The Wits Game escrita por Mei chan


Capítulo 8
Eu ganho um olho vermelho




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/313978/chapter/8

- Você deve se lembrar que há uma regra sobre as três vidas que nós temos ao entrar no jogo.
- Na verdade não, é que eu não prestei muita atenção no que o juiz dizia na hora que ele falava das regras.
- " Segunda regra - você possui o equivalente a 3 vidas que só podem ser passadas a outras pessoas com o seu consentimento "
- É acho que eu lembro de uma coisa assim.
- Bom, nós já sabíamos que tinha um jeito de transferir essas vidas, mas apenas de jogadores, porém tinha um problema, a regra diz que a vida deve ser passa com o consentimento da pessoa, então nós não poderíamos simplesmente chegar para algum jogador e dizer " Me dê sua vida ".
- Nossa como o juiz é modesto, colocou o seu próprio nome no jogo.
- E isso realmente importa? Continuando... nós descobrimos também como pegar a vida das outras pessoas,( sem o consentimento delas, é claro), de uma forma que o juiz não descobrisse. 
- Ah eu imagino, vocês estavam muito felizes no jogo quando de repente tem a brilhante ideia "porque não furamos os olhos das pessoas e costuramos seus umbigos pra ver o que acontece"
- Você não entende, não é. Eu sou a única jogadora mulher, por isso todos vieram me procurar primeiro, eu era um alvo fácil, perdi duas vidas logo nas primeiras semanas, então tinha que arrumar uma maneira de me proteger.
- Mas precisava matar tantas pessoas? Duas eram o bastante pra completar o que você tinha perdido.
- Seria assim se fosse com jogadores, mas a vida das pessoas normais não completam nem um quinto de uma vida nossa. E você não devia se impressionar só com os que tem aqui, já matamos muito mais.
- Mas você não acha que me matando desse jeito o juiz não vai descobrir?
- É justamente por isso que vamos ser cuidadosas, e não só costuraremos o seu umbigo, mas sim todos os seus...... orifícios.
- O que? Você é maluca? E porque raios vocês tem que costurar alguma coisa? Não estão contentes só em me matar?
- Quando nós nascemos,o umbigo, que é a ligação com as nossas mães, é cortado, ele é um sinal de comprovação da sua vida, por isso quando matamos os outros dessa maneira, costuramos seus umbigos para simbolizar suas mortes. É desse jeito também, que evitamos do juiz descobrir o que fazemos, e como acho que não será tão fácil com você, por precaução costuraremos tudo, mas vamos fazer em um olho primeiro.

Eu já podia me preparar pra morrer ali, mas não simplesmente morrer, morrer devagar e dolorosamente. Em pouco tempo eu teria uma agulha enfiada no meu olho. Rouge já estava chorando, e Adeline estava com tudo pronto, quando as lágrimas completaram o pequeno frasco, Adeline abria minhas pálpebras e vagarosamente chegava a ponta da agulha perto do meu olho esquerdo, era torturador, porque eu ainda estava amarrado e meus braços se mexiam em reflexo, eu me debatia muito até Rouge vir me segurar.
   Eu não acreditei, mas quando a agulha penetrou no meu olho eu não senti nada, foi como o "tiro" que o Steg deu em mim. Porém eu senti o líquido entrando, e isso sim foi perturbador, eu me contorci ainda mais, e logo depois que a agulha foi retirada, eu fechei os olhos e me senti um pouco indisposto. Um segundo depois, naquele mesmo olho escorriam lagrimas, elas eram azuis como a minha íris e escorriam direto para um outro frasco encostado em meu rosto.
 Eu estava muito confuso, porque não tinha morrido? sera porque foi só em um olho? Como o juiz não tinha percebido tudo aquilo?
Não tinha noção da hora, mas com certeza, já passara do combinado com o Caeruleatus, porque ele não veio me procurar? Enquanto estava "perdido" momentaneamente nesses pensamentos, as lindas mulheres (não tão lindas para mim agora) ao meu lado já se preparava para uma nova tortura.

(Rouge)- Não foi tão complicado quanto pensava...

(Adeline)- Eu acho melhor você tomar logo, talvez seja por isso.

Então a Rouge pegou o frasco com as minhas lágrimas e as bebeu, sim ela bebeu, eu não acreditei, não sabia se vomitava, desmaiava ou gritava. Bom eu não tive tempo de decidir, porque logo depois que ela tomou, pude ouvir a voz do juiz, e pela primeira vez fiquei feliz em ouvir sua voz.

- Jogadora Rouge Fontaine e sua ajudante Adeline Le'clair, regras são regras, um jogo sem regras não existe, e as senhas infringiram a segunda regra, serão punidas devidamente e antes de qualquer coisa estarão desclassificadas do jogo. Que todos lembrem, o problema do mundo são as pessoas.

Elas desapareceram num piscar de olhos, e eu só pude ouvir o som da agulha caindo no chão. Depois de um tempo (demorou uns vinte minutos até eu parar de tremer e poder respirar devagar ) percebi que as cordas que me amarrava estavam frouxas e eu pude me soltar facilmente. Me sentei na mesa e olhei ao redor, meu olho funcionava perfeitamente, mas eu ainda o mantinha fechado, quando criei coragem para descer da mesa a porta se abriu, e o meu herói atrasado chegou.

- Onde você estava? Eu disse que quando fosse sete horas era pra você me esperar enfrente ao prédio.
- Esta tudo bem comigo, obrigado. - falei sarcasticamente - Será que você não vê que eu fui sequestrado?
- Sim eu vejo, e também vejo que "acabou" com outro jogador.
- "Jogadora", uma jogadora vadia que enfiou uma agulha no meu olho, eu fui torturado, olha. - eu abri o olho que tinha sido perfurado.
- Até não ficou tão ruim, um azul e outro vermelho.
- Cala a boca. Você está um pouco atrasado não acha?
- Eu te ajudo e você ainda reclama, eu não estou aqui pra servir muleques. Você deveria me agradecer, eu consegui um ótimo lugar pra gente ficar...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como vocês imaginam o Caeruleatus?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Wits Game" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.