Eu sempre te chamei assim, por que só agora está irritado? Mas enfim, não importa. Eu vim te dizer uma coisa.

— Seja breve. — falei com firmeza.

— Lion? Opa... León, lembra de quando a gente namorava? Nós éramos os melhores do estúdio, estávamos no topo da cadeira alimentar e...

— Nós já tivemos essa conversa há meses atrás. Eu amo a Violetta, não vou voltar com você.

— Você se tornou uma pessoa totalmente diferente. Antes você tinha alguma importância naquele estúdio, esbanjava talento e brilho. Desde que você começou a namorar aquela mosca-morta, você perdeu tudo isso, se tornou um chato e... — Ela falava sem parar, e cada vez mais, eu ficava enfurecido.

— Espera aí! — A interrompi. — Primeiro: Não vou admitir que a chame Violetta de mosca-morta. Ao contrário de você, ela é uma pessoa humilde e vulnerável. Só porque ela não é vulgar que nem você, não quer dizer que ela seja assim; Segundo: Nós já tivemos essa conversa antes. Se eu mudei, foi pra melhor. Deixei de ser a pessoa arrogante e orgulhosa de antes. Ludmila, um ano se passou. É muito tempo. Não acha que já está na hora de mudar de rumo, seguir em frente? Me esquece. Sei lá! Vai atrás do Tomás na Espanha, ou de qualquer outro, mas me deixa em paz.

— Um ano se passou, mas meus conceitos não mudaram. Lion, seria ótimo pra aquela gentinha do estúdio se voltássemos a namorar. Todos voltariam a me respeitar, quer dizer, a nos respeitar. — Ela sorriu.

— Respeitar? A única pessoa que eles não respeitam é você. Se você fosse uma pessoa melhor, talvez essa situação mudasse. Estou feliz com a Violetta, a amo, e não vou terminar com ela. — Abri a porta. — Agora, por favor, vá embora.

— Eu vou, mas saiba que eu não vou desistir.

— Ah, e Ludmila — falei quando ela já estava quase fora do meu quarto — Para de ameaçar a Violetta, não vai conseguir nos separar.

Ela abriu a boca pra falar, mas desistiu e logo foi embora. Me irritava profundamente ver o tamanho do seu ego e o nível da sua vulgaridade. Não acredito que pude namorar com ela por tanto tempo. 

Ainda bem que, quando conheci Violetta, tudo mudou. Me tornei uma pessoa melhor e mais feliz. 

Sorri enquanto me lembrava do momento em que nos conhecemos. 

Ludmila e eu estávamos saindo do teatro. Eu a culpava por ter cortado as cordas do violão do Rafa Palmer, mas ela, como de costume, negou tudo. 

Parei de escutar o que ela estava dizendo quando a vi, a namorada do entregador. Ela atravessava a rua distraída. Não acreditava que uma garota tão linda podia namorar aquele entregador irritante. 

— Me espera no ônibus, eu já voltou. — avisei para Ludmila e ela concordou. 

Fiquei observando aquela bela garota, até que avistei skatistas vindo à direção da mesma. Aos olhos de qualquer outra pessoa, podia parecer algo inofensivo, e que não trouxesse muitos danos. Mas senti a necessidade penetrante de protegê-la. Sem pensar, corri e tirei do caminho dos skatistas.

Ela parecia um pouco confusa com o que acabara de acontecer, e triste. 

— Você está bem? — perguntei. 

— Sim. Muito obrigada.

— Está triste? 

— Não, está tudo bem.

— Uma garota tão linda como você não pode ficar triste. — Sorri.

Ela corou e olhou para os próprios pés, um tanto sem graça. 

— Obrigada. — falou mais uma vez.

— Bem, agora eu tenho que ir. — avisei. — Você me deve uma! — Alertei, enquanto me afastava.

Desde então, não tirara Violetta da cabeça. De início, achei que só queria estar ao lado dela para irritar Tomás. Mas depois, me dei conta de que sentia algo forte por ela. 

Fiquei devaneando mais um tempo, relembrando de tudo, até que adormeci. 

Tive uma noite sem sonhos, e acordei bem cedo, o que era algo raro para mim. Decidi mandar uma mensagem para Violetta, desejando-lhe um bom dia. Depois disso, tomei um banho e me arrumei para ir ao estúdio. 

O estúdio estava bem mais tranquilo de uns tempos para cá. Tranquilo e alegre. A era do Gregório já passara, e Pablo voltara a ser o diretor. Todos caminhavam felizes pelos corredores, cantando, dançando ou fazendo o que tivessem vontade. 

Eu, por exemplo, me tornara uma pessoa completamente melhor, na minha concepção. Aquele León orgulhoso, arrogante e vaidoso desaparecera completamente. Me sentia bem com isso. 

A única coisa que não mudara em mim, era o ciúme obsessivo. Vi ao longe Violetta conversando com Broduey, e ele parecia estar perto demais dela. 

Quando ele entrou no estúdio, ficou afim da Violetta e dava em cima dela o tempo inteiro. Claro que agora ele estava com a Camila e os dois eram felizes juntos, mas eu não podia me controlar. E eu sabia que ele ainda gostava um pouco de Violetta.

Tratei de ir para perto dos dois. 

— Oi, meu amor. — A abracei por trás e deixei meus braços protetoramente em volta dela. — E aí, Broduey. — Tentei sorrir pra ele. 

— E aí, cara. — Ele respondeu, meio desconfortável. — Bem, vou deixar vocês dois sozinhos... Tchau, Vilu. — Ele deu um beijo na bochecha dela e senti uma raiva mórbida dele. 

— Tchau, Broduey. — Ela riu.

Violetta se libertou de meus braços e olhou nos meus olhos.

— Sabia que você fica lindo quando tá com ciúmes? 

— Ciúmes? Eu? — Me fiz de desentendido. 

— Você não me engana! — Ela riu e me deu um beijo. — Seu bobo, eu sou só sua. 

— É, eu sei. Mas parece que os garotos desse estúdio não perceberam isso.

— Do que você tá falando? — Ela ria sem parar.

— Não se faça de sonsa. Desde que você chegou, todos os garotos do estúdio ficaram apaixonados por você. — falei com raiva. 

— Não exagera! — Ela me abraçou. — Eu te amo.

— Eu também. — A abracei de volta.

Eu poderia ficar abraçado com ela por horas. Não existia sensação melhor que aquela. Mas é claro que, sempre tinha que vir alguém para interromper. Ouvi o estalar de um salto alto atrás de nós. 

— Lion, adorei ir na sua casa ontem! — Ludmila deu um beijo rápido na minha bochecha e saiu. 

Fiquei sem ação.

— Como é que é? Ludmila foi na sua casa ontem? — Violetta olhava para mim com um olhar que expressava inúmeros sentimentos. Sabia exatamente o que ela estava pensando. 


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Notas finais do capítulo

Vou postar o capítulo 8 amanhã, eu acho. Me deem ideias, deixem seus reviews. É importante para mim, vocês sabem disso! Beijos.