Te Esperaré escrita por Gabs


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Lembram-se do ask.fm que fiz especialmente para vocês? http://ask.fm/TeEsperareGR vão lá, façam suas perguntas, elogios, xingamentos, enfim, TUDO! :)
Aqui está o capítulo de vocês, haha. Espero que gostem!



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Violetta's POV

Comecei a suar frio no mesmo instante e temi olhar para trás. Olhei para o lado e Pablo estava tão paralisado e nervoso como eu. León também estava, porém, um pouco menos. 

Virei-me lentamente. E para a minha surpresa, não era Jade nem Matias que estava à nossa frente. 

Um homem baixo com cabelos grisalhos e um óculos de grau nos fitava de forma irritada e hostil, porém, sem nenhum vestígio de ameaça.

— Quem é você? — perguntei. 

— Eu perguntei primeiro. O que vocês fazem aqui? — Ele deu ênfase no 'vocês'. 

— Espera... Você nos conhece? — perguntei.

Pela forma com a qual ele falou, ele parecia nos conhecer muito bem. 

— Vocês não... Na verdade, só conheço você. — Ele apontou para mim.

Lancei-lhe um olhar confuso e duvidoso. Não fazia a mínima ideia de quem ele era. 

— Eu sou o pai da Jade e do Matias. — afirmou, acabando com minhas duvidas.

Ah, agora eu me lembrava de tudo. Ele passou um tempo se passando por um jardineiro na nossa casa, quando a sua real intenção era boicotar meu pai e roubar toda sua fortuna. Ele saiu de nossa casa antes que pudesse ser detido. 

— Ah! — exclamei. — Viemos atrás da Angie. 

— Angie? Sua governanta? O que ela faria aqui? — perguntou. 

Estreitei os olhos. 

— Sim, minha tia. Sei que está aqui. 

— Está louca, garota? — perguntou me olhando de canto, como se eu realmente fosse louca.

Olhei sugestivamente para Pablo, porém, este ainda estava paralisado. León olhava descrente para nós dois. Sabia que não tinha a mínima ideia do que estava acontecendo. 

— Onde estão Jade e Matias? — insisti. 

— Faz dois dias que eles não aparecem em casa. — Ele pareceu ser sincero, mas não podia confiar nisso.

— Não vou cair nessa. — afirmei.

Dei um passo à frente e abri a porta bruscamente. Estava tudo escuro, como o porão estava antes de ligarmos a luz.

Tateei as paredes, tentando encontrar um interruptor, mas não achei nenhum. Retirei o celular da bolsa e apertei em um dos botões, para a luz do visor se acender.

Iluminei o local, não encontrando absolutamente nada. Era apenas um pequeno depósito com prateleiras vazias e empoeiradas, como o restante ali. 

Virei-me para eles, constrangida.

— Desculpe-me. — sussurrei, sentindo minhas bochechas corarem. 

— Saiam daqui, agora. — Deu a ordem e saiu do porão. 

Fomos para fora da casa em um silêncio completo. Me sentia uma idiota por ter ido até lá. Deveria ter escutado o Pablo. Deveria esperar apenas a ação da polícia.

Entretanto, eu estava desesperada demais para encontrar Angie. Precisava procurá-la de alguma forma, tinha que tentar. Infelizmente, não deu certo.

— Desculpem. — falei, enquanto íamos para o carro.

— Pelo o que, amor? — León perguntou.

— Por tê-los arrastado até aqui. Desculpa, Pablo, eu devia ter te escutado...

— Tudo bem, Vilu. — Pablo afagou meu ombro. — Você está preocupada, agiu por impulso. Eu também estou muito preocupado e aflito. Agora, só nos resta esperar pela polícia. 

Assenti vagarosamente. Quando ele apertou no controle do carro, para destrancá-lo, um carro preto e conhecido para em frente à casa. 

Minhas pernas ficaram bambas novamente, mas dessa vez, de uma forma diferente.

Ele saiu do carro fechando a porta com brutalidade, e eu até já sabia o que estava por vir. Meu pai, em um semblante frustrado, aproximou-se de nós, sendo seguido por Ramalho.

Duas semanas depois... 

O tempo passou e não tínhamos nenhuma pista da Angie. Não conseguimos identificar nem Jade nem Matias e cada vez tínhamos menos esperança de encontrá-la.

Eu queria ir atrás dela, contribuir de alguma forma com toda essa busca. Entretanto, desde a minha última escapada para fazer exatamente isso, meu pai proibiu e mandou me vigiarem 24 horas por dia, sem me dar a mínima privacidade.

Achava uma completa injustiça isso tudo, eu tinha direito o de ir atrás de minha tia. 

Precisava voltar à minha rotina normal. Agora, estava à caminho do Studio, a pé — finalmente tirara o gesso de minha perna.

Ao chegar, pude avistar León à minha espera. Meu namorado parecia bastante preocupado e esse comportamento era completamente digno, pois eu ficara bastante deprimida.

— Oi. — murmurei, enquanto me posicionava ao lado dele. 

— Oi, como está? — Ele sorriu com doçura.

— Bem... — menti.

— Sei que não está. — afirmou, acariciando meu rosto.

— É verdade, não estou. Quero encontrar a Angie. Preciso saber quem a sequestrou, quero que ela esteja bem e... — Eu começava a tagarelar. 

— Amor! — Ele me interrompeu. — Pode parar de pensar nisso por um momento?

— Não dá, León! — exclamei, jogando as mãos para o alto. — É impossível.

— Não é impossível. — Um sorriso brotou repentinamente em seu rosto, e eu sabia que acabara de ter uma ideia. 

— O que foi? — perguntei.

— Vamos dar uma volta? — Segurou minha mão.

— Temos aula. 

— Uma falta não fará mal. — afirmou, puxando-me para uma direção contrária a do Studio. 

Deixei que ele me guiasse. Estava bastante curiosa e feliz, apesar de tudo.

Começamos a andar por uma rua que me era familiar. Logo reconheci. A rua em que León morava. Olhei-o com duvida.

— Vamos para sua casa?

— Não. Vou pegar o carro.

— Você dirige? — Fiquei surpresa.

— Claro, Violetta. — Ele riu. 

Quando chegamos a frente à casa dele, León pediu para que eu esperasse do lado de fora enquanto ele pegava o carro de seu pai. Para onde ele me levaria? Me perguntava à cada instante.

Em poucos minutos, o portão da garagem se abriu e ele retirou o carro vagarosamente. Abriu o vidro e gesticulou para que eu entrasse.

— Aonde vamos? — perguntei, enquanto colocava o cinto de segurança.

— Surpresa. — falou, olhando para trás enquanto dava a ré. 

— É para outra cidade? — Ri.

— Não. Nem é para muito longe daqui. 

Fiquei olhando através do vidro enquanto o carro estava em movimento. Há tempos não andava pela cidade. Até tinha me esquecido de toda a beleza e cultura que tinha em Buenos Aires. Passei bastante tempo vetada do mundo lá fora, principalmente, com todos esses acontecimentos. Precisava relaxar.

Fiquei surpresa quando paramos em frente à praia.

— Vamos ficar aqui? — perguntei, fitando à areia branquinha. 

— Sim, mas vamos para um lugar mais reservado e tranquilo. — Gesticulou para todas aquelas pessoas e entendi. Ele queria privacidade e como eu já estava há semanas sem a mesma, não pude discordar.

Ele abriu a porta do carro para mim e caminhamos de mãos dadas pela areia. Por sorte, estava de tênis. 

Logo nos distanciamos da multidão. Sentamos em uma das rochas próximas ao litoral. Aquela paisagem era magnífica. Estava extasiada com tanta beleza e serenidade. 

— Achei que você precisava relaxar e ficar um pouco ao ar livre. Está com muitas preocupações da cabeça. — falou, olhando nos meus olhos.

— É você tem razão. E quero te pedir desculpas por estar tão aflita e distante ultimamente, é que a Angie...

— Não precisa se desculpar. — Me cortou. — Eu entendo perfeitamente. É a sua tia, não pode simplesmente ignorar isso, como se fosse nada. 

Sorri para ele. Me entendia tão bem e estava sempre ao meu lado. Agradecia tanto por tê-lo. Não sei o que seria de mim sem ele, não sei o que seria da minha vida sem ele. 

Abracei-o com força e deitei a cabeça em seu peito, ouvindo seus batimentos cardíacos. Amava esse som e poderia passar o dia inteiro escutando-o. 

— No que está pensando? — perguntou de repente. 

— No quanto eu te amo. — Desfiz o abraço e olhei em seus olhos, sorrindo. 

— Eu te amo mais. — disse-me. 

— Como você consegue? 

— O que?

— Ser a pessoa mais meiga do mundo. — Segurei suas mãos, completamente abobalhada. 

— Estou longe de ser isso. — afirmou, um tanto envergonhado.

— Ah, não seja modesto! Você é, de longe, a melhor pessoa que eu conheço. É tão bom e amável comigo...

— Eu faria qualquer coisa por você. — disse-me, beijando uma de minhas mãos.

— Viu, é disso que estou falando.

— É porque eu te amo, me preocupo com você e quero sua felicidade. Me dói te ver infeliz. Por isso te trouxe aqui, para descontrair um pouco e esquecer os problemas.

Fiquei sem palavras diante daquele discurso, estava embasbacada. Lágrimas de emoção brotaram em meus olhos e me senti uma idiota por isso, mas não me importei.

— Nem sei o que dizer. — admiti, ainda com um sorriso bobo.

— Não diga nada. Apenas sinta. 

Ele segurou o meu queixo com delicadeza e puxou meu rosto para perto do dele. Fechei os olhos e senti seus lábios nos meus. Nossas línguas se entrelaçavam de uma forma ritmada e agradável.

Enlacei minhas mãos em seu pescoço e ele retirou a mão de meu queixo, colocando-a em minha cintura. E após isso, prosseguimos com o nosso momento de paz e descontração. Ficava feliz por enfim termos um tempo só para nós dois, sem interferências.

Naquela manhã, quaisquer preocupações desapareceram de minha mente. León era o único que a habitava naquele momento perfeito. 


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi especialmente para aquelas que estavam sentindo falta dos momentos Leonetta na fic. Vomitei arco-íris com esse capítulo, admito.
Enfim, espero que tenham gostado. Talvez eu demore um pouco para postar o próximo, mas é só talvez, ok? E por favor: DEIXEM REVIEWS, DEIXEM REVIEWS, DEIXEM REVIEWS!