The Wits Game escrita por Mei chan


Capítulo 6
Lindas lágrimas e katanas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, tive alguns imprevistos ( e umpouco de falta de criatividade também :3 ) mas prometo que amanha eu posto mais.



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Dormir tão desconfortavelmente não estava fazendo bem para mim, mas mesmo assim eu acordei sorrindo, não fui acordado com chutes como ontem mas com lambidas no rosto, era nojento mas muito melhor do que chutes. Eu abri os olhos devagar, não tive pressa de levantar, acho que não lembrava onde estava nem o que estava acontecendo, mas quando finalmente despertei tudo veio a tona sem que eu percebesse, quando eu olhei para o lado um ENORME cachorro estava sentado abanando o rabo, era impossível que esse era o mesmo que tinha vindo no ovo de ontem, ele era realmente grande, não sou bom com raças mas acho que era um Akita*, o que eu falei para o Juiz não era mentira, eu sempre quis ter um cachorro e sem perceber estava brincando com ele, nos corremos por todo aquele cômodo vazio até a hora que o Caeruleatus apareceu na " porta ".

- Vejo que esta se divertindo com o seu novo amigo
- Há sim, mas o que você deu para ele, biotonico fontoura? Como ele cresceu tanto apenas em uma noite ?
- Eu também não sei, quando acordei ele já estava assim. Bom, como você não pode depender de mim o tempo todo...

Eu congelei, será que já tinha chegado a hora ?! Agora ele iria se tornar oficialmente meu inimigo ?! Se sim, eu já podia me considerar morto.

- Hãããã ? Como assim ? - Tentei esconder meu nervosismo, o que não deu muito certo.
- Vou ter que dar uma saída hoje, acho que não podemos ficar mais aqui, ficar muito tempo no mesmo lugar nos torna alvos fáceis .
- Há mas é claro... - O alivio tomou conta de mim, estava tão tenso que depois de ouvir aquilo meus ombros caíram perceptivelmente. - Mas onde nós vamos ?
- "Nós" ? Que nós ? EU que vou, você vai ficar vagando ESCONDIDO por aí até eu voltar.
- Mas porque eu não posso ir ? - Eu falei como uma criança.
- Porque além disso o "papai" tem outras coisas para resolver, você vai ficar por aí. Mas não volte para cá, a partir de 7:00 horas da noite você vai me esperar qui em frente, até lá fique o mais longe possível daqui.
- Mas se não tem nada que eu possa fazer pelo menos me deixe ficar aqui... Calma aí, como assim eu estou pedindo a sua permissão ? Eu faço o que eu quero, por tanto, eu vou ficar aqui.
- E qual a parte de se tornar "alvos fáceis" o senhor independente não entendeu ? Você esta certo, você pode fazer o que quiser, PORÉM, não enquanto eu estiver te protegendo a não ser que prefira o seu novo amigo aí no meu lugar ...
- ...
- É, já esperava por isso, então por enquanto são as minhas regras e você vai fazer o que eu quiser, se pelo menos você tivesse uma arma ou algo do tipo ...

"Minhas regras" isso ficou se repetindo na minha cabeça, se me lembrava bem já tinha escutado em algum lugar, mas não era hora de ficar lembrando coisas estranhas.

- É, até que uma Katana* cairia bem ...

Um barulho de alguma coisa caindo no canto fez com nós desviássemos nossa atenção. A bolsa, a MALDITA bolsa que o Juiz me deu estava caída no chão com uma Katana com a metade de sua bainha para dentro e a outra para fora.

- Você é mais idiota do que eu pensava.
- Mas o que eu fiz ? Eu só falei que...
- Será, assim só será que por um acaso o senhor se lembra de alguma referencia do Juiz a que nós tínhamos uma quantia indeterminada para cada um ?
- Lembro sim.
- Pois é né ?! Que bom que você lembra, mas será que você sabe como nós temos acesso a essa quantia ?
- Sei lá, no banco ?
- Quase gênio, é com um cartão parecido com um cartão de credito, é só falar o que você quer tendo a consciência do preço, que aparece, olha que magico ... Então vê se toma cuidado com o que diz. Você não sabe qual é o seu limite da quantia.
- Ta, tudo bem, é que eu não sabia, então é melhor eu andar com aquela bolsa comigo não é ?
- Sim, vamos descer que já estou muito atrasado.

Nós descemos passando pelas ruas o mais discretamente possível ( levando em conta as nossas roupas, a Katana que eu segurava e o cachorro até que nos saímos bem ). Em certo ponto nós nos separamos e eu fiquei andando sem rumo com o meu companheiro peludo que era incrivelmente obediente e não saia do meu lado.
Hoje todas as minhas respostas ao Caeruleatus foram totalmente infantis, por algum motivo estava de mau humor e não tive paciência para dar melhores respostas, não gostava do fato de obedecer ordens impostas por ele mas eu não tinha opções.
De repente eu me lembrei do que ele tinha falado mais cedo: "São as minhas regras" O Juiz já tinha falado algo assim, não tinha a possibilidade de ele ser o Juiz, apesar de ele saber de muitas coisas, não significava nada, eu não sabia o quanto os outros jogadores também sabiam estão não podia comparar, mas isso ainda me incomodava.
Faltavam 4 jogadores a serem "eliminados" sem contar com o Caeruleatus ( mas eu achei melhor me preocupar com ele depois ) e eu não fazia ideia de como acabaria com eles...
Alguma coisa afastou meus pensamentos, eu não sabia mais onde estava, mas uma moça de cabeça baixa sentada no meio fio, chorava muito, mas muito ao ponto de me desconcentrar e ir falar com ela.

- Você esta bem moça ?
- ... - Ela continuava a chorar, sentei ao seu lado e por traz de um longo cabelo loiro pude ver seu rosto. Era a mulher mais linda que já tinha visto, não era muito velha e seu rosto estava levemente avermelhado, parecia uma boneca de porcelana.
- Você esta bem ? Eu posso te ajudar se você quiser, não é bom ficar sentada aqui na rua alguém pode tentar alguma coisa ruim contra você.
- Obrigada por perguntar mas já estou bem. - Ela já se acalmara respirando fundo algumas vezes mas ainda continuava vermelha. - Será que você podia me acompanhar até onde a minha amiga esta ?
- Claro, é só me dizer onde é que é.
- Por ali. - Ela se levantou apontando para uma rua mais adiante, secando as lagrimas logo depois.

Enquanto andávamos não pude deixar de olhar para o seu rosto, o que me fez tropeçar algumas vezes arrancando risadas rápidas do rosto ainda avermelhado. O meu mau humor tinha sumido rapidamente junto com todas as minhas preocupações, nos andamos bastante até ela resolver começar a falar.

- Obrigada, você é muito gentil.
- Hã eu ?! Há sim, eu sou sim, mas posso perguntar porque você estava chorando tanto? - Não foi a coisa certa a dizer o seu rosto ficou mais vermelho e o sorriso tímido desaparecera, então ela começou a correr e eu fui atras dela. Sua beleza era tão hipnotizante que nem tinha reparado que sua roupa era igual a minha só que vermelha...





* Katana - Arma padrão usada pelos samurais.
* Akita - Raça de cães originária do Japão.


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